terça-feira, 12 de março de 2019

MOSTRA DE CINEMA ÁRABE FEMININO

No CCBB- RJ

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No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o CCBB apresenta ao público uma seleção de longas e curtas dirigidos por mulheres de origem árabe. Com cineastas premiadas em festivais internacionais e produções de países como Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Palestina e Tunísia, o projeto coloca o olhar feminino em primeiro plano e discute questões de gênero. Além dos filmes, o programa inclui uma aula magna, dois debates e duas mesas-redondas.
Curadoria: Analu Bambirra e Ana França.
Programação          
Mostra de Cinema Árabe Feminino
:: 07 a 25 de março :: Centro Cultural Banco do Brasil :: Rio de Janeiro


07 MAR | QUINTA-FEIRA
19h SESSÃO DE ABERTURA | The Blessed. Os Afortunados. Sofia Djama. França/ Bélgica/ Qatar, 2017, 102’
Sessão comentada pela diretora
Classificação 16 anos
Argel, alguns anos depois da guerra civil. Amal e Samir decidem comemorar o vigésimo aniversário de casamento num restaurante. No caminho, compartilham suas opiniões sobre a Argélia: Amal fala sobre decepções e Samir sobre a necessidade de cooperação. Ao mesmo tempo, o filho deles, Fahim, e seus amigos, Feriel e Reda, perambulam por uma Argel hostil, prestes a roubar-lhes a juventude.
08 MAR | SEXTA-FEIRA
15h | Salt of this sea. O Sal Desse Mar. Annemarie Jacir. Palestina/ Bélgica/ França/ Espanha/ Suíça, 2008, 109’
Classificação 12 anos
Soraya, 28, nascida e criada no Brooklyn, decide retornar à Palestina, lugar de onde sua família foi expulsa em 1948. Ao chegar em Ramallah, Soraya tenta recuperar o dinheiro de seus avós, bloqueado numa conta em Jaffa, porém tem a retirada negada pelo banco. Ela conhece Emad, um jovem palestino, que, ao contrário de Soraya, quer deixar a Palestina para sempre. Cansados das dificuldades que permeiam suas vidas, Soraya e Emad sabem que terão que buscar seus próprios meios para serem livres mesmo que para isso precisem ir contra a lei.
17h30 | Bloody Beans. Malditos Feijões. Narimane Mari. Argélia, 2013, 77’
Classificação 12 anos
Dezessete crianças, incansáveis, lotadas de gestos e gritos, colocam fogo em tudo. Grandes heróis de uma guerra não-escrita. Enquanto o Exército Francês atira na OAS (Organização Secreta Armada, em português), as crianças os saqueiam: óleo, chocolate, sêmola, açúcar e, até mesmo, um prisioneiro de guerra condenado a comer feijão. Mas a guerra alcança a bela aventura e os feijões são estragados pelo sangue. Através da, poderosa e transgressiva, imaginação das crianças, o filme conta o fim da Argélia Colonial.
19h | Freedom Fields. Campos da Liberdade. Naziha Arebi. Líbia/ Reino Unido/ Holanda/ EUA/ Qatar/ Líbano/ Canadá, 2018, 99’
Classificação 12 anos
Sessão Comentada por Erica de Freitas (Roteirista e Produtora)
Filmado ao longo de cinco anos, Campos da Liberdade acompanha três mulheres e seu time de futebol na Líbia pós-revolução, enquanto o país decai em uma guerra civil e as esperanças utópicas da Primavera Árabe começam a desaparecer. Através do olhar dessas recém tornadas ativistas, vemos a realidade de um país em transição, onde as estórias pessoais de amor e aspirações colidem com a História. Um filme íntimo sobre esperança, luta e sacrifício em uma terra onde sonhos parecem ser luxo. Uma carta de amor para a irmandade e para o poder de um time.
09 MAR | SÁBADO
16h | Sessão de Curtas 1
Classificação 12 anos
Your father was born 100 years oldand so was the Nakba.Seu Pai Nasceu com 100 anos, assim como a Nakba. Razan AlSalah. Palestina, 2017, 7’
Oum Ameen, uma avó palestina, retorna a Haifa sua cidade natal através do Google Street View, que atualmente é a única forma pela qual ela consegue ver a Palestina.
The Goodness Regime. O Regime da Bondade. Jumana Manna e Sille Storihle. Noruega, 2013, 21’
Com a ajuda de um elenco infantil, The Goodness Regime investiga as bases da ideologia e da auto-imagem da Noruega moderna – desde as Cruzadas (passando pelas aventuras de Fridtjof Nansen e do trauma da ocupação durante o período de guerra), até o teatro diplomático de Oslo, Acordos de Paz. O filme foi gravado na Noruega e na Palestina, e combina as performances das crianças com gravações sonoras de arquivo. Ele tenta capturar o mecanismo que perpetua a imagem da Noruega enquanto nação pacifista, e a absolve da estrutura de poder que a sustenta.
A Sketch of Manners (Alfred Roch’s Last Masquerade) Um Retrato dos Costumes      (A Última Mascarada de Alfred Roch). Jumana Manna. Noruega/ Palestina, 2013, 12’
Roch, membro da Liga Nacional Palestina, é um político com estilo boêmio. Em 1942, no auge da Segunda Guerra, ele promove aquele que será o último baile de máscaras da Palestina. Inspirado por uma fotografia de arquivo, Um Retrato Dos Costumes (A Última Mascarada De Alfred Roch) recria um aspecto bon vivant não convencional da vida urbana palestina anterior a 1948. Posando em silêncio para uma foto de grupo, os palhaços melancólicos e não mascarados personificam, acidentalmente, a premonição de um futuro incerto.
