quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ISRAEL ATACOU O SUL DO LÍBANO

Israel disparou quatro projéteis de artilharia no sul do Líbano em 29 de novembro de2011. (Foto de arquivo)
O exército libanês e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) confirmaram que Israel disparou quatro mísseis em áreas do sul do Líbano. Funcionários do exército libanês e da UNIFIL, disseram, na terça-feira, que o bombardeio israelense aconteceu depois que um foguete foi disparado do Líbano para o norte de Israel . A UNIFIL e o exército libanês abriram inquérito para apurar o incidente. Os relatórios dizem que um ramo da al-Qaeda, com base no sul do Líbano, assumiu a responsabilidade pelo ataque dos foguetes a Israel. Funcionários da UNIFIL disseram que a intenção da al-Qaeda é levar a instabilidade para o sul do Líbano, acrescentando que a UNIFIL já provideciou tropas adicionais que serão enviadas à área, afim de impedir a escalada de ataques. O presidente libanês, Michel Suleiman declarou que o ataque militar de Israel ao Líbano era uma violação da Resolução n º 1701. Resolução aprovada em agosto de 2006, pelo Conselho de Segurança da ONU que diz "uma completa cessação das hostilidades na guerra entre Israel e Hezbollah. " HSN / JR / IS

TRABALHADORES DO PORTO NO CAIRO SE RECUSAM A RECEBER TONELADAS DE GÁS LACRIMOGÊNEO DOS EUA



O governo dos EUA continua a exportar toneladas de gás lacrimogêneo para o Egito, que está sendo usado pela junta militar para reprimir manifestantes em todo o país norte Africano.
Sites de notícias egípcia publicaram documentos na terça-feira mostrando que sete toneladas e meia de gás lacrimogêneo, importadas dos EUA, já chegou a Suez. Os funcionários egípcios e algumas autoridades portuárias se recusaram a receber a carga, motivados pela preocupação de que o gás lacrimogêneo seria usado contra as manifestações pacíficas do povo egípcio.
Os documentos mostram que a carga, que chegou em 479 barris, era para ser entregue ao Ministério do Interior egípcio. E, que uma segunda remessa de 14 toneladas de gás lacrimogêneo, também dos EUA está programada para chegar ao país em breve, elevando o total para 21 toneladas em uma única semana.
Na semana passada, milhares de bombas de gás lacrimogêneo foram disparados contra manifestantes egípcios no centro do Cairo, quando os militares egípcios, reprimiram violentamente os manifestantes que exigiam que o Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF) entregasse o poder a um governo civil. MAB / HGL

"Os meios de comunicação ocidentais mentem sobre a Síria"

Press TV relatórios


Um legislador sênior da Turquia afirma que os meios de comunicação ocidentais não estão refletindo a realidade na Síria e que o Ocidente está jogando um jogo perigoso no país árabe..


MP Birgul Ayman Guler, vice-presidente do principal partido de oposição na Turquia principal, o Partido Popular Republicano (CHP), que visitou a Síria cerca de um mês atrás, como parte de uma delegação turca composta por 38 mulheres, disse na terça-feira que a realidade na Síria é muito diferente do que os meios de comunicação ocidentais estão relatando. Em uma entrevista exclusiva com o correspondente da Press de Ankara, Guler declarou: "O que percebemos durante a visita foi a de que a mídia ocidental está mentindo sobre a situação na Síria." "Foi-nos dito [pelas mídias ocidentais ] que estava havendo derramamento de sangue promovido pelas forças do governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, mas não vimos nenhuma violência na Síria ", acrescentou. Guler visitou as cidades de Alepo, Damasco e Latakia durante seu dia de quatro viagem para a Síria. Ela disse, que durante sua visita, houve combate somente em Hama e Homs, onde as forças do governo sírio foram envolvidas em confrontos com grupos armados que lançavam ataques contra as forças do governo e civis. "Quando voltamos para a Turquia, nossa delegação ou a realidade com muitas pessoas da Turquia, da mídia e da comunidade internacional," afirmou o MP turco. Guler acrescentou que elementos estrangeiros, como os Estados Unidos e a União Europeia, estão a tentar implementar um plano na Síria. http://www.presstv.ir

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ATO CONTRA A GUERRA DA OTAN: HOJE NA CINELÂNDIA - 29 DE NOVEMBRO - 17 HORAS


É gravíssima a ameaça de guerra contra o povo da Síria e do Iran! Os tambores sionistas rufam sem parar!


O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino historicamente organiza atividades de rua que agitam o dia 29 de novembro , Dia Internacional de Solidariedade à Palestina, como parte das atividades internacionalistas de solidariedade.


Este ano, não dá para falar de solidariedade à Palestina, sem levarmos em conta que seu destino (do povo palestino) estará sendo resolvido juntamente com o destino do povo sírio, libanes e iraniano: Os EUA e Israel estão montando o cenário da guerra que pode definir de uma forma dramática para os povos destes países, sua submissão total as forças sionistas.

Nesse sentido, não dá para ficar de fora ou "pendurado no muro"! Este ano, nossa solidariedade internacionalista passa por ampliarmos o significado desse dia 29 de novembro para o Dia de Solidariedade Internacionalista e Antimperialista aos povos da Palestina, Síria, Líbano e Iran. E dedicar todo nosso apoio à luta que esses povos travam diariamente nas ruas contra as forças sionistas!



FORA EUA E ISRAEL DO


ORIENTE MÉDIO

TIREM AS GARRAS DA SÍRIA!



E VIVA A RESISTÊNCIA DO EGITO!

Venha participar do Ato de solidariedade aos povos que estão enfrentando os mercenários sionistas e as ameaças de guerra!
DIGA NÃO À GUERRA CONTRA OS POVOS DA SÍRIA, DO LÍBANO, DO IRÃ e DA PALESTINA.
Eles precisam da nossa solidariedade agora!


DIA 29 DE NOVEMBRO - 17 HORAS Na


CINELÂNDIA - RIO DE JANEIRO


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A GUERRA DA MÍDIA

Síria, para além dos meios midiáticos






Martin Hacthoun
A cidade de Hama reflete visivelmente o que se passa pela Síria: Neste momento, um país submetido a intensa ofensiva política, uma violência terrorista imposta e atiçada do exterior, e uma investida midiática que não poupa distorções e falsidades da realidade.

Enquanto isso, o povo, que sente a tensão e os efeitos dos resultados desta campanha, leva sua vida sem perder as esperanças de que tudo voltará ao normal.

Esta cidade, Hama, capital da província homônima, no centro do país, foi praticamente tomada por grupos de extremistas armados acompanhados por turbas violentas de 31 de julho a 8 de agosto, dias em que cometeram saques, destruindo tudo que viam e cometendo crimes, como desmembramento dos corpos de 17 policiais mortos.

Os policiais foram surpreendidos às 05:30 (hora local) por um bando bem armado de indivíduos que os atacaram e destruíram sua sede no bairro de al-Hader, então os terroristas cortaram os corpos dos policiais e lançaram seus corpos da ponte no rio al-Assi , disseram os moradores do bairro aos jornalistas internacionais que visitaram a cidade.

Imagens deste horripilante fato foram transmitidas pelo canal Catari Al-Jazeera e outros.

Outras gangues destruíram e queimaram o clube dos oficiais, e fizeram o mesmo na sede do Tribunal Provincial, onde também fica o Cartório Notarial desta província de dois milhões e meio de habitantes. A destruição ainda hoje é visível.

Com grande dificuldades os trabalhadores do tribunal atendem ao público, mas só podem oferecer 30 por cento dos serviços comumente oferecidos, por causa da perda de registros e informações.

Eventos semelhantes ocorreram em Daraa, Idleb, Deir Ezzor e Homs. Neste momento, situação nessas localidade melhorou, inclusive em Deir Ezzor a situação já voltou a normalidade, mas seguem ocorrendo assaltos, ataques, seqüestros e outros abusos contra civis nas outras cidades, inclusive em Hama.

"Nós tivemos que chamar o auxílio do exército para poder livrar a cidade e sua população do terrorismo destes grupos armados", relatou aos jornalistas o governador de Hama, Dr. Anas A. Naem.

No tribunal, o procurador-geral Ismail Shafira afirmou que os danos materiais ao prédio, mobiliário, equipamento e saques totalizou 20 milhões 200 mil dólares, aos quais devemos acrescentar mais 510 000 pelas perda de informações dos processos e dos arquivos.

Tais eventos têm alterado a vida da cidade e trazido apreensão. O Jurista Shafira admite que ainda teme, porque eles podem ainda ser alvos desses grupos armados, que ainda rondam a região.

O governador Naem informou que a cidade agora está estável, mas todos ainda estão temerosos durante a noite, esclareceu que há casos de seqüestros e assassinatos em aldeias rurais e ataques noturnos esporádicos contra patrulhas policiais e postos militares.

A Síria foi criticada por usar o exército para conter os excessos violentos dos grupos terroristas armados, canais como a Al Jazeera e o saudita Al-Arabiya difundiram que áreas residenciais e hospitais em Hama foram destruídas pelo bombardeio das forças armadas. Mas, não foi essa a realidade vista pelos jornalistas que visitaram a cidade.

