quarta-feira, 31 de maio de 2017

A greve de fome dos prisioneiros palestinos chega ao fim com vitórias

 
Após 40 dias, os prisioneiros palestinos suspenderam a greve de fome iniciada em 17 de abril de 2017 por cerca de 1500 presos políticos palestinos nas prisões e centros de detenção israelenses. Os prisioneiros apresentaram uma pauta destacando suas necessidades básicas e o respeito aos direitos humanos, incluindo o fim da negação de visitas familiares, o direito a atenção médica adequada, o direito de buscar educação a distância, o fim do isolamento e o fim da detenção administrativa, a prisão sem acusação ou julgamento.
Issa Qaraqe, diretor da Comissão de Assuntos dos Presos Palestinos, falou em uma coletiva de imprensa no domingo 28 de maio em que declarou que "80 por cento das demandas" dos prisioneiros foram alcançados na greve. 
Qaraqe informou sobre os principais pontos do acordo entre os grevistas e a administração das prisões israelense, como foi informado pelo advogado palestino Karim Ajwa, que se encontrou na manhã de domingo com um dos líderes da greve, o prisioneiro palestino Nasser Abu Hmeid:
1. Ampliar o acesso aos telefones públicos para comunicação  com os membros da família, de acordo com mecanismos acordados e o compromisso com a continuação do diálogo sobre esta questão como uma prioridade para os presos em todas as prisões.
2. Foi possível um acordo sobre uma série de questões relativas às visitas familiares: em primeiro lugar, o levantamento da proibição da visita de centenas de familiares de prisioneiros palestinos, pondo fim a prática de coibir as visitas  autorizadas e o recusamento de visitas nos postos de controle; além disso o acordo prevê o levantamento da proibição imposta a mais de 140 crianças que são injustificadamente proibidas de receber a visita de seus pais pelo regime.
3. Institui um compromisso inicial de encurtar o tempo entre as visitas aos prisioneiros palestinos de Gaza, por um período de até um mês em vez de dois meses ou mais entre as visitas.
4. Se chegou a um acordo também com relação as  condições de visitação familiar, incluindo permissão da introdução de vestuários e de sacos, e permissão  aos presos  de fornecer e partilhar doces com crianças e outros presos.
5. Introduzir novos padrões de visitação para parentes do "segundo grau", como permitir a introdução de sobrinhos e sobrinhas de tenra idade e prever que prisioneiros cujos pais e mães tenham morrido podem adicionar um ou dois familiares mais distantes em sua lista de visitação.
6. Fornecer aprovação formal para o retorno da segunda visita familiar mensal de acordo com o mecanismo acordado entre o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Autoridade Palestina.
7. Chegar a um acordo sobre a clínica da prisão de Ramle, para enviar os prisioneiros doentes a antiga e maior seção da prisão, que foi modernizada.
8. Se chegou a um acordo sobre as questões relacionadas com as condições das mulheres prisioneiras, incluindo a inclusão de todos as prisioneiras na prisão de HaSharon, ajustes no processo de visitação dos membros da família, maridos e crianças, introdução de materiais de artesanato, melhoria das condições de confinamento e o estabelecimento de um sistema de transporte especial para a transferência de e para os tribunais.
9. Sobre as crianças prisioneiras conseguiram alguns acordos para melhorar as condições de confinamento, acesso à educação e questões conexas.
10. Foi alcançado um acordo sobre a maioria das questões relacionadas com as difíceis condições de vida na prisão de Nafha.
11. Sobre a questão dos  prisioneiros doentes detidos  na clínica prisional de Ramle, como referido acima, transferir os prisioneiros à seção reaberta com melhores condições humanitárias, bem como introduzir um novo sistema para o movimento destes prisioneiros com transporte diretamente para e dos tribunais, em vez de transitar por longos pontos de cruzamento no "Bosta".
12. Distribuir  refeições aos prisioneiros em trânsito no "Bosta" durante os deslocamentos e permitir-lhes o acesso ao banheiro durante o trajeto.
13. Aprovação do regime em todos as prisões  de uma área de cozinha  para a preparação de alimentos e a introdução de equipamento de cozinha, ao invés  de  serem feitas nos quartos dos prisioneiros.
14. Permitir fotografias com os pais uma vez por ano, ou com o cônjuge do prisioneiro. No caso da morte do pai do prisioneiro ou da morte da mãe, a fotografia poderia ser tomada com um irmão ou irmã.
15. Introdução de melhorias na "cantina" (loja da prisão), com produtos de alta qualidade disponíveis, incluindo frutas e legumes, incluindo "molokhiyeh"(comida árabe) e especiarias.
 