Memory of the land. Memória da terra. Samira Badran. Espanha, 2013, 13’
Palestina. Um corpo está preso em um posto de controle, mecanismo essencial da ocupação israelense. O corpo está perfurado pela violência física e estrutural, que é agressiva e arbitrária, que impede e ataca sua liberdade de movimento e de existência. Memória da terra é uma reflexão sobre a condição humana sob o jugo de diferentes formas de violência, e sobre a memória coletiva e a identidade como formas de resiliência.
18h | Aula Magna com Sofia Djama
Com tradução em libras
Classificação 16 anos
10 MAR | DOMINGO
15h | Arij – Scent of Revolution.Arij – Cheiro de Revolução.Viola Shafik. Egito/ Alemanha, 2014, 101’
Classificação 12 anos
Arij embarca numa viagem ao passado, e em desastrosas tentativas de tornar a cidade de Luxor desenvolvida. Dificultada pela revolução, a cineasta percebe sua dificuldade de conectar seus protagonistas e as diferentes linhas da memória em uma narração coerente. Ela só começa a entender, quando um de seus personagens cita o romancista cubano Desnoes: “É a própria nação subdesenvolvida que é desprovida da habilidade de se lembrar e conectar. ”
17h30 | Sessão de Curtas 2
Classificação 16 anos
I Have Been Watching You All Along.Eu Tenho Te Observado o Tempo Todo. Rawda Al-Thani.Qatar, 2017,  10’
Uma jovem do Catar explora um cinema abandonado, enquanto é observada, pelas sombras, por espectadores. Mas afinal: quem está observando quem?
Three Centimetres. Três Centímetros. Lara Zeidan.  Líbano/ Reino Unido, 2018, 9’
No mais antigo parque de diversões de Beirute, quatro jovens amigas andam de roda-gigante. Durante essa jornada claustrofóbica ao ar livre, elas abordam temas íntimos, desde o melhor uso possível de três centímetros, até o recente rompimento de Joanna. No entanto, o conselho de Suzie quanto ao rompimento leva a uma confissão inesperada.
Cloch’Art. Manel Katri. Tunísia, 2016, 22’
Ala, Ahmed e Mahdi são três adolescentes apaixonados pela música rap. Apesar do choque com a família e com a comunidade em que vivem, estes jovens encontram nos adultos uma disponibilidade para os ouvir e uma surpreendente sensibilidade aos seus desejos e sonhos.
Hajwalah.  Rana Jarbou. Arábia Saudita, 2015, 21’
Hajwalah explora a prática do joyriding (ou tafheet), com base na paixão de Rakan pelo que ele considera um “esporte a motor” que devia ser legalizado. Com medo de perder seu trabalho noturno, de monitoramento de sistemas, Rakan abandona o joyriding e, no seu lugar, passa a imaginar e praticamente reviver o hajwalah no mundo dos games. Em paralelo à história de Rakan, Hajwalah explora a cidade pelas lentes de uma mulher, por meio de um ensaio fílmico que captura sua tentativa de reivindicar um senso de localidade virtual na metrópole desértica que cresce velozmente.
Le Park. O Parque.Randa Maroufi. Marrocos, 2015, 14’
Filmado como um lento passeio em um parqueabandonado no coração de Casablanca, o filme desenha um retrato dos jovens que frequentam o lugar e encenam essas vidas, meticulosamente recompostas e muitas vezes inspiradas por uma imagem encontrada nas redes sociais. Este trabalho ativa a imaginação dos espectadores através de uma rica trilha sonora de conversas e sons gravados, bem como as vivas encenações de jovens que são congelados como esculturas cinematográficas. Esses corpos e vozes oferecem retratos da juventude em um espaço reivindicado como deles, mas são deixados incompletos. Essa incompletude cria um espaço de diálogo dentro da mente dos espectadores.
19h30 | Upon the Shadow. Além da Sombra. Nada Mezni Hafaiedh. Tunísia,  2017, 80’
Classificação 16 anos
Em Além da Sombra, temos acesso ao lado misterioso de Amina Sboui e sua vida cotidiana. Seus amigos, membros da comunidade LGBT, moram em sua casa pois foram rejeitados por suas famílias e pela sociedade. Ao longo do filme, conhecemos as estórias de Sandra, Ramy, Ayoub e Atef e acontecimentos inesperados são filmados ao vivo.
11 MAR | SEGUNDA
16h | Sessão de Curtas 3
Classificação 12 anos
Rupture. Ruptura. Yassmina Karajah. Jordânia/ Canadá, 2017, 15’
Apresentando um elenco de atores iniciantes e sobreviventes da guerra que canalizam suas experiências de perda e novos começos através de uma narrativa ficcional, Ruptura acompanha a jornada de quatro adolescentes árabes e sua busca para encontrar a piscina pública de sua nova cidade no Canadá.
  1. Pirulito.  Hanaa AlFassi. Arábia Saudita, 2017, 13’
Taghreed, uma garota muçulmana de 14 anos de idade, vivencia o início da puberdade, o que significa que ela precisa começar a vestir um Niqab preto completo. Quando seu algoz troca sua jaqueta na escola, um caso de confusão de identidade expõe a perversão do pai da agressora.
Aya. Moufida Fedhila. Tunísia/ França/ Qatar, 2014, 23’
Aya, uma menininha esperta, vive em Túnis com seus pais salafistas. Certo dia, um acontecimento especial perturba a vida essa família.
19h |  Broken Record. O Disco Quebrado.Parine Jaddo. Iraque, 2013, 75’
Classificação 10 anos
O Disco Quebrado é uma jornada poética pelo Iraque em busca de uma música iraquiana/turcomena, na qual a mãe da realizadora Parine Jaddo costumava cantar e a gravou com seus irmãos em 1960. Apesar dela conhecer a melodia, ela não lembra mais a letra, e a sua curiosidade a leva ao redor do país em busca dela, mostrando a rica cultura e herança musical do Iraque, muito da qual foi perdida e queimada.
