sexta-feira, 27 de abril de 2018

Hoje, o Exército Iraelita mata mais dois palestinos e fere mais de 170, em Gaza



Miles de palestinos participan en la quinta Gran Marcha del Retorno en la frontera de la Franja de Gaza, 27 de abril de 2018.


Mais dois palestinos foram assassinados e outros 170 feridos nesta sexta-feira (27/04) por tiros de soldados israelenses na fronteira entre a sitiada Faixa de Gaza  e os territórios ocupados, na repressão da quinta semana consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno

O Ministério da Saúde da Palestina até agora confirmou a morte dos dois palestinos pelas mãos das forças de guerra de Israel, acrescentando que entre os palestinos feridos no enclave costeiro há quatro médicos e seis jornalistas, dois deles em estado crítico.

Desde o início das marchas, em 30 de março, 40 palestinos foram mortos e outros 5511 foram feridos pelas forças de guerra israelenses, de acordo com o último relatório publicado pelo Ministério da Saúde da Palestina.

Os crimes israelenses e  o uso de munição real para dispersar os protestos provocaram críticas e condenações em todo o mundo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Zeid Raad al-Husein, alertou o regime de Tel Aviv na sexta-feira sobre o uso excessivo da força na repressão às manifestações palestinas.

O movimento de protesto atual, chamado  de a "Grande Marcha de Retorno", prevê seis semanas de manifestações perto da fronteira para reivindicar o direito de retorno de mais de 5 milhões de palestinos expulsos de suas terras pelos israelenses  ou que  fugiram da guerra que seguiu-se a criação do regime de Tel Aviv em 14 de maio de 1948.

https://www.hispantv.com/noticias/palestina/375416/protesta-franja-gaza-heridos-muertos-israel-marcha-retorno

quinta-feira, 26 de abril de 2018

O Comitê denuncia na rua os setenta (70) anos de genocídio, de terror e a impunidade do estado colonial racista de Israel

O Comitê de solidariedade à luta do povo palestinos do RJ marcou presença na Cinelândia ontem denunciando as atrocidades cometidas pelo Estado judeu contra os palestinos, em particular a juventude e as crianças,  nos últimos setenta anos de ocupação sionista da Palestina. Setenta anos de terror, morte e muita impunidade! Saudamos a resistência e valentia inabalável do povo palestino que desde o dia 30 de março , as sextas feiras, vai para as ruas se manifestar pelo Direito de Retorno enfrentando as metralhadoras assassinas do Exercito sionista de Israel, que já assassinaram 40 jovens manifestantes, sendo uma criança. Denunciamos a expansão do Nakba(tragédia) para todos os povos do Mundo Árabe, como acontece na  Síria , no Yemen, no Iraque, no Afeganistão e na Líbia , países que foram ou ainda estão sendo bombardeados pelos EUA, Israel e Arábia Saudita como parte da estratégia geopolítica que visa a fragmentação desses estados  para o total domínio de suas riquezas minerais, de gás e petróleo. Nesse sentido , a presença da entidade sionista(Israel) é fundamental para alimentar os exércitos mercenários da Al Qaeda, o DAESH ou ISIS ,entre outros, de armas, bombas e logísticas contra os povos árabes e seus Estados.




terça-feira, 24 de abril de 2018

OCUPAÇÃO SIONISTA NA PALESTINA: SETENTA (70) ANOS DE TERROR E MORTE!

 15 DE MAIO 1948 – DIA DE AL NAKBA -  A TRAGÉDIA

Setenta anos depois da tragédia que significou a ocupação sionista, os meninos palestinos desarmados estão sendo abatidos a tiros de metralhadora  pelo exército  do estado judeu !



No último  dia 30 de março, na celebração do Dia da Terra Palestina, milhares de habitantes de Gaza iniciaram a Grande Marcha do Retorno, para exigir o respeito ao direito de retorno dos refugiados. Nesta jornada está prevista  manifestações durante as sextas  feiras até o dia 15 de maio – o Dia do NAKBA . Desde o início das manifestações, os soldados do exército de Israel “brincam e se divertem” atirando para matar os jovens e comemoram quando acertam o alvo. Que tipo de sociedade, regime , estado , enfim, que tipo de gente  mata e festeja a morte de um ser humano desarmado? 