"Os militares estão aqui para nos proteger dos destruidores", disse Ibrahim Hidjo, um motorista que esperava ser atendido no Tribunal provincial. "Precisamos deles, quem poderia deter essa gente violenta?” Disse uma mulher que se identificou como Marian Mosret, e no mesmo sentido responderam outras pessoas que ali estavam presentes e falavam aos repórteres.

A campanha anti-Síria costuma dizer que essas gangues são opositores armados do governo do presidente Bashar al-Assad e que a integram, em sua maioria, os desertores do exército, no entanto, há cada vez mais evidências de que isso não é verdade; incluindo os aportes em confissões públicas feitas pelos membros presos, todas as provas dão conta que se trata de grupos providos de armas e munição do exterior e da qual participam muitos estrangeiros.

Inclusive, a diversidade e o poder das armas e, em particular, os sofisticados equipamentos de comunicação apreendidos pela forças pública da sírias, alguns cujo uso só são permitidos apenas pelos Ministérios da Defesa dos países fabricantes, e a Síria não os fabrica, sem sombra de dúvidas essa é uma das provas de que foram introduzidos no país.

Citando fontes de inteligência européias, a agência de notícias FARS e Cham Press divulgaram que mercenários foram treinados por especialistas dos EUA, em bases na Turquia e Qatar, com financiamento da Arábia Saudita, para serem infiltrados na Síria.

Nisso está envolvida, dizem essas fontes, a empresa Blackwater Worldwide/EUA, notória por seus laços estreitos com a CIA e pela participação de seus mercenários em vários cenários do planeta desde a sua criação na Carolina do Norte, há 10 anos.

Observadores concordam que a intenção dos centros de poder no Ocidente e dos países do Golfo que os apóiam é derrubar o governo de al-Assad. Uma incursão militar ao estilo da Líbia , dizem os políticos ocidentais, não é a opção mais desejada para eles.

Assim, estão concentrando todas as suas forças e recursos em atiçar e fornecer recursos para gerar focos de violência no país, criar confusão, instabilidade e enfraquecer o moral dos cidadãos e as suas forças de segurança do país.

Ao mesmo tempo, impõem sanções econômicas, incentivam e financiam grupos de oposição do exterior, até conseguirem divulgar a criação de um Exército de Libertação da Síria, o qual já neste ponto, a Turquia não negará que está em seu território, e, para completar, aumentarão a campanha na mídia.

Políticos, celebridades e líderes religiosos árabes comentam que tal ofensiva se deve a postura independente de Damasco, e sua firmeza na defesa de causas árabes, como a causa Palestina.


Eles, também, alertam que o que estamos assistindo é a nova forma de apresentar a política dos EUA de um “Novo Oriente Médio” que visa assegurar o controle das fontes de petróleo , alcançar uma maior proteção para o seu aliado Israel , e cujo objetivo final é o Iran.



Mas o analista político Nicola Nasser nos dá uma perspectiva muito mais global :
O jornalista e pesquisador nos assuntos do Oriente Médio advertiu na revista Middle East Online sobre a existência de fatores geopolíticos estratégicos regionais e internacionais, que estão convertendo a Síria na fronteira que pode pressagiar o surgimento de uma nova era de um mundo multipolar, que acabaria com a ordem unipolar hoje controlada pelos EUA e outros centros de poder ocidentais.


Neste contexto, teriam (os EUA) que compartilhar o controle com as chamadas nações emergentes, encabeçadas pela Rússia e pela China, que se projetam para ter mais voz nos projetos globais.


Esse mundo multipolar chegaria se a aliança comandada por Washington fracassasse em mudar o governo e o sistema na Síria, adverte Nasser. Se sua análise estiver correta, dá um bom argumento para explicar também a incisiva ofensiva contra Damasco e o Presidente al-Assad.


E, enquanto se desenrolam os acontecimentos, Najwa Alsaihi, uma moradora de Hama, organizar os papéis no cartório provincial para o casamento de seu filho, 01 de janeiro, e manifesta otimismo que até lá a sua cidade será muito mais segura.

Martin Hacthoun é correspondente da Prensa Latina, na Síria (De latino-americana Abstract )
http://lapupilainsomne. wordpress.com/2011/11/25 / sírio-além-de-media /

Tirem as patas da Síria

G. Zyuganov
Pravda

A situação em torno da Síria está se agravando. Está em marcha uma campanha midiática e uma intromissão deliberada e aberta dos Estados Unidos e aliados nos assuntos internos da Síria. Os representantes oficiais desse bloco, liderado pelos EUA, chamam abertamente os extremistas a cometerem ações armadas e os grupo fundamentalistas a renunciar qualquer contato com o governo.

Entretanto, o Presidente Bachar Asad anunciou o lançamento de importantes reformas políticas e seu governo está implementando-as de forma consistente.

Estão trabalhando sobre o projeto de uma nova constituição e, em um futuro próximo, serão convocadas eleições locais, sobre uma nova base jurídica; para em seguida, no início do próximo ano, celebrar as eleições parlamentares.

A pressão permanente exercida sobre a Síria e a intromissão em seus assuntos desenvolvem-se sob o pretexto hipócrita e cínico de defesa dos direitos humanos e da democracia.

Provoca nojo a predisposição da Liga Árabe em tomar parte na aventura anti-Síria. Criada para fortalecer as relações entre seus membros e a coordenação das iniciativas políticas dirigidas para defender seus interesses, o Liga Árabe se converteu em um poderoso instrumento para intromissão nos assuntos internos de outros países, converteu-se em uma arma para a execução da política agressiva dos Estados Unidos.

Os estatutos da Liga Árabe exigem respeito aos sistemas políticos existentes em cada país e a renúncia de qualquer tentativa de usurpação. No entanto, todas as ações produzidas pelos regimes monárquicos nos países sob o controle da direção da organização, contradizem os nobres objetivos, promulgados pelos fundadores da Liga Árabe.

O Iraque, a Líbia, agora, a Síria são exemplos de cenários da traição dos autodenominados guardiões da unidade dos países árabes.

Na história já houve uma liga, a Liga das Nações, que terminou sua vida traindo os interesses de seus povos.

Turquia, ao que parece, despertou de novamente para as ambições imperiais, tornou-se um dos instigadores das atividades subversivas contra a Síria. Somos testemunhos das aspirações da Turquia de se tornar uma superpotência regional, na qual estarão subordinados os países árabes. Para alcançar seus objetivos, está acobertando em seu território grupos de oposição Síria, fornecendo armas para esses criminosos e ameaçando abertamente com uma intervenção militar no território do país vizinho.

Condenamos firmemente estes atos e exigimos imediatamente o fim da intromissão nos assuntos internos da Síria.
Expressamos mais uma vez a nossa solidariedade com o povo sírio e manifestamos nossa convicção de que saberão demonstrar sua sabedoria, para garantir sua soberania e a tranqüilidade do país.

O povo sírio deve decidir seu destino por si mesmo.


G.Zyuganov é o líder do Partido Comunista Russo. Traduzido do russo por S. Josafat
Postado do www.rebelion.org

O Video que Israel não quer que você veja (legendado)

Por que os árabes temem a democracia que EUA, ONU e OTAN oferecem


Será por isso?




Ou ,por isto?





OU SERÁ QUE É POR ISSO?


http://blogdobourdoukan.blogspot.com/




























domingo, 27 de novembro de 2011

Intelectual norteamericano denuncia desde Damasco: " a CIA, o M16 e a MOSSAD operam juntos na Síria


[Foto: o embaixador dos Estados Unidos para a Síria, Robert S. Ford (à esquerda) é, de acordo com fontes fiáveis, o oficial americano chave do departamento de Estado, que tem sido responsável pelo recrutamento de terroristas árabes para criar os "esquadrões da morte" geralmente com ativistas da Al-Qaeda (organizaçãofinanciada pela a CIA ) para essas mesmas unidades no Afeganistão, no Iraque, Iêmen e Chechênia para que lutem agora contra o exército sírio e a polícia na Síria para gerar uma guerra civil em este país].

Países ocidentais estão fazendo todo o possível para desestabilizar a paz civil na Síria, denunciou o escritor e jornalista norte-americano Webster Tarpley (Red Voltaire) de Damasco, capital da Síria à TV RT ( Rússia Today). De acordo com ele, os civis sírios tem que lidar diariamente com esquadrões da morte e o terrorismo cego, que é típico das ações secretas de sabotagem e desestabilização usada pela CIA.

