quinta-feira, 29 de junho de 2017

Síria: o fim da guerra agora está à vista

                                                             por Moon of Alabama

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Nos últimos dias, a mudança mais importante foi o movimento das forças do governo sírio (áreas vermelhas e setas - ver mapa no final do artigo) do sudeste para a fronteira com o Iraque. O plano inicial era retomar al-Tanf no sudoeste para proteger a auto-estrada Damasco-Bagdad. Mas al-Tanf foi ocupada pelos invasores americanos, britânicos e noruegueses e algumas das suas forças por procuração (azul). Os seus aviões atacaram os comboios do exército Sírio à medida que estes se aproximavam. 

O plano americano era movimentarem-se de al-Tanf para o norte em direção ao rio Eufrates, para capturar e ocupar todo o sudeste da Síria. Mas a Síria e seus aliados fizeram um movimento inesperado que frustrou o plano. Os invasores estão agora isolados do Rio Eufrates por uma linha síria que vai de leste a oeste, até à fronteira com o Iraque. No Iraque, unidades militares populares sob o comando do governo iraquiano vieram ao encontro das forças sírias até à fronteira.

Os invasores americanos agora estão acampados no meio de um deserto sem interesse estratégico perto de al-Tanf; a sua única opção é morrer de tédio ou voltar para a Jordânia, de onde vieram. O exército russo já deixou claro que intervirá firmemente se os EUA atacarem a linha síria e se movimentarem mais para norte. Os Estados Unidos e seus aliados não têm nenhum mandato para estar na Síria. Eles não têm nenhuma razão, nem nenhum motivo legal para atacar as unidades sírias. A sua única opção é bater em retirada.

O movimento americano em al-Tanf teve como cobertura um ataque das forças por procuração americanas no sudoeste da Síria. Um grande grupo de "rebeldes", que inclui elementos da al-Qaeda e que é reabastecido desde a Jordânia, fez um movimento para tomar a cidade de Daraa, nas mãos do governo sírio. Esperava-se que este ataque desviasse as forças sírias de seu movimento para o leste. Mas apesar dos ataques suicidas, o assalto contra Deraa foi incapaz de reduzir a forte resistência das forças sírias. A tentativa de diversão fracassou. A posição da Síria em Deraa foi reforçada pelas unidades de Damasco, que agora atacam os gangues de mercenários do exército dos EUA. Progressos significativos foram alcançados ao sul de Daraa e o exército sírio provavelmente continuará sua ofensiva até à fronteira jordana.

Os planos dos EUA para o sul da Síria, a Ocidente como a Oriente, têm falhado por agora. A menos que a administração Trump esteja disposta a investir forças significativas e travar uma guerra aberta, violando todas as leis, contra o governo sírio e seus aliados, a situação está controlada. Forças sírias retomarão com o tempo todas as terras (a azul) no sul, que atualmente são detidas pelas diversas forças de procuração americana e outros grupos terroristas.

A noroeste, "rebeldes" takfiris concentram-se em torno de Idleb e mais ao norte. Estes grupos são financiados pela Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia. O recente conflito entre o Qatar e outros Estados do Golfo causou ainda mais caos em Idlib. Os grupos apadrinhados pela Arábia Saudita lutam contra os grupos apadrinhados pelo Qatar e os turcos. Esses conflitos somam-se a outras divergências entre forças alinhadas com a al-Qaeda e as de Aharar al-Sham. As forças do governo sírio cercam a província, e a Turquia no norte manteve sua fronteira fechada a maior parte do tempo. Os takfiris "rebeldes" de Idleb vão marinar no seu próprio tempero, até estarem esgotados. De seguida, as forças do governo virão para acabar com eles.

No centro do mapa, forças do exército Sírio (setas vermelhas) estão direcionadas para as áreas desérticas centrais detidas pelas forças de ISIS que estão a recuar para o leste (setas pretas). As forças do governo sírio que chegam simultaneamente do norte, oeste e sul, estão progredindo rapidamente e a retomar vários quilómetros de terreno a cada dia. No mês passado, 4 000 quilómetros quadrados e mais de 100 aldeias e cidades foram retomados. Em poucas semanas, terão retomado todas as áreas (castanho) do ISIS até ao Rio Eufrates e à fronteira sírio-iraquiana.

Equipamento militar russo de pontes começou recentemente a chegar à Síria. Servirá para atravessar o rio Eufrates e retornar às áreas a norte do rio.