Nas quatro semanas da Marcha foram assassinados deste modo 40 jovens palestinos, inclusive uma criança! E mais de 5000 mil feridos a tiros.

As armas utilizadas pelo exército deixam nos jovens  marcas para o resto da vida.  Os médicos chamam a atenção para as armas desconhecidas que provocam feridas que não  cicatrizam e que  fragmentam  os ossos atingidos pelos projéteis. Desde o início da jornada, 19 jovens tiveram suas pernas amputadas.

Apesar do apelo da ONU para que Israel respeite os direitos humanos dos palestinos, apesar de algumas condenações de outros países e organizações internacionais, para que pare o uso de armas letais, ... nada acontece! Israel continua metralhando e assassinando os jovens desarmados, impunemente ! Setenta anos de cobertura para seus crimes contra a humanidade!

Esse assunto você não encontrará na mídia de qualquer parte do mundo, a mesma que nunca esquecerá de celebrar o holocausto judeu como se fosse o único episódio histórico de genocídio praticado contra seres humanos por um sistema colonial. Muitas mentiras e manipulações são veiculadas diariamente através de uma rede virtual complexa que inverte a realidade a tal ponto que as vítimas tornam-se uma grande ameaça, ora para democracia, ora para segurança, ora para a paz. Por trás, a finalidade de esconder o grau de crise  do sistema capitalista e as criminosas e assassinas estratégias geopolíticas do império sionista (EUA/Israel) e  suas corporações capitalistas, mais  os aliados anglo-saxões, contra os povos, para se apoderar de suas riquezas e terras. 

Nenhum jornal da grande mídia informará os genocídios praticados pelo imperialismo sionista contra os povos, em particular os do Oriente Médio, o sofrido e atacado povo árabe.

O genocídio ou limpeza étnica promovido pela entidade sionista (Israel) contra os palestinos é absolutamente desumano e bestial desde 15 de maio de 1948 (Al Nakba), quando as milícias judias, financiadas pela Inglaterra e por Hitler tocaram o terror nas aldeias palestinas, utilizando restos  humanos de palestinos assassinados presos em seus veículos como bandeiras para afugentar os sobreviventes. 

Fundado sob sangue dos árabes palestinos, Israel cresceu ampliando, ano após ano, o terror, o genocídio e a crueldade.  As prisões políticas contra os palestinos são um capítulo a parte desta macabra história: Todos os anos milhares de palestinos são presos e submetidos as péssimas condições dentro dos cárceres sionistas marcados sistematicamente por maus tratos e torturas, incluindo contra crianças, sendo motivos de muitas  mortes ou invalidez permanente. De 1967 até hoje, segundo os dados da ADAMEER – Associação de apoio aos prisioneiros políticos palestinos e Direitos Humanos, aproximadamente 800.000 palestinos foram prisioneiros da entidade sionista. Atualmente, são 6.500 presos políticos, sendo 427 detidos sem acusação (prisões administrativas), 356 crianças, 62 mulheres mais 7 parlamentares palestinos.

O processo de colonização forçada da ocupação militar sionista na Palestina, segue à risca o modelo clássico dos anglo-saxões na colonização da América do norte:  O interesse é a terra não o povo, este deve ser eliminado da terra como “solução final  e completa para a questão”, quando homens, mulheres e crianças são exterminados de modo deliberado.  Aliás teoria adotada oficialmente por Adolpho Hitler contra os povos que desejava subjugar.

É exatamente isso que faz Israel cotidianamente nos territórios palestinos há 70 anos.
Nos últimos anos, Israel privilegiou a estratégia macabra de prender e torturar as crianças palestinas.  As prisões geralmente acontecem no meio da madrugada, quando os soldados sionistas invadem as casas e os levam algemados para local ignorado pelos país, que ficam desesperados por dias buscando suas crianças.  Uma  vez em um sistema prisional, são levadas a quartos escuros  até um interrogatório, na base de ameaças e tapas na cara. Apesar  da ONU ter feito vários apelos  pelos Direitos Humanos das crianças palestinas ... nada acontece com Israel, nenhuma retaliação e nenhuma ameaça, assim mantém sua política racista e genocida contra o povo palestino.

