sábado, 25 de março de 2017

Ansarolá: "Washington é o autor intelectual e Israel é o coração da guerra contra o povo do Iêmen"


O líder da resistência ienemita  Ansarolá denuncia os EUA como o autor intelectual da guerra contra o Iêmen, enquanto  Riad é a mão executora de Washington.
Em um discurso  pronunciado neste sábado (25/03) que marcou o segundo ano da guerra lançada pela Arábia Saudita contra o Iêmen, o chefe do movimento popular iemenita Ansarolá, Abdlmalik al-Houthi acusou os EUA  e o regime sionista de Israel de estar por trás da campanha militar "injustificável" contra o Iêmen.
"O cérebro dos bombardeios contra o povo são os EUA, Israel é o coração, enquanto suas mãos executoras são as forças  mercenários, liderados pelo regime submisso da Arábia Saudita", sublinhou.
Al-Houthi afirmou que os EUA, o regime de Tel Aviv e seus aliados árabes na região nunca se moveram pelo bem do Iêmen.
O líder da resistência  deu ênfase especial a luta do povo iemenita que continuará a resistir contra os inimigos para salvaguardar a soberania e independência do seu país.
"Somos uma nação que enfrenta grandes desafios. Baseamos nosso futuro neste princípio", sublinhou.
Em 26 de Março, 2015, a Arábia Saudita lançou uma ofensiva militar brutal contra o Iêmen com a aprovação do Estados Unidos e independentemente de permissão da Organização das Nações Unidas (ONU), em uma tentativa de restaurar no poder o presidente fugitivo do Iêmen - presidente Abdu Rabu Mansur Hadi, um forte aliado de Riad.
De acordo com estimativas das Nações Unidas, a campanha militar saudita contra o povo iemenita deixou mais de  12.000 mortos . Os grupos de Direitos Humanos  têm repetidamente denunciado o uso de armas proibidas internacionalmente pelo exército saudita e a destruição de infra-estruturas cruciais no Iêmen.
Além disso, desde o início dos bombardeios, milhões de iemenitas têm que lidar com a fome por causa de o cruel bloqueio que o regime de Al Saud tem imposto ao país mais pobre no mundo árabe.
cb / KTG / RBA
A guerra contra o povo do Iêmen forçou  dezenas de milhares de crianças a abandonar a escola.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que o custo humano do conflito, que se intensificou há dois anos com a intervenção saudita, é mais intenso do que danos materiais.
Roa, aos 12 anos, sonha em se tornar um professor, mas agora  nem ir à escola pode. Junto a sua família teve que deixar a cidade de Taiz, no sudoeste do país em 2016, e refugiar-se na capital Saná, quando a escola foi destruída pelo bombardeio de aviões da Arábia Saudita.
Ela é uma das centenas de milhares de crianças iemenitas que estão fora da escola por causa do conflito. Segundo a ONU, 10 por cento das escolas do país árabe estão fora de serviço. Elas foram destruídas, danificadas pelos bombardeios sauditas, ou se tornaram abrigo para os deslocados.
Em todo Iêmen, mais de 2 milhões de crianças não podem frequentar a escola, como indica os dados das Nações Unidas. Além disso, muitos não podem ir à escola porque suas famílias não podem pagar as taxas escolares ou o material necessário. As escolas que ainda funcionam estão superlotadas.
A guerra continua no Iêmen e  já deixou mais de 4.700 mortos. As crianças pagam  o preço mais alto, com um futuro em perigo de ser destruído.
http://www.hispantv.com/noticias/yemen/336724/ninos-yemenies-agresion-saudi
http://www.hispantv.com/noticias/yemen/336816/lider-houthi-eeuu-guerra-arabia-saudi-israel

Coalizão, dirigida pelos EUA, continua matando o povo do Iraque

Ruínas na Cidade Velha de Mosul (norte do Iraque), causada pela luta feroz nesta cidade que está sob o controle do grupo terrorista EIIL (Daesh, em árabe), desde junho de 2014.
A chamada coalizão anti-Daesh  (liderada pelos EUA) confirmou neste sábado que atacou pontos da cidade iraquiana de Mosul (norte), onde mataram dezenas de civis.
"Uma avaliação provisória dos dados (...) indica que (...) a coalisão atacou combatentes  e equipamentos do [grupo terrorista] EIIL em 17 de março, no ocidente de Mosul , em um lugar onde supostamente houve baixas civis"  conforme  comunicado da chamada coalizão anti-EIIL, liderado pelos EUA
A coalizão, cujo alvo são, aparentemente, as posições dos terroristas no Iraque, insiste em nota, que os ataques aéreos nesta data foram realizados a pedido das forças de segurança iraquianas.
Por outro lado, o Comando Central dos EUA afirmou que já abriu uma investigação para determinar os fatos que cercam os bombardeios nesta região e a  "validade da afirmação de que houve baixas civis" durante seus ataques.
Funcionários do governo e testemunhas iraquianas dizem que o bombardeio da coalizão em Mossul ocidental matou dezenas de pessoas nos últimos dias, mas o número de vítimas ainda não pôde ser confirmado de forma independente.
A confirmação do fato pela coalizão ocorreu após Rahman al-Lwizi, deputado da província de Nínive, cuja capital é Mossul, denunciar que pelo menos 200 civis iraquianos foram assassinados no bombardeio da chamada "coligação internacional" dirigida pelos EUA ,em Mossul ocidental.  

Al-Lwizi expôs que o bombardeio da aviação dos EUA ocorreu no bairro de Al-Resala e tirou a vida de 200 civis, ainda que fontes não oficiais falam de 230 pessoas mortas.
Em resposta a esta informação e após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter soado o alarme,  as forças iraquianas suspenderam, neste  sábado  (25/03), suas operações em Mossul: o último bastião da Daesh em solo iraquiano.
Testemunhas locais asseguram  que a maioria das mortes ocorreu devido à extremamente poderosa explosão de um caminhão, cheio de produtos químicos, armas e bombas, atingido pelo bombardeio. A força da explosão causou o colapso de vários edifícios.
"O elevado número de mortes de civis registradas nos últimos dias nos obrigou a interromper as operações na Cidade Velha", como relatado por fontes da Polícia Federal do Iraque, estacionados na beira da parte antiga. " É o momento de começar a considerar novos modelos de ofensiva e, até então, não haverá operações de combate", acrecentou.
"O que não podemos fazer é acabar com o Daesh as custas de dezenas de mortes desnecessárias. Temos de agir com precisão cirúrgica e matar terroristas sem causar danos colaterais " , acrescentaram as mesmas fontes de Polícia, que coincide com o Exército do país árabe.
O exército iraquiano emitiu uma carta, dizendo que os militares se comprometem a atuar a partir de agora com unidades especificamente treinados para o combate urbano em seu avanço pelas ruas estreitas da Cidade Velha, e reiteram o seu compromisso de "respeitar a regras de engajamento para garantir a proteção de civis ".
Não é a primeira vez que caças da coalizão "anti-EIIL" atacam civis em suas incursões aéreos no Iraque e na Síria sob o pretexto de atacar, supostamente, posições dos terroristas do DAESH.

ZSS / Nii
http://www.hispantv.com/noticias/irak/336654/ataques--eeuu-mosul-civiles-muertos