16. Introdução de equipamentos modernos de esportes e recreação nos estaleiros de recreação.
17. Resolver o problema da superlotação nas seções penitenciárias e resolver o problema das altas temperaturas através de um sistema de ventilação e arrefecimento.
18. Adição de uma ambulância para ser utilizada nas  transferência dos prisioneiros em urgências de saúde, devem ficar estacionadas  nas prisões de Negev, Ramon e Nafha, devido ao fato de que essas prisões estão longe dos hospitais.
19. Transferir prisioneiros para prisões mais próximas dos locais de residência das suas famílias.
Além desses pontos, haverá um mecanismo para  novas negociações sobre questões adicionais. Mais detalhes sobre  o movimento de prisioneiros e  o comitê da greve de fome  nas declaração sobre a natureza do acordo firmado com o Serviço de Prisão de Israel (IPS).
Para finalizar, a Associação de Apoio aos Prisioneiros Addameer e os Direitos Humanos gostaria de saudar o movimento dos prisioneiros por sua vitória e por estar sempre na linha de frente da luta palestina pela libertação. Addameer exprime ainda a sua sincera gratidão a todas as organizações de direitos humanos, movimentos de base, funcionários do Estado, ativistas locais e internacionais de solidariedade que expressaram solidariedade com os prisioneiros e detidos atingidos pela fome. 

Postado: http://www.addameer.org/news/prisoners-movement-declares-victory-hunger-strike-ends

quinta-feira, 25 de maio de 2017

BRASIL EM CHAMAS E SANGUE!

 Por Nova Cultura
"A civilização e a justiça da ordem burguesa aparecem em todo o seu pálido esplendor sempre que os escravos e os párias dessa ordem se rebelam contra seus senhores. Então essa civilização e essa justiça mostram-se como uma indisfarçada selvageria e vingança sem lei. Cada nova crise na luta de classes entre o apropriador e o produtor faz ressaltar esse fato com mais clareza." Marx, Karl.
 