As colônias judias são construídas em cima dos escombros das casas dos palestinos que vão engrossar a fila dos refugiados após terem suas vidas, casas, cultura e história roubados e destruídos. São setenta anos de humilhação, de morte , de limpeza étnica.

 

A NAKBA (TRAGÉDIA) EXPANDIDA PARA O MUNDO ÁRABE

 Israel é um estado colonial racista que goza de total impunidade porque é uma base militar dos EUA no Oriente Médio, sendo assim,  é parte da estratégia pela dominação total das riquezas de gás,  petróleo e das terras, seguidas de ocupações,  guerras, miséria, morte e o desterro para os povos árabes. 

A presença da entidade sionista nas terras árabes é fundamental para garantir o sucesso dos exércitos mercenários da Al Qaeda, do DAESH ou ISIS, financiados e armados pelos EUA, contra os estados que resistem a colonização de suas terras, como a Síria que está sob mira dos EUA , Israel, os aliados europeus e as Monarquias Sauditas do golfo.


VIVA A GRANDE  MARCHA DE RETORNO!
VIVA A RESISTÊNCIA DO POVO PALESTINO!
FORA ISRAEL DA PALESTINA!
EUA/ISRAEL TIREM AS GARRAS DA SÍRIA!

 

Solidariedade à luta dos palestinos e do povo árabe!

 

Ato dia 25 de abril de 2018

 

15 horas - Cinelândia 

 

Participe!

 



 

 Comitê de Solidariedade à luta do povo palestino do Rio de Janeiro

sexta-feira, 13 de abril de 2018

A Grande Marcha pelo Retorno é uma manifestação popular por direitos e resistência dos palestinos





“Prestamos homenagem aos mártires que se levantaram no Dia da Terra (30/03), nas massivas concentrações para o retorno que reuniram centenas de milhares de nosso povo na Faixa de Gaza. A Marcha de Retorno é um referendo popular para defender nossos direitos, especialmente o direito de retorno, que nunca será negociado ”, afirmou o camarada Jamil Mizher, membro do Bureau Político da Frente Popular para a Libertação da Palestina. e líder da organização em Gaza. "Esta marcha frustrou todas as apostas da ocupação em minar a unidade do povo palestino".
Este foi o discurso de Mizher, quando  participava juntamente  com um grande número de líderes, quadros e membros da Frente na fronteira leste da Faixa. “Nosso povo e sua ação em toda a Faixa de Gaza abriram uma nova etapa com seu sangue e sacrifício, confirmando sua adesão a todos os direitos nacionais, resistência e intifada e enfrentamento com todas as formas de agressão sionista, cerco e projetos de liquidação como o 'negócio do século' ”
Observou que a Grande Marcha do Retorno não termina, mas é um programa contínuo de atividades que irá crescer até  o aniversário da Nakba em 15 de maio. “Hoje, nosso povo demonstrou que está vivo, pronto para o sacrifício,  unido e capaz de derrotar todas as conspirações contra os direitos e os princípios palestinos. Este é um evento importante e exige que todos priorizem o supremo interesse nacional acima de todas as considerações estreitas e partidárias e alcancem o nível de sacrifício e grandeza corporificados pelas massas palestinas ”.
Além disso, Mizher afirmou que o povo palestino estava unido para enfrentar  todos os instrumentos que negam seus direitos, incluindo o "Acordo do Século", a declaração de transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém e o direcionamento dos direitos dos refugiados. As Marchas do Retorno impõem uma nova equação à ocupação e à comunidade internacional e deixam claro que o povo palestino nunca abandonará seus direitos e enfrentará com determinação todas essas tentativas.
“O ataque criminoso dos soldados sionistas contra os palestinos hoje (30/03) na Grande Marcha do Retorno é uma prova do estado de caos que persistiu por muitos dias e de sua total incapacidade de romper a vontade de resistência e firmeza do povo palestino que se reuniu aos milhares. ”, continuou Mizher.
Mizher: The Great Return March is a popular referendum on Palestinian rights and resistance
“Esta cena nacional unificada reflete a firmeza do povo palestino e seu apego à sua terra, a terra de seus ancestrais por gerações. Esta é a verdadeira expressão da vontade do nosso povo ... o enfrentamento com a ocupação é o meio mais eficaz para restaurar a unidade nacional e reorganizar a casa palestina ”, observou Mizher.
Concluiu saudando as massas palestinas na pátria e no exílio, especialmente na Palestina Ocupada 48, que hoje (30/03) comemoraram o aniversário do Dia da Terra ao lado de seu povo na Faixa de Gaza, confirmando ao ocupante que todos os palestinos estão unidos e firmemente enraizados na terra, na sua histórica terra.
http://pflp.ps/english/2018/03/30/mizher-the-great-return-march-is-a-popular-referendum-on-palestinian-rights-and-resistance/