Enquanto isso, as forças curdas (setas amarelas), apoiadas pelos Estados Unidos atacaram a cidade de Raqqa, retida pelo ISIS. O comando militar russo afirma que os curdos e os Estados Unidos acordaram com o ISIS deixar partir os seus combatentes de Raqqa para irem para o sul e leste. A velocidade com que os curdos tomaram a cidade confirma esta afirmação. Parece que não houve praticamente nenhuma resistência do Estado islâmico.

Todas as forças do ISIS, que permanecem na Síria, as que vêm Raqqa, bem como as provenientes de áreas do deserto, movem-se para leste ao longo do Rio Eufrates na direção da cidade de Deir Ezzor. Há pelo menos 100 mil civis a favor do governo e uma guarnição do exército sírio ali, há muito tempo cercada pelas forças do ISIS. A população sitiada é reabastecida pelo ar. Até agora, a guarnição militar síria resiste aos ataques do ISIS. Mas se milhares de combatentes do estado islâmico chegarem como reforços, desta vez as tropas do governo poderiam ser submersas. É necessário enviar reforços de para-quedas para a cidade para evitar o ISIS entrar e entregar-se a um grande massacre. Uma linha de socorro terrestre seria a melhor opção. Mas o avanço do exército sírio para a cidade foi atrasado pelas manigâncias dos Estados Unidos no sul. As forças governamentais preparam um grande movimento terrestre para Deir Ezzo. Apenas se pode esperar que cheguem a tempo.

Forças por procuração do Qatar, sauditas e turcas, lideradas pela CIA, desencadearam uma guerra desde há seis anos contra a Síria e o seu povo. Com o Qatar e a Turquia agora em conflito com os sauditas e seus aliados americanos, o bando que atacou a Síria desintegra-se. O Estado islâmico perde rapidamente terreno e está à beira da derrota. O progresso dos Estados Unidos no sul foi interrompido. A menos que os Estados Unidos não mudem de tática e não se envolvam num ataque em grande escala contra a Síria com suas próprias forças armadas, a guerra contra a Síria está terminada. Numerosas zonas têm ainda de ser retomadas pelas forças sírias. Os ataques terroristas no país continuarão por vários anos. As feridas levarão décadas a sarar. Será necessário entabular negociações sobre as áreas situadas a norte que estão atualmente sob controlo turco ou de mercenários dos americanos. Haverá muitas questões a regular. Mas a guerra estratégica de grande escala contra a Síria tem agora um fim.

Ninguém ganhou o que quer que fosse. Os curdos que durante algum tempo apareciam como os únicos ganhadores da guerra, acabam de deitar fora o que tinham ganho.

As forças curdas YPG apoiadas pelos Estados Unidos cometeram o erro incrível de pedir abertamente o apoio da Arábia Saudita . Os anarco-marxistas do YPG, que orgulhosamente exibem o seu feminismo, mostram súbita lealdade para com as aberrações medievais wahhabitas, destruindo a sua reputação de força de esquerda progressista. Sua iniciativa vai fortalecer a hostilidade turca, síria, iraquiana e iraniana contra eles. Todos os ganhos políticos que fizeram a maior parte do tempo durante a guerra por não tomarem parte, nem a favor dos "rebeldes" nem do governo sírio estão agora em risco. É uma decisão insensata. A área detida pelos curdos está completamente cercada por forças mais ou menos hostis. O apoio dos Estados Unidos ou da Arábia Saudita ao enclave curdo cercado não pode durar muito tempo. Os curdos vieram de novo demonstrar que são os piores inimigos da sua luta por um Estado curdo soberano (pela metade). Eles serão reenviados para os seus territórios de origem e serão novamente incorporados ao Estado sírio.

Actualização (14/Jun/17) 

O secretário de defesa Mattis foi interrogado em13 de junho no Congresso sobre a situação na Síria. Não há ainda uma transcrição disponível, mas aqui estão alguns tweets dum repórter de Stars & Stripes que assistiu:

Tara Copp@TaraCopp - 3:11 PM - 13 juin 2017
"O secretário da Defesa Mattis disse que as forças de "pró-regime" que entraram na Síria, perto da base da AlTanf são de facto russas".
"Secretário da Defesa Mattis: "Eu não previa que os russos chegassem lá (perto de al-Tanf) mas isto não surpreendeu os nossos serviços secretos".