 
hemocentro brasília sangue manifestação

O dia de hoje ( 24/05/2017) ficará marcado como um dia de repressão, violência e massacres na história de nosso país. Hoje, não só o governo, mas também o próprio Estado brasileiro apresentaram sem rodeios seu verdadeiro caráter, à quais interesses ele serve e até onde está disposto a ir para garanti-los.
Mesmo diante de gravíssima crise econômica; da desmoralização completa das instituições políticas; de escândalos epidêmicos de corrupção e de inconteste insatisfação popular - que ganha sua forma nos atos de hoje em Brasília – o discurso unitário de todas as forças políticas fiéis às elites dominantes e ao velho Estado é: “aprovemos as reformas!”.
É o programa de brutais medidas anti-povo - sobretudo a reforma trabalhista e da previdência - que unificam desde Michel Temer, passando por Dória e Bolsonaro, até a Rede Globo (que é um dos principais Partidos políticos do imperialismo e das elites dominantes no Brasil). Este é também o discurso das forças econômicas que verdadeiramente comandam nosso país: da Confederação Nacional da Indústria aos principais bancos privados.
O motivo do impeachment e do golpe de Estado sempre fora este: aumentar brutalmente a exploração das massas trabalhadoras operárias e camponesas em nosso país e sua apropriação por elites hiper-parasitárias (monopólios estrangeiros, rentistas de todos os tipos, grandes industriais e latifundiários). Por isto que independe se sejam aprovadas as medidas com Temer ou sem; se haverão eleições diretas ou indiretas. O que importa para esta casta é que a imensa maioria do povo trabalhe para eles sem direitos por um salário de fome e até morrer.
Destarte, é pela própria lentidão, fraqueza e instabilidade do governo Temer que a Globo e outros setores das elites começaram a pedir-lhe a cabeça. É possível que as manifestações da “Greve Geral” do dia 28 de Abril tenham posto em dúvida a capacidade de Temer em aprovar as medidas no tempo e com o rigor que se esperava inicialmente.
E provavelmente por estar completamente acuado, com sua governabilidade posta em cheque, que Michel Temer lançou mão de sua última aposta para conter a insatisfação popular e mostrar serviço aos seus senhores: a repressão completa e desenfreada.
Porém, não só em Brasília, mas também no Rio de Janeiro e no Pará foram registrados casos de brutal repressão no dia de hoje. Isto mostra que, tal qual a corrupção, a repressão violenta ao levante popular é uma característica intrínseca ao Estado e ao sistema burguês-latifundiário que impera em nosso país. 
É válido, a título de denúncia e para manter acesa a legítima chama da indignação em nosso povo, atentarmo-nos aos simples fatos dos três casos.
Brasília:
Em resposta ao Ocupa Brasília, marcado pelas principais frentes populares e sindicatos, mais de 100 mil pessoas de todos os cantos do país se dirigiram até a capital para pedir a renúncia do Presidente e o fim das votações das mais eminentes medidas anti
Assim que os manifestantes chegaram à Esplanada dos Ministérios, um contingente desproporcional da Polícia Militar, Tropa de Choque e Força Nacional iniciaram a repressão, lançando uma chuva de bombas de gás contra as pessoas, a despeito do fato de haverem idosos e crianças no local. Há também relatos do uso de armas de fogo contra a população.
Mas tudo isto não bastou. Atendendo aos pedidos de reforço policial de Rodrigo Maia, Michel Temer baixou um decreto, assinado também pelo Ministro da Defesa (Raul Jungmann) e pelo Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (Sérgio Etchegoyen), autorizando o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes. Além disto, estendeu o decreto até o dia 31 deste mês. Não sou poucos os juristas e ativistas que denunciam isto como um “Estado policial” ou “Estado de sítio”.
Sabe-se também que ao menos dois prédios de ministérios foram incendiados e outros tiveram a fachada danificada. Estas são de revolta legítima que nem se comparam em condições e proporção com a violência institucional do Estado.
Ao menos 4 manifestantes foram detidos.
Rio de Janeiro:
Hoje foi votado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) o reajuste da contribuição previdenciária dos funcionários públicos do Estado. Os deputados aprovaram o aumento de 11% para 14% da alíquota da contribuição, estrangulando ainda mais os salários dos servidores estaduais, que já se encontram em situação extremamente crítica, com atrasos no pagamento e parcelamentos de direitos como o 13º.
O aparato de repressão para conter as manifestações dos servidores e apoiadores, foi de 500 policiais militares, além da Força Nacional, da cavalaria e do chamado “caveirão” da Tropa de Choque.
Quando a votação era levada ao plenário da câmara, os manifestantes tentaram intervir e foram recebidos com chuvas de gás lacrimogêneo e saraivadas de bomba de borracha.
Ao menos um repórter se feriu com um bala não-letal. Não se têm notícias de manifestantes feridos. Ao menos seis pessoas foram detidas e levadas para a 10ª DP de Botafogo.
Pará:
A Polícia Militar e civil do Estado do Pará cometeram hoje uma verdadeira chacina contra o movimento camponês. Em uma ação de reintegração de posse na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco, nove camponeses e uma camponesa foram brutalmente assassinados.
Os fazendeiros e seus capangas – que já promovem o terror contra os movimentos organizados de luta pela terra – contam com o apoio das forças de repressão institucionais do Estado para garantir seu rentismo, sua especulação com a terra e o seu poder coronelista quase absoluto em regiões rurais do Brasil.
Militantes da Liga dos Camponeses Pobres afirmam que entre os mortos está a presidenta da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pau D’Arco. Este episódio é parte do assassinato indiscriminado de lideranças e ativistas camponeses promovido pelo Estado e cuja proporção cresce de modo desenfreado este ano.

Os militantes da Liga afirmam que a terra era dos camponeses e fora grilada de forma ilegal pela família de fazendeiros Babinsk.





