sábado, 28 de maio de 2011

ISRAEL APÓS 63 ANOS

por Abdel Latif Hasan Abdel Latif
médico palestino
jamilelatif@ig.com.br

Em 15 de maio último, Israel completou 63 anos.
Aparentemente, há muitos motivos para comemorar.
Nas ruínas da Palestina plural, engendrada ao longo de milhares de anos, pela mistura e encontro de povos, os sionistas criaram seu singular Estado exclusivamente judeu.
Após limpeza étnica e genocídio contra os nativos daquela Terra, sobraram poucos palestinos em Israel. São tratados como estrangeiros e cidadãos de terceira categoria dentro de sua própria pátria. Vivem ameaçados de expulsão a qualquer hora.
Os palestinos nos territórios ocupados em 1967 vivem em bantustões, guetos e campos de prisioneiros, controlados por Israel.
O resto dos palestinos, que vivem nos miseráveis campos de refugiados nos países vizinhos, são problema criado pelos judeus, mas a ser resolvido pelos árabes, conforme apologia sionista.
Após 63 anos, os palestinos não representam de fato uma ameaça real para o Estado Judeu, pelo menos a curto prazo. Por que então não há comemoração em Israel?
É verdade que o processo de paz entre árabes e israelenses está paralisado. Mas isso não deveria causar maiores preocupações para Israel, porque quando as negociações retornarem, a chamada comunidade internacional se submeteria novamente à posição israelense, resumida a seguir.
A paz na região significa a segurança absoluta do Estado judeu e rendição árabe, mesmo quando essa alegada segurança significa negar o direito básico dos palestinos e árabes em geral e violar o Direito Internacional.
A segurança de Israel é uma constante imutável da política americana e européia em geral. Todos os presidentes americanos e líderes europeus, antes de mencionar paz, justiça, Deus ou qualquer outro assunto, lembram de seu compromisso inabalável com a segurança e futuro do Estado Judeu.
É inimaginável alguém no mundo perguntar por que um Estado rico e armado até os dentes, com todo seu arsenal nuclear e potência financeira mundial, necessita de garantias internacionais para sua segurança, enquanto os palestinos, miseráveis, expulsos da sua terra, massacrados, presos em guetos e campos, não merecem ao menos o mesmo tratamento, ou pelo menos terem mencionados seus anseios em relação a sua segurança e seu futuro?
Por que tentar responder essas perguntas, se é Israel quem controla os governos americanos, independentemente de quem ocupa a Casa Branca, como declarou o então primeiro ministro Israel Sharon?
Por que então não comemorar?
Os sionistas criaram o Estado mais potente no Oriente Médio, capaz de enfrentar todos os países árabes juntos. Recebe apoio político incondicional de seu patrocinador e servo americano, além da mais do que generosa ajuda financeira, que ultrapassa os 3 bilhões de dólares anuais, fora das doações das comunidades judaicas ao redor do mundo.
Israel, apesar de tudo o que fez e está fazendo, continua sendo tratado como parte da civilização ocidental, goza de impunidade total, apesar de seus crimes contra os palestinos e vizinhos árabes e desrespeito ao Direito internacional em relação a vários países, inclusive Estados Unidos, Argentina, Itália, Rússia etc.
Os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade deixam de ser crimes, se praticados por Israel.
Nenhum país no mundo desrespeitou e viola de forma sistêmica e intencional as leis e resoluções internacionais, como faz Israel, sem ser punido sequer uma vez.
O mundo que se auto-proclama civilizado adotou novos conceitos em relação a Israel: massacrar crianças árabes é ato de auto-defesa; campos de concentração para palestinos em Gaza e Cisjordânia são Estado palestino; negar os direitos básicos dos palestinos a um Estado livre e independente é garantia de segurança para Israel; discriminação contra os não judeus em Israel é necessário para manter o caráter judaico do Estado; ter lei de retorno de dois mil anos a judeus e negar o direito dos palestinos expulsos desde 1948 a retornar é essência do Estado judeu; “democracia” que exclui uma significativa parte da população (os não judeus) é “democracia” etc
O Ocidente, hipócrita e não totalmente redimido de seu passado colonialista, não apenas aceita e defende essas distorções e anomalias, mas exigem que os palestinos e árabes devem se submeter a elas.
Após 63 anos, não há comemorações em Israel e não poderia ser diferente. Um Estado projetado, construído e mantido com princípios racistas, no século XX e nesse início do século XXI, não apenas enfrenta as sombras do passado e presente criminosos, como também as incertezas de seu futuro.
Questões como cidadania, nacionalidade, quem é judeu, relação com os palestinos “cidadãos” do Estado judeu e palestinos em geral, a relação de Israel com seus vizinhos árabes, aceitar ou não um Estado Palestino, os refugiados, as fronteiras indefinidas, Constituição inexistente e muitas outras questões não podem ser ignoradas por muito tempo.
A resposta sionista a todas essas questões é simples: construir o maior gueto de todos os tempos. A espada e a muralha de aço são as únicas respostas que os sionistas apresentam.
Os sionistas nada aprenderam dos sábios judeus não sionistas. Aquele que mata com espada, com espada morrerá.
Israel é um projeto colonialista inacabado. Suas vítimas estão vivas e determinadas a viver e corrigir a injustiça histórica cometida contra o povo palestino e sua pátria.
Os milhões massacrados, destinados a serem esquecidos, estão batendo às portas da Palestina.
As casas palestinas, historicamente, tinham janelas olhando para o céu e portas sempre abertas.
Os muros não fazem parte da paisagem palestina.
É uma questão de tempo para os verdadeiros donos do espaço e tempo palestinos devolverem à Palestina sua verdadeira essência: terra de todas as religiões e todos os profetas, terra livre para homens livres!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

SIONISTAS TENTAM CRIMINALIZAR O PCB E CASSAR O REGISTRO DO PARTIDO NO TSE



Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “antissemitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.


