29 Julho 2011
Morte a um clique
Michel Gawendo, de Jerusalém
Nota dos editores (pcb.org.br):
Reparem na sutileza do nome da operação: GUARANI. Um país se arma para atacar ou se defender. Em resumo, para ser imperialista ou anti-imperialista. Nosso Ministério chama-se da Defesa, não do Ataque. Mas diz o texto: "segundo militares, os novos Guarani serão usados na vigilância das fronteiras". Nós não temos fronteiras com os Estados Unidos, a China, a Europa. Mas temos com muitos países da América do Sul, inclusive com o Paraguai, a terra dos guaranis, que o Brasil ajudou a dizimar no século 19!
As Forças Armadas brasileiras têm investido pesado na aquisição de equipamentos de guerra eletrônicos e tecnologia de Israel, um dos países mais avançados do planeta no setor. Mesmo sem perspectivas de conflitos e em paz com seus vizinhos, o Brasil planeja gastar bilhões com miras e controles israelenses que permitem matar à distância.
Só para o Projeto Guarani, considerado um dos mais importantes de modernização do Exército, devem ser destinados R$ 6 bilhões nos próximos 20 anos. Tal montante deve ser utilizado para a fabricação de novos veículos baseados nos antigos blindados Urutu. Entre as novidades estão controles digitais em vez de ponteiros indicadores. Com o sistema, soldados poderão vigiar o terreno, mirar e matar sem sair do carro. Todos os comandos são acionados por controle remoto.
Segundo militares, os novos Guarani serão usados na vigilância das fronteiras e no combate ao tráfico de drogas. Cada um pesa 18 toneladas, tem tração nas 6 rodas e leva 11 soldados. Os veículos são anfíbios, ou seja, andam na terra e funcionam como barcos na água.
Na Aeronáutica, a principal novidade vinda de Israel é o capacete ultramoderno para os aviões Tucano e F-5. Tal equipamento permitirá que os pilotos consultem todas as informações que precisam no visor, que funciona como uma tela de alta resolução tanto de dia quanto de noite. A tela também funciona como mira eletrônica, que calcula e avisa o momento exato para disparos.
O novo capacete permite gravar todos os dados dos voos, inclusive imagens reais, e pode ser utilizado em um futuro próximo em aeronaves da polícia.
A tela ajuda em manobras quando o tempo está ruim ou em voos de baixa altitude. Em breve, a memória do capacete poderá armazenar imagens do terreno e o piloto verá tudo como se fosse um dia claro de sol, mesmo no meio das piores tempestades.
Crédito: Folha Universal
Postado do www.pcb.org.br
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