Antes, os Estados Unidos haviam afirmado que as forças alinhadas com o governo sírio que avançavam na direção de al-Tanf eram "apoiadas pelo Irão" ou "dirigidas pelo Irão". Mas agora, o secretário da Defesa diz que era mentira. Tratava-se de russos aliados do governo sírio. Certamente que os russos não recebem ordens de generais iranianos. Não surpreende portanto que o comando russo tenha emitido uma forte advertência contra qualquer ataque a essas forças.

Mattis também mostra que é incapaz de pensamento estratégico. Acreditava realmente que os russos não iriam a al-Tanf para dar cobertura aos seus camaradas sírios? É claro desde há meses, que os russos estão totalmente envolvidos na Síria. Não deixarão cair o governo sírio para se porem de bem com Mattis, Trump ou qualquer outra pessoa. Sua estratégia é clara por algum tempo: eles vão lutar. Disseram isso. Seria necessário ser idiota para acreditar noutra coisa.

Al-Tanf tem importância tática, mas o exército americano elevou-o à categoria estratégica. O que não é manifestamente o caso. Não se compreende por que razão os EUA têm de defender esse lugar em pleno deserto. Não há nenhuma razão, mas defendê-la por "princípio"' poderia evidentemente causar uma guerra muito mais importante .
A guarnição de al-Tanf está agora cercada por forças hostis. As forças dos Estados Unidos na região terão de atravessar posições do regime para irem até al Bukamal, o que arrisca a provocar uma escalada na guerra.

O que vai acontecer agora? Estão os EUA dispostos a proteger estas forças perpetuamente? Isso é os Estados Unidos fornecerão cobertura aérea às forças que lutam diretamente com os aliados do governo fora da área de 55 km? Os três últimos ataques não causaram uma resposta que prejudicou os interesses dos Estados Unidos? A resposta à última pergunta é sim.

A estratégia deveria comandar a tática quando têm que lidar com forças suportadas pelo Irão, na Síria e não o inverso.

Os Estados Unidos têm a capacidade de defender uma guarnição no deserto sírio. No entanto, não há nenhuma razão estratégica para fazê-lo, o que torna impossível uma avaliação das vantagens e desvantagens.
O Departamento da Defesa e o comando americano no terreno claramente ainda não entenderam isso. O comandante local dos Estados Unidos levou da Jordânia para al-Tanf um sistema de artilharia de longo alcance, o HIMARS . O HIMARS tem um alcance de 300 quilómetros. Não faz diferença do ponto de vista tático, não faz qualquer diferença atirar da Jordânia ou de al-Tanf na Síria a cerca de 12 quilómetros da fronteira. É uma atitude simbólica do tipo "espetar a bandeira" em al-Tanf, mas expõe o sistema de artilharia a um legítimo ataque das forças sírias, russas e iranianas.

Como secretário de Estado Tillerson afirmou  com razão: os Estados Unidos não têm nenhuma autoridade legal para atacar os sírios, os iranianos ou as forças russas. Mas não menos importante: invadiram a Síria sem um motivo legítimo. Por outro lado, a Síria, tem autoridade legal para expulsar as tropas americanas. 

Levar os HIMARS para al-Tanf é completamente idiota. Já é tempo de Washington parar com as suas asneiras. 

Ver também: 
  • The latest escalation in Syria – what is really going on? , 23/Junho/17

    A versão em francês encontra-se em www.legrandsoir.info/syrie-la-fin-de-la-guerre-est-maintenant-en-vue.html 


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • quarta-feira, 28 de junho de 2017

    OS ESTADOS UNIDOS PREPARAM-SE PARA ATACAR O POVO SÍRIO,

    No começo deste mês, o coronel do exército, Ryan Dillon, porta-voz da coalizão liderada pelos EUA, admitiu que os EUA e seus aliados perderam a corrida na fronteira entre a Sírio e o Iraque com as forças governamentais da Síria, afirmou ainda que o Pentágono não tem problemas com a operação anti-ISIS da aliança sírio-iraniana-russa na área.
    Mas, parece que a Casa Branca tem muitos problema com isso.

    O lançamento de um míssil de cruzeiro Tomahawk por um destróier americano.

