quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Ana dammi falastini (Meu sangue é palestino)

 29 de novembro Dia de solidariedade à luta do povo Palestino

Mantendo meu juramento, me encontrarão em minha terra.

Eu pertenço ao meu povo, sacrifico minha vida por eles.

Meu sangue é Palestina, Palestina, Palestina

Te defendemos, nossa pátria, com nosso orgulho árabe.

A terra de Al Quds (Jerusalém) nos chamou.

Meu sangue é Palestina, Palestina, Palestina

Oh mãe não te preocupes. Tua pátria é um castelo fortificado

Sacrifico minha vida pela Palestina, Palestina, Palestina

Em meu sangue, minhas veias sou palestino, palestino, palestino.

Filho de uma família livre, sou valente e mantenho minha cabeça sempre erguida,

nunca me submeto a ninguém.

Estou mantendo meu juramento.

Meu sangue é Palestina, Palestina, Palestina




Escola Secundária Católica das irmãs do Rosário em Jerusalém, Palestina

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Intenso movimento de tropas dos EUA , não declarado, no Oriente médio

 Soldados dos EUA desdobrados no Afeganistão.
EUA envia milhares de soldados para os países em que estimula conflito  do Oriente Médio e  Afeganistão,  sem informar o numero exato, de acordo com um relatório do Pentágono.
O relatório trimestral sobre o status das tropas dos EUA publicado na segunda-feira pelo Departamento de Defesa dos EUA (Pentágono) indicou que, até 30 de setembro, este país havia estacionado 1720 soldados na Síria.
No entanto, é o quádruplo  da cifra informada  pelos  militares de 503 militares, de acordo com o jornal americano  The Washington Post .
Quanto ao Iraque, o relatório foi de 8892 soldados implantados nesse país árabe, que excede por milhares o número oficial anunciado: 5.222 soldados.
De acordo com os dados publicados, no Afeganistão existem 15.298 soldados dos EUA, um número bem acima dos 14.000 que o Pentágono informou há várias semanas. O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou em agosto enviar a este país mais 3900 soldados.
Por seu lado, o porta-voz do Pentágono, Coronel Robert Manning, apontou que o relatório apenas reflete uma avaliação preliminar da movimentação das tropas no Oriente Médio, levando em consideração circunstâncias como a implantação de curto prazo e a rotação de forças em certos países.
"Não são uma um cálculo oficial do número de militares", a diferença dos "dados previamente apresentados", cerca de 5.000 no Iraque e cerca de 500 na Síria, acrescentou.
No Iraque e na Síria, a presença de forças dos EUA sempre foi criticada e denunciada por forças políticas e autoridades. O governo sírio repetidamente instou as tropas americanas "invasoras" a abandonarem o solo.
Na verdade, Damasco alega que Washington, movimentando suas forças e ajudando militarmente os grupos armados sírios, pretende, na realidade,  retardar o avanço das forças do exército sírio  contra terroristas e extremistas, aliados dos EUA.
mjs / nii /
A Rússia descarta como "absurda" as afirmações do Pentágono de que a ONU permitiu a presença militar dos EUA na Síria.
Postado:
http://www.hispantv.com/noticias/rusia/359752/eeuu-siria-presencia-tensiones-terroristas-lavrov
http://www.hispantv.com/noticias/ee-uu-/360895/aumento-fuerzas-militares-guerra-siria-irak-trump

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Yemen: Até o natal o número de crianças assassinadas pela fome, cólera ou bombardeada, pela Arabia Saudita,chegará a 50 mil



O pequeno e pobre pais árabe, o Iêmen, é  palco atual da maior crise humanitária, ultrapassando a Líbia, o Iraque e a Síria. E nenhum país do mundo levanta a voz na defesa de seu povo para denunciar as atrocidades e a barbárie que seu povo está submetido.