13 MAR | QUARTA-FEIRA
16h | Ouroboros. Basma Alsharif. França/ Palestina/ Bélgica/ Qatar, 2017, 75’
Classificação 12 anos
Uma homenagem à Faixa de Gaza baseada no Eterno Retorno. Acompanhamos um homem em uma jornada por cinco paisagens diferentes, em que o fim é marcado como um começo. À medida que avança no caminho, ele vai esquecendo o fracasso da civilização.
19h Those Who Remain. Aqueles que Restam. Eliane Raheb. Líbano/ Emirados Árabes Unidos, 2016, 95’
Classificação 12 anos
“Al Shambouk”, um pico localizado em Akkar, no Líbano, é a terra natal de Haykal, um fazendeiro cristão. Neste complexo ponto geopolítico, localizado a alguns quilômetros da Síria, Haykal decide construir uma fazenda e um restaurante. Todos os dias, ele lida com a poeira das pedreiras, a estagnação agrícola, as tensões sectárias e as repercussões político-econômicas da crise síria. E, ainda sim, mais do que nunca, Haykal sente que precisa permanecer em sua terra: ele está construindo sua nova casa e defendendo a coexistência no Líbano.
14 MAR | QUINTA-FEIRA
16h Birds of September. Pássaros de Setembro. Sarah Francis. Líbano/ Qatar, 2013, 99’
Classificação 12 anos
Uma van de vidro vaga pelas ruas de Beirute (Líbano), abrigando uma câmera que explora a cidade por detrás do vidro. Ao longo do percurso, muitas pessoas são convidadas para compartilhar um momento pessoal nesse confessionário em movimento. Cada um se aproxima com um rosto, um corpo, uma postura, uma voz, uma atitude, uma emoção, um ponto de vista, uma memória. Suas confissões são verdadeiras, francas e íntimas. No entanto, logo em seguida, a van se esvazia novamente, e vaga por Beirute; buscando incansavelmente por algo, por alguém.
19h | Sessão de Curtas 4
Classificação 18 anos
Here You Are. Aqui Tu Estás.Tyma Hezam. Síria/ EUA , 2017, 5’
Um vídeo-poema experimental que combina paisagem, texto e música para verter luz sobre questões de saúde mental de stress pós-traumático vivido por refugiados ao chegarem em seus destinos.
Behind The Sea. Atrás do Mar.  Leïla Saadna. Argélia, 2017, 19’
Quatro personagens contam as histórias da sua migração para a Europa, da busca pela liberdade e dignidade, da desilusão da experiência e das dificuldades perante às leis da imigração. Ouvimos as circunstâncias que os levaram a deixar a Argélia, as suas experiências na Europa, as maneiras e o porquê de regressarem à Argélia. O filme aborda sujeitos vivendo em quatro lugares diferentes da Argélia.
One Minute. Um Minuto.Dina Naser. Bélgica/ Jordânia, 2015, 11’
Durante o verão de 2014, na guerra de Gaza, no maltratado bairro de Shujaiya, Salma, uma mulher de 37 anos, usa sua casa como abrigo para proteger ela e a filha Alia dos ataques do exterior, até que ela recebe uma mensagem que a informa sobre o destino iminente das duas. Um Minuto nos leva ao longo de uma jornada entre os momentos em que Salma recebe mensagens de texto engraçadas de um amigo e em que ela recebe uma mensagem de evacuação do exército israelense. Impotentes, à mercê das táticas de guerra, tudo o que Salma e seu bebê possuem são esses momentos.
The Last Date. O Último Encontro.Sarah Sari. Iêmen, 2015, 7’
Todo ano, costumamos celebrar os aniversários das pessoas que amamos, que é o afeto humano natural que partilhamos com os outros para mostrar o quanto nos importamos com eles. No entanto, essa história segue por um outro extremo, uma tragédia da vida real. Acompanhamos uma garota que celebra o aniversário da sua melhor amiga em meio às ruínas e aos destroços do que era, antes, sua casa, onde as vozes ecoavam, onde suas vidas corriam felizes. Infelizmente, essa amiga não está mais lá, ela faz parte das tristes ruínas e de tudo o que foi perdido devido à guerra, e da destruição que não era esperada.
People of the Wasteland. Povo da Terra de Ninguém. Heba Khaled. Síria/ Alemanha, 2018, 21’
O Povo da terra de Ninguém é um curta experimental, em primeira pessoa, que representa os conflitos dos combatentes sírios na frente de batalha. Em meio ao caos da guerra, as linhas entre o certo e o errado ficam borradas. Este material exclusivo de dentro da guerra, filmado em Go-Pro, pretende nos lembrar que em um território no qual a paisagem e as pessoas são efêmeras, por causa da guerra, apenas a câmera pode continuar viva, e apenas a imagem de um certo momento pode permanecer eterna.
15 MAR | SEXTA-FEIRA
16h | A Magical Substance Flows Into Me. Uma Substância Mágica Flui em Mim. Jumana Manna. Palestina/ Alemanha/ Reino Unido, 2015, 68’
Classificação Livre
Uma Substância Mágica Flui em Mim abre com a gravação de uma voz estridente. A voz é a do Dr. Robert Lachmann, um etnomusicólogo judeu-alemão, que emigrou para a Palestina dos anos 30. Lachmann criou um programa de rádio para o Serviço Palestino de Radiodifusão chamado “Música Oriental”, onde convidava membros de comunidades locais para tocar sua música vernacular. Ao longo do filme, Jumana Manna segue os passos de Lachmann e visita judeus curdos, marroquinos e iemenitas, samaritanos, membros de comunidades palestinas urbanas e rurais, beduínos e cristãos coptas, que ainda se encontram no espaço geográfico da Palestina histórica.