    Um ministro sírio argumenta que a alegação dos Estados Unidos sobre um possível uso de armas químicas por Damasco é um pretexto para uma 'nova agressão' à Síria.
    "Este show americano não é o primeiro, nem será o último, é uma novela apresentada pelos EUA com as ameaças de agressão à Síria", denunciou nesta terça-feira, o Ministro sírio da Informação Mohammad Ramez Turyuman.
    Na segunda-feira, a Casa Branca anunciou que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, planeja realizar um suposto ataque de armas químicas e advertiu que se isso acontecer, o presidente e o Exército Árabe da Sírio "pagará um preço elevado."
    De acordo com Turyuman, o presidente, Donald Trump, se vale de um suposto ataque químico como  pretexto para "salvar o projeto estadunidense-sionista" para o Mundo Árabe. 
    Washington precisa desse pretexto para ganhar o apoio da opinião pública para uma nova agressão contra a Síria, tal como  fez em 7 de abril contra a base aérea de Al-Shairat (oeste), supostamente em retaliação a um ataque químico registrado 4 abril na cidade de Jan Sheijun (noroeste), acusando sem prova alguma o governo sírio.
    O Ministro enfatizou que Damasco  levado muito a sério esta campanha, uma vez que já se sabe que o presidente republicano dos EUA aproveitará qualquer oportunidadetruir  para seguir a estratégia de destruir a Síria, como fez com a Líbia, Afeganistão e o Iraque.
    A Rússia já reagiu às declarações da Casa Branca, considerando "inaceitável" qualquer ameaça de Washington contra a "liderança legítima" na Síria.
    O governo sírio diz que nunca usou munição tóxico em sua campanha anti-terrorismo e lembre-se todo o seu arsenal químico já foi excluído ou entregue à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em 2014.

    cb / nii /
    http://www.hispantv.com/noticias/ee-uu-/345904/ataque-aviones-buques-quimico-ejercito-sirio-trump

    ISRAEL FAZENDO SUA PARTE NA GUERRA CONTRA O ESTADO ÁRABE DA SÍRIA: Caças israelenses voltam a atacar o Exército Arabe da Síria, em Golã

     Un avión de guerra de la fuerza aérea israelí en una maniobra.
    Em um novo ato de provocação, os aviões de guerra israelenses bombardearam novamente as posições do  exército sírio nas Colinas de Golã.
    De acordo com uma fonte militar do Regimento de Golã, a aviação militar do regime sionista  atacou as forças sírias na estratégica província de Quneitra, localizada ao sul do país arabe.
    Especificamente, o alvo do ataque foi identificado como unidade de artilharia, na cidade de  Samadaniyah al-Sharqi.
    Esta unidade de artilharia desempenha um papel fundamental no progresso do exército sírio contra os grupos extremistas baseados na área, tais como a Frente Fath Al-Sham (antiga Frente al-Nusra), obrigando os terroristas a abandonar suas posições.
    No momento não se sabe se há vítimas ou quais danos tenham sido produzidos após a agressão israelense, como indicado no site Al-Masdar News .
    Minutos antes, fontes militares israelenses afirmaram que desde Quneitra haviam lançados mísseis que caíram ao norte dos territórios palestinos ocupados, sem dar mais detalhes. 

    Este é o  quarto ataque aéreo  da força aérea  de Tel Aviv nos últimos dias contra as posições das forças governamentais sírias na mesma região, na fronteira com os territórios palestinos ocupados.
    Desde que a crise síria começou, em 2011, são frequentes os  ataques aéreos ou  de artilharia das forças militares do regime israelense contra as posições do Exército sírio.

    O mais grave ocorreu em março, quando quatro aviões de guerra israelenses bombardearam alvos militares sírios no centro da cidade de Palmyra (Tadmor, em árabe). a ocasião, o Exército Sírio declarou ter derrubado um caça israelense e danificou outro aparelho.


    O Governo da Síria acusa o regime de Tel Aviv de atacar as posições das forças sírias para facilitar a ação de grupos armados e terroristas e incentivá-los a continuar a luta.


    mk / ANZ / HGN / RBA

    http://www.hispantv.com/noticias/siria/345902/aviones-guerra-israel-ataque-ejercito-golan

    quinta-feira, 22 de junho de 2017

    Cúpula trilateral entre a Grécia, Chipre e Israel

     
    Tsipras, do partido de ""esquerda""SYRIZA , da Grécia, em uma demonstração histórica do lugar  onde chega os de "esquerda" que insistem em administrar o capitalismo. (Comentário do Blog)
    Assista a manifestação dos trabalhadores gregos contra esta cúpula e contra a presença do dirigente sionista: https://www.youtube.com/watch?v=8dkVM8v9ABs



    Outro  elo  na cadeia de  planos e antagonismos  que são  
     perigosos para os povos

    Em 15 de junho foi realizada em Tesalónica o  III Conselho de Cooperação  de Alto Nível  entre a Grécia e Israel  e a  Cúpula  trilateral  entre a Grécia, Chipre e Israel , com a participação do Primeiro-Ministros  Al. Tsipras  e  B. Netanyahu  e Presidente  chipriota N. Anastasiadis . 