"Como o cidadão sírio médio de todas as etnias sabem o que está acontecendo?"
As pessoas queixaram-se que há franco atiradores terroristas que estão atirando contra o povo. É terrorismo cego, simplesmente com o propósito de desestabilizar o país e fazer com que os diversos grupos étnicos se defrontem. Eu não chamaria isso de guerra civil - que é um termo que engana quando estamos nos referindo ao que se passa hoje na Síria.
O que está acontecendo aqui é que as populações civis estão sendo atacadas por esquadrões da morte profissionais, se trata de comando terrorista, método típico utilizado pela CIA, que ninguém sabe como apareceram. «Neste caso é uma ação secreta conjunta e planejada pela CIA, MI6, Mossad, financiada com dinheiro da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar», disse Webster.
O Professor Webster observa que a sociedade Síria é a sociedade mais tolerante do Oriente Médio, o único lugar onde todos os tipos de pessoas e grupos étnicos podem viver juntos em uma notável harmonia, muçulmanos e cristãos de todos os tipos.
"Síria representa um modelo de coexistência pacífica entre diferentes grupos étnicos". A Política dos Estados Unidos busca precisamente atacar esse ponto para romper e gerar o caos no Oriente Médio e para tal, é essencial atacar as linhas étnicas, para que se enfrentem em uma guerra fratricida», acrescentou.
As regras impostas pelo Presidente sírio Assad e seu desempenho como governante são cada vez mais chamadas e consideradas de ilegítimas, pelos ocidentais.
"Após a "Ajuda humanitária"da OTAN à Líbia, que foi verdadeiramente um banho de sangue, com 150.000 mortos e agora com o Egito, onde as pessoas recém se estão dando conta apenas o que era desde o princípio - não houve nenhuma revolução alí - foi um fracasso e agora as pessoas estão começando a entender esse engano".
A Sra. Clinton e a Sra. Rice (sic) continuam a incentivar e promover esse modelo de revoltas, as chamadas Revolução coloridas, mas desta vez estão usando o apoio de tropas terroristas, mercenários, fundamentalistas -o povo da Al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana-. Há um movimento cada vez mais crescente entre certos grupos fundamentalistas que diz: ""Nós queremos a reconciliação, queremos a lei e a ordem, e queremos especialmente a legalidade"», precisa o Professor Webster Tarpley."
Postado de www.voltairenet.org

sábado, 26 de novembro de 2011

“ESTOY PREPARADO PARA MORIR EN COMBATE” afirma el presidente sirio Bashar Al-Assad



BASHAR AL ASSAD, PRESIDENTE Y COMBATIENTE

El presidente sirio Bashar al-Assad declaró que su país “no se inclinará ante nada“, en referencia a una intervención militar internacional orquestada por los mismos agentes que perpetraron el genocidio y destrucción en Libia, en una entrevista publicada hoy por el semanario británico “The Sunday Times”.

Assad afirma estar “absolutamente preparado para luchar y morir si tuviera que enfrentarse a las fuerzas extranjeras”, alegando que el pueblo sirio está pagando con sangre y dolor intenso los combates que diariamente se suceden contra las bandas armadas financiadas desde el exterior.

“Mi papel como presidente es tomar decisiones, no solo pronunciar discursos o sumirme en la tristeza. Mi trabajo es pensar acerca de cómo podemos evitar más derramamiento de sangre. La única solución es la busca y captura de esos de hombres armados, de esas bandas que no cesan que pasar armas y municiones procedentes de países vecinos. Impedir el sabotaje y hacer cumplir la ley y el orden” , dijo Assad.

El mandatario sirio acusó a la Liga Árabe de animar a una intervención militar occidental contra su país, que repitió, podría causar un “terremoto” en la región. “La intervención militar va a desestabilizar toda la región y todos los países se verán afectados“, advierte.

Se ha confirmado que varios navíos rusos zarparon hacia aguas sirias, lo que se interpreta como un claro gesto disuasorio ante la posibilidad de una intervención de la OTAN.
http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blog/list?q=siria

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Egito: Comunicado e mapa do caminho para a gestão da crise

Venha participar do Ato de solidariedade aos povos que estão enfrentando os mercenários sionistas e as ameaças de guerra!: DIGA NÃO A GUERRA CONTRA OS POVOS DA SÍRIA, DO LÍBANO E DO IRÃ . Eles precisam da nossa solidariedade agora!


DIA 29 DE NOVEMBRO - 17 HORAS NA CINELÂNDIA - RIO DE JANEIRO


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Nós, a maioria das massas populares revolucionárias egípcias, soberanas em nosso território sobre nosso destino, e fonte de todo o poder no Egito, o poder que recuperamos para nós com a revolução popular e pacífica de 25 de janeiro de 2011, afirmamos nossa vontade sincera de transmitir esse poder a representantes civis eleitos – Parlamento e Presidente – até, no máximo, dia 15 de maio de 2012.


Declaramos que os manifestantes – homens e mulheres que ocupam a Praça Tahrir – são representantes da maioria do povo egípcio. Todo e qualquer acordo ou negociação entre o Conselho Superior das Forças Armadas e partidos políticos que exclua a participação direta desses homens e mulheres e das forças revolucionárias que ocupam a Praça Tahrir é nulo e não será respeitado.
As forças revolucionárias subscrevem, de pleno acordo, o comunicado abaixo, a ser usado como mapa do caminho para superar a crise e fazer a transição do poder:O comunicado do marechal Tantawi não satisfaz a vontade e as expectativas do povo egípcio. Está repleto de falácias. Oculta os muitos crimes cometidos contra o povo durante o período da transição e, em particular, os que se cometeram ao longo dos quatro últimos dias, com seu cortejo de assassinatos, violência, profanação de cadáveres e atentados à dignidade dos cidadãos e, portanto, à dignidade do Egito.O comunicado do marechal Tantawi não diz que se tomaram medidas concretas para restaurar a ordem, como a prisão dos assassinos e dos que deram ordens para atirar, com munição real e granadas de gás, nem determina a suspensão e o julgamento de todos os responsáveis militares e policiais por aqueles crimes. Tampouco anuncia o fim imediato de qualquer tipo de ação violenta contra os homens e mulheres que ocupam a Praça Tahir e em todo o país.O comunicado do marechal Tantawi não responde às exigências do povo, que são: constituição de governo de salvação nacional, com autoridade para a gestão integral do período de transição e para afastar do poder imediatamente o Conselho Superior das Forças Armadas, o qual se deverá limitar à defesa nacional e a tarefas de segurança nacional.O comunicado do marechal Tantawi tampouco atende à exigência do povo, de que se organizem e realizem-se eleições presidenciais dia 28 de abril de 2012, para que a transição do poder esteja completada, no máximo, até meados de maio de 2012. Além de não atender essa exigência do povo, o comunicado do marechal Tantawi fala, implicitamente, de um referendo a ser convocado para decidir sobre a permanência do Conselho Superior das Forças Armadas como gestor do período da transição – ideia categoricamente rejeitada pelo povo, que vê aí uma tentativa de subverter a vontade do povo.Assim, dado que o comunicado do marechal Tantawi foi rejeitado pela maioria do povo egípcio; em nome do bem, da paz e da estabilidade do Egito, e para impedir novos massacres, para pôr fim imediatamente à violência e aos abusos contra o povo, aqui apresentamos esse mapa do caminho para encaminhar solução que tire o Egito desse momento de crise:


  1. Imediata prisão dos assassinos e dos que deram ordens para atirar com munição real e granadas de gás lacrimogêneo contra o povo. Que sejam presos, acusados e julgados, todos os comandantes militares e policiais implicados nesses acontecimentos. Fim imediato de toda e qualquer violência contra manifestantes na Praça Tahrir e em todo o Egito. Retirada das ruas de todas as forças policiais, até que esteja feita completa reforma do Ministério do Interior. Demissão dos funcionários corruptos que desafiam o desejo do povo e tentam prorrogar o antigo regime e enterrar a revolução.


  2. Constituição de um governo de salvação nacional, que terá plena autoridade para conduzir o período de transição, e fim imediato do Conselho Superior das Forças Armadas, que deverá ficar encarregado exclusivamente da defesa e da segurança nacional. Nomeação, pelos revolucionários, do encarregado de formar esse governo de salvação nacional. Organização da transição, na direção de poder civil eleito, segundo as seguintes modalidades: *organização de eleições para a Assembleia Popular, que obedecerá a calendário conhecido; essa Assembleia Popular, depois de eleita, terá plenos poderes;
    *organização de eleições para uma Assembleia de Concertação (Majlis Echchoura), que obedecerá a calendário conhecido e deverá estar eleita, no máximo, até 14 de março de 2012;
    *apresentação de candidatos à eleição presidencial, entre 14 e 28 de março de 2012;
    *eleição presidencial no dia 28 de abril de 2012 (1º turno) e 5 de maio de 2012 (2º turno); e
    *a partir do dia 15 de maio de 2012, todos os poderes executivos serão formalmente entregues ao presidente eleito.


  3. O governo de salvação nacional declarará a data das eleições presidenciais e todas as novas relações entre os poderes.



