terça-feira, 21 de junho de 2016

O assassino/terrorista de Orlando trabalhava para G4S, maior empresa de Segurança Privada do mundo e sua família tinha relações antigas com a CIA


O pai de Omar Mateen, o indivíduo que matou uma mais de cinquenta gays em Orlando alegando ser do Daesh (E.I.), Seddique Mir Mateen, trabalhou para os serviços secretos norte-americanos no Afeganistão durante a guerra contra o governo comunista e seu aliado soviético (1979-1989). Mais tarde, ele emigrou para os EUA, onde Omar nasceu.

Ele trabalha na TV com programas aos afegãos da diáspora. Atualmente, ele apresenta a emissão Durand Jirga Show [1] na televisão por satélite Payam-e-Afghan (sediada em São Francisco). Originário de uma tribo Pachtun, ele deu o seu apoio aos Talibãs (que assumiram a sucessão dos mujahidin da Liberdade que a CIA tinha organizado, junto com o bilionário saudita Osama Ben Laden, contra os soviéticos). Desde a saída do presidente Hamid Karzai, em Setembro de 2014, ele contesta o acordo entre Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah e declara-se como presidente no exílio do Afeganistão [2].

O seu filho, Omar Mateen, era empregado da multinacional de segurança G4S. Jamais havia sido assinalado como sendo um radical, nem politicamente, nem religiosamente. Muito embora fosse casado, ele frequentava a boate noturna gay onde cometeu os seus crimes e manteve relações sexuais pelo menos com um outro cliente.

Os irmãos Dzhokhar e Tamerlan Tsarnayev, que realizaram os atentados à margem da Maratona de Boston, em 15 de Abril de 2013, eram sobrinhos, pelo casamento, de Graham E. Fuller, antigo alto-funcionário da CIA, o qual dirigiu, nomeadamente, as operações da agência no Afeganistão.

O pai dos dois terroristas, Ansor Tsarnayev, é um tchecheno que colaborou com a CIA na União Soviética, antes de emigrar para os Estados Unidos. Um dos dois terroristas, Tamerlan, tinha participado, em 2012, num seminário da Associação georgiana Fundo para o Cáucaso (Кавказский фонд) [3]. Esta ONG, criada pela Fundação Jamestown, ela própria criada pela CIA, preparava jovens tendo em vista «desestabilizar a Rússia».

Os irmãos Tsarnayev jamais haviam sido assinalados como radicais, nem politicamente, nem religiosamente.

Para o analista Webster Tarpley, «O esquema é agora familiar : antigos combatentes estrangeiros, que trabalharam para a CIA, ou para o departamento de Estado, em zonas de conflito, emigram para os Estados Unidos para viver o sonho americano. Permanecem em contacto estreito com a comunidade de inteligência dos EU. Os seus filhos, muitas vezes nascidos nos Estados Unidos, consagram-se a operações terroristas do modo como na nobreza europeia o filho mais novo era destinado a uma carreira militar».
Tradução Alva

[1] A «Linha Durand» foi traçada pelos Britânicos para separar o Afeganistão do Paquistão. Ela divide assim a população pachtun. A emissão de Seddique Mir Mateen pretende lutar para refazer a unidade do seu povo.
[2] “Shooter Omar Mateen’s father says he’s saddened by massacre, calls gunman ‘a good son’”, Tim Craig, Max Bearak & Lee Powell, Washington Post, June 13th, 2016
[3] «Тамерлана Царнаева завербовали через грузинский фонд»,Izvestia, 24 avril 2013.
 

Postado :http://www.voltairenet.org/article192420.html
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A EMPRESA ISRAELENSE G4S
O assassino de Orlando, Omar Mateen, trabalhou para a G4S, uma das maiores empregadoras privadas de segurança no mundo. A empresa G4S tem cerca de  625.000 empregados nos cinco continentes em mais de 120 países. A empresa de segurança privada presta serviços para governos, assim como as corporações. Têm contratos de prestação de serviço na área de segurança com o Governo britânico, os Estados Unidos, Israel, Austrália e muitos mais.  A G4S presta uma  série de serviços nas áreas de prevenção,, policiamento e segurança de importantes instalações. No setor corporativo trabalhou com empresas bem conhecidas  como, por exemplo, a Chrysler, Amtrak, a Apple, e o Bank of America.

Um comunicado da G4S, publicado pelo The Independent 12 de junho diz que:
"Estamos chocados e tristes com o trágico evento que ocorreu na boate Orlando. Podemos confirmar que Omar Mateen foi empregado da G4S desde 10 de setembro de 2007. Estamos cooperando plenamente com todas as autoridades policiais, incluindo o FBI, enquanto  conduzem as investigação. Nossos pensamentos e orações estão com todos os amigos, famílias e pessoas afetadas por esta tragédia indescritível ".
 