Na apresentação de seu portal, a entidade se assume sionista, posiciona-se “na linha de frente do combate ao antissemitismo” e oferece “links” para todas as organizações sionistas de Israel, dos Estados Unidos e de âmbito mundial ou nacionais, a imensa maioria de direita.

Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada pela entidade), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se se fosse possível calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo, cujo significado não se refere ao seu conteúdo original, mas ao caráter atual do movimento, hegemonicamente fascista e imperialista.

A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.

O texto que provocou a reação da CONIB é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente no sítio eletrônico IAR Notícias, e reproduzido mundialmente em pelo menos mais de trinta portais progressistas e anti-imperialistas, listados ao final desta nota.

Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o texto se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”, revelando “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir (agora no século 21!) chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.

Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.

Diante deste fato, o PCB vem a público se pronunciar:

1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado israelense continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid”, invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa enorme base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.

2 – Esta ofensiva contra o PCB se deve ao fato de que apoiamos e participamos dos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois com uma simples pesquisa se pode verificar que ali os artigos e informações sobre a luta contra a política terrorista do Estado de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido para ofender a liberdade de imprensa consagrada em nosso país e tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele foi “descoberto”.

3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.

4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.

5 – Esta atitude arbitrária de perseguição política coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembleia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.

6 - Coincide ainda com a movimentação imperialista para ampliar seletivamente a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos e de apoio ao “terrorismo”.

7 - As raivosas declarações das autoridades israelenses sobre a unidade das citadas organizações políticas palestinas deixam em evidência que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel, para inviabilizar na prática uma decisão da ONU, de 1948 - da coexistência pacífica de dois Estados, no território até então exclusivamente palestino -, boicotada pelos israelenses há mais de sessenta anos!

8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura.

9 – Mesmo que prosperasse esta absurda afronta às liberdades democráticas, estamos certos de que teríamos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo.

10 – Não há, em qualquer documento do PCB, qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra a política terrorista e imperialista do Estado de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.

11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer intolerância religiosa ou étnica, contra preconceitos e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Não entendemos o que a CONIB quer dizer com a expressão “intolerância racial”, pois todos os povos pertencem à mesma raça humana. A não ser que assim pensem os que se acreditam pertencentes a uma “raça superior”, escolhida por alguma divindade.

12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou dramaticamente os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo Partido Comunista da União Soviética, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade, mais de 20 milhões, principalmente de seus jovens.

13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do Partido, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso portal (www.pcb.org.br), deixamos claro que:

“Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.

14 - Com o texto questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que ele denuncia a impunidade de Israel, os massacres que este Estado comete contra o povo palestino, o seu importante papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como contribuição a um debate necessário, ainda que algumas opiniões ali expostas possam diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial. Para nós, o sionismo não é o “Comitê Central” do imperialismo nem o único “dono do poder”, mas sócio e parte importante de sua engrenagem, uma significativa linha auxiliar com forte lobby internacional, enorme peso na mídia hegemômica, na economia mundial e na máquina de guerra imperialista.

15 – Sem preocupação com ameaças de qualquer tipo, estamos aqui oficialmente oferecendo à direção da Confederação Israelita do Brasil o direito de resposta, no mesmo espaço em que divulgamos o artigo criticado, para que a entidade possa se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB será uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.

16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB, embora injustificada, de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para enviar ao nosso endereço eletrônico os seus pontos de vista.

17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra da presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:

“XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):
DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:

1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;

2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;

3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);

4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;

5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;

6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;

7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;

8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;

9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;

10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia.

11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;

12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Partido do Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!”

18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que as críticas da CONIB se centrem na contestação às informações ali prestadas - ao invés de se esconderem sob o manto autoritário do carimbo “antissemita” -, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que ele pode ter equívocos na forma de sua correta condenação ao Estado de Israel, mas não tem qualquer intolerância religiosa ou étnica.

19 – O texto, em nenhum momento, atinge o povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel.

20 – Leiamos novamente algumas passagens do artigo de Manuel Freytas:

“Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.

“O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

“As campanhas de denúncia de antissemitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.

“A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "antissemitismo".

22 - Estejam certos de que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para as mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso país. Prenderam, exilaram, assassinaram, desapareceram com muitos comunistas, no Brasil e no mundo, por lutarem contra a opressão, pela autodeterminação dos povos, pelas liberdades democráticas e contra o nazi-fascismo.

Exigimos respeito!
Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
Maio de 2011

Observações:
1 – Este e outros artigos de Manuel Freytas são publicados, entre muitos outros, nos seguintes sítios:
http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1966&Itemid=99999999&lang=es
http://www.aporrea.org/actualidad/n158685.html
http://colombia.indymedia.org/news/2010/06/115437.php
http://www.voltairenet.org/article165990.html#article165990
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/os-donos-do-sistema-este
http://port.pravda.ru/busines/14-06-2010/29887-impunidade_israel-0/http://engforum.pravda.ru/index.php?/topic/210736-o-poder-oculto-de-onde-nasce-a-impunidade-de-israel/
http://www.rebelion.org/mostrar.php?tipo=5&id=Manuel%20Freytas&inicio=0 )
http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/06/14/afirma-la-cruz-roja-que-el-bloqueo-israeli-es-ilegal/
http://visionesalternativas.com/index.php?option=com_deeppockets&task=contShow&id=95278&Itemid=
http://www.consulvenefunchal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2698&Itemid=64
http://alertaroja.net/index.php/alertaroja/2010/06/04/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunid
http://xatoo.blogspot.com/2010/07/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://www.senadoragloriainesramirez.org/index.php/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://radiotrinchera.org/articulos/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/rt/
http://www.tinku.org/content/view/504/6/
http://www.elciudadano.cl/2010/06/21/%C2%BFde-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://www.atinachile.cl/content/view/851974/LA-INMUNIDIDAD-DE-ISRAEL-Y-EL-PREMIO-NOBEL.html
http://www.porpalestina.com/index.php?option=com_content&view=article&id=959:los-duenos-del-sistema&catid=16:artlos&Itemid=27
http://www.burbuja.info/inmobiliaria/temas-calientes/219139-vittorio-arrigoni-asesinado-por-la-mafia-sionista-3.html
http://www.infoeducasares.com.ar/?p=928
http://noticiaoficial.com/canales/aporrea/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://shiandalus.blogspot.com/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blogs/el-poder-oculto-de-donde-nace?xg_source=activity
http://afrodescendientes.com/2010/07/03/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel-%E2%80%A8por-manuel-freytas/
http://estavoz.blogspot.com/2010/08/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://chicodias.wordpress.com/2010/06/14/sionismo-um-poder-mundial/
http://neovisao.blogspot.com/2010/09/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2010/06/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://agal-gz.org/blogues/index.php/canta/2010/06/13/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de-onde-nasce-a-impunidade-de-israel-1
http://anjaoudemonia.blogspot.com/2010/09/os-homens-por-tras-das-cortinas.html

