Israel está realizando um massacre na Faixa de Gaza. Mais de 300 palestinos já morreram por causa dos bombardeios indiscriminados do exército sionista. Com este massacre à população civil, Israel pretende derrotar o povo palestino.
O Hamas, que ganhou as eleições em 2006, conseguiu tornar independente um pedaço de sua terra ao expulsar os agentes de Israel. Como dizíamos na declaração da LIT por ocasião dos 60 anos de criação do Estado de Israel, apesar das tentativas conciliadoras do Hamas, que chamou à formação de um governo de unidade nacional com a Fatah, em meados de 2007, a situação resvalou em combates abertos entre as duas forças e num golpe de Estado organizado por Mahmoud Abbas para expulsar o Hamas e tomar o controle total do governo.
A reação das massas de Gaza impulsionou o Hamas a expulsar desse território o aparato militar de Abbas e a polícia da Fatah. Foi uma grande vitória das massas palestinas porque libertaram Gaza do controle de Israel e dos seus agentes, transformando-a, assim, num território palestino independente, ainda que em condições de isolamento muito difíceis.
Israel quer derrotar Gaza a qualquer preço
Esta situação era totalmente intolerável para um estado como Israel, que começou uma ação combinada de ataques militares – primeiro para destruir a infra-estrutura de geração de eletricidade e distribuição de água e depois com bombardeios diretos sobre a população civil – e um fechado bloqueio para impedir a chegada de alimentos, medicamentos e combustíveis. Havia que derrotar a qualquer custo a resistência do povo de Gaza e obrigá-lo a render-se.
Ao bloqueio, incursões militares e bombardeamentos, realizados de forma contínua desde 2006, somou-se agora esta ofensiva brutal. O povo palestino tem pouco mais que os seus corpos para resistir frente às bombas de Israel. O ataque, que se produz poucos dias antes da posse do novo presidente dos EUA, Barack Obama, pretende deixar claro o caminho que vão seguir. Ainda que Obama não se tenha pronunciado, já disse, quando visitou Israel, que faria o mesmo que os israelenses se vivesse sob o alcance dos mísseis palestinos.
O governo de Bush culpa o Hamas para apoiar novamente Israel no seu genocídio. Os representantes europeus insistem em que o mundo árabe deve aceitar as pretensões israelenses ao território palestino. Assim, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico declarou que: "Os líderes do mundo árabe têm uma grande oportunidade de deixar claro que os interesses do povo palestino só podem ser assegurados através de um estado palestino viável coexistindo com um Israel seguro". Na Espanha, Moratino, o ministro de Negócios Estrangeiros de Zapatero, pediu uma trégua para que retornem às negociações, advertindo também que o responsável da atual ofensiva de Israel é o Hamas.
A administração títere de Mahmoud Abbas somou-se a esta monstruosa cantilena, e teve a ousadia de dizer que o responsável dos ataques genocidas de Israel era o próprio Hamas, por "não haver renovado a trégua com Israel", em mais uma traição da causa palestina. Essa trégua, na verdade, havia sido utilizada por Israel para manter o cerco no fornecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis, ao mesmo tempo que exigia que nenhum míssil ou arma fosse utilizada pelos palestinos sitiados e que o estado nazista de Israel pudesse perseguir e bombardear a seu bel prazer qualquer ponto de Gaza (30 mortes em 6 meses). Quando terminou o primeiro período da trégua, o Hamas exigiu o levantamento do cerco para renová-la.
Até os funcionários da UNRWA, órgão da ONU para os refugiados, declararam que Israel cometia crimes humanitários ao manter esse cerco. Como represália a essa constatação, um dos funcionários, Richard Falk, foi impedido pelo governo israelense de entrar nos territórios ocupados.
O governo egípcio de Mubarak tolerou que a primeira-ministra israelita Tzipi Livni declarasse, no seu próprio palácio presidencial, no Cairo, a sua intenção de invadir Gaza, e, o mais grave, impediu a entrada de refugiados mantendo fechadas as passagens fronteiriças com Gaza, ajudando o cerco sionista. Mubarak converteu-se em cúmplice da morte de centenas de palestinos.
O governo israelita, que matou diariamente em todo esse período e submete a condições sub-humanas mais de 1,5 milhões de pessoas, utilizou como desculpa o fato de o Hamas não ter ratificado o cessar-fogo, que não passa de uma condenação à morte em vida, e os mísseis que conseguem atingir as vilas fronteiriças israelenses a partir de Gaza, e os escassos alvos acertados por eles, para justificar o seu ataque. As agressões contínuas que levou a cabo durante o suposto cessar-fogo não contam. Israel pretende que o cessar-fogo seja unilateral: os palestinos devem deixar-se massacrar sem se defender.
A LIT-QI coloca-se ao lado do povo palestino e do seu direito a terminar com a ocupação de sua terra que já dura 60 anos. Apelamos a todas as organizações políticas, sindicais e sociais que se pronunciem e mobilizem de forma urgente contra o novo massacre que está a ser perpetrado por Israel. Temos que exigir a ruptura de relações com o estado sionista e dar todo o apoio à resistência palestina."
Fim do genocídio na Faixa de Gaza!
Abaixo o Estado de Israel!
Viva a resistência do povo palestino!