19h  | Sessão de Curtas 5 – Trilogia Sci-Fi
Sessão com legenda descritiva e tradução em libras
Comentada por Julia Mariano (Realizadora Cinematográfica)
Classificação 12 anos
A Space Exodus. Um Êxodo Espacial.  Larissa Sansour. Palestina, 2008, 6’
Um Êxodo Espacial situa um trecho adaptado de 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, no contexto político do Oriente Médio. As partituras reconhecíveis do filme de ficção científica de 1968 são alteradas para acordes arabescos e são combinadas às imagens surreais do filme de Sansour. Em seu filme, a diretora postula a ideia do primeiro palestino no espaço em referência ao pouso na lua de Armstrong. Ela interpreta esse gesto simbólico como “um pequeno passo para um palestino, um gigante passo para a humanidade. ” Muita atenção é dada para cada detalhe do filme para criar um cenário mágico de deslocamento palestino jamais visto antes.
Nation Estate. Patrimônio Nacional.Larissa Sansour. Palestina, 2013, 9’
Patrimônio Nacional é um curta-metragem de ficção que apresenta uma abordagem clinicamente distópica e, ao mesmo tempo, humorística sobre o Oriente Médio. O filme explora uma solução vertical para o Estado Palestino: um arranha-céu colossal para abrigar a população da Palestina que agora, finalmente, tem uma vida de altos padrões.
In the Future They Ate From the Finest Porcelain.No Futuro, eles comiam da melhor porcelana.  Larissa Sansour. Palestina, 2015, 29’
No Futuro, Eles Comiam da Melhor Porcelana faz um corte transversal entre ficção científica, arqueologia e política. Combinando imagens extraídas da realidade com imagens artificiais criadas em computador, o filme explora o papel da mitologia para a História, os fatos e a identidade nacional. A narrativa de um grupo resistente que cria depósitos clandestinos de porcelana – sugerindo pertencer à uma civilização fictícia. O objetivo é influenciar a História e embasar futuros argumentos de sua extinção.
16 MAR | SÁBADO
15h | Sessão de Curtas 6
Classificação 14 anos
  1. Latifa Said. Argélia, 2018,  17’
Tahiti, 35 anos, nasceu em Camarões. Fascinado com a mítica história da Argélia, ele deixa o seu país para viver lá. Sem documentos, há 10 anos, ele busca sobreviver trabalhando no famoso prédio argelino Aero-Habitat, onde também mora. Desiludido e desapontado com a acolhida, Tahiti planeja voltar para casa e reencontrar sua família.
À L’ombre Des Mots. À Sombra das Palavras. Amel Blidi. Argélia, 2016, 10’
Em um café para surdos e mudos, em Argel, homens vivem e trabalham ao ritmo da coreografia corporal que cadencia suas vidas. Se eles conhecem perfeitamente as dificuldades e a rejeição, também sabem como se mostrar valorosos e fortes. Nessa cafeteria, em particular, dois mundos se confrontam.
Je Suis Là. Eu Estou Aqui.  Farah Abada. Argélia, 2016, 14’
Souad Douibi é uma artista militante que realiza performances nas ruas da Argélia. A cada performance, novas controvérsias são suscitadas. Sua expressão artística se transforma em uma batalha, a fim de encontrar um lugar para si na sociedade. Ela irá persistir? Ou aceitará o status de artista feminina na Argélia, com todos os problemas que isso implica, como resultado em sua vida pública e privada?
Terrain Vague. Terreno Baldio. Latifa Said. França/ Portugal, 2017, 14’
Subúrbios de uma grande cidade. Omar, um operário magrebino, está pouco à vontade com as mulheres. Ambivalente, tanto se sente fascinado por elas como elas lhe metem medo. Quando encontra Rita, uma prostituta, tenta ultrapassar os seus complexos, descobrindo a sua sexualidade.
17h30 Mesa Redonda: O Mundo Árabe no Feminino: Religião, Nação e Feminismos
Com Elzahra Osman (Inep/UnB), Houda B. Bakour (NEOM/UFF) e Gisele Fonseca Chagas (NEOM/UFF)
Classificação Livre
20h In Between. Eu Dançarei se eu Quiser. Maysaloun Hamoud. França/ Israel, 2016, 105’
Classificação 18 anos
Layla, Salma e Nur são três jovens palestinas que dividem um apartamento em Tel Aviv, vivendo longe de suas cidades natais conservadoras. Mas nem sempre é fácil tentar levar uma existência livre entre a sociedade israelense, que não as aceita completamente, e as tradições patriarcais diante das quais elas não aceitam se ajoelhar. Sem fazer nenhuma concessão, elas terão que tomar decisões dolorosas a fim de manter suas cabeças erguidas.
17 MAR | DOMINGO
15h | Sessão de Curtas 3
Classificação 12 anos
Rupture. Ruptura. Yassmina Karajah. Jordânia/ Canadá, 2017, 15’
Apresentando um elenco de atores iniciantes e sobreviventes da guerra que canalizam suas experiências de perda e novos começos através de uma narrativa ficcional, Ruptura acompanha a jornada de quatro adolescentes árabes e sua busca para encontrar a piscina pública de sua nova cidade no Canadá.
  1. Pirulito.  Hanaa AlFassi. Arábia Saudita, 2017, 13’
Taghreed, uma garota muçulmana de 14 anos de idade, vivencia o início da puberdade, o que significa que ela precisa começar a vestir um Niqab preto completo. Quando seu algoz troca sua jaqueta na escola, um caso de confusão de identidade expõe a perversão do pai da agressora.
Aya. Moufida Fedhila. Tunísia/ França/ Qatar, 2014, 23’
Aya, uma menininha esperta, vive em Túnis com seus pais salafistas. Certo dia, um acontecimento especial perturba a vida essa família.