  4. São as seguintes as tarefas desse governo de salvação nacional: *organizar as eleições parlamentares, a eleição presidencial e a transição dos poderes executivo e legislativo, segundo o calendário acima indicado; *sanear o Estado e suas instituições, mediante a eliminação dos corruptos e de todos que deram sustentação ao regime deposto pelo povo; *restaurar a segurança, com fim imediato das baltaguiyas [agitadores e assaltantes mercenários a serviço do Ministério do Interior], e reformar o Ministério do Interior; *melhorar o nível de vida e garantir a oferta de bens e serviços a preços justos. *apresentação de candidatos à eleição presidencial, entre 14 e 28 de março de 2012;


  5. Nossa revolução continua. É obrigação do Conselho Superior das Forças Armadas cumprir essas diretivas e atender as reivindicações anunciadas nesse comunicado até que se complete a transição, para representantes civis eleitos, nos prazos definidos nesse comunicado, de todos os poderes do governo do Egito. Parlamento e presidente eleitos no Egito não serão submetidos a nenhum tipo de tutela militar.

Convocamos todo o povo egípcio para que ocupe as ruas, aos milhões, na próxima 6ª-feira, 25 de novembro, aqui proclamada a “6ª-feira da revolução do povo”.


Que Deus abençoe o Egito, em segurança, liberdade e dignidade.


assinam] As Forças Revolucionárias
Frente dos Universitários Independentes


Frente dos Revolucionários Autênticos


Frente dos Jovens Salafistas


Frente dos Jovens da Revolução na Universidade


Frente dos Jovens da Revolução 25 de Janeiro


Frente da Voz da Revolução


União das Forças Patrióticas


União dos Jovens da Revolução


Frente Islâmica LivreFrente Geral da Revolução


Consenso PopularRevolucionários Livres


Frente Revolucionária


Frente Revolucionária para a Defesa da Revolução Egípcia


Frente Popular Revolucionária


Apelo Salafista à Transição


Comitê de Coordenação


União dos Jovens do Partido do Trabalho


União das Forças da Revolução


Aliança das Forças Revolucionárias


Fórum dos Jovens de Suez


Frente de Salvação Nacional


Frente da Vontade Popular


Movimento Sindicalista


Movimento Popular


“Corrente da Independência Nacional”


Partido Liberdade e Desenvolvimento


Partido Paz e Desenvolvimento


Partido da Promessa


Partido Egito em Construção


O Governo Sombra


Apelo Doutrina e Comunidade


Liga dos Ativistas da Revolução


Jovens Pesquisadores


Jovens da Comunidade Islâmica


Instituição Consenso Republicano


Anciãos da Revolução


Fórum do Delta


(vários revolucionários independentes.As assinaturas estão sendo recolhidas)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Declaração do KKE sobre a intervenção imperialista na Síria


Diga não à guerra e a intervenção imperialista na Síria.
Participe do Ato Contra a Guerra na Cinelândia -
Dia 29 de novembro - 17 horas - Rio de Janeiro

Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro
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O KKE (Partido Comunsia Grego) denuncia a escalada da intervenção imperialista na Síria, que, como já ocorreu na Líbia, é promovida sob o pretexto de levar "democracia" e "liberdade". Nesta intervenção, podemos ver que os imperialistas ultrapassaram todos os limites de hipocrisia e cinismo, pois os que invocam a "democracia" e "liberdade" são as monarquias anti-democráticas do Golfo, a Turquia – que, com seu exército, ocupa metade do Chipre -, a União Europeia, onde em muitos dos seus Estados-Membros, os partidos comunistas são proibidos, os EUA, que tempos fazem nascer juntas governativas”, sem respaldo popular, ou as apoia, em vários cantos do planeta.

Turquia, Arábia Saudita e Jordânia, juntamente com os EUA e a União Européia desempenham um papel marcadamente reacionário. Não se pode excluir a probabilidade de ocorrer uma intervenção militar na Síria, através destes países.

Os objetivos dos imperialistas não são garantir os direitos democráticos e populares na Síria, como eles dizem. O objetivo é o controle das matérias-primas da região, das rotas de transporte de energia e das “commodities”, a sua participação nos mercados internos sírio e iraniano, e o enfraquecimento da influência econômica e política que outras potências rivais possuem na região, como a Rússia e a China.

Desse modo, uma intervenção militar imperialista na Síria provocará destruição humana e material significativas naquele país e, além disso, irá privar o povo palestino de um aliado estável na sua luta, um aliado dos movimentos anti-imperialistas na região, e vai mesmo abrir o caminho para o assalto imperialista sobre o Irã, tendo como pretexto, o programa nuclear iraniano.

O governo grego (PASOK-ND-LAOS) tem responsabilidades muito sérias, como também os governos dos outros países da NATO e da União Européia, que, de uma forma ou outra, estão envolvidos em planos imperialistas contra a Síria e o Irã.

As forças oportunistas têm, também, responsabilidades sérias porque, em nome da "esquerda", apoiam, diretamente, a intervenção imperialista na Síria, sob o pretexto da prevalência dos direitos democráticos. Ou, então, aparentam, num momento crucial como este, manter uma posição de "distânciamento" e fingem não vislumbrar os planos anti-populares contidos na intervenção imperialista.

O KKE manifesta a sua solidariedade com o povo e os comunistas da Síria e reconhece que só o povo sírio têm o direito de determinar o futuro do seu país, sem intervenções ou sugestões estrangeiras.

O KKE conclama o governo grego, aqui e agora, para por um fim à cooperação militar com Israel. Para por um fim à utilização do território grego, de seus portos e de seu espaço aéreo para os designios imperialistas contra a Síria e o Irã, pois tais concessões levarão os gregos e outros povos da nossa região à aventuras perigosas.

21.11.11 A Assessoria de Imprensa do KKE

Tradução da versão em inglês do sítio http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-11-22-syria

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia 29 de novembro na Cinelândia - 17 horas - RJ

(foto cedida pela solidariedade internacionalista de Portugal) Nato = OTAN


DIA DE SOLIDARIEDADE ÀS RESISTÊNCIAS ANTIMPERIALISTAS DO ORIENTE MÉDIO



Dia 29 de novembro na Cinelândia - 17 horas - RJ



FORA SIONISMO DA PALESTINA


E


TIRE AS GARRAS DA SÍRIA, DO LÍBANO E DO IRAN



Venha participar deste Ato de solidariedade aos povos que estão enfrentando os mercenários pagos pelos sionistas e as ameaças de guerra! É hora de mostrar na rua a solidariedade internacionalista do nosso povo e das nossas organizações políticas e sociais.



Vamos dizer não à guerra do imperialismo e seu cão de guarda sionista contra os povos da Síria, do Líbano , Irã e da Palestina


(AJUDE A DIVULGAR O ATO)








AGENDA NACIONAL DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO


Em 1977, a Assembléia Geral da ONU, através da Resolução nº 32/40, determinou que fosse celebrado, todos os anos, em 29 de novembro, o Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino. Nesta data, no ano de 1947, a própria Assembléia Geral da ONU aprovou a Resolução 181 que desgraçou o Solo Pátrio da Palestina, dividindo o nosso território e estabelecendo o Estado de Israel.

29 de novembro: mais que um dia de celebração, é a data que gritamos para nunca esquecermos seu significado: o tragédia de um povo que vive há 64 anos sob uma ocupação criminosa.

Durante mais de 15 anos, os Comitês de solidariedade à luta do povo palestino brasileiros, organizados nos Estados, organizam, nesta data, eventos de solidariedade ao heróico povo palestino que há 64 anos resiste heroicamente ante todas as arbitrariedades (genocídios diários, bombas proibidas pelas convenções, humilhações,prisões, perseguições políticas, torturas legalizadas, destruição de seus bairros e vidas...) cometidas pelo Estado terrorista de Israel.

Este ano, ao lembramos da palestina, não podemos esquecer de prestar nossa solidariedade militante, aos povos do oriente ameaçados pelo imperialismo e pelo sionismo, como a Síria, o Líbano e o Iran.

O destino de todos os povos do oriente estão, neste momento, em situação gravíssima de risco humanitário. A ameaça concreta de uma guerra contra a Síria e o Iran, se bem sucedida, poderá abalar de forma perigosa a unidade antimperialista que sustenta a luta da resistência em todo o oriente, em particular na Palestina.

Nesse sentido, chamamos todos os comitês a organizarem o dia 29 de novembro, Dia internacional de Solidariedade à Palestina, como um dia de apoio as resistência antimperialista!

AGENDA NACIONAL PARTICIPE E DIVULGUE!