2 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil.

3 – O mesmo texto usado pelo sionismo contra o PCB é usado como pretexto para o mesmo tipo de ação intimidatória na Venezuela, num relatório denominado “Antisemitismo en Venezuela”, de autoria de uma organização à qual a CONIB é ligada, chamada ADL (Anti-Defamation League), que em português significa Liga contra a Difamação. Apesar do nome genérico da entidade, ela só criminaliza e intimida o que considera difamação “anti-semita”. Veja a página 16 do sítio http://www.adl.org/.

4 – neste momento, Israel está usando os céus da Grécia, por autorização do governo local, para treinar seus pilotos e testar seus aviões militares para um possível ataque ao Irã, cuja topografia tem características semelhantes às do país helênico.

5 – nos próximos dias, estaremos publicando aqui nesta página vários textos de judeus progressistas e comunistas, inclusive israelenses, contra o sionismo e a utilização do carimbo “antissemitismo” como forma de censurar denúncias contra o Estado de Israel.

http://pcb.org.br/portal

NOTA DE MORTE ANUNCIADA José Cláudio e Maria do Espirito Santo



A história se repete!
Novamente, choramos e revoltamo-nos:

Direitos Humanos e Justiça são para quem neste país?

Hoje, 24 de maio de 2011, foram assassinados nossos companheiros, José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assentados no Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna – PA. Os dois foram emboscados no meio da estrada por pistoleiros, executados com tiros na cabeça, tendo Zé Claúdio a orelha decepada e levada pelos seus assassinos provavelmente como prova do “serviço realizado”.

Camponeses e líderes dos assentados do Projeto Agroextratista, Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo (estudante do Curso de Pedagogia do Campo UFPA/FETAGRI/PRONERA), foram o exemplo daquilo que defendiam como projeto coletivo de vida digna e integrada à biodiversidade presente na floresta. Integrantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes, os dois viviam e produziam de forma sustentável no lote de aproximadamente 20 hectares, onde 80% era de floresta preservada. Com a floresta se relacionavam e sobreviviam do extrativismo de óleos, castanhas e frutos de plantas nativas, como cupuaçu e açaí. No projeto de assentamento vive aproximadamente 500 famílias.

A denúncia das ameaças de morte de que eram alvo há anos alcançaram o Estado Brasileiro e a sociedade internacional. Elas apontavam seus algozes: madeireiros e carvoeiros, predadores da natureza na Amazônia. Nem por isso, houve proteção de suas vidas e da floresta, razão das lutas de José Cláudio e Maria contra a ação criminosa de exploradores capitalistas na reserva agroextrativista.

Tamanha nossa tristeza! Desmedida nossa revolta! A história se repete! Novamente camponeses que defendem a vida e a construção de uma sociedade mais humana e digna são assassinados covardemente a mando daqueles a quem só importa o lucro: MADEREIROS e FAZENDEIROS QUE DEVASTAM A AMAZÔNIA.

ATÉ QUANDO?
Não bastasse a ameaça ser um martírio a torturar aos poucos mentes e corações revolucionários, ainda temos de presenciar sua concretude brutal?
Não bastasse tanto sangue escorrendo pelas mãos de todos que não se incomodam com a situação que vivemos, ainda precisamos ouvir as autoridades tratando como se o aqui fosse distante?
Não bastasse que nossos homens e mulheres de fibra fossem vistos com restrição, ainda continuaremos abrindo nossas portas para que os corruptos sejam nossos lideres?
Não bastasse tanta dificuldade de fazer acontecer outro projeto de sociedade, ainda assim temos que conviver com a desconfiança de que ele não existe?
Não bastasse que a natureza fosse transformada em recurso, a vida tinha também que ser reduzida a um valor tão ínfimo?
Não bastasse a morte orbitar nosso cotidiano como uma banalidade, ainda temos que conviver com a barbárie.
Mediante a recorrente impunidade nos casos de assassinatos das lideranças camponesas e a não investigação e punição dos crimes praticados pelos grupos econômicos que devastam a Amazônia, RESPONSABILIZAMOS O ESTADO BRASILEIRO – Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Polícia Federal, Ministério Público Federal – E COBRAMOS JUSTIÇA!
ESTAMOS EM VÍGILIA!!!

“Aos nossos mortos nenhum minuto de silêncio. Mas toda uma vida de lutas.”

