quarta-feira, 5 de abril de 2017

OCUPAÇÃO SIONISTA INVESTE CONTRA AS MULHERES E AS CRIANÇAS PALESTINAS


Reprimidas e perseguidas, estupradas e assassinadas sem piedade, mas sempre construindo a resistência e lutando por seus direitos. Essa é a vida das mulheres Palestina, as mulheres diretamente afetados pela ocupação sionista na Palestina.

Nos últimos dias foi divulgado cifras sobre a situação das mulheres que vivem nos dois pequenos pedaços de terra ainda não ocupados na Palestina -Cisjordânia e a Faixa de Gaza -, que com a força da luta se negam a perder a identidade.

Na quinta-feira passada, o Comitê dos prisioneiros palestinos (CPC) divulgou que 65 mulheres palestinas são prisioneiras de Israel, entre elas 12 menores de idade. De acordo com a CCP, essas mulheres estão detidas nas prisões de Hasharon e Damon , onde têm "acesso restrito a roupas, lençóis e sapatos" e ainda dividem as celas com israelenses condenadas por crimes. O CPC alertou para "as práticas desumanas das autoridades israelitas contra as mulheres que são submetidas a duras condições físicas e psicológicas nos centros de detenção israelenses, e são alvos de ataques verbais das prisioneiras judias."

Diante desta situação, a representante da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi declarou que "a luta nacional pela autodeterminação, liberdade e dignidade" dos palestinos e das palestinas são parte dos " princípios fundamentais que também governam a luta das mulheres e os seus direitos dentro da sociedade palestina ".

"As mulheres palestinas continuam a sofrer abuso psicológico, físico e emocional grave, e sofrem atos de opressão, violência e dureza nas mãos de Israel", disse Ashrawi.

A repressão das mulheres palestinas por Israel não é um evento isolado ou "capricho" dos setores da extrema direita de Tel Aviv, mas a comprovação da existência de um plano de apartheid e da exclusão sistemática e planejada desde 1948 até o presente .

Em outro relatório elaborado pelo grupo de apoio aos prisioneiros palestinos e dos direitos humanos - Addameer e a organização pacifista Code Pink, é ressaltado que os "testemunhos de mulheres e meninas palestinas destacar a brutalidade do processo de detenção e as condições no interior dos centros de detenção e interrogatório e nas prisões israelenses , inclusive nos hospitais, quando estão sob custódia do estado sionista".

Ao mesmo tempo, Addameer e CodePink recordam que Israel adere à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, resolução adotada pelas Nações Unidas, em que estipula "a eliminação de apartheid, de todas as formas de racismo, discriminação racial, colonialismo, neocolonialismo, agressão, ocupação e dominação estrangeira e interferência nos assuntos internos dos Estados é essencial para o pleno gozo dos direitos de homens e mulheres ".

Por óbvio, nenhum dos sucessivos regime de Tel Aviv nunca se aproximou, no mínimo, ao cumprimento da presente resolução.

Diferentes relatórios de organizações de direitos humanos e de instituições palestinas estimam que mais de seis décadas de ocupação, entre 10 e 15 mil mulheres palestinas foram presos e passaram por prisões israelenses.

Em março do ano passado, o Coordenador das Nações Unidas para a Ajuda Humanitária e Desenvolvimento, Robert Piper, havia advertido que "a insegurança e a pobreza agrava a discriminação de gênero e desigualdade, e impede que as mulheres e meninas palestinas tenham acesso a igualdade de oportunidades". Como exemplo, Piper citou dados do Bureau Central de Estatística da Palestina, que estima que "apenas 18,8 por cento das mulheres palestinas participaram na força de trabalho em 2015, em comparação com 72,1 por cento dos homens ".

Não é por acaso que a repressão israelense, bem como o avanço das anexações de terras elejam as mulheres e crianças como seus alvos principais. Desde Tel Aviv sabem que derrotar aqueles que levam a resistência permanente, no caso das mulheres, e aqueles que representam a esperança de um povo, os jovens, é fundamental para conquistar todo o território palestino. Mas até agora, apesar dos massacres e dores, Israel não conseguiu.

Escrito por Leandro Albani - 16 de março de 2017

http://www.hispantv.com/noticias/opinion/335938/ocupacion-israeli-ensana-contra-mujeres-palestinas

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