BRASÍLIA:
Sessão Solene em comemoração ao “Dia do Povo Palestino”
Dia: 1º de dezembro de 2011 – quinta-feira
Hora: 19 horas
Local: Câmara Legislativa do Distrito Federal
SIG QD 02 LOTE 5
PRAÇA MUNICIPAL – DF
Informações: nasserretook@bol.com.br


CORUMBÁ – MS
Evento em Solidariedade ao Povo Palestino Palestra e debate com Antar Mohammed, membro da Sociedade Árabe-Palestino de Corumbá e Alejandro Iturbe, membro da Comissão Política da LIT-QI e Editor da Revista Correio Internacional
Dia: 26 de novembro de 2011 – sábado
Hora: 19 horas
Local: Centro de Convenções Ramon Gomes
Rua Domingos Sahib, s/nº - Porto Geral – (área do Casario do Porto) -

Corumbá - MS
Informações: jadalasafa@hotmail.com
schabibhany@gmail.com


FLORIANÓPOLIS – SC
Sessão Solene em comemoração ao “Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino”
Dia: 29 de novembro de 2011 – terça-feira
Hora: 19 horas
Local: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
Palácio Barriga Verde - Rua Doutor Jorge Luz Fontes, 310, Centro - Florianópolis – SC
Informações: kaderothman@hotmail.com
comitepalestinasc@yahoo.com.br


SANTA MARIA - RS:
Sessão Solene em comemoração ao “Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino”
Dia: 29 de novembro de 2011 – terça-feira
Hora: 19 horas
Local: Câmara de Vereadores
Rua Vale Machado, 1415 Santa Maria - RS
Informações: abdel5900@gmail.com


SÃO PAULO – SP
Ato Público e Sessão Solene em comemoração ao “Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino”
Dia: 28 de novembro de 2011 – segunda-feira
Hora: 20 horas
Local: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Av. Pedro Álvares Cabral, 201, São Paulo – SP
Informações: frentepalestina@yahoo.com.br
informação@palestinaja.org


Rio de Janeiro
Ato Público na Cinelândia:
Fora Sionismo da Palestina e Tire as garras da Síria
Dia: 29 de novembro
Horário: 17 horas
Oragnização: Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ e Comunidade Síria



Agenda Nacional será sempre atualizada com o ingresso de novos eventos de comemoração ao Povo Palestino – 29 de novembro!
Escreva para nós e nos informe de outros eventos!

Juntos na construção da Palestina Livre!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Os fascistas estão no comando militar contra o Oriente Médio e a África


Bernard-Henri Levy diz que o sionismo motivou seu ativismo na Líbia
20 de novembro de 2011
Postado : Terra

O intelectual francês Bernard-Henri Levy, que convenceu o presidente francês, Nicolas Sarkozy lançar uma operação militar na Líbia à frente da OTAN, para depor Muammar Gaddafi, disse neste domingo que atuou em nome de sua lealdade ao sionismo e Israel.
"Eu não teria feito se não fosse judeu", disse o filósofo e escritor francês, para uma platéia de cerca de 900 pessoas reunidas em Paris para uma convenção de organizações judaicas.

Levy, defensor dos rebeldes da Líbia, convenceu Sarkozy se engajar primeiro diplomaticamente e, em seguida, militarmente, na Líbia, como ele mesmo relata em seu recednte livro publicado este mês na França.
Em "La Guerre sans l'aimer" (a guerra sem amá-la), publicado pela editora Grasset, o filósofo conta seu papel como intermediário entre a Presidência francesa e a resistência líbia, transcrever algumas conversas com Sarkozy.

Levy disse neste domingo, que em sua campanha contra Gaddafi atuou por "por múltiplas razões", incluindo "a universalidade dos direitos humanos" e "como francês". "Tive orgulho em contribuir que o meu país estivesse na vanguarda do apoio a uma "revolta popular" que libertou o mundo de um dos piores tiranos. Algumas vezes, fico orgulhoso de ser francês".


O intelectual acrescentou que "há uma outra razão, de que pouco tem sido dito", apesar dele ter mencionado na Líbia, país que visitou em várias ocasiões durante as investidas da OTAN. "Essa razão é que sou judeu, e foi na qualidade de judeu que participei nesta aventura política."

"Tenho levado como um estandarte a fidelidade ao meu nome, eu fiz como um judeu. Meu desejo de iluminar esse nome e minha lealdade para com o sionismo e Israel. O que tenho feito todos esses meses, eu fiz como um judeu. E como todos os judeus do mundo estava preocupado. Apesar da ansiedade legítima, foi uma rebelião necessária : o que havia antes era um dos piores inimigos de Israel ", disse ele

O PLANO DE DESESTABILIZAÇÃO DA SÍRIA

Por Thierry Meyssan
Em junho de 2011

As operações contra a Líbia e a Síria têm atores e estratégias comuns. Porém os resultados são muito diferentes, já que não há comparação possível entre ambos os Estados. Thierry Meyssan analisa este quase-fracasso das forças colonialistas e contra-revolucionárias e prognostica para estas últimas um efeito de boomerang no mundo árabe.

Nota de redação: Alain Juppé, que aparece acima na foto com Hillary Clinton, foi condenado pela justiça francesa em janeiro de 2004 por corrupção estatal e condenado a 18 meses de prisão. Nesta época todo o mundo considerava que sua carreira política estava acabada, porém o poder francês do governo Sarkozy o fez ressuscitar. Os meios de comunicação esqueceram seu passado.
Ainda que o intento de derrubar o governo sírio tem muitos pontos de semelhança com a manobra contra a Líbia, os resultados são muito diferentes devido as particularidades sociais e políticas dos países em que se desenvolvem. O projeto que pretentendia acabar simultaneamente com esses dois Estados já havia sido enunciado desde 6 de maio de 2002 por John Bolton, então subsecretário de Estado da administração Bush. Posto em prática, nove anos mais tarde, pela administração Obama, está enfrentando numerosos problemas.

Exatamente como na Líbia, o plano inicial contra a Síria consistia em um golpe de Estado militar, no qual rapidamente se mostrou impossível conseguir encontrar oficiais necessários que pudessem cumprir esse papel. Segundo informações que temos recebido, também estava previsto a aplicação de um plano idêntico no Líbano. Na Líbia, a existência do complô se soube antes do tempo, e o coronel Kadhafi acertou em prender o coronel Abdallah Gehani [1]. Não restou outro remédio que submeter o plano original a uma revisão em meio do inesperado contexto da ”primavera árabe”.

A ação militar

A idéia principal, em Síria, era provocar desordens em uma zona bem delimitada e proclamar ali um Emirado Islâmico que pudesse servir de base para desmantelar o país. Foi escolhido o distrito de Daraa porque se encontrava na fronteira com a Jordânia e com Golan, território sírio ocupado por Israel, que, por sua vez, facilitou o envio de todo tipo de ajuda material aos separatistas.

Orquestrou-se ali um incidente artificial mediante o uso de estudantes secundaristas que realizaram uma série de provocações tática, que funcionou mais que satisfatoriamente devido a brutalidade e estupidez do governador e do chefe de polícia local. Quando começaram as manifestações, franco atiradores localizados nos telhados dispararam a esmo contra a multidão e contra as forças da ordem. Cenário idêntico àquele que se aplicou em Benghazi para suscitar revolta.

Os planos incluíam mais enfrentamentos, sempre em distritos sírios fronteiriços, como meio de garantir a retaguarda, primeiramente na fronteira norte do Líbano e posteriormente na fronteira com a Turquia.
A missão dos combates estava nas mãos de unidades pequenas, em torno de uns 40 homens, onde se mesclavam indivíduos recrutados localmente com uma direção conformada por mercenários estrangeiros proveniente das redes do príncipe saudita Bandar bem Sultan. O próprio Bandar esteve na Jordânia para supervisionar o começo das operações, em contato com oficiais da CIA e da MOSSAD.

Porém a Síria não é o mesmo que a Líbia, o resultado tem sido contrário ao esperado. Líbia é um Estado criado pelas potencias coloniais que uniram pela força, as regiões de Tripolitania, Cirenaica e Fezzan. Porém, a Síria é uma nação histórica, que as mesmas potências coloniais reduziram a sua mais simples expressão. Em Síria, existem forças unificadoras que esperam reconstruir a Grande Síria, que incluiria a atual Jordânia, a Palestina ocupada, o Líbano, Chipre e uma parte do Iraque. A população do país que atualmente conhecemos como Síria se opõe, portanto, de forma espontânea, aos projetos que querem dividir a nação.

Por outro lado, também é possível comparar a autoridade do coronel Kadhafi e de Hafez El Assad – pai de Bachar El-Assad. Os dois chegaram ao poder na mesma época e combinaram inteligência e brutalidade para imporem-se. Ao contrário do atual presidente sírio que não tomou o poder. Nem sequer esperava herdá-lo. Aceitou a presidência porque seu pai havia falecido e por saber que unicamente sua legitimidade familiar poderia evitar uma guerra de sucessão entre os generais de seu pai. O exército sírio foi buscá-lo em Londres, onde Bachar exercia sua profissão de oftalmologista. Mas foi o povo quem o consolidou no poder.

Bachar AL-Assad é, sem dúvida, o líder político mais popular do Médio Oriente. Há dois meses, era também o único que não utilizava escoltas e não tinha o menor problema em misturar-se com multidões.

A operação militar que tenta desestabilizar a Síria e a campanha de propaganda desatada simultaneamente contra esse pais foram organizadas por uma coalizão de Estados, no qual os EUA exercem o papel de coordenador, exatamente da mesma forma em que a OTAN atua como coordenador dos Estados – membros e não membros da aliança do atlântico – que participam na campanha militar contra a Líbia.

Como já havíamos dito anteriormente, os mercenários foram por conta do príncipe saudita Bandar, quem teve, inclusive, que fazer um giro internacional até o Paquistão e Malásia para reforçar seu exército pessoal, mobilizado desde Manama até Trípoli. Podemos citar, também, como exemplo, a instalação, nos escritórios do ministro libanês de Comunicação, de um centro de telecomunicação criado especialmente para este assunto.