    A discussão  e as decisões  tomadas  refletem o objetivo do governo em melhorar o papel geo-estratégico de grupos empresariais locais, para  interligar  as capitais dos três países e  expandir as atividades de empresariais, sobretudo com  relação as fontes e rotas de transporte de energia.

    Se trata de um esforço que tem lugar no campo de intensos antagonismos entre centros e estados imperialistas  no  Mediterrâneo Oriental, precisamente  para  o controle dos recursos naturais  e canais de  transporte de energia , com enormes perigos para  os  povos  na região .

    Alexis Tsipras  se cenrou na relação "estratégica", como   caracterizou , entre os três países, bem como seus planos para "  estabilidade e   segurança " na região, que é uma condição prévia para seu próximo objetivo  que  qualificou  como "suporte para  a iniciativa  empresarial."

    Tsipras também   se referiu  a "cooperação energética" baseada na "posição geopolítica dos três países" em uma importante encruzilhada e  acima  ou perto das jazidas, servindo  para a estratégia da burguesia nacional de convertero país  em  um  " centro energia . " Outrossim,  enfatizou que este objetivo  contribui para a  aplicação da estratégia da União Europeia com respeito  à  diversificação das  fontes de  abastecimento de  energia basicamente  para reduzir sua dependência de  combustíveis  russos . Neste  contexto , Tsipras fez alusão   a conexão  Greece-Cyprus-Israel  e o conduto "East Med" (que através de Chipre e Grécia vão transportar depósitos de energia do Mediterrâneo Oriental para a UE), bem como o desenvolvimento de Fontes energia renovável. 

       " Na  mesa  havia  discussões sobre  os acontecimentos  na região em geral , com respeito  à questão  da Síria e  chipriota " segungo Tsipras, e  quando  falou da questão palestina reconheceu  "o direito do povo de Israel de viver em segurança ", ou seja, utilizou o pretexto  muito usado pelo Estado de Israel para realizar crimes diários contra o povo palestino.

    O Ministro israelense de Energia saudou a participação de empresas gregas na área de  exploração  de hidrocarbonetos nas regiões  de  Karich e Tanin, convidou -as a reforçar o seu papel na  exploração  dos depósitos  de gás natural de Israel e salientou a  nova  impulso que pode  dar  o seu papel reforçado aos planos  duto East Med.

    Nestes encontros diversos acordos relacionados com a cooperação com Israel em diversos setores industriais foram promovidos, enquanto  sobre  a  cooperação militar , ainda que não estivesse na agenda da reunião, observou que " existe e se expressa tanto através da cooperação entre as indústrias  militares  dos dois países, incluindo  através  dos exercícios e  do treinamento conjunto ".
    Ao mesmo tempo, o periódico  "Rizospastis", órgão do Comitê Central do KKE,  caracterizava  a cúpula  trilateral  como " um outro  elo nos planos e antagonismos  que são  perigosos para os povos ".

    Na tarde de  15 junho, os trabalhadores e jovens de Tesalónica através da sua participação  em massa  no   rali  e na marchar organizados  pelo Comitê pela Distensão Internacional  e Paz de Thesalónica  demonstraram sua oposição à  participação  do nosso país nos planos imperialistas,  que acompanham os antagonismos dos monopólios, em  cujo marco se realiza a  cúpula trilateral  dos primeiros ministros da Grécia, Israel e Chipre. 

    Outrossim, a manifestação  enviou a mensagem de que os povos estão unidos  pelo interesse comum  da  luta por uma vida sem exploração e pobreza, sem padrões, onde os povo possam   desfrutar  da riqueza que produzem.
    Os manifestantes também denunciaram  como  uma provocação ao  sentimento amante da paz e anti - guerra do povo, a presença do primeiro-ministro de Israel, em Tesalónica, uma vez que é responsável pelos   ataques criminosos contra os povos da região e, especialmente, pelos crimes contra a o povo palestino  que sofrem as barbaridades há tantos anos.


     
    https://www.youtube.com/watch?v=8dkVM8v9ABs
    http://es.kke.gr/es/articles/Cumbre-trilateral-entre-Grecia-Chipre-e-Israel/