Marabá-PA, 24 de Maio de 2011.
Universidade Federal do Pará/ Coordenação do Campus de Marabá; Curso de Pedagogia do Campo UFPA/FETAGRI/PRONERA; Curso de Licenciatura Plena em Educação do Campo;
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST/ Pará;
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura – FETAGRI/Sudeste do Pará;
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar – FETRAF/ Pará;
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB;
Comissão Pastoral da Terra – CPT Marabá;
Via Campesina – Pará;
Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O Pentágono continua a empregar mercenários

O serviço de pesquisas do Congresso dos EUA acaba de publicar um estudo sobre « subcontratados armados » do Pentágono. Indica-se que o número de mercenários no Iraque diminuiu para metade, uma tendência que corresponde ao deslocamento das tropas EUA fora do Iraque para outros Estados do Médio-Oriente. No entanto, o oposto aconteceu: o número de subcontratados multiplicou cinco vezes em dois anos.

Na realidade os dois fenómenos não são comparáveis. Os « subcontratados armados » no Iraque são mercenários estrangeiros. Foram contratados durante a era Rumsfeld sob a ideia de que, num mundo capitalista, os exércitos deveriam igualmente ser privatizados. Tratava-se de baixar os custos das expedições colonialistas apelando á concorrência. Esta política foi-se abaixo, principalmente porque os militares recusaram-se a ver o seu estatuto destruído.

Pelo contrário, os « subcontratados armados » no Afeganistão são afegãos cuja integração nas forças nacionais foi impossível e que o Pentágono aluga aos chefes de guerra. Neste caso, trata-se de uma falha na construção do Estado que está temporariamente escondido sob domesticação dos chefes de guerra.

Segundo o estudo, o recurso a mercenários perturbou profundamente as operações de contra-insurreição e as fez fracassar. O serviço de pesquisas do Congresso recomenda assim uma limitação do seu uso apenas a tarefas habitualmente delegadas a empresas de segurança e transportes de fundos.


The Department of Defense’s Use of Private Security Contractors in Afghanistan and Iraq : Background, Analysis, and Options for Congress, Moshe Schwartz, Congressional Research Service, 26p., 2011 (300 Kb).
http://www.voltairenet.org/




sexta-feira, 20 de maio de 2011

15 de Maio de 2011... dia internacional da consciência!


por Khader Othman
kaderothman@hotmail.com
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino

Este domingo, dia 15 de maio 2011, o povo palestino celebrou, de forma valente e corajosa, o dia da NAKBA, a Catástrofe – dia da usurpação da nossa Pátria pelo Estado de Israel.

De todas as fronteiras da Pátria mãe e no coração da Palestina, cidades como Ramallah e em Gaza, fora realizadas celebrações pacíficas com alto custo de sangue.
Na Síria, Líbano e Jordânia, países onde há refugiados palestinos expulsos da sua Pátria, levantes organizados pelos comitês, possibilitaram uma visão aos refugiados.....puderam ver, mesmo de longe, uma parte da sua Pátria. Puderam encher os pulmões do ar perfumado de sua doce Palestina! Ar que passa pelos pomares das propriedades dos seus antepassados. Uma visão que uniu os refugiados!

No Líbano, 50 mil palestinos de todos os campos de refugiados, atenderam ao chamamento. Foram para o ponto alto no sul do Líbano chamado MAROON ERRAS. De onde se via o vale, cheio de pomares, que pertenceram um dia aos palestinos. Não conseguiram se conter, nem controlar a paixão que explodia no peito. Todos queriam chegar mais perto. Mais que respirar o perfume e o desejo de pisar onde nasceram moveram todos para as cercas de arame farpado... com bandeiras palestinas e gritando palavras de ordem: “temos o direito de retornar para as nossas casas!” anunciaram ao mundo a sua justa mensagem ... “O vale lá embaixo é nosso!” .... E, de repente, os soldados, escondidos, começam atirar nas multidões, são 10 mártires e mais de 160 feridos.

Na Síria, nas Colinas de Golan, no mesmo dia, na mesma hora o cenário se repete! Milhares de refugiados palestinos marcham para as fronteiras de Golan, chegam nas cercas de arame farpado e começam fixar as bandeiras palestinas na cerca! Gritando as mesmas palavras: “queremos voltar para nossas casas!”. A mesma mensagem, clamando para o mundo ouvir. “Esta terra é nossa! Estamos ensaiando o nosso retorno para nossas propriedades!”, mas a violência e os tiros foram as únicas coisas que o heróico povo palestino recebeu, resultando em quatro mártires e mais de 100 feridos.

Na Jordânia, o cenário foi o mesmo. Na fronteira, na cidade jordaniana de Al-karama, dezenas de ônibus e centenas de carros cheios de refugiados vieram ver a Pátria e encher o pulmão como doce ar perfumado dos pomares da Palestina! Aqui, além da violência israelense, se somou a dos soldados jordanianos... são ataques aos ônibus, agressões e xingamentos aos refugiados. Começa uma batalha, no lugar errado e com as pessoas erradas, mais de 70 feridos, 59 ônibus quebrados e dezenas de carros particulares também.

Os choques e o sangue vermelho não foi apenas nas fronteiras com palestinos refugiados nas sua própria Pátria. Também dentro da Palestina, nas cidades de Ramallah e em Gaza, o resultanto foi um mártir e mais de 150 feridos.

Afinal, o que querem os palestinos com estas atividades que custam mais sangue do que resultados e, parece, revelar que a possibilidade do retorno está cada vez mais distante?