Longe de lograr indispor a população síria contra o “regime”, o banho de sangue deu lugar ao surgimento de um movimento de unidade nacional ao redor do presidente Bachar El-Assad. Conscientes que existe a intenção de arrastá-los a uma guerra civil, os sírios conformaram um bloco. As manifestações antigovernamentais conseguiram reunir um total de 150.000 a 200.000 pessoas, num país que conta com 22 milhões de habitantes. Entretanto, as manifestações a favor do governo estão reunindo multidões nunca vistas anteriormente na Síria.

Ante os acontecimentos provocados, as autoridades demonstraram sangue frio. O presidente deu início as reformas pretendidas e negociadas com setores importantes da sociedade, reformas que a própria população havia freiado sua implementação até esse momento, por temor de uma ocidentalização da sociedade árabe.

O Partido Baas aceitou o multipartidarismo para evitar cair no arcaísmo. Contrariamente ao que afirmam os meios de comunicação do ocidente e Arábia Saudita, o exército sírio não reprimiu os manifestantes, mas combateu os grupos armados. Por desgraça, seus oficiais superiores não conseguiram mostrar tato com os civis presos entre o tiroteio.

A guerra econômica

Produziu-se uma inflexão na estratégia comum do Ocidente e Arábia Saudita. Ao dar-se conta de que a ação militar não lograria afundar a Síria no caos no curto prazo, Washington decidiu atuar sobre a sociedade a médio prazo. A idéia é trabalhar a recente classe média, formada pelas política econômica, e utilizá-la contra o governo. Para isso, é preciso provocar uma derrocada econômica a nível nacional.

O principal recurso da Síria é o petróleo, ainda que sua produção esteja bem abaixo do volume apresentado por seus vizinhos. Ainda assim, para comercializar esse petróleo, Síria necessita ter nos bancos ocidentais os chamado “assets” (bens ou valores mobiliários), que sirvam como garantia durante as transações. Basta congelar esses “assets” para sufocar o país. Para tanto, resulta importante e conveniente manchar o máximo possível a imagem da Síria para que a opinião pública ocidental aceite a adoção de “sanções contra o regime”.Para o congelamento dos bens e valores de um país é necessário, em princípio, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que, neste caso, é algo altamente improvável. China, que no caso da Líbia renunciou “voluntariamente” seu direito de veto, sob pena de perder todo acesso ao petróleo da Arábia Saudita, provavelmente terá que se dobrar novamente. Porém, a Rússia poderá recorrer ao veto, já que, se não o fizer, perderia sua base naval no Mediterrâneo e sua Frota do Mar Negro se esconderia por trás dos Dardanelos. (*Este artigo foi escrito antes da resolução do conselho de segurança.)

Para intimidar, o Pentágono enviou ao Mar Negro o cruzeiro USS Monterrey, como estabelecendo que em qualquer caso, as ambições navais da Rússia são irrealistas. Em todo caso, a administração Obama pode ressuscitar a Syrian Accountablity Act de 2003 para congelar os fundos sírios sem esperar pela adoção de uma resolução na ONU, nem uma votação no Congresso estadunidense. Como já demonstrou a história recente, especialmente nos casos de Cuba e do Iran, Washington pode convencer facilmente a seus aliados europeus para que apóiem as sanções que os EUA adota de forma unilateral.

É por isso que a verdadeira batalha se deslocou, atualmente, para os meios de difusão. A opinião pública ocidental engole facilmente qualquer estória, principalmente devido a sua total ignorância sobre a Síria, além, obviamente, de sua fé cega na magia das novas tecnologias.
A guerra midiática

Em primeiro lugar, a campanha de propaganda foca a atenção do público nos crimes atribuídos ao “regime” para evitar qualquer interrogante sobre a nova oposição. Estes grupos armados não tem absolutamente nada que ver com os intelectuais contestatórios que escreveram a Declaração de Damasco. Esses grupos são formados nos meios extremistas religiosos sunitas e são fanáticos que rechaçam o pluralismo religioso do levante e sonham em instaurar um Estado concebido a sua própria imagem e semelhança. Se lutam contra El-Assad, não é porque estimam que se trate da luta contra o autoritarismo, senão porque o presidente é um alauita, que para eles equivale a ser herege.

Desde essa ótica, a propaganda contra Bachar está baseada em uma inversão da realidade. Um exemplo é o caso do blog “Gay Girl in Damascus”, criado em fevereiro de 2011. Para muitos meios de comunicação, esse sítio, editado em inglês pela jovem Amina, se converteu em uma fonte de informações sobre a Síria. A autoria descrevia a dificuldade que era para uma jovem lesbiana, a vida sob a ditadura de Bachar El-Assad e a terrível repressão desatada contra a revolução que estava acontecendo na Síria.
Como mulher e gay, Amina gozava da protetora simpatia dos internautas ocidentais, que chegaram, inclusive, a mobilizar-se quando se anunciou que os serviços secretos do “regime” lhe haviam prendido. Conclusão, Amira nunca existira. Sua direção IP permitiu comprovar que o verdadeiro autor do blog de Amina era um “estudante” estadunidense de 40 anos chamado Tom McMaster. Este propagandista, que supostamente está fazendo um doutorado na Escócia, estava participando do congresso da oposição síria pro - ocidental que reclamou na Turquia uma intervenção da OTAN contra o governo de Bachar El-Assad. Por conseguinte, não estava ali como estudante [2].

O mais surpreendente desta história não é a ingenuidade dos internautas que engoliram facilmente as mentiras da suposta Amina, mas as mobilizações dos defensores das liberdades em defesa de gente que o que realmente fazem é lutar contra as liberdades. Na Síria laica, a vida privada é considerada um santuário. É possível que seja difícil defender a vida privada no seio da família, mas isso não acontece a nível da sociedade.
Apesar disso, aqueles a quem os meios de comunicação ocidentais apresentam como revolucionários, e a quem consideramos contra-revolucionários, são na realidade violentamente homofóbicos e, inclusive, são adeptos dos antigos castigos corporais e, em alguns casos, até a pena de morte para castigar esse “vício”.

Esse princípio de inversão da realidade está sendo aplicado em grande escala. Vamos recordar os informes da ONU sobre a crise humanitária desatada na Líbia: dezenas de milhares de trabalhadores imigrantes fogem desse país para escapar a violência! Os meios de comunicação utilizaram esse fato para concluir que o regime de Kadhafi deveria ser derrubado e que haveria de se apoiar os sublevados de Benghazi. No entanto, o responsável deste drama não era o governo de Trípoli e sim os supostos “rebeldes” da região de Cirenaica, que desataram uma verdadeira carnificina contra os negros.

Movidos por uma ideologia racista, os “rebeldes da OTAN” afirmam que os negros estavam a serviço de kadhafi e os lincham.
No caso da Síria, as cadeias de TV deste país transmitem imagens de grupos de homens armados localizados nos telhados das casas, de onde disparam ao azar sobre as multidões e as forças do governo. No entanto, as cadeias de TV ocidentais e sauditas retransmitem as imagens atribuindo os crimes ao governo de Damasco.

Em definitivo, o plano de desestabilização em marcha contra a Síria não está dando os resultados esperados. Se por um lado têm convencido a opinião pública ocidental de que este país vive sob uma terrível ditadura, por outro, na Síria provoca a unidade da imensa maioria da população em torno do governo. Algo que pode resultar perigoso para os elaboradores do Plano, sobretudo para Tel Aviv. Em janeiro e fevereiro de 2011 fomos testemunhos do surgimento de uma onda revolucionária no mundo árabe, seguida em abril e maio de uma onda contra revolucionária. A balança, todavia, está em movimento.
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O cacique Nísio Gomes (no centro da foto acima) foi executado com tiros de calibre 12 e seu corpo foi levado pelos pistoleiros


Ataque contra comunidade Kaiowá Guarani registra morte e desaparecimentos
Fonte da notícia: Cimi - Assessoria de Imprensa
Renato Santana
De Brasília

O saldo é de um indígena assassinado, quatro desaparecidos e uma porção de feridos no acampamento Tekoha Guaiviry, entre os municípios de Amambai e Ponta Porã (MS), onde uma comunidade Kaiowá Guarani foi atacada por um grupo com cerca de 40 pistoleiros - munidos com armas de groso calibre - na manhã desta sexta-feira (18).

Os números deverão ser mais bem esclarecidos durante a próxima semana, quando os indígenas estiverem recompostos no acampamento – por enquanto estão espalhados, em fuga.

Conforme o apurado junto a sete mulheres indígenas que fugiram pela mata e chegaram aos municípios de Amambai e Ponta Porã, durante a correria três jovens – J.V, 14 anos, M.M, 15 anos, e J.B, 16 anos - teriam sido baleados, sendo que um encontra-se hospitalizado e os outros dois desaparecidos.

“A gente não sabe se os dois desaparecidos tão mortos ou se foram sequestrados pelos pistoleiros, mas a certeza é de que foram atingidos e caíram”, disse uma das indígenas. Na fuga, elas eram um grupo de 12 mulheres. Cinco acabaram ficando para trás. Uma mulher e uma criança, conforme outros indígenas relataram ao Ministério Público federal (MPF), também são dadas como desaparecidas.

