RAFAH – Responsáveis palestinos afirmaram sábado que dezenas de toneladas de ajuda árabe e internacional destinadas à Faixa de Gaza foram armazenadas na cidade egípcia de Al-Areesh pois as autoridades do Egipto deliberadamente atrasaram o transporte da mesma para o povo de Gaza.
Os responsáveis também revelaram que as autoridades egípcias permitiram que apenas remédios entrassem na Faixa de Gaza, apesar da extrema necessidade de alimentos básicos – os quais estão empacotados e armazenados no Egipto por razões desconhecidas.
O presidente egípcio, Husni Mubarak, afirmara anteriormente que não permitiria a passagem de ajuda internacional para os habitantes de Gaza através da passagem de fronteira de Rafah e insistiu em que os alimentos deveriam passar através de Israel, o qual está agora a efectuar o genocídio em Gaza. "Temos informação confiável de que dezenas de camiões carregados com alimentos e produtos médicos estavam a aguardar uma permissão egípcia para moverem-se para dentro da Faixa sitiada desde há quatro dias, mas em vão", asseverou Omar Al-Darbi, membro do comité de recepção no lado palestino da passagem de fronteira de Rafah.
Ele sublinhou que a falta de farinha e de alimentos básicos levou os palestinos a fazerem longas filas para obter um bocado de pão.
Darbi também acusou as autoridades egípcias de deliberadamente travarem a passagem da assistência de socorro a Gaza através de Rafah através da determinação de que um certo número de camiões carregados com a ajuda tinham de ser descarregados para camiões palestinos para que fosse permitido transportá-la para Gaza.
"Eles (os egípcios) estão a utilizar camiões pequenos ao descarregarem os socorros dos aviões embora tenhamos sugerido que nos permitissem fazer isso e descarregar directamente aqueles produtos antes de levá-los par Gaza.
Eles rejeitaram o nosso apelo, tudo é feito manualmente ali e isto pode demorar mais tempo", sublinhou Darbi, acrescentando que os egípcios abriam a passagem de fronteira de Rafah intermitentemente e durante curto período de tempo. Por sua vez, Adel Za'arab, o porta-voz das passagens de fronteira do governo palestino, revelou que um certo número de doadores árabes lhes dissera que os egípcios alegaram que não podiam permitir assistência de socorro à Faixa de Gaza porque não havia quaisquer palestinos disponíveis para recebe-la do outro lado do terminal.
"Isto não é verdade pois temos um comité dedicado a trabalhar 24 horas por dia para receber a ajuda", acrescentando que o comité compreende representantes dos ministérios palestinos dos Negócios Estrangeiros, Saúde e Bem Estar Social, além de um oficial de ligação para coordenar com os egípcios.
O Qatar ameaçou retirar sua assistência humanitária ao povo de Gaza se os egípcios não lhe permitissem levá-la imediatamente para os famintos da Faixa. Os voluntários qataris têm estado à espera de uma permissão egípcia a fim de levar os alimentos para dentro da Faixa e estabelecer ali um hospital de campo a fim de tratar palestinos ferido desde há cinco dias, mas os egípcios recusaram o seu pedido.
[ 04/01/2009 - 03:17 AM ]
Ver também Relatório de 3 de Janeiro do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
[ 04/01/2009 - 03:17 AM ]
Ver também Relatório de 3 de Janeiro do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
[*] Palestinian Information Center
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