Se fazer escutar e seus gritos e suas mensagens ecoaram para todas as direções, lembrando que:

  • A Causa Palestina está mais viva do que nunca! Criando um desafio para a ONU, no qual as suas Resoluções em defesa da Palestina e do Povo Palestino sejam cumpridas, em especial, as que tratam do estabelecimento da Pátria e da garantia do retorno dos Refugiados. Caso contrário, a ONU estará abandonando suas premissas e perdendo seu valor na comunidade internacional.
  • Os levantes palestinos transformam em pó as “profecias” de David Bem Gorion. Em 1948, perguntaram a David Bem Gorion, primeiro ministro israelense, o que vai ser dos palestinos, uma vez que os Israelenses, sob suas ordens, expulsaram eles de suas terras. Ele respondeu: “os adultos morreram e os jovens esqueceram e nos vivemos em paz e prosperidade”. A realidade revelou que, dos 15 mártires e dos mais de 500 feridos, nenhum deles conhece a Palestina, eles nasceram em campos de refugiados, sofreram, mas não esqueceram de sua doce Palestina! Esses jovens são os geradores da justiça em todas as ocasiões e todos os tempos!
  • As revoluções árabes estão varrendo os regimes corruptos e demagogos de seus países. Estes governos podres e sua falsa democracia nunca se comprometeram com a libertação da Palestina. O povo, liberto, está empenhado em construir a cidadania e a dignidade. Um novo caminho para o justo desenvolvimento, estabilização e para a paz no oriente médio.
  • O resultado sangrento deflagra a face terrorista do Estado de Israel e sua política fascista-racista. Aos que não aceitam que um menino civil segure nas mãos a bandeira palestina, anunciamos: a Palestina Livre é uma questão de justiça e de consciência mundial!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Obrigada ao mundo pela solidariedade / Thanks World

Manifestação em frente da embaixada de Israel no Egito

THE STORY OF PALESTINIAN NAKBA 2011 PART ONE

NAKBA 2011

Milhares marcham em Nova York pelo "Dia do Nakba"

352 feridos feridos em manifestação em frente da embaixada de Israel , no Cairo



Quase 353 pessoas ficaram feridas enquanto as forças de segurança egípcias prenderam centenas de manifestantes que tentavam marchar numa rua que conduz à embaixada de Israel, no Cairo,  o Ministério da Saúde disse nesta segunda-feira.
As forças de segurança usaram de toda violência na tentativa de manter os manifestantes a distância da embaixada.
A  polícia usou gás lacrimogêneo, balas de borracha e balas reais contra os manifestantes, que responderam com pedras, tentando recuperar sua posição de continuar marcha até a embaixada.
Os confrontos duraram várias horas e a  polícia prendeu cerca de 50 pessoas, nesta manha de segunda feira.
Assistente do  Ministério  da Saúde, Adel al-Adawy,  disse que 308 dos feridos receberam tratamento imediato, enquanto as restantes foram levadas a hospitais próximos para tratamento mais complexos. A maioria dos casos foram sufocações devido ao gás lacrimogêneo.
Um grande número de pessoas  denunciaram que  houve muitos  feridos por balas reais. Os manifestantes relatam a morte por bala na cabeça de um dos manifestantes.
Ao chegar em frente da embaixada os manifestantes deram um prazo de 30 minutos para que  baixassem e retirassem a bandeira de Israel, ameaçando invadir a embaixada. Esta ameaça foi recebida com tiros disparados e gás lacrimogêneo.
O protesto em frente à embaixada de Israel, marcou o 63 º aniversário da criação de Israel, quando centenas de milhares de palestinos fugiram da moirte  ou foram forçados a deixar suas casas.
Traduzido do árabe Edition

Começou a Terceira Intifada! Viva a Palestina

As balas do exército sionista chovem sob os manifestantes palestinos na fronteira com Síria

Dezenas de tanques sionistas na fronteira com o Líbano: 10 mortos e mais de 100 feridos por disparos do exército sionista!

Dezenas de tanques israelenses foram localizados na fronteira libanesa com Israel, enquanto milhares de pessoas realizavam protestos contra Israel ,em todo o país.

Segundo informações locais, o exército israelense matou pelo menos 10 dos manifestantes, ferindo mais de 110 pessoas depois de atacar os refugiados palestinos, que se manifestavam no lado libanês, pelo retorno dos refugiados palestinos à sua terra natal, neste domingo.

Coincidindo com as manifestações em outras partes do Oriente Médio, os protestos marcaram o aniversário de 63 do 15 de maio de 1948, o dia da criação de Israel, quando os sionistas ocupam a Palestina, conhecido como o Dia da Nakba, ou "dia da catástrofe".

A ocupação sionista forçou a expulsão de cerca de 800.000 a 1,4 milhão de palestinos de suas terras e pátria para a Cisjordânia , a Faixa de Gaza, os países árabes vizinhos e outros países.

em 15/05
PRESS TV / NOTÍCIAS GS



DIA DA NAKBA : MAIS DE 12 MORTOS E 150 FERIDOS NA REVOLTA CONTRA ISRAEL NA FRONTEIRA COM O LÍBANO, SÍRIA E NA FAIXA DE GAZA


A Nakba (a catástrofe, o dia da criação de Israel) se converteu no dia de hoje nas fronteiras de Israel com o Líbano, Síria e na Faixa de Gaza em uma frente de guerra, e na Cisjordânia, várias manifestações mantém viva a luta dos palestinos.


Os acontecimentos mais dramáticos ocorrem na fronteira entre Israel e a Síria. Dezenas de manifestantes palestinos concentrados para  as manifestações por ocasião da Nakba palestina, perto das Colinas de Golan , (terras Sírias ocupadas por Israel na guerra de 67) atravessaram,vindo da Síria, a fronteira, quando foram recebidos por uma chuva de tiros dos soldados israelenses. De acordo com relatos iniciais, há 12 mortos e dezenas ficaram feridos.

As tropas israelenses buscam manifestantes de origem palestina, de maior número, enquanto várias ambulâncias se movimentam dos dois lados da fronteira. No lado da Síria, as manifestações contra Israel exige o retorno dos refugiados, de 48, o ano da criação de Israel.

A "Nakba" (catástrofe, o dia da criação de Israel e a ocupação de 1948, que converteu centenas de milhares de palestinos em refugiados), está sendo relembrada nas ruas da Cisjordânia e na Faixa de Gaza e nas fronteiras , onde estão os campos de refugiados palestinos; nesses  lugares estão se dando confrontos mortais com o exército sionista. Na Faixa de Gaza, milhares de palestinos, a maioria jovens, marcharam em direção ao posto de fronteira israelense , apesar do ataque sionista com armas de fogo, que tenta frear a marcha . De acordo com a TV do Hamas e fontes médicas palestinas, há 150 feridos.