17h | Bloody Beans. Malditos Feijões. Narimane Mari. Argélia, 2013, 77’
Classificação 12 anos
Dezessete crianças, incansáveis, cheias de manias e barulhentas, colocam fogo em tudo. Grandes heróis de uma guerra não-escrita. Enquanto o Exército Francês atira na OAS (Organização Armada Secreta), as crianças os saqueiam: óleo, chocolate, sêmola, açúcar e, até mesmo, um prisioneiro de guerra condenado a comer feijão. Mas a guerra alcança uma bela aventura e os feijões são estragados pelo sangue. Através da poderosa e transgressiva imaginação das crianças, o filme conta o fim da Argélia Colonial.
19h | Salt of this sea.O Sal Desse Mar. Annemarie Jacir. Palestina/ Bélgica/ França/ Espanha/ Suíça, 2008, 109’
Classificação 12 anos
Soraya, 28, nascida e criada no Brooklyn, decide retornar à Palestina, lugar de onde sua família foi expulsa em 1948. Ao chegar em Ramallah, Soraya tenta recuperar o dinheiro de seus avós, bloqueado numa conta em Jaffa, porém tem a retirada negada pelo banco. Ela conhece Emad, um jovem palestino, que, ao contrário de Soraya, quer deixar a Palestina para sempre. Cansados das dificuldades que permeiam suas vidas, Soraya e Emad sabem que terão que buscar seus próprios meios para serem livres mesmo que para isso precisem ir contra a lei.
18 MAR | SEGUNDA
16h | Upon the Shadow. Além da Sombra. Nada Mezni Hafaiedh. Tunísia,  2017, 80’
Classificação 16 anos
Em Além da Sombra, temos acesso ao lado misterioso de Amina Sboui e sua vida cotidiana. Seus amigos, membros da comunidade LGBT, moram em sua casa pois foram rejeitados por suas famílias e pela sociedade. Ao longo do filme, conhecemos as estórias de Sandra, Ramy, Ayoub e Atef e acontecimentos inesperados são filmados ao vivo.
19h | Ouroboros. Basma Alsharif. França/ Palestina/ Bélgica/ Qatar, 2017, 75’
Classificação 12 anos
Uma homenagem à Faixa de Gaza baseada no Eterno Retorno. Acompanhamos um homem em uma jornada por cinco paisagens diferentes, em que o fim é marcado como um começo. À medida que avança no caminho, ele vai esquecendo o fracasso da civilização.
20 MAR | QUARTA-FEIRA
16h The Blessed. Os Afortunados. Sofia Djama. França/ Bélgica/ Qatar, 2017, 102’
Classificação 16 anos
Argel, alguns anos depois da guerra civil. Amal e Samir decidem comemorar o vigésimo aniversário de casamento num restaurante. No caminho, compartilham suas opiniões sobre a Argélia: Amal fala sobre decepções e Samir sobre a necessidade de cooperação. Ao mesmo tempo, o filho deles, Fahim, e seus amigos, Feriel e Reda, perambulam por uma Argel hostil, prestes a roubar-lhes a juventude.
19h Mesa Redonda: Corpos-ficções palestinos: pensamentos fílmicos a partir de uma geografia violentada
Com Carol Almeida (PPGCOM / UFPE), Tatiana Carvalho Costa  (Centro Universitário UNA / CORAGEM-UFMG) e Fernando Resende (PPGCOM / UFF).
Classificação Livre 
21 MAR | QUINTA-FEIRA
16h | Arij – Scent of Revolution.Arij – Cheiro de Revolução. Viola Shafik. Egito/ Alemanha, 2014, 101’
Classificação 12 anos
Arij embarca numa viagem ao passado, e em desastrosas tentativas de tornar a cidade de Luxor desenvolvida. Dificultada pela revolução, a cineasta percebe sua dificuldade de conectar seus protagonistas e as diferentes linhas da memória em uma narração coerente. Ela só começa a entender, quando um de seus personagens cita o romancista cubano Desnoes: “É a própria nação subdesenvolvida que é desprovida da habilidade de se lembrar e conectar. ”
19h | In Between. Eu Dançarei se eu Quiser. Maysaloun Hamoud. França/ Israel, 2016, 105’
Sessão Comentada por Gisele Fonseca Chagas (NEOM/UFF)
Classificação 18 anos
Layla, Salma e Nur são três jovens palestinas que dividem um apartamento em Tel Aviv, vivendo longe de suas cidades natais conservadoras. Mas nem sempre é fácil tentar levar uma existência livre entre a sociedade israelense, que não as aceita completamente, e as tradições patriarcais diante das quais elas não aceitam se ajoelhar. Sem fazer nenhuma concessão, elas terão que tomar decisões dolorosas a fim de manter suas cabeças erguidas.
22 MAR | SEXTA-FEIRA
15h Freedom Fields. Campos da Liberdade. Naziha Arebi. Líbia/ Reino Unido/ Holanda/ EUA/ Qatar/ Líbano/ Canadá, 2018, 99’
Classificação 12 anos
Filmado ao longo de cinco anos, Campos da Liberdade acompanha três mulheres e seu time de futebol na Líbia pós-revolução, enquanto o país decai em uma guerra civil e as esperanças utópicas da Primavera Árabe começam a desaparecer. Através do olhar dessas recém tornadas ativistas, vemos a realidade de um país em transição, onde as estórias pessoais de amor e aspirações colidem com a História. Um filme íntimo sobre esperança, luta e sacrifício em uma terra onde sonhos parecem ser luxo. Uma carta de amor para a irmandade e para o poder de um time.