Médicos do hospital de Duma/Síria "Nem um paciente com sintomas de envenenamento por substâncias químicas"




Novos testemunhos desmentem o alegado ataque químico na cidade síria de Duma.

Enquanto muitos países ocidentais não hesitaram em culpar Damasco pelo suposto ataque químico perpetrado na cidade síria de Duma (Guta Oriental), mais e mais relatórios estão surgindo que negam que isso realmente aconteceu.
     "Nem um paciente com sintomas de envenenamento por substâncias químicas"

Desta vez, foi o Ministério da Defesa da Rússia que conseguiu encontrar dois participantes diretos do vídeo sobre as "consequências" do suposto ataque e conversar com eles, conforme revelado pelo porta-voz deste ministério, Major-General Igor Konashénkov. Estes são dois médicos que trabalham na sala de emergência do hospital da cidade.
"Um dos prédios da cidade foi bombardeado e no primeiro andar houve um incêndio " , recorda Jalil Azhizh. "Nos trouxeram todos os afetados naquele edifício, os habitantes dos andares superiores apresentavam sintomas de axfixia por fumaça do incendio", detalha o médico.
"Enquanto eles estavam sendo tratados, uma pessoa que eu não conhecia veio e disse que era um ataque com substâncias tóxicas", diz o médico. " Eles estavam nos filmando e alguém veio e começou a gritar que era um envenenamento químico ", diz outra testemunha dos fatos. "Essa pessoa, um estranho, disse que as pessoas eram vítimas de armas químicas", acrescenta o homem.
" As pessoas se assustaram , houve uma briga, parentes dos feridos começaram a derramar água em cima dos outros. Outras pessoas que não tinham formação médica começaram a pulverizar na boca das crianças  medicamentos contra a asma , " diz Azhizh, afirmando que eles não viram "nem um paciente com sintomas de envenenamento por substancias químicas" .
No final da entrevista, as testemunhas apontaram a si mesmas no vídeo publicado na mídia sobre as “conseqüências” do suposto ataque químico.
"Quero enfatizar que essas mensagens não são impessoais nas redes sociais ou declarações de ativistas anônimos", disse o major-general Konashenkov ao apresentar a entrevista em uma entrevista coletiva. "Eu gostaria de ressaltar novamente que são pessoas que participaram diretamente desses pseudovideos", reiterou o porta-voz.

https://actualidad.rt.com/actualidad/268341-medico-duma-paciente-sintomas-sustancias-quimicas

TERROR SIONISTA : Ataques de soldados israelenses deixam 363 feridos na Faixa de Gaza

Ataques de soldados israelíes dejan 363 heridos en Franja de Gaza:   Veja o vídeo do ataque

Pelo menos 363 palestinos foram feridos nesta sexta-feira  (13/04) pelas forças de guerra sionistas em confrontos na Faixa de Gaza durante os protestos da Grande Marcha de Retorno, que começou no Dia da Terra Palestina.