Dezenas de palestinos atiraram pedras contra soldados e policiais israelenses em vários bairros palestinos de Jerusalém, que respondem com bombas de gás lacrimogêneo esperimentais. Violência e tensão também perto do posto de controle militar israelesnse Kalandia, um dos principais acesso a cidade de Ramallah.

Por conta das manifestações da Nakba e o massivo chamamento dos fóruns palestinos e árabes na internet para o início de uma Terceira Intifada, milhares de policiais e soldados sionistas foram estrategicamente posicionados afim de barrar a qualquer custo as manifestaçõies.

Enquanto o presidente Abu Mazen, avisa que nunca renunciará ao direito de retorno dos refugiados que fugiram da morte ou foram expulsos de suas terras, o líder do Hamas Ismail Haniya foi mais claro, em Gaza, chamando para a luta armada contra Israel: "Estamos esperançosos de que Hoje é um dia muito importante. Temos de pôr fim ao projeto sionista na Palestina. "

15/05
AGÊNCIAS DE TV DE IMPRENSA / NOTÍCIAS GS



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Latuff : um brasileiro armado de solidariedade !



Carlos Latuff, nosso caricaturista brasileiro , reconhecido mundialmente por seu compromisso com a causa palestina, começa hoje um agenda de solidariedade no Chile.

Convidado pela Federação Palestina do Chile para participar de uma série de atividades em todo país pelas comemorações do 63 aniversário da Al Nakba - a Catástrofe

O artista , através de sua caricatura, mostrará sua visão do povo palestino e do ocupante sionista. Latuff fará sua primeira atividade no Colégio Árabe de Santiago onde compartilhará seus desenhos com as crianças.
Será recebido, pelo prefeito de Estação Central, para dar inbício a um mural em frente da estação Central.

No final de semana, continuará as atividades no Club Palestino, com o concurso de pintura para jovens e crianças. A premiação se dará no domingo no Diretório Juvenil do Club, com a realização de um mural.
No final do domingo fará uma palestra na Federação Palestina do Chile, como parte das manifestações do Nakba e haverá exposição dos desenhos premiados.

Latuff , também participará das manifestações no mês da Palestina, oreganizado pela União Geral de Estudantes Palestinos do Chile em duas exposições. A primeira será na Casa Central da Universidade Católica , em 16 e 17 de maio , e no dia 18 de maio, será na Casa Central da Universidade doi Chile.
 En ambas universidades haverá grafitis con diseños relaciones a la catástrofe palestina.

domingo, 8 de maio de 2011

O PODER OCULTO: DE ONDE NASCE A IMPUNIDADE DE ISRAEL


(*) Manuel Freytas é jornalista, investigador, analista de estruturas de poder, especialista em inteligência e comunicação estratégica.

(IAR Noticias) ARGENTINA Junho-2010
A grande cumplicidade internacional com os massacres periódicos israelenses não se gesta por medo de Israel, senão por medo do que representa o Estado judeu. Israel é o símbolo mais emblemático, a pátria territorial do sionismo capitalista que controla o mundo sem fronteiras desde os diretórios dos bancos e corporações transnacionais. Israel, basicamente, é a representação nacional de um poder mundial sionista que é o dono do Estado de Israel tanto como do Estado norte-americano, e do resto dos Estados com seus recursos naturais e sistemas econômico-produtivos. O que controla o planeta desde os bancos centrais, as grandes cadeias midiáticas e os arsenais nucleares militares.
Por Manuel Freytas (*)
manuefreytas@iarnoticias.com
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A) O poder oculto
Israel é a mais clara referência geográfica do sistema capitalista transnacionalizado que controla desde governos até sistemas econômicos produtivos e grandes meios de comunicação, tanto nos países centrais como no mundo subdesenvolvido e periférico.

O Estado judeu, mais além de sua incidência como Nação, é o símbolo mais representativo de um poder mundial controlado em seus espaços decisivos por grupos minoritários de origem judia e conformado por uma estrutura de estrategistas e tecnocratas que operam as redes industriais, tecnológicas, militares, financeiras e midiáticas do capitalismo transnacional espalhado pelos quatro pontos cardeais do planeta.

Com uma população ao redor de 7,35 milhões de habitantes, Israel é o único estado judeu do mundo.

Porém, quando falamos de Israel, falamos (por extensão) da referência mais significativa de um sistema capitalista globalizado que controla governos, países, sistemas econômicos produtivos, bancos centrais, centros financeiros, arsenais nucleares e complexos militares industriais.

Quando falamos de Israel, falamos antes de mais nada de um desenho estratégico de poder mundial que o protege, interativo e totalizado, que se concretiza mediante uma rede infinita de associações e vasos comunicantes entre o capital financeiro, industrial e de serviços.

O lobby sionista que sustenta e legitima a existência de Israel não é um Estado no distante Oriente Médio, senão um sistema de poder econômico planetário (o sistema capitalista) de bancos e corporações transnacionais com judeus dominando a maioria dos pacotes acionários ou hegemonizando as decisões gerenciais desde postos diretivos e executivos.

Quem se der ao trabalho de investigar o nome dos integrantes das diretorias ou dos grandes acionistas das grandes corporações e bancos transnacionais estadunidenses e europeus que controlam desde o comércio exterior e interior até os sistemas econômicos produtivos dos países, tanto centrais como "subdesenvolvidos" ou "emergentes", poderá facilmente comprovar que (em uma importante maioria) são de origem judia.

As direções e acionistas das primeiras trinta megaempresas transnacionais e bancos (as maiores do mundo) que cotizam o índice Dow Jones de Wall Street são em sua maioria de origem judia.

