segunda-feira, 10 de abril de 2017

RECORDANDO O MASSACRE DE DEIR YASSIN - 9 de abril de 1948



Há 66 anos atrás, 9 de abril de 1948, os judeus sionistas instalados na Palestina deram início ao processo de limpeza étnica e de genocídio do povo árabe palestino, por meio do massacre da aldeia de Deir Yassin, quando cerca de 254 pessoas (homens, mulheres e crianças) foram assassinadas por dois grupos terroristas sionistas: Irgun (do qual faziam parte os futuros primeiros-ministros israelenses Menachem Begin e Yitzhak Shamir) e a Gang Stern, sob ordens do Hagannah (defesa em hebraico), a maior milícia terrorista sionista em combate. O Massacre de Deir Yassin, como ficou tristemente conhecido, não foi resultado do “calor dos combates” e nem da “sede de vingança” da guerra civil entre sionistas e palestinos travada para a fundação de um Estado na Palestina, como a historiografia oficial israelense (muito bem aceita no Ocidente e até mesmo no Brasil) insiste em afirmar.
A aldeia de Deir Yassin estava localizada próxima a Jerusalém (al-Qods, em árabe), não tinha qualquer valor estratégico e sua população árabe palestina, na época da eclosão da guerra civil, em novembro de 1947, havia assinado um pacto de não agressão com a vizinha “colônia” judia de Giv’at Shaul, reconhecido pelo Hagannah. Como visto, o grupo terrorista não respeitou o pacto e ordenou a matança generalizada dos habitantes e a expulsão dos sobreviventes. Quais seriam as motivações deste massacre?
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovara a resolução 181 favorável a “Partilha” da Palestina entre judeus e “árabes” (os palestinos). Legitimava-se internacionalmente, desta forma, uma prática europeia, racista, portanto, liberal, contra os povos árabes submetidos ao poder do imperialismo: a balcanização. Legitimação internacional da agressão europeia à Grande Síria, já dividida territorialmente entre Líbano, Síria, Jordânia, Palestina, Iraque e Kuwait, que criou as condições geográficas para a implosão do nacionalismo árabe. (trecho de artigo - Por Ramez Philippe Maalouf, especial para Oriente Mídia)

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