terça-feira, 1 de junho de 2010

Os ativistas a bordo do Rachel Corrie mantêm sua intenção de chegar até Gaza.



1º de Junho



O “Rachel Corrie”, o barco que fazia parte da flotilha solidária com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e que teve sua viagem atrasada, mantém sua intenção de chegar a este território costeiro, em que pese o violento ataque levado a cabo ontem pela armada israelense contra outros barcos em que morreram nove ativistas.
Dublin, 1 junho (EUROPA PRESS) –
O barco, em que viajam quatro irlandeses, entre eles a prêmio Nobel da Paz Mairead Corrigan Maguire, navega com umas 48 horas de atraso com respeito ao resto da flotilha , já que teve que permanecer no Chipre por problemas logísticos. Porém, desde o movimento irlandês de solidariedade com a Palestina que organizou o barco, espera-se que chegue amanhã às águas de Gaza.
Um dos irlandeses a bordo, Derek Graham, explicou que o barco leva material educativo, materiais de construção e alguns jogos. “Tudo que há a bordo foi inspecionado na Irlanda”, assegurou à imprensa irlandesa. “Gostaríamos de ter o caminho livre” para chegar até Gaza, assinalou.
Por sua parte, em declarações à televisão pública RTE, Maguire assegurou que “nenhum” de seus barcos leva armas, “mas meramente ajuda humanitária”. A Nobel da Paz defendeu a missão “para assegurar ao povo de Gaza que o mundo se preocupa” com eles. “Seu porto está fechado durante quarenta anos (...), 1,5 milhão de pessoas, uma população como a da Irlanda do Norte, permanece separada do mundo por este cerco ilegal e desumano em Gaza”, recordou.
“Pode-se imaginar se isso ocorresse aos 1,5 milhão de pessoas na Irlanda do Norte, o mundo estaria gritando para que isto parasse”, sublinhou Maguire, que incidiu que em Gaza há carência de medicamentos.
Por outra parte, sete cidadãos irlandeses foram detidos durante a ação de ontem, se bem que uma das ativistas já foi deportada para a Irlanda. O ministro de relações exteriores irlandês, Michael Martin, tem se mostrado muito crítico com a atuação israelense e tem pedido a libertação de seus concidadãos.
“Temos pedido a libertação incondicional dos cidadãos irlandeses detidos atualmente em Ashdod”, assinalou o ministro à imprensa, sublinhando que “não entraram ilegalmente em Israel, foram pegos em águas internacionais e levados a Ashdod”.
Um alto responsável da marinha israelense advertiu, em declarações ao jornal ‘Jerusalem Post’, que suas forças serão mais agressivas em futuras ocasiões ante os barcos que tentem romper o bloqueio a Gaza.


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