Secretariado Internacional da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI)
www.litci.org
São Paulo, 29 de Dezembro de 2008
O Hamas, que ganhou as eleições em 2006, conseguiu tornar independente um pedaço de sua terra ao expulsar os agentes de Israel. Como dizíamos na declaração da LIT por ocasião dos 60 anos de criação do Estado de Israel, apesar das tentativas conciliadoras do Hamas, que chamou à formação de um governo de unidade nacional com a Fatah, em meados de 2007, a situação resvalou em combates abertos entre as duas forças e num golpe de Estado organizado por Mahmoud Abbas para expulsar o Hamas e tomar o controle total do governo.
A reação das massas de Gaza impulsionou o Hamas a expulsar desse território o aparato militar de Abbas e a polícia da Fatah. Foi uma grande vitória das massas palestinas porque libertaram Gaza do controle de Israel e dos seus agentes, transformando-a, assim, num território palestino independente, ainda que em condições de isolamento muito difíceis.
Israel quer derrotar Gaza a qualquer preço
Esta situação era totalmente intolerável para um estado como Israel, que começou uma ação combinada de ataques militares – primeiro para destruir a infra-estrutura de geração de eletricidade e distribuição de água e depois com bombardeios diretos sobre a população civil – e um fechado bloqueio para impedir a chegada de alimentos, medicamentos e combustíveis. Havia que derrotar a qualquer custo a resistência do povo de Gaza e obrigá-lo a render-se.
Ao bloqueio, incursões militares e bombardeamentos, realizados de forma contínua desde 2006, somou-se agora esta ofensiva brutal. O povo palestino tem pouco mais que os seus corpos para resistir frente às bombas de Israel. O ataque, que se produz poucos dias antes da posse do novo presidente dos EUA, Barack Obama, pretende deixar claro o caminho que vão seguir. Ainda que Obama não se tenha pronunciado, já disse, quando visitou Israel, que faria o mesmo que os israelenses se vivesse sob o alcance dos mísseis palestinos.
O governo de Bush culpa o Hamas para apoiar novamente Israel no seu genocídio. Os representantes europeus insistem em que o mundo árabe deve aceitar as pretensões israelenses ao território palestino. Assim, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico declarou que: "Os líderes do mundo árabe têm uma grande oportunidade de deixar claro que os interesses do povo palestino só podem ser assegurados através de um estado palestino viável coexistindo com um Israel seguro". Na Espanha, Moratino, o ministro de Negócios Estrangeiros de Zapatero, pediu uma trégua para que retornem às negociações, advertindo também que o responsável da atual ofensiva de Israel é o Hamas.
A administração títere de Mahmoud Abbas somou-se a esta monstruosa cantilena, e teve a ousadia de dizer que o responsável dos ataques genocidas de Israel era o próprio Hamas, por "não haver renovado a trégua com Israel", em mais uma traição da causa palestina. Essa trégua, na verdade, havia sido utilizada por Israel para manter o cerco no fornecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis, ao mesmo tempo que exigia que nenhum míssil ou arma fosse utilizada pelos palestinos sitiados e que o estado nazista de Israel pudesse perseguir e bombardear a seu bel prazer qualquer ponto de Gaza (30 mortes em 6 meses). Quando terminou o primeiro período da trégua, o Hamas exigiu o levantamento do cerco para renová-la.
Até os funcionários da UNRWA, órgão da ONU para os refugiados, declararam que Israel cometia crimes humanitários ao manter esse cerco. Como represália a essa constatação, um dos funcionários, Richard Falk, foi impedido pelo governo israelense de entrar nos territórios ocupados.
O governo egípcio de Mubarak tolerou que a primeira-ministra israelita Tzipi Livni declarasse, no seu próprio palácio presidencial, no Cairo, a sua intenção de invadir Gaza, e, o mais grave, impediu a entrada de refugiados mantendo fechadas as passagens fronteiriças com Gaza, ajudando o cerco sionista. Mubarak converteu-se em cúmplice da morte de centenas de palestinos.
O governo israelita, que matou diariamente em todo esse período e submete a condições sub-humanas mais de 1,5 milhões de pessoas, utilizou como desculpa o fato de o Hamas não ter ratificado o cessar-fogo, que não passa de uma condenação à morte em vida, e os mísseis que conseguem atingir as vilas fronteiriças israelenses a partir de Gaza, e os escassos alvos acertados por eles, para justificar o seu ataque. As agressões contínuas que levou a cabo durante o suposto cessar-fogo não contam. Israel pretende que o cessar-fogo seja unilateral: os palestinos devem deixar-se massacrar sem se defender.
A LIT-QI coloca-se ao lado do povo palestino e do seu direito a terminar com a ocupação de sua terra que já dura 60 anos. Apelamos a todas as organizações políticas, sindicais e sociais que se pronunciem e mobilizem de forma urgente contra o novo massacre que está a ser perpetrado por Israel. Temos que exigir a ruptura de relações com o estado sionista e dar todo o apoio à resistência palestina."
Fim do genocídio na Faixa de Gaza!
Abaixo o Estado de Israel!
Viva a resistência do povo palestino!
Secretariado Internacional da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI)
www.litci.org
São Paulo, 29 de Dezembro de 2008
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