Megacorporações do capitalismo sem fronteiras como: Wal-Mart Stores, Walt Disney, Microsoft, Pfizer Inc, General Motors, Hewlett Packard, Home Depot, Honeywell, IBM, Intel Corporation, Johnson & Johnson, JP Morgan Chase, American International Group, American Express, AT & T, Boeing Co (armamentista), Caterpillar, Citigroup, Coca Cola, Dupont, Exxon Mobil (petroleira), General Electric, McDonalds, Merck & Co, Procter & Gamble, United Technologies, Verizon, são controladas e/ou gerenciadas por capitais e pessoas de origem judia.

Estas corporações representam o creme do creme dos grandes consórcios transnacionais sionistas que, através do lobby exercido pelas embaixadas estadunidenses e européias, ditam e condicionam a política mundial e o comportamento dos governos, exércitos ou instituições mundiais oficiais ou privadas.

São os donos invisíveis do planeta: os que manejam os países e presidentes por controle remoto, como se fossem títeres de última geração.

Quem investigue com este mesmo critério, ademais, os meios de comunicação, a indústria cultural ou artística, câmaras empresariais, organizações sociais, fundações, organizações profissionais, ONGs, tanto nos países centrais como periféricos, vai se surpreender com a notável incidência de pessoas de origem judia em seus mais altos níveis de decisão.

As principais cadeias televisivas dos USA (CNN, ABC, NBC e Fox), os principais diários (The Wall Street Journal, The New York Times e The Washington Post) estão controlados e gerenciados (através de grupos de acionistas ou de famílias) por grupos do lobby judeu, principalmente novayorquino.

Da mesma forma as três mais influentes revistas (Newsweek, Time e The New Yorker), e consórcios hegemônicos da Internet como Time-Warner (fundidos com América on Line) e Yahoo estão controlados por gerenciamento e capital judeu que opera a nível de redes e conglomerados entrelaçados com outras empresas.

Colossos do cinema como Hollywood e do espetáculo como The Walt Disney Company, Warner Brothers, Columbia Pictures, Paramount, 20th Century Fox, entre outros, formam parte desta rede interativa do capital sionista imperialista.

A concentração do capital mundial em mega-grupos ou mega-companhias controladas pelo capital sionista, em uma proporção aplastante, possibilita decisões planetárias de todo o tipo, na economia, na sociedade, na vida política, na cultura, etc., e representa o aspecto mais definido da globalização imposta pelo poder mundial do sistema capitalista imperial.

O objetivo central expansivo deste capitalismo sionista transnacionalizado é o controle e o domínio (por meio de guerras de conquista ou de "sistemas democráticos") de recursos naturais e sistemas econômico-produtivos, em um sistema que seus defensores e teóricos chamam "políticas de mercado".

O capitalismo transnacional, em escala global, é o dono dos Estados e de seus recursos e sistemas econômico-produtivos, não somente do mundo dependente, senão também dos países capitalistas centrais.

Portanto, os governos dependentes e centrais são gerências (pela esquerda ou direita) que, com variantes discursivas, executam o mesmo programa econômico e as mesmas linhas estratégicas de controle político e social.

Este capitalismo transnacional "sem fronteiras" do lobby sionista que sustenta o Estado de Israel se assenta em dois pilares fundamentais: a especulação financeira informatizada (com assento territorial em Wall Street) e a tecnologia militar-industrial de última geração (cuja máxima de desenvolvimento se concentra no Complexo Militar Industrial dos USA).

O lobby sionista internacional, sobre o qual se assentam os pilares existenciais do Estado de Israel, controla desde governos, exércitos, polícias, estruturas econômicos produtivas, sistemas financeiros, sistemas políticos, estruturas tecnológicas e científicas, estruturas socioculturais, estruturas midiáticas internacionais, até o poder de polícia mundial assentado sobre os arsenais nucleares, os complexos militares industriais e os aparatos de deslocamento militar dos USA e das potências centrais.

A esse poder, e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Meio Oriente temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "anti-semitismo".

B) O lobby imperial
O lobby sionista pró-israelense, a rede de poder oculto que controla a Casa Branca, o Pentágono e o Banco Central não reza nas sinagogas senão na Catedral de Wall Street. Um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio.

Quando se referem ao lobby sionista (ao que denominam de lobby pró-israel) a maioria dos expertos e analistas falam de um grupo de funcionários e tecnocratas, em cujas mãos está o desenho e a execução da política militar norte-americana.

A este lobby de pressão se atribui o objetivo estratégico permanente de impor a agenda militar e os interesses políticos e geopolíticos do governo e do Estado de Israel na política exterior dos USA.

Como definição, o lobby pró-israel é uma gigantesca maquinaria de pressão econômica e política que opera simultaneamente em todos os estamentos do poder institucional estadunidense: Casa Branca, Congresso, Pentágono, Departamento de Estado, CIA e agências da comunidade de inteligência, entre os mais importantes.

Por meio da utilização de seu poder financeiro, de sua estratégica posição nos centros de decisão, os grupos financeiros do lobby exercem influência decisiva na política interna e externa dos USA, a primeira potência imperial, além de seu papel dominante no financiamento dos partidos políticos, dos candidatos presidenciais e dos congressistas.

A nível imperial, o poder financeiro do lobby se expressa principalmente por mio do Banco Central dos USA, um organismo chave para a concentração e reprodução do capital especulativo a nível planetário.

O coração do lobby sionista estadunidense é o poderoso setor financeiro de Wall Street que tem direta implicação e participação na nomeação de funcionários chaves do governo dos USA e dos órgãos de controle da política monetária e instituições creditícias (nacional e internacional) com sede em Washington e Nova York.