17h30 | Sessão de Curtas 1
Classificação 12 anos
Your father was born 100 years old and so was the Nakba.Seu Pai Nasceu com 100 anos, assim Como a Nakba. Razan AlSalah. Palestina, 2017, 7’
Oum Ameen, uma avó palestina, retorna a Haifa sua cidade natal através do Google Street View, que atualmente é a única forma pela qual ela consegue ver a Palestina.
The Goodness Regime. O Regime da Bondade. Jumana Manna e Sille Storihle. Noruega, 2013, 21’
Com a ajuda de um elenco infantil, The Goodness Regime investiga as bases da ideologia e da auto-imagem da Noruega moderna – desde as Cruzadas (passando pelas aventuras de Fridtjof Nansen e do trauma da ocupação durante o período de guerra), até o teatro diplomático de Oslo, Acordos de Paz. O filme foi gravado na Noruega e na Palestina, e combina as performances das crianças com gravações sonoras de arquivo. Ele tenta capturar o mecanismo que perpetua a imagem da Noruega enquanto nação pacifista, e a absolve da estrutura de poder que a sustenta.
A Sketch of Manners (Alfred Roch’s Last Masquerade).Um Retrato dos Costumes (A Última Mascarada de Alfred Roch). Jumana Manna. Noruega/ Palestina, 2013, 12’
Roch, membro da Liga Nacional Palestina, é um político com estilo boêmio. Em 1942, no auge da Segunda Guerra, ele promove aquele que será o último baile de máscaras da Palestina. Inspirado por uma fotografia de arquivo, Um Retrato Dos Costumes (A Última Mascarada De Alfred Roch) recria um aspecto bon vivant não convencional da vida urbana palestina anterior a 1948. Posando em silêncio para uma foto de grupo, os palhaços melancólicos e não mascarados personificam, acidentalmente, a premonição de um futuro incerto.
Memory of the land. Memória da terra. Samira Badran. Espanha, 2013, 13’
Palestina. Um corpo está preso em um posto de controle, mecanismo essencial da ocupação israelense. O corpo está perfurado pela violência física e estrutural, que é agressiva e arbitrária, que impede e ataca sua liberdade de movimento e de existência. Memória da terra é uma reflexão sobre a condição humana sob o jugo de diferentes formas de violência, e sobre a memória coletiva e a identidade como formas de resiliência.
19h | A Magical Substance Flows Into Me. Uma Substância Mágica Flui em Mim. Jumana Manna. Palestina/ Alemanha/ Reino Unido, 2015, 68’
Classificação Livre
Uma Substância Mágica Flui em Mim abre com a gravação de uma voz estridente. A voz é a do Dr. Robert Lachmann, um etnomusicólogo judeu-alemão, que emigrou para a Palestina dos anos 30. Lachmann criou um programa de rádio para o Serviço Palestino de Radiodifusão chamado “Música Oriental”, onde convidava membros de comunidades locais para tocar sua música vernacular. Ao longo do filme, Jumana Manna segue os passos de Lachmann e visita judeus curdos, marroquinos e iemenitas, samaritanos, membros de comunidades palestinas urbanas e rurais, beduínos e cristãos coptas, que ainda se encontram no espaço geográfico da Palestina histórica.
23 MAR | SÁBADO
15h | Sessão de Curtas 6
Classificação 14 anos
  1. Latifa Said. Argélia, 2018,  17’
Tahiti, 35 anos, nasceu em Camarões. Fascinado com a mítica história da Argélia, ele deixa o seu país para viver lá. Sem documentos, há 10 anos, ele busca sobreviver trabalhando no famoso prédio argelino Aero-Habitat, onde também mora. Desiludido e desapontado com a acolhida, Tahiti planeja voltar para casa e reencontrar sua família.
À L’ombre Des Mots. À Sombra das Palavras. Amel Blidi. Argélia, 2016, 10’
Em um café para surdos e mudos, em Argel, homens vivem e trabalham ao ritmo da coreografia corporal que cadencia suas vidas. Se eles conhecem perfeitamente as dificuldades e a rejeição, também sabem como se mostrar valorosos e fortes. Nessa cafeteria, em particular, dois mundos se confrontam.
Je Suis Là. Eu Estou Aqui.  Farah Abada. Argélia, 2016, 14’
Souad Douibi é uma artista militante que realiza performances nas ruas da Argélia. A cada performance, novas controvérsias são suscitadas. Sua expressão artística se transforma em uma batalha, a fim de encontrar um lugar para si na sociedade. Ela irá persistir? Ou aceitará o status de artista feminina na Argélia, com todos os problemas que isso implica, como resultado em sua vida pública e privada?
Terrain Vague. Terreno Baldio. Latifa Said. França/ Portugal, 2017, 14’
Subúrbios de uma grande cidade. Omar, um operário magrebino, está pouco à vontade com as mulheres. Ambivalente, tanto se sente fascinado por elas como elas lhe metem medo. Quando encontra Rita, uma prostituta, tenta ultrapassar os seus complexos, descobrindo a sua sexualidade.
16h30 Those Who Remain. Aqueles que Restam. Eliane Raheb. Líbano/ Emirados Árabes Unidos, 2016, 95’
Classificação 12 anos
“Al Shambouk”, um pico localizado em Akkar, no Líbano, é a terra natal de Haykal, um fazendeiro cristão. Neste complexo ponto geopolítico, localizado a alguns quilômetros da Síria, Haykal decide construir uma fazenda e um restaurante. Todos os dias, ele lida com a poeira das pedreiras, a estagnação agrícola, as tensões sectárias e as repercussões político-econômicas da crise síria. E, ainda sim, mais do que nunca, Haykal sente que precisa permanecer em sua terra: ele está construindo sua nova casa e defendendo a coexistência no Líbano.