Postado: www.novacultura.info/single-post/2017/05/25/Brasil-em-chamas-e-sangue

CRIME DE ESTADO! : Chacina em Pau D`arco no Pará

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Reproduzimos a seguir gravíssima denúncia e pronunciamento da Comissão Nacional da Liga dos Camponeses Pobres e da LCP de Pará e Tocantins, acerca de uma chacina promovida pela DECA (Delegacia de Conflitos Agrários).
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As informações dão conta de 11 mortos e 14 baleados.
As informações que chegaram até agora apontam a DECA como a responsável pela operação militar.
As mentiras começam com a DECA informando que os policiais foram recebidos a tiros e reagiram! Mentirosos! Assassinos! Canalhas!
Todo mundo que conhece armamento sabe que aquelas poucas que foram apreendidas e mostradas não encorajariam ninguém a enfrentar a polícia. É só ver os corpos dos companheiros assassinados para concluir que foram fuzilados, e não estavam em posição de confronto.
Esta área já havia sido reintegrada ao latifundiário grileiro que nós conhecemos muito bem. A DECA, outras polícias, pistoleiros e seguranças particulares estavam na área para fazer segurança para o latifundiário. E fizeram a chacina para vingar a morte de um suposto pistoleiro que teria morrido na região.
A DECA foi a Pau D`arco para matar camponeses. A companheira Jane, presidente da associação dos camponeses que lutava pela área foi assassinada. Sete camponeses de uma mesma família também o foram.
Nós conhecemos muito bem estes companheiros honestos e trabalhadores. Eles já participaram, junto com a Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins, de diversos protestos e fechamento de estradas. Estes companheiros não estavam na terra, estavam acampados no corredor.
E como dizemos acima, nós também conhecíamos o grileiro.
A terra pela qual foram assassinados os 11 camponeses (Fazenda Santa Lúcia) era parte do império de “Norato Barbicha”, que já morreu, mas os seus milhares de hectares grilados como as Fazendas Cipó, Pantanal, Santa Lúcia e outras ficaram para sua mulher.
A Fazenda Cipó, que já esteve tomada pela LCP do Pará e Tocantins, foi alvo de reintegração, mas continua a luta pela sua posse. E depois de muitas reuniões, fechamentos de BR´s, audiências públicas e etc., ficou comprovado que, dos seus 800 alqueires, somente 200 eram documentados. Os outros 600 alqueires são terras do Estado.
Estas terras só não estão nas mãos e sendo lavradas pelos camponeses por que o Estado é corrupto, ladrão, e defende e protege os latifundiários.
Assim também acontecia na “Pantanal” e não devia ser muito diferente na Santa Lúcia.
Por isso o latifúndio mata, e matou!
A culpa é do governo do Estado, Simão Jatene, PSDB!
A culpa é da DECA!
A culpa é do latifúndio!
A culpa é da quadrilha de Temer, Meireles e desse congresso de bandidos!
Morte ao latifúndio!
Honra e Glória aos camponeses tombados lutando pelo sagrado direito à terra!
Terra para quem nela vive e Trabalha!
Viva a Revolução Agrária!
Liga dos Camponeses Pobres do Pará e TocantinsComissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres
Conceição do Araguaia, 24 de maio de 2017

Postado: http://www.andblog.com.br/chacina-em-pau-darco-no-para-e-crime-de-estado-liga-dos-camponeses-pobres/

quarta-feira, 24 de maio de 2017

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Por Palestinian Information Post-PIP

Em meio a forte manifestação popular palestina, a  "Terça da Ira",  contra a presença de Trump, a repressão ficou por conta de mais de 2.000 policiais palestinos em coordenação com centenas de soldados dos serviços militares  israelenses que protegiam a  chegada em Jerusalém ocupada em do carro oficial de Trump com o seu comboio de 60 automóveis que atravessavam os postos militares sionistas, o muro do apartheid israelense em Belém e grandes cartazes nas ruas com 'os rostos de ambos presidentes e uma legenda sugestivo: "a cidade da paz saúda o homem de paz" em referênc ia aos EUA.


A breve visita  de  Trump, entusiasta da Pax Americana, não fala sobre a soberania palestina, mas conta com a disposição de Abbas por ceder mais território.

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A imagem deveria gravar a consciência do Presidente Donald Trump e do presidente  palestino Mahmoud Abbas é a do menino Raed Ahmad Radayda de 15anos de idade assassinado a sangue frio ontem (22/05) pelo Estado terrorista  de Israel, próximo da sua aldeia de al-Ubeidiya ao sul de Belém ocupada, tornando-se o mártir 319 da Intifada.

Sem sua esposa Melania, que preferiu ir as compras nos shoppings israelenses. Trump levou  28 horas em  visita à ocupação isralense , Já nos territórios palestinos se limitou a uma hora. Abbas encontrou-o na presidência de Belém com uma reunião privada e um rápido encontro com a imprensa com muitas frases de efeitos e pouquíssimas respostas para as demandas legítimas do povo palestino. A difícil situação de Trump para regressar a ocupação israelense e visitar o Museu do Holocausto (construído sobre o massacre , o sangue dos povo palestino da aldeia de  Deir Yassin, em 1948)  foi evidente , situação que também  não  lhe permitiu visitar a antiga Igreja da Natividade, onde nasceu palestino Jesus em Belém, que estava na sua agenda.