Milhares de palestinos voltaram a protestar novamente no enclave costeiro,  alguns manifestantes atiraram pedras em soldados israelenses, que responderam com tiros para matar, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
As manifestações de hoje foram convocadas com o slogan "a queima da bandeira de Israel e o içamento da bandeira palestina".
Do lado israelense, um porta-voz militar confirmou que, além de usar balas e gás lacrimogêneo, o regime colocou atiradores e tanques perto da Faixa de Gaza.
Os protestos são realizados pela terceira sexta-feira consecutiva. Nos dois últimos , pelo menos 34 palestinos foram assassinados por tiros disparados por franco atiradores  - que foram autorizados a abrir fogo contra manifestantes - do exército israelenses e outros 3 mil palestinos ficaram feridos.
Na quinta-feira, dois palestinos foram assassinados por soldados do regime, um com um tiro no peito perto de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, e outro em um ataque aéreo israelense.



Os manifestantes palestinos são baleados, apesar de não ameaçar Israel, nem , em particular, os franco-atiradores. O ministro de guerra do regime, Avigdor Lieberman, chegou a  parabenizar o atirador que abateu um palestino , em uma ação registrada em um vídeo que mostra o soldado e seus companheiros celebrando o acerto no alvo.
Oatual movimento de protesto, chamado de "Grande Marcha de Retorno", 
prevê seis semanas de manifestações perto da fronteira que reclamam o
direito de retorno de mais de 5 milhões de  
palestinos expulsos de suas terras pelos israelenses ou  que fugiram durante a guerra que se seguiu, após a ocupação dos
territórios e a criação do regime de Tel Aviv em 14 de maio de 1948.
alg / mla / bhr / hnb
https://www.hispantv.com/noticias/palestina/373997/protesta-franja-gaza-heridos-muertos-israel

The Saker: Opções dos anglo-sionistas (relatório intermediário)

ATUALIZADO 10/4/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Parece inevitável e iminente um ataque anglo-sionista contra a Síria. Sempre é possível alguma ação de contenção que venha de algum general supostamente menos insano, realista e patriota, se houve, no Pentágono, mas não contem com isso (consultei dois dos meus amigos mais bem informados sobre o assunto, e os dois me disseram que "sem chance"). É ingenuidade contar com gente que fez a vida obedecendo ordens para que, de repente, recuse-se a obedecer alguma ordem e, no processo, arruíne a própria carreira. Além do mais, a maioria do que se tem hoje no Pentágono não são tipo almirante Fallon, mas, mais, aquela gente tipo "franguinha lambe cu" [orig. an ass-kissing little chickenshit] à moda Petraeus. Talvez não preguem abertamente ataque à Rússia, mas farão o que os mandarem fazer. Exatamente o que disse recentemente o comandante do CENTCOM ("fazemos o que nos mandam fazer").

Contudo, que tipo de opções de ataque os neoconservadores norte-americanos e seus capangas israelenses escolherão, isso, sim, provavelmente está em discussão nesse momento. Aqui vão as opções básicas:

1) Repetição do ataque do ano passado contra a base da Força Aérea Síria em Shayrat. Seria certamente a melhor opção, e garantiria que os neoconservadores salvassem a cara, embora só simbolicamente; a opção tipo "mamãe veja como eu sou durão". Podem também atacar a mesma base T4 que os israelenses atacaram há alguns dias, só que com mais mísseis. E, só para fazer a coisa parecer muito "democrática", talvez peçam a franceses, britânicos e israelenses que participem do ataque.

2) É tarde demais, militarmente falando, para tentar reverter a situação em campo, mas atacar mais bases da Força Aérea Síria, nodos de comunicação, defesas aéreas, etc. é, sim, uma opção. Os terroristas "do bem" e os terroristas "do mal" avançariam; e os sírios e aliados lutariam para "tapar os buracos" que fossem criados. Não é ação capaz de mudar o resultado da guerra na Síria, mas prolongaria o caos e a carnificina associada ao caos.

3) Atacar os iranianos. É a grande favorita de israelenses e neoconservadores, mas é também opção muito mais arriscada, porque se o ataque for bem-sucedido, os iranianos terão número altíssimo de potenciais alvos norte-americanos contra os quais retaliar; e o mesmo vale para o Hezbollah. Mas esse ataque aplacaria os odiadores-de-Irã, pelo menos temporariamente, e daria a Trump a chance de mostrar que sujeito "durão" e "big" ele é.