A Polícia Federal, integrantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e conselho Aty Guassu (Grande Assembleia Guarani), Fundação Nacional do Índio (Funai) e MPF estiveram no acampamento. Conforme nota, o MPF abriu investigação e na perícia constatou marcas de sangue que remontam a cena de um corpo sendo arrastado.

Possivelmente o do cacique Nísio Gomes, 59 anos, executado com tiros de calibre 12. Depois de morto, o corpo do indígena foi levado pelos pistoleiros – prática vista em outros massacres cometidos contra os Kaiowá Guarani no MS. As informações foram passadas logo depois do ataque por um indígena que correu para pedir socorro. Não há confirmação se além de Nísio outros indígenas foram mortos – mesmo os dois rapazes baleados e que estão desaparecidos.

“Estavam todos de máscaras, com jaquetas escuras. Chegaram ao acampamento e pediram para todos irem para o chão. Portavam armas calibre 12”, disse um indígena da comunidade que presenciou o ataque e terá sua identidade preservada por motivos de segurança.

Conforme relato do indígena, o cacique foi executado com tiros na cabeça, no peito, nos braços e nas pernas. “Chegaram para matar nosso cacique”, afirmou. O filho de Nísio tentou impedir o assassinato do pai, segundo o indígena, e se atirou sobre um dos pistoleiros. Bateram no rapaz, mas ele não desistiu. Só o pararam com um tiro de borracha no peito.

Na frente do filho, executaram o pai. Cerca de dez indígenas permaneceram no acampamento. O restante fugiu para o mato e só se sabe de um rapaz ferido pelos tiros de borracha – disparados contra quem resistiu e contra quem estava atirado ao chão por ordem dos pistoleiros. Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade, composta por cerca de 60 Kaiowá Guarani.

Decisão é de permanecer

Desde o dia 1º deste mês os indígenas ocupam um pedaço de terra entre as fazendas Chimarrão, Querência Nativa e Ouro Verde – instaladas em Território Indígena de ocupação tradicional dos Kaiowá.

A ação dos pistoleiros foi respaldada por cerca de uma dezena de caminhonetes – marcas Hilux e S-10 nas cores preta, vermelha e verde. Na caçamba de uma delas o corpo do cacique Nísio foi levado, bem como os outros sequestrados, estejam mortos ou vivos.

“O povo continua no acampamento, nós vamos morrer tudo aqui mesmo. Não vamos sair do nosso tekoha”, afirmou o indígena. Ele disse ainda que a comunidade deseja enterrar o cacique na terra pela qual a liderança lutou a vida inteira. “Ele está morto. Não é possível que tenha sobrevivido com tiros na cabeça e por todo o corpo”, lamentou.

A comunidade vivia na beira de uma Rodovia Estadual antes da ocupação do pedaço de terra no tekoha Kaiowá. O acampamento atacado fica na estrada entre os municípios de Amambai e Ponta Porã, perto da fronteira entre Brasil e Paraguai.

Conforme recente publicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a violência pratica contra os povos indígenas do MS nos últimos oito anos, no estado está concentrada a maior quantidade de acampamentos indígenas do País, 31 - há dois anos, em 2009, eram 22.

São mais de 1200 famílias vivendo em condições degradantes à beira de rodovias ou sitiadas em fazendas. Expostas a violências diversas, as comunidades veem suas crianças sofrerem com a desnutrição – os casos somam 4 mil nos últimos oito anos - e longe do território tradicional.

Atualmente, 98% da população originária do estado vivem efetivamente em menos de 75 mil hectares, ou seja, 0,2% do território estadual. Em dados comparativos, cerca de 70 mil cabeças de gado, das mais de 22,3 milhões que o estado possui, ocupam área equivalente as que estão efetivamente na posse dos indígenas hoje.

Sobre o território

Com relatório em fase de conclusão pela Fundação Nacional do Índio (Funai), a área ocupada pela comunidade está em processo de identificação desde 2008. Por conta disso, o ataque tem como principal causa o conflito pela posse do território. A região do ataque fica a meia hora da fronteira com o Paraguai.

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público Federal (MPF), referente ao processo de demarcação da Terra Indígena, está em execução.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A prostituição da Liga Árabe e a conspiração em torno da Síria, não se engane o alvo é o Irã

É nojenta e imoral a relação política que os Estados Unidos mantêm com a Liga Árabe.

A propósito, a Liga Árabe nunca foi exemplo de organismo idôneo. Suas ações desde sempre se basearam em decisões políticas que beneficiaram posições ditatoriais e interesses externos.

Antes que você pense que estou perseguindo os Estados Unidos, posso afirmar que SIM, declaradamente.

Havíamos dito aqui que o Governo Sírio firmou acordo com a oposição. Contudo, Estados Unidos, descontente com os novos direcionamentos, tratou de fomentar a violência e provocar o fim do pacto. Comenta-se que a porta-voz norte-americana, Victoria Nuland, encorajou os grupos armados a não entregar suas armas e a seguir com os confrontos até que Bashar al-Assad saísse do poder. Uma manobra para boicotar o acordo do Governo firmado com a liga árabe. Deu certo.

A liga árabe é formada por todos os países árabes dos quais destacam-se: Arábia Saudita, Bahrain, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Kuwait, Líbano, Líbia, Omã, Qatar, Síria.

Arábia Saudita, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Qatar, são países ricos e possuem as maiores reservas de petróleo do mundo. São, além dos principais fornecedores de petróleo dos Estados Unidos, também fortes aliados deste. Todos votaram a favor da suspensão da Síria.

Do grupo, apenas Líbano e Iêmen votaram contra. Líbano porque sabe das reais intenções da proposta e Iêmen porque foi abandonado pelos Estados Unidos diante da revolta popular que ocorre no país. Assim como ocorreu com a Tunísia, Egito e líbia, o Governo americano “exigiu” (ele exige!) que o Presidente do Iêmen saia do poder. A propósito, até pouco tempo eram grandes aliados.

Porque desestabilizar a Síria?

Porque atacar o Irã será mais fácil. A Síria faz fronteira com o Estado sionista (Israel) e em inúmeras vezes Ahmadinejad afirmou que acabaria com Israel caso sofresse alguma ofensiva. Síria e Irã são aliados. Ou seja, com Bashar al-Assad fora, e claro, tendo a Síria sob domínio externo, direta ou indiretamente, tal qual fizeram com o Iraque, o ataque ao Irã é praticamente certo.

Essa semana Rússia e China já se adiantaram e afirmaram que, caso o Conselho de Segurança da ONU proponha a votação para um possível ataque ao Irã, vetarão. Com pelo menos um veto qualquer medida é suspensa.

Obviamente que estão sendo, por hora, sensatos. Mas não me iludo. As artimanhas do imperialista norte-americano e do Estado sionista são muitas e eles não medirão esforços para provocar o consentimento desejado.

http://orient-se.blogspot.com/

Syria 13/11/2011 : Sírios tomam as ruas em defesa de seu país contra o imperialismo

O Povo sirio nas ruas em manifestação de apoio a seu governo e de repúdio ao imperialismo e a Liga Árabe

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Debate: O muro do apartheid e a resistência palestina




Data: 8 de novembro de 2011 - Horário: 19 h
Local: PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) - Rua Monte Alegre, 936 -Auditório 333 – Prédio novo

Participação Especial de Abdallah Abu Rahmah

Destacado líder da resistência não violenta na Palestina, é coordenador do comitê popular de Bil'in e da campanha nacional Palestine: State 194
O muro do apartheid e a resistência palestina

Promoção: Apropuc-SP (Associação dos Professores da PUC-SP) e Frente em Defesa do Povo Palestino-SP

A Apropuc-SP (Associação dos Professores da PUC-SP), em parceria com a Frente em Defesa do Povo Palestino-SP, realiza o debate “O muro do apartheid e a resistência palestina”.

A atividade integra a Semana Mundial contra o Muro do Apartheid, entre 9 e 16 de novembro, que deverá contar com iniciativas em diversos destinos.
Condenado pelo Tribunal Penal Internacional de Haia em 2004, o muro – que começou a ser erguido em 2002 pelo Estado de Israel no território palestino da Cisjordânia, ocupado ilegalmente – continua, contudo, em construção. Está previsto para ter, quando concluído, mais de 800 quilômetros de extensão, com 9 metros de altura e, em alguns pontos, mais do que o dobro disso. Além de ane xar terras e, quando terminado, manter os palestinos da Cisjordânia em apenas 12% da área original de seu país, o muro impede a livre circulação de pessoas e o acesso à educação, ao trabalho, à saúde. A resistência pacífica em vilarejos palestinos tem conseguido chamar a atenção do mundo para essa realidade e conquistado vitórias importantes. Relatar as ações nesses locais, apontar estratégias de solidariedade à luta do povo palestino no Brasil e pensar, com base nisso, iniciativas conjuntas é o objetivo desse debate.