19h | Sessão de Curtas 4
Classificação 18 anos
Here You Are. Aqui Tu Estás.Tyma Hezam. Síria/ EUA , 2017, 5’
Um vídeo-poema experimental que combina paisagem, texto e música para verter luz sobre questões de saúde mental de stress pós-traumático vivido por refugiados ao chegarem em seus destinos.
Behind The Sea. Atrás do Mar.  Leïla Saadna. Argélia, 2017, 19’
Quatro personagens contam as histórias da sua migração para a Europa, da busca pela liberdade e dignidade, da desilusão da experiência e das dificuldades perante às leis da imigração. Ouvimos as circunstâncias que os levaram a deixar a Argélia, as suas experiências na Europa, as maneiras e o porquê de regressarem à Argélia. O filme aborda sujeitos vivendo em quatro lugares diferentes da Argélia.
One Minute. Um Minuto.Dina Naser. Bélgica/ Jordânia, 2015, 11’
Durante o verão de 2014, na guerra de Gaza, no maltratado bairro de Shujaiya, Salma, uma mulher de 37 anos, usa sua casa como abrigo para proteger ela e a filha Alia dos ataques do exterior, até que ela recebe uma mensagem que a informa sobre o destino iminente das duas. Um Minuto nos leva ao longo de uma jornada entre os momentos em que Salma recebe mensagens de texto engraçadas de um amigo e em que ela recebe uma mensagem de evacuação do exército israelense. Impotentes, à mercê das táticas de guerra, tudo o que Salma e seu bebê possuem são esses momentos.
The Last Date. O Último Encontro.Sarah Sari. Iêmen, 2015, 7’
Todo ano, costumamos celebrar os aniversários das pessoas que amamos, que é o afeto humano natural que partilhamos com os outros para mostrar o quanto nos importamos com eles. No entanto, essa história segue por um outro extremo, uma tragédia da vida real. Acompanhamos uma garota que celebra o aniversário da sua melhor amiga em meio às ruínas e aos destroços do que era, antes, sua casa, onde as vozes ecoavam, onde suas vidas corriam felizes. Infelizmente, essa amiga não está mais lá, ela faz parte das tristes ruínas e de tudo o que foi perdido devido à guerra, e da destruição que não era esperada.
People of the Wasteland. Povo da Terra de Ninguém. Heba Khaled. Síria/ Alemanha, 2018, 21’
O Povo da terra de Ninguém é um curta experimental, em primeira pessoa, que representa os conflitos dos combatentes sírios na frente de batalha. Em meio ao caos da guerra, as linhas entre o certo e o errado ficam borradas. Este material exclusivo de dentro da guerra, filmado em Go-Pro, pretende nos lembrar que em um território no qual a paisagem e as pessoas são efêmeras, por causa da guerra, apenas a câmera pode continuar viva, e apenas a imagem de um certo momento pode permanecer eterna.
24 MAR | DOMINGO
15h | Broken Record. O Disco Quebrado.Parine Jaddo. Iraque, 2013, 75’
Classificação 10 anos
O Disco Quebrado é uma jornada poética pelo Iraque em busca de uma música iraquiana/turcomena, na qual a mãe da realizadora Parine Jaddo costumava cantar e a gravou com seus irmãos em 1960. Apesar dela conhecer a melodia, ela não lembra mais a letra, e a sua curiosidade a leva ao redor do país em busca dela, mostrando a rica cultura e herança musical do Iraque, muito da qual foi perdida e queimada.
17h |  | Sessão de Curtas 5 – Trilogia Sci-Fi
Sessão com Legenda Descritiva
Classificação 12 anos
A Space Exodus. Um Êxodo Espacial.  Larissa Sansour. Palestina, 2008, 6’
Um Êxodo Espacial situa um trecho adaptado de 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, no contexto político do Oriente Médio. As partituras reconhecíveis do filme de ficção científica de 1968 são alteradas para acordes arabescos e são combinadas às imagens surreais do filme de Sansour. Em seu filme, a diretora postula a ideia do primeiro palestino no espaço em referência ao pouso na lua de Armstrong. Ela interpreta esse gesto simbólico como “um pequeno passo para um palestino, um gigante passo para a humanidade. ” Muita atenção é dada para cada detalhe do filme para criar um cenário mágico de deslocamento palestino jamais visto antes.
Nation Estate. Patrimônio Nacional.Larissa Sansour. Palestina, 2013, 9’
Patrimônio Nacional é um curta-metragem de ficção que apresenta uma abordagem clinicamente distópica e, ao mesmo tempo, humorística sobre o Oriente Médio. O filme explora uma solução vertical para o Estado Palestino: um arranha-céu colossal para abrigar a população da Palestina que agora, finalmente, tem uma vida de altos padrões.
In the Future They Ate From the Finest Porcelain.No Futuro, eles comiam da melhor porcelana. Larissa Sansour. Palestina, 2015, 29’
No Futuro, Eles Comiam da Melhor Porcelana faz um corte transversal entre ficção científica, arqueologia e política. Combinando imagens extraídas da realidade com imagens artificiais criadas em computador, o filme explora o papel da mitologia para a História, os fatos e a identidade nacional. A narrativa de um grupo resistente que cria depósitos clandestinos de porcelana – sugerindo pertencer à uma civilização fictícia. O objetivo é influenciar a História e embasar futuros argumentos de sua extinção.
19h Birds of September. Pássaros de Setembro. Sarah Francis. Líbano/ Qatar, 2013, 99’
Classificação 12 anos
Uma van de vidro vaga pelas ruas de Beirute (Líbano), abrigando uma câmera que explora a cidade por detrás do vidro. Ao longo do percurso, muitas pessoas são convidadas para compartilhar um momento pessoal nesse confessionário em movimento. Cada um se aproxima com um rosto, um corpo, uma postura, uma voz, uma atitude, uma emoção, um ponto de vista, uma memória. Suas confissões são verdadeiras, francas e íntimas. No entanto, logo em seguida, a van se esvazia novamente, e vaga por Beirute; buscando incansavelmente por algo, por alguém.