4) Ataque em grande escala contra militares sírios e contra o governo (incluindo instalações da presidência do país). Aqui, falo de centenas de mísseis cruzadores na primeira onda. Os alvos incluiriam além de alvos puramente militares (depósitos de munição, concentrações de soldados, etc.), também "infraestrutura de apoio ao regime", i.e. civis e tudo que torna possível a vida dos civis: usinas de energia, de purificação de água, de comunicações, pontes, estradas, portos, escolas e hospitais ("objetivos do regime camuflados"), etc. Basicamente, é o que EUA/UE/OTAN fizeram contra a Sérvia, e o que os israelenses fizeram várias vezes contra o Líbano: assassinar o maior número possível de civis para fazê-los pagar por apoiarem "Assad, o Animal". É tradição histórica anglo e judaica, várias vezes verificada, por falar de assassinar civis.

5) Ataque deliberado contra posições russas e iranianas na Síria, para "castigar" russos e iranianos por apoiarem os ataques químicos de "Assad, o Animal".

Claro, também é possível uma combinação das opções acima. Em termos genérico, as opções 1, 2 e 3 podem (condicional: "talvez") ser administráveis. Só a opção 1 é (relativamente) segura. Opções 4 e 5 são absolutamente insanas e provavelmente resultarão em escalada extremamente perigosa.

Consideremos a coisa de outro ponto de vista.

Qual seria o objetivo de um ataque anglo-sionista?

Acho que todos concordamos que ninguém acredita seriamente que aconteceu algum ataque químico; e que todo mundo sabe que não passou de ataque encenado (ataque sob falsa bandeira) já previsto por Nikki Haley e pelos russos há semanas. Quanto a algum tipo de reversão completa da derrota que os EUA sofreram na Síria, ou de algum tipo de reconquista por EUA/OTAN, esqueçam. Não são opções realistas, militarmente falando.


Assim sendo, do que se trata realmente?


1) Política interna dos EUA: Trump quer acalmar os neoconservadores e parecer "durão".

2) Fazer sírios, iranianos e russos pagarem por terem derrotado os terroristas "do bem" e também os "do mal".

3) Acalmar os israelenses sempre sedentos de sangue e morte, e criar um bom pretexto para renegar o acordo nuclear com o Irã.

4) A necessidade de 'dar vida' a retórica (é uma força frequentemente ignorada, mas, de fato, quando um governo vive de cuspir frases paranoicas e absurdos carregados de ódio contra outro país, quase sempre essa necessidade doentia de 'dar vida' à retórica está presente e ativa. Repetir "Assad, o Animal" e nada fazer contra ele, incomoda e não parece de bom tom, pelos critérios de O Donald).

5) Alguma esperança de realmente conseguir matar Assad (é pouco provável: as defesas aéreas russas-sírias integradas sempre alertarão as forças sírias, no caso de qualquer aproximação).

6) Fazer novamente valer, pelo exemplo, a noção de que os EUA são o fortão e o mauzão do quarteirão, e que nem Irã nem Rússia podem modificar esse 'fato'. Assustar Rússia e Irã, para que se submetam (eu sei, é ideia estúpida, mas neoconservadores não são gente lá muito brilhante!).

Acho que não se deve super intelectualizar tudo isso. Francamente, não acho que o pessoal da Casa Branca seja muito esperto, e o nível de planejamento de que são capazes e não vão muito além de "se você só tem um martelo, tudo vira prego". Agora, a Casa Branca só tem um martelo: o desejo doentio de violentar, atacar, ferir, punir. Só ódio e arrogância infinita.

Quando a onde e como o martelo atacará – meu palpite não é melhor que o de vocês.

Tentar prever ações de psicopatas em surto de delírio é exercício de futilidade.