Na aceleradíssima  coletiva à imprensa na Muqata'a (presidencia), Trump, sem interesse em encontrar maneiras para acabar com a ocupação sionista, disse: "A paz é uma escolha que devemos fazer todos os dias e estamos aqui para que esse sonho seja  possível  para as crianças judias, muçulmanas e cristãs ", sem mencionar as crianças palestinas e o nome do jovem assassinado Raed 15, assassinado por Israel antes de sua chegada. Com expectativas nebulosas, Trump acrescentou: "Eu realmente acredito que se Israel e os palestinos (evitando Palestina) podem fazer a paz, então o processo de paz começará no Oriente Médio ... Abbas  me assegurou que está disposto a trabalhar com esse objetivo de boa fé e Netanyahu (que o qualificou de um homem da paz) prometeu o mesmo. Estou ansioso para trabalhar com esses líderes para a paz duradoura". Trump, não fez nenhuma referência à ocupação e repetidamente utilizado a retórica da 'Pax Americana' , sua estratégia foi colocar no mesmo nível o invasor ocupante e o povo ocupado.

Por seu lado, Abbas, impopular e sem legitimidade acrescentou muito pouco: "Vamos cooperar com Trump em um acordo de paz histórico com os israelenses para alcançar dois estados e trabalhar em parceria com os Estados Unidos contra o terrorismo. A história vai testemunhar que o presidente Donald Trump foi quem fez a paz".

Cedendo território:
As portas fechadas da reunião não foi  obstáculo para dar como certos os rumores de que Abbas sem consulta ninguém,  com o parlamento fechado por ele mesmo e sem referendo popular, garantiu a Trump sua disposição de ceder 6,5% dos  22% dos territórios palestinos ocupados em 1967 para chegar a um acordo com Israel. Ou seja, quase 32% de 22%,  contando com a redução dos  territórios roubados pelos israelenses para seus assentamentos ilegais e o racista muro do apartheid na Cisjordânia.

Fracasso da diplomacia palestina:
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Tal como aconteceu com a visita oportuna do presidente Barack Hussein Obama, a diplomacia da Autoridade Nacional Palestina se submeteu  às pressões do protocolo dos EUA, com influência israelense para impedir a reunião no Muqata'a (Presidencia) em Ramallah e evitar que Trump colocasse  uma coroa de flores no túmulo do Pai da Pátria Yasser Arafat.

A diplomacia palestina em tampouco  conseguiu que  Trump visitasse os campos de refugiados de Gaza, Jerusalém judaizada, os postos militares de controle, os opulentos assentamentos ilegais e os 1800 prisioneiros palestinos em greve de fome em prisões israelenses. No entanto, mentindo para si mesmos, o governo da ANP e seus diplomatas estão levantando ironicamente vasos  'de água salgada' como um sinal de apoio aos prisioneiros e  nada fazem por sua libertação após 37 dias de greve.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A luta dos prisioneiros palestinos recebe o carinho, o apoio e a solidariedade da população e de um Senador da República do Brasil na maior manifestação pelo Fora Temer/Diretas Já, no Rio de Janeiro

O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro participou da manifestação realizada ontem (19 maio) pelo "FORA TEMER e DIRETAS JÁ" com nossas bandeiras da Palestina e da Síria. Aproveitamos a ocasião para dar visibilidade à greve de fome dos prisioneiros políticos através do Banner reproduzido abaixo.
Durante o trajeto da Candelária até a Cinelândia recebemos centenas de manifestações carinhosas de apoio a causa Palestina e Síria e a solidariedade com os presos políticos. 

Banner da Campanha dos presos na manifestação
Uma das manifestações calorosas de apoio que destacamos foi a do Senador da República do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores, Lindberg Farias  que fez questão de tirar uma foto com o Banner da Campanha de apoio à  greve de fome dos prisioneiros palestinos e pela libertação imediata dos prisioneiros políticos do regime sionista. Lindberg também fez questão de ratificar seu total apoio a causa palestina e sua solidariedade.

 Apoio do Senador da República do Brasil , Sr.Lindberg Farias à luta pela libertação dos prisioneiros palestinos e apoio à greve de fome que realizam a 31 dias (18/05/2017) 





Agora, nossa principal tarefa é divulgar o debate que estamos produzindo com o tema:
 "A Estratégia dos EUA/Israel e a expansão do NAKBA (tragédia)
  • Exércitos mercenários;
  • O massacre dos povos árabes e os refugiados;
  • Greve de fome dos prisioneiros políticos palestinos;
  • Os crimes de guerra de Israel contra a juventude e as crianças palestinas;
  • Resistência árabe: guerrilhas palestinas, milícias populares na Síria e Iraque
    e Hezbollah.

24 de maio de 2017 - 18 HORAS 
       UFRJ – IFCS (s/106)



Largo de São Francisco

Beatriz Bissio (Prof.IFCS-UFRJ)
Hamez Maalouf (Doutor e mestre
em Geografia pela USP e especialista em História das Relações Internacionais
pela UERJ.)
Jorge Hage (militante da
solidariedade internacionalista e direitos humanos)