Participantes:
Baby Siqueira Abrão: jornalista, é pós-graduanda em Filosofia (USP), com projeto de tese sobre a Palestina, onde mora, como correspondente do jornal Brasil de Fato e do site Opera Mundi

Soraya Misleh: jornalista palestino-brasileira, mestranda em língua, literatura e cultura árabe pela USP (Universidade de São Paulo). Membro do Mopat (Movimento Palestina para Todos) e diretora do Instituto da Cultura Árabe, coordena a Frente em Defesa do Povo Pale stino-SP


Mediação:
Beatriz Abramides
Presidente da APROPUC-SP, professora Drª do curso serviço social da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP

Apoio:
Curso de Serviço Social PUCSP
Departamento de Jornalismo-PUCSP
NEHTIPO- Núcleo de Estudos de História Trabalho Ideologia e Política- Pós PUCSP
NEILS-Núcleo de Estudos de Ideologia e Lutas Sociais-Pós PUCSP
NEPEDH- Núcleo de Estudos e Pesquisa em Ética e Direitos Humanos-Pós PUCSP
Revista Caros Amigos

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Comunicado das FARC-EP Viva a memória do comandante Alfonso Cano!

Declaração Pública

A luta pela libertação nacional não é terrorismo!

Escutamos da oligarquia colombiana e de seus generais o anúncio oficial da morte do Camarada e Comandante Alfonso Cano. Ressoam ainda suas alegres gargalhadas e seus brindes de entusiasmo. Todas as vozes do Stablishment coincidem em que isso significa o fim da luta guerrilheira na Colômbia.

A única realidade simbolizada pela queda em combate do camarada Alfonso Cano é a imortal resistência do povo colombiano, que prefere morrer a viver de joelhos mendigando. A história das lutas deste povo está repleta de mártires, de mulheres e de homens que jamais deram seu braço a torcer na busca pela igualdade e pela justiça.

Não será esta a primeira vez que os oprimidos e explorados da Colômbia choram um de seus grandes dirigentes. Nem tampouco a primeira vez em que o substituirão, com coragem e a convicção absoluta na vitória.

A paz na Colômbia não nascerá de nenhuma desmobilização guerrilheira, mas da abolição definitiva das causas que geraram o alçamento. Há uma política traçada e é aquela à qual se dará continuidade.

Morreu o Camarada e Comandante Alfonso Cano. Caiu o mais fervoroso convicto da necessidade da solução política e da paz.

Viva a memória do comandante Alfonso Cano!
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O "Filho de África" reclama as jóias da coroa de todo um continente

by John Pilger


14 de Outubro, o presidente Barack Obama anunciou o envio de forças especiais americanas para a guerra civil do Uganda. Nos próximos meses, tropas de combate americanas serão enviadas para o Sudão do Sul, Congo e República Centro-Africana. Obama assegurava também, satiricamente, que estas apenas "actuarão" em "auto-defesa". Com a Líbia securizada, está então em marcha uma invasão americana do continente africano.

A decisão de Obama é descrita pela imprensa como "bastante invulgar", "surpreendente" e até como "esquisita". Nada está mais longe da verdade. É a lógica própria à política externa americana desde 1945. Recordemos o caso do Vietname. A prioridade era então fazer frente à influência da China, um rival imperial, e "proteger" a Indonésia, considerada pelo presidente Nixon a "maior reserva de recursos naturais da região" e como "o maior prémio". O Vietname estava simplesmente no caminho dos EUA; a chacina de mais de 3 milhões de vietnamitas e a destruição e envenenamento daquela terra era o preço a pagar para alcançar este objectivo. Como em todas as invasões americanas posteriores, um rastro de sangue desde a América Latina até ao Afeganistão e ao Iraque, a argumentação era sempre a da "auto-defesa" e do "humanitarismo", palavras há muito esvaziadas do seu significado original.

Em África, diz-nos Obama, a "missão humanitária" é ajudar o governo do Uganda a derrotar o Exército de Resistência do Senhor (LRA), que "assassinou, violou e raptou dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças na África Central". Esta é uma descrição exacta do LRA, que evoca múltiplas atrocidades administradas pelos próprios Estados Unidos, como é disso exemplo o banho de sangue que se seguiu, nos anos 60, ao assassinato perpetrado pela CIA do líder congolês Patrice Lumumba, democraticamente eleito, ou ainda a operação da CIA que instalou no poder aquele que é considerado o mais venal tirano africano, Mobutu Sese Seko.

Outra justificação de Obama também parece ridícula. Esta é a "segurança nacional dos Estados Unidos". O LRA esteve a fazer o seu trabalho sujo durante 24 anos, com interesse mínimo dos Estados Unidos. Hoje ele tem pouco mais de 400 combatentes e nunca esteve tão fraco. Contudo, "segurança nacional" estado-unidense habitualmente significa comprar um regime corrupto e criminoso que tem algo que Washington deseja. O "presidente vitalício" de Uganda, Yoweri Museveni, já recebe a parte maior dos US$45 milhões de "ajuda" militar dos EUA – incluindo os drones favoritos de Obama. Este é o seu suborno para combater uma guerra por procuração contra o mais recente e fantasmático inimigo islâmico da América, o andrajoso grupo al Shabaab na Somália. O RTA desempenhará um papel de relações públicas, distraindo jornalistas ocidentais com as suas perenes histórias de horror.

No entanto, a principal razão para a invasão americana do continente africano não é diferente daquela que levou à guerra do Vietname: É a China. Num mundo de paranóia servil e institucionalizada, que justifica aquilo que o general Petraeus, o antigo comandante norte-americano e hoje director da CIA, chama um estado de guerra perpétua, a China está a substituir a Al-Qaeda como a "ameaça" oficial americana. Quando entrevistei Bryan Whitman, secretário de estado adjunto da Defesa, no Pentágono no ano passado, pedi-lhe para descrever os perigos actuais para os EUA no mundo. Debatendo-se visivelmente repetia: "Ameaças assimétricas … ameaças assimétricas". Estas "ameaças assimétricas" justificam o patrocínio estatal à lavagem de dinheiro por parte da indústria militar, bem como o maior orçamento militar e de guerra da História. Com Osama Bin Laden fora de jogo, é a vez da China.

A África faz parte da história do êxito chinês. Onde os americanos levam drones e destabilização, os chineses levam ruas, pontes e barragens. O principal interesse são os recursos naturais, sobretudo os fósseis. A Líbia, a maior reserva de petróleo africana, representava durante o governo Kadafi uma das mais importantes fontes petrolíferas da China. Quando a guerra civil começou e a NATO apoiou os "rebeldes" fabricando uma história sobre supostos planos da Kadafi para um "genocídio" em Bengazi, a China evacuou 30 mil trabalhadores da Líbia. A resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitiu a "intervenção humanitária" por parte dos países ocidentais, foi sucintamente explicada numa proposta dos "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição ao governo francês, divulgada no mês passado pelo jornal Libération, na qual 35% da produção de petróleo Líbia eram oferecidos ao estado francês "em troca" (termo utilizado no texto em questão) do seu apoio "total e permanente" ao CNT. O embaixador americano na Tripoli "libertada" Gene Cretz, confessou: "Sabemos bem que o petróleo é a jóia da coroa dos recursos naturais líbios"

A conquista de facto da Líbia por parte dos Estados Unidos e dos seus aliados imperiais é o símbolo da versão moderna da "corrida à África" do século XIX.

Tal como na "vitória" no Iraque, os jornalistas desempenharam um papel fundamental na divisão dos líbios entre vítimas válidas e inválidas. Uma primeira página recente do Guardian mostrava um líbio "pró-Kadafi" aterrorizado e os seus captores de olhos brilhantes que, como intitulado, "festejavam". De acordo com o general Petraeus, existe hoje uma guerra da "percepção... conduzida continuamente pelos meios de informação"

Durante mais uma década, os Estados Unidos procuraram estabelecer um comando militar no continente africano, o AFRICOM, mas este foi rejeitado pelos governos da região, receosos das tensões que daí poderiam advir. A Líbia, e agora o Uganda, o Sudão do Sul e o Congo, representam a oportunidade dos Estados Unidos. Como revelou a Wikileaks e o departamento americano de estratégia contra-terrorista (National Strategy for Counterterrorism – White House), os planos americanos para o continente africano são parte de um projecto global, no quadro do qual 60 mil elementos das forças especiais, incluindo esquadrões da morte, operam já em mais de 75 países, número que aumentará em breve para 120. Como já dizia Dick Cheney no seu plano de "estratégia de defesa": Os Estados Unidos desejam simplesmente dominar o mundo.

Que esta seja a dádiva de Barack Obama, o "filho de África", ao seu continente é incrivelmente irónico. Não é? Como explicava Frantz Fanon no seu livro "Pele negra, máscaras brancas", o que importa não é a cor da tua pele, mas os interesses que serves e os milhões de pessoas que acabas por trair.


20/Outubro/2011
O original em inglés :
Obama, The Son of Africa, Claims a Continent’s Crown Jewels
Tradução de MQ.
Este artigo em português encontra-se em http://resistir.info/