sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mais de mil participam de ato de solidariedade à Palestina no Rio




Cerca de mil pessoas participaram de um comovente ato público nesta quinta, 8, na Cinelândia, no centro do Rio, em solidariedade à luta do povo palestino. Da Cinelândia, os manifestantes saíram em passeata até a porta do Consulado dos Estados Unidos. Em protesto, jogaram sapatos sobre as paredes do consulado, num gesto simbólico de repúdio ao imperialismo estadunidense, que lembrou a sapatada atirada contra o presidente George W. Bush. As bandeiras dos Estados Unidos e de Estado terrorista de Israel foram queimadas.
Ao mesmo tempo em que a população do Rio se manifestava em apoio à causa palestina, os bombardeios israelenses à Faixa de Gaza se intensificavam. Um telefonema direto da Palestina, a um familiar residente no Brasil, informava que pessoas estavam soterradas sobre os escombros, sem receber ajuda, ambulâncias serviam de alvo "e quem escapava dos bombardeios era atingido por metralhadores, por terra". A maioria das vítimas era formada por mulheres e crianças.
O ato em apoio aos palestinos reuniu um grande número de sindicatos, entidades humanitárias, movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais. Dentre os sindicatos, havia dirigentes e militantes dos Correios, Bancários, SEPE, Sintuff, Sindipetro-RJ. Os partidos políticos PT, PC do B, PSTU, PCB, P-SOL. As centrais sindicais CUT, Intersindical, Conlutas e CTB. O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro esteve à frente da organização, que também contou com a presença da Sociedade Brasileira Muçulmana, dentre inúmeras outras entidades.
Desde a retomada dos ataques de Israel sobre a Faixa de Gaza, em 27 de dezembro, os brasileiros já realizaram manifestações em várias capitais, em favor dos palestinos. Florianópolis, Manaus, São Paulo e Salvador foram as primeiras. No Rio, as organizações que integram o Comitê reuniram-se após o ato desta quinta, para discutir os novos passos da luta contra o holocausto palestino.
Os manifestantes reivindicam que o Brasil rompa diplomaticamente com o Estado terrorista de Israel, propõem o cancelamento do Tratado Comercial entre Brasil e Israel e estão dispostos a mover uma campanha internacional de boicote aos produtos e corporações sionistas.

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