Além do mais, logo saberemos. Sem demora.
[assina] The Saker

ATUALIZAÇÃO 1: RT noticia que Rússia e EUA estão ambos encaminhando projetos de Resoluções ao Conselho de Segurança da ONU. Os dois projetos de Resoluções exigem investigação internacional; a OPCW anunciou a decisão de enviar uma missão à Síria, para levantar dados. RT também diz que, segundo um jornal russo, está marcada para a próxima semana uma reunião de alto nível Rússia-EUA sobre a Síria. Talvez (quem sabe? Apenas talvez...) a insanidade pode ainda ser contida?*****


http://blogdoalok.blogspot.com.br/2018/04/the-saker-opcoes-dos-anglo-sionistas.html#more

quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Império Americano do Ocidente em crise. A Arte da Guerra

 
A guerra dos impostos alfandegários dos EUA contra a China e as novas sanções contra a Rússia, são sinais de uma tendência que vai mais além dos acontecimentos atuais. Para compreender qual é, devemos recuar trinta anos.
Em 1991, os Estados Unidos, vencedores da Guerra Fria e da primeira guerra após a Guerra Fria, declararam ser “o único Estado com uma força, um prestígio e uma influência verdadeiramente global, em qualquer esfera –  seja ela  política, econômica e militar” -”e que, no mundo “não existe nenhum substituto para a liderança americana”.
Confiando na hegemonia do dólar, no alcance global das suas multinacionais e dos seus grupos financeiros, sob controlo de organizações internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC/WTO), os Estados Unidos promovem o “comércio livre” e a “livre circulação de capitais” à escala global, reduzindo ou eliminando impostos e regulamentações. As outras potências ocidentais movem-se no seu encalço.
A Federação Russa, em profunda crise após a desagregação da URSS, é considerada por Washington como um território fácil de conquistar, para ser desmembrada para melhor controlar seus grandes recursos. A China, que se abre à economia de mercado, também parece estar apta a ser conquistada com capital e produtos dos EUA e explorada como um grande reservatório de mão-de-obra barata. Trinta anos depois, o “sonho americano””do domínio incontestado do mundo, desvaneceu-se. A Rússia, organizou uma frente interna de defesa da soberania nacional, superou a crise recuperando o estatuto de grande potência. A China, a “fábrica do mundo” na qual produzem, também, as multinacionais dos EUA, tornou-se o maior exportador de mercadorias do mundo e faz, cada vez mais, investimentos no estrangeiro. Hoje desafia a supremacia tecnológica dos Estados Unidos.
O projeto de uma nova Rota da Seda – uma rede rodoviária, ferroviária e marítima entre a China e a Europa, através de 60 países – coloca a China na vanguarda do processo de globalização, enquanto os Estados Unidos se encerram, erguendo barreiras econômicas. Washington olha com crescente preocupação, a parceria econômica e política entre a Rússia e a China, que desafia a própria hegemonia do dólar.
Não conseguindo opor-se a este processo, apenas com expedientes econômicos, os Estados Unidos usam os militares. O golpe na Ucrânia e a consequente escalada nuclear na Europa, a mudança de estratégia na Ásia, as guerras no Afeganistão e na Síria, fazem parte do plano pelo qual os EUA e as outras potências ocidentais tentam manter o domínio unipolar num mundo que se está a tornar multipolar. No entanto, esta técnica está a sofrer uma série de imprevistos  como num jogo de xadrez.
A Rússia e a China, submetidas à crescente pressão militar, reagiram fortalecendo a cooperação estratégica. A Rússia não só foi só encostada às cordas, mas, com um movimento de surpresa, interveio militarmente a apoiar o Estado sírio que, nos planos dos EUA/NATO, deveria ter terminado juntamente com o líbio. No Afeganistão, os EUA e a NATO estão atolados numa guerra que dura há mais de 17 anos.
Como reação a esses fracassos, intensifica-se a campanha para fazer a Rússia parecer um inimigo perigoso, usando também o argumento de falsa bandeira dos ataques químicos na Inglaterra e na Síria. A mesma técnica foi usada em 2003, quando, para justificar a guerra contra o Iraque, o Secretário de Estado, Colin Powell apresentou à ONU, a “evidência” de que o Iraque possuía armas de destruição em massa.
O mesmo Powell, em 2016, teve de admitir a inexistência de tais armas. No entanto, durante 15 anos, a guerra causou mais de um milhão de mortes.
Manlio Dinucci
Artigo em italiano :
Il manifesto, 10 de Abril de 2018
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
https://www.globalresearch.ca/o-imperio-americano-do-ocidente-em-crise/5635607