25 MAR | SEGUNDA-FEIRA
16h | Sessão de Curtas 2
Classificação 16 anos
I Have Been Watching You All Along.Eu Tenho Te Observado o Tempo Todo.Rawda Al-Thani.Qatar, 2017,  10’
Uma jovem do Catar explora um cinema abandonado, enquanto é observada, pelas sombras, por espectadores. Mas afinal: quem está observando quem?
Three Centimetres. Três Centímetros. Lara Zeidan.  Líbano/ Reino Unido, 2018, 9’
No mais antigo parque de diversões de Beirute, quatro jovens amigas andam de roda-gigante. Durante essa jornada claustrofóbica ao ar livre, elas abordam temas íntimos, desde o melhor uso possível de três centímetros, até o recente rompimento de Joanna. No entanto, o conselho de Suzie quanto ao rompimento leva a uma confissão inesperada
Cloch’Art. Manel Katri. Tunísia, 2016, 22’
Ala, Ahmed e Mahdi são três adolescentes apaixonados pela música rap. Apesar do choque com a família e com a comunidade em que vivem, estes jovens encontram nos adultos uma disponibilidade para os ouvir e uma surpreendente sensibilidade aos seus desejos e sonhos.
Hajwalah.  Rana Jarbou. Arábia Saudita, 2015, 21’
Hajwalah explora a prática do joyriding (ou tafheet), com base na paixão de Rakan pelo que ele considera um “esporte a motor” que devia ser legalizado. Com medo de perder seu trabalho noturno, de monitoramento de sistemas, Rakan abandona o joyriding e, no seu lugar, passa a imaginar e praticamente reviver o hajwalah no mundo dos games. Em paralelo à história de Rakan, Hajwalah explora a cidade pelas lentes de uma mulher, por meio de um ensaio fílmico que captura sua tentativa de reivindicar um senso de localidade virtual na metrópole desértica que cresce velozmente.
Le Park. O Parque.Randa Maroufi. Marrocos, 2015, 14’
Filmado como um lento passeio em um parque abandonado no coração de Casablanca, o filme desenha um retrato dos jovens que frequentam o lugar e encenam essas vidas, meticulosamente recompostas e muitas vezes inspiradas por uma imagem encontrada nas redes sociais. Este trabalho ativa a imaginação dos espectadores através de uma rica trilha sonora de conversas e sons gravados, bem como as vivas encenações de jovens que são congelados como esculturas cinematográficas. Esses corpos e vozes oferecem retratos da juventude em um espaço reivindicado como deles, mas são deixados incompletos. Essa incompletude cria um espaço de diálogo dentro da mente dos espectadores.
19h SESSÃO DE ENCERRAMENTO |  Mon Tissu Préféré.  Meu Tecido Preferido. Gaya Jiji. França/ Alemanha/ Turquia, 2018, 95’
Classificação 16 anos
Damasco, primavera de 2011. Primeiros passos da revolução. Nahla, 25 anos, encontra-se dividida entre seu anseio por liberdade, e a esperança de deixar o país graças ao seu casamento arranjado com Samir (um sírio que mora nos Estados Unidos). Quando Samir escolhe a sua doce e mais jovem irmã, Myriam, Nahla encontra abrigo em sua vizinha, a misteriosa Sra. Jiji.

DEBATES
07 MAR | QUINTA-FEIRA
19h SESSÃO DE ABERTURA |  The Blessed. Os Afortunados. Sofia Djama. França/ Bélgica/ Qatar, 2017, 102’
Sessão comentada pela diretora
Classificação 16 anos
08 MAR | SEXTA-FEIRA
19h | Freedom Fields. Campos da Liberdade. Naziha Arebi. Líbia/ Reino Unido/ Holanda/ EUA/ Qatar/ Líbano/ Canadá, 2018, 99’
Sessão Comentada por Erica de Freitas (Roteirista e Produtora)
Classificação 12 anos
09 MAR | SÁBADO
18h | Aula Magna com Sofia Djama
Com tradução em libras
Classificação 16 anos
15 MAR | SEXTA
19h | Sessão de Curtas 5 – Trilogia Sci-Fi
A Space Exodus. Um Êxodo Espacial.  Larissa Sansour. Palestina, 2008, 6’
Nation Estate. Patrimônio Nacional.Larissa Sansour. Palestina, 2013, 9’
In the Future They Ate From the Finest Porcelain.No Futuro, eles comiam da melhor porcelana. Larissa Sansour. Palestina, 2015, 29’
Sessão com Legenda Descritiva e Tradução em Libras
Comentada por Julia Mariano (Realizadora Cinematográfica)
Classificação 12 anos
16 MAR | SÁBADO
17h30 Mesa Redonda “O Mundo Árabe no Feminino: Religião, Nação e Feminismos”
Com Elzahra Osman (Inep/UnB), Houda B. Bakour (NEOM/UFF) e Gisele Fonseca Chagas (NEOM/UFF)
Classificação Livre
20 MAR | QUARTA-FEIRA
19h Mesa Redonda “Corpos-ficções palestinos: pensamentos fílmicos a partir de uma geografia violentada”
Com Carol Almeida (PPGCOM / UFPE), Tatiana Carvalho Costa  (Centro Universitário UNA / CORAGEM-UFMG) e Fernando Resende (PPGCOM / UFF).
Classificação Livre
21 MAR | QUINTA-FEIRA
19h | In Between. Eu Dançarei se eu Quiser. Maysaloun Hamoud. França/ Is, 2016, 105’
Sessão Comentada por Gisele Fonseca Chagas (NEOM/UFF)
Classificação 18 anos