Mateen trabalhou com a empresa desde 2007. A empresa G4S fornece o pessoal de segurança para o Departamento de Segurança Interna, Alfândega e Proteção de Fronteiras entre os EUA e México, e ajuda a transportar  imigrantes sem documentados das áreas urbanas.

Assassinatos em massa como a de Orlando beneficiam diretamente as empresas de segurança privadas, como a G4S, aumentando temores e exigências de serviços de segurança mais elevados. Estima-se que mais de US $ 200 bilhões (dólares)  são gastos em segurança privada no mundo, valores cuja expectativa aumentam ano após ano. A indústria emprega atualmente cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo.

A  G4S oferece guardas de segurança, alarmes, gestão e transporte de dinheiro e valores, administração penitenciária e monitoramento eletrônico de delinquentes em 120 países em todo o mundo. Eles são o segundo maior empregador privado do mundo. Sua receita anual em 2014 foi de US $ 10,5 bilhões. Cada vez mais G4S opera em "ambientes complexos" e aceita trabalhos que os exércitos nacionais não são treinados para fazer, como a remoção de minas terrestres e segurança militar em zonas de guerra ativas. ( em outras palavras: a empresa produz mercenários para os Estados)
A empresa petroleira Chevron Oil, na Nigéria, contrata a G4S para as operações de contra-insurgência,  implantando  grupos armados de mercenários de resposta rápida tanto em terra como na água, barcos de patrulha montados com metralhadoras.  A G4S mantém uma operação semelhante no Sudão do Sul.  A G4S também fornece equipamento de vigilância para checkpoints e prisões  na Palestina ocupada.
Desde a última década, mais notadamente a partir do contrato para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, a empresa está envolvida em inúmeros problemas. Eles não conseguiram fornecer os 10.000 funcionários treinados que haviam se comprometido no contrato. Em vez disso, se apresentaram com 2.000 pessoas treinadas, e a vaga promessa de treinar mais pessoas em algumas semanas. O resultado foi a entrada de 13 mil soldados da Força Britânica fornecendo segurança ao evento ao lado da G4S.


 Em junho de 2014, a G4S foi acusada de retirar violentamente manifestantes do lado de fora de seus próprios escritórios em Londres, a empresa nega, mas poucos meses depois, a G4S teve que pagar US $ 100.000 para jovens ilegalmente confinados em um centro de treinamento. Em 2011, um jovem que havia perdido as pernas foi indevidamente transportado nos serviços de ambulância da G4S e morreu quando a cadeira de rodas sem  segurança alguma tombou para trás enquanto estava sendo transportado para o hospital. Dessa forma ficou constatado  que a G4S não estava capacitada a prestar o serviço de  mover  pacientes de forma segura para hospitais. Como já  em 2004, um jovem de  15 anos morreu após ser detido por três funcionários da G4S em Rainsbrook Seguros Training Center. Nenhum dos funcionários foram acusados ​​por essa morte.


A G4S é uma empresa transnacional de segurança em  que presta  serviço direto para as corporações globais e para a classe capitalista transnacional.  O eixo de sua atuação é a proteção do capital e ativos ao redor do mundo. Sua estrutura é do tipo paramilitar e sua abordagem segue este estilo, conforme necessário.  Uma empresa multi-bilionária cujos grandes investidores têm origem no núcleo financeiro da classe capitalista transnacional, incluindo: Blackrock, UBS, Vanguard, Barclays, State Street, Allianz, J.P. Morgan Chase, Credit Suisse, e FMR.  Há também os investidores públicos como o  estado da Califórnia e Nova York, que  têm participações em G4S. Nove das treze maiores empresas de gestão de capital mais conectados e bancos do mundo têm participações e  investimentos diretos na G4S.  A Omnicom, a maio empresa de relações públicas e propaganda  no mundo, se ocupa da tarefa de comunicação e imagem para G4S e, sem dúvida, está debruçada e operando atualmente na gestão das crises completa para proteger a imagem da  empresa e minimizar as ligações com  o terrorista/assassino Omar Mateen.
A atuação da G4S é um aspecto do imperialismo neoliberal que conduz à substituição e privatização das polícias dos Estados. Entre os  625.000 empregados pela G4S são, sem dúvida, encontrados uma série de elementos reacionários com extrema posições  racistas, homofóbicas, e sentimentos xenófobos semelhantes , como os do terrorista  Omar Mateen.
Essas pessoas são bombas-relógio andando armados que podem, individual ou coletivamente desencadear perturbações e caos entre os seres humanos em qualquer lugar do mundo. O caos e o medo resultante dessas bombas quando detonadas serão usados para justificar ainda mais exigências de segurança privada, incluindo mais  leis marciais, tudo resultando em aumentos exponenciais de lucros para G4S.
http://www.globalresearch.ca/orlando-killer-omar-mateen-harbored-by-g4s-the-worlds-largest-private-security-company/5531101  

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