Os organismos econômicos financeiros internacionais como a OCDE, o Banco Mundial, o FMI, estão sob o controle direto dos bancos centrais e dos governos dos USA e das potências controladas pelo lobby sionista internacional (Grã Bretanha, Alemanha, França, Japão, entre as mais relevantes).

Organizações e alianças internacionais como a ONU, o Conselho de Segurança e a OTAN estão controladas pelo eixo sionista USA-União Européia, cujas potências centrais são as que garantem a impunidade dos extermínios militares de Israel no Meio Oriente, como sucedeu com o último massacre de ativistas solidários com o povo de Gaza.

As principais instituições do lobby (Goldman Sachs, Morgan Stanley, Lehman Brother, etc.) e os principais bancos (Citigroup, JP Morgan e Merrill Lynch, etc.) influem decisivamente para a nomeação dos titulares do Banco Central, o Tesouro, e a secretaria de Comércio, ademais dos diretores do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

C) O mito do "anti-semitismo"
É este fenômeno de "poder capitalista mundial judeu", e não a Israel, que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que evitam tremulamente condenar ou nomear os periódicos genocídios militares de Israel em Gaza, repetindo o que já fizeram durante o massacre israelense no Líbano em 2006.

A grande cumplicidade internacional com os massacres periódicos israelenses não se gesta por medo do Estado de Israel, senão por medo do que representa o Estado de Israel.

Não se trata de Israel, senão do "Grande Israel", a pátria do judaísmo mundial (com território roubado dos palestinos), da qual todos os judeus do mundo se sentem seus filhos pródigos dispersos pelo mundo.

Não se trata de Israel, senão das poderosas organizações e comunidades judias mundiais que apoiaram em bloco o genocídio militar de Israel em Gaza, que utilizam seu poder e "escala de prestígio" (construída mediante sua vitimização histórica com o Holocausto) para converter em um leproso social aquele que se atreva a criticar ou levantar a voz contra o extermínio militar israelense em Gaza.

Não temem o Estado de Israel, senão aos filhos de Israel camuflados nos grandes centros de decisão do poder mundial, sobretudo econômico-financeiros e midiático-culturais.

Os políticos, intelectuais e jornalistas do sistema não temem Israel, senão que temem aos meios de comunicação, organizações e empresas judias, e sua influência sobre os governos e processos econômico-culturais do sistema capitalista sionista apoiados por todos os países em escala planetária.

Definitivamente, temem que as empresas, as universidades, as organizações e as fundações internacionais sionistas que financiam e/ou promovem suas ascensões e postos na maquinaria do sistema os declarem "anti-semitas" e os deixem sem trabalho.

Essa é a causa principal que explica porque os intelectuais, acadêmicos e jornalistas do sistema vivem elucubrando sérias análises da "realidade" política, econômica e social sem a presença da palavra judeu ou do sistema capitalista que paga por seus serviços.

Se bem que há um grupo de intelectuais e de militantes judeus de esquerda (dentre eles Chomsky e Gelamn, entre outros) que condenaram e protestaram contra o genocídio israelense em Gaza, a maioria considerável das comunidades e organizações judias em escala planetária apoiou explicitamente o massacre de civis em Gaza argumentando que se tratava de uma "guerra contra o terrorismo".

Apesar de que Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala, quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo.

Apesar de que o lobby judeu sionista que controla Israel, tanto como a Casa Branca, o Tesouro e o Banco Central dos USA não rezam nas sinagogas senão na Catedral de Wall Street, aquele que critique é alcunhado de imediato como "anti-semita" ou "nazi" pelas estruturas midiáticas e culturais controladas pelo poder judeu mundial.

As campanhas de denúncia de anti-semitismo com as quais Israel e as organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas.

O lobby sionista não controla o mundo com a religião: o maneja com bancos, transnacionais, hegemonia sobre os sistemas econômico-produtivos, controle sobre os recursos naturais, controle da rede informativa e de manipulação mundial, o manejo dos valores sociais através da publicidade, a cultura e o consumo estandardizado e globalizado pelos meios de comunicação

Em resumo:
O lobby sionista que protege o Estado de Israel (pela "direita" e pela "esquerda") está conformado por uma estrutura de estrategistas e tecnocratas que operam as redes industriais, tecnológicas, militares, financeiras e midiáticas do capitalismo transnacional estendido pelos quatro pontos cardeais do planeta.

Suas redes se expressam através de uma multiplicidade de organizações dedicadas a promover o atual modelo global, entre as quais se encontram principalmente: The Hudson Institute, The RAND Corporation, The Brookings Institution, The Trilateral Commission, The World Economic Forum, Aspen Institute, American Enterprise Institute, Deutsche Gesellschaft für Auswärtigen Politik, Bilderberg Group, Cato Institute, Tavestock institute, e a Carnegie Endowment for International Peace, entre outras.

Todos estes think tanks ou "bancos de cérebros" reúnem os melhores tecnocratas, cientistas e estudiosos em seus respectivos campos, egressos das universidades dos USA, Europa e todo o resto do mundo.

O lobby não somente está na Casa Branca, senão que abarca todos os níveis das operações do capitalismo em escala transnacional, cujo desenho estratégico está na cabeça dos grandes charmans e executivos de bancos e consórcios multinacionais que se sentam no Consenso de Washington e repartem o planeta como se fosse uma pizza.

Enquanto não se articule um novo sistema de compreensão estratégica (uma "terceira posição" revolucionária do saber e do conhecimento) o poder mundial que controla o planeta seguirá perpetuando-se nas falsas opções de "esquerda" e "direita".

E o lobby judeu de "direita" dos republicanos conservadores seguirá sucedendo ao lobby judeu "de esquerda" dos democratas liberais em uma continuidade estratégica com as mesmas linhas reatoras do Império sionista mundial.

E os massacres do Estado de Israel seguirão, como até agora, impunes e protegidos pelas estruturas do sistema de poder mundial sionista capitalista que o considera como sua "pátria territorial".