NÃO somos neutros nem exercitamos a falsa equidistância.
Tampouco queremos ser ingênuos e funcionais “pacifistas”
que reforçam a narrativa imperialista.
A operação especial lançada pela Rússia em 24 de fevereiro contra o governo ukronazi e
pró-OTAN de Kiev, é uma medida puramente defensiva, que responde aos ataques
constantes perpetrados pela Ucrânia contra o povo do Donbass e a Federação
Russa.
Após o golpe de estado do Euromaidan, promovido e financiado, no final de 2013, pela UE e os Estados Unidos, a
Ucrânia se transformou num imenso campo de experimentação política e formação
militar nazi.
O Partido Comunista e as organizações obreiras foram colocados
na ilegalidade, o mesmo aconteceu com aqueles partidos não submissos ao imperialismo. Os
dirigentes e militantes comunistas passaram a ser perseguidos, quando não
literalmente executados.
Em maio de 2014 os nazifascistas assaltaram a Casa dos
Sindicatos de Odessa, queimando vivas 46 pessoas.
O idioma russo foi proibido
nos meios de comunicação e no sistema educativo. A russofobia transformou-se em política de Estado.
Violados os direitos das minorias étnicas e nacionais pelo
supremacismo racial inspirados em Stepan Bandera, líder histórico do fascismo
ucraniano.
Diante da limpeza étnica das forças reacionárias, foi
proclamada na região do Donbass, na primavera de 2014, a independência das
Repúblicas Populares de Lugansk e Donestk, posteriormente ratificada em
referendo.
Nestes últimos oito anos o governo ukronazi de Kiev não
cumpriu, reiteradamente, os Acordos de Minsk, sobre o cessar fogo permanente e
a busca por uma solução política mediante uma reforma constitucional.
A Ucrânia nunca teve interesse em cumprir o acordo multilateral
acordado com a Rússia, França e Alemanha no inverno de 2015.
Desde o momento da ruptura com o regime nazi, mais de 15 mil
pessoas haviam morrido, no Donbass, pela ofensiva permanente e implacável do
governo ukronazi contra as Repúblicas de Donestk e Lugansk.
Simultaneamente, os Estados Unidos e a OTAN transformaram a
Ucrânia num laboratório para a guerra bacteriológica, e reativam programas para
desenvolver capacidade nuclear, ameaçando a segurança da Federação Russa.
A guerra em curso deve ser interpretada como altamente
funcional para a implementação dos planos imperialistas dos Estados Unidos para
perpetuar a sua hegemonia global, em franco declive no quadro do capitalismo em
crise.
Contrariamente à monumental manipulação a que nos submetidos
pelos meios de desinformação da burguesia, sobre as causas e desenvolvimento do
conflito, nasce o Comité Galego de Apoio ao Donbass (CGAD).
O nosso objetivo é fazer frente ao falso e artificial consenso
do relato belicista imposto pela OTAN, reproduzidos como papagaios polo
conjunto das forças políticas institucionais.
A Galiza obreira, republicana e antifascista sabe de que lado
da trincheira estamos. No leste da Europa tem lugar um confronto estratégico
entre a barbárie imperialista e os povos que não querem se deixar esmagar. Estamos,
pois, com quem combate com firmeza e determinação a besta nazifascista.
Os casos da Jugoslávia, Iraque, Afeganistão, Iêmen, Líbia,
Síria, constatam que a resistência é imprescindível para não perecer perante a
ameaça totalitária global que pretendem impor Washington e Bruxelas.
O CGAD condena a política belicista do governo espanhol, o
incremento em gastos militares, enquanto aplica as políticas ultraliberais de
Bruxelas, que condenam o conjunto das maiorias sociais a um processo de depauperação
e perda de direitos e liberdades.
Pedro Sánchez e Feijoó são meros comparsas da OTAN, braço
terrorista do capitalismo globalista.
Nem OTAN nem UE
Viva a resistência dos povos!
A luta é o único caminho!
Galiza, março de 2022
https://www.facebook.com/Comit%C3%A9-Galego-de-Apoio-ao-Donbass-106320948686725
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