Ao contrário, os EUA e a União Europeia apoiam o bombardeio e o boicote promovido pela Arábia Saudita porque é parte de sua estratégia geopolítica para o Oriente Médio, há muitos interesses capitais  em jogo e o genocídio do povo ienemita é considerado como "efeito colateral" desse jogo. Nesse sentido, os EUA, Israel e a Arábia Saudita são cúmplices da destruição  do país e do genocídio de seu povo:  Segundo a Unicef  - Fundo das Nações Unidas para a Infância, 23.000 bebês e 4272 mães iemenitas morreram em 2016 nas agressões sauditas,  dessa forma identifica a Arábia Saudita como a responsável pela " pior crise humanitária no mundo".
Existe estimativas de que até o final de 1917 outras 50 mil crianças menores de 5 anos morrerão no país.
David Beasley, diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos (PAM) das Nações Unidas, descreveu como "desumana" a guerra  iniciada pelo regime saudita, em 2015, contra seu vizinho do sul e adverte sobre o uso de comida como "armas de guerra".
"Não creio que haja dúvidas de que a coalizão liderada pela Arábia Saudita (...) está usando a comida como uma arma de guerra (...) É vergonhoso", denunciou.
Unicef ​​anunciou no dia 10 de novembro que 400 mil crianças iemenitas estão em perigo de morte  por desnutrição aguda devido ao pesado bloqueio saudita.
O embaixador do Irã na ONU, Eshaq Ale-Habib, denunciou  a Arábia Saudita por "violar sistematicamente os direitos humanos".
"A Arábia Saudita matou um número incontável de crianças no Iêmen, um número que supera em muito os assassinatos perpetrados por (grupos terroristas) Al-Qaeda, Daesh (sigla em árabe de ISIL) e a Frente de Nusra (autodenominada Fath Front Al-Sham) ",afirmou
No entanto, a Arábia Saudita é considerada pelos EUA, por Israel e a UE um  país que luta contra o terrorismo!?
 

Un menor yemení, con alto grado de malnutrición, en un hospital en la ciudad portuaria de Hodeidah, 21 de noviembre de 2017.

Heridos de la agresión saudí a Yemen.

Civiles auxilian a un herido de ataque saudí en Yemen
 Fonte: http://www.hispantv.com/noticias/politica

100 anos de colonização da Palestina


Solidariedade à Luta do Povo Palestino
 Por Khader Othman 
 comitepalestinasc@gmail.com
 A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas sentadas

“Nosso Encontro de hoje não é uma festa. Nem é uma celebração, muito menos, uma comemoração. É uma condenação a uma atitude colonial, é um grito solidário exigindo uma clara desculpa da Grã-Bretanha ao povo palestino.
É um repúdio desaprovando àquelas ações imperialistas que foram feitas e estão sendo feitas contra o ser humano em todo planeta Terra. Ações feitas com espírito doentio, favorecendo os interesses colonialistas e imperialistas, querendo enriquecer mais e empobrecendo o ser humano e os povos em geral, ações em favor de uma classe ou de uma raça.
Neste ano, duas ações planejadas de maneira diabólica e criminosa completam 100 anos. 100 anos de crimes e de sofrimentos. De violência e de ódio contra uma região inteira. Uma região que tem mais de 500 milhões de habitantes que sofrem de uma maneira ou outra, os resultados imediatos destas ações desumanas. Me refiro ao ano de 1917, final da 1ª Guerra Mundial, que abriu o apetite colonial e imperialista ao tamanho da riqueza que pôde ser roubada dos perdedores com as guerras.
A primeira ação era chamada de Tratado de Sykes-Picot, coordenada por dois demônios, o Sr. Mark Sykes, que representava os interesses da Grã-Bretanha e o Sr. François Georges-Picot, os interesses da França, ambos países imperialistas e colonialistas. Eles ganharam a guerra, estavam fisgados pela máxima imperialista: “para dominar, tem que dividir”. Então, pegaram o mapa do Império Otomano, o perdedor da 1ª Guerra Mundial e, particularmente, o mapa do Oriente Médio - que era geograficamente unido – e dividiram em vários pedaços. Para a França foi a Síria, Líbano, Marrocos, Tunísia e Argélia; para a Grã-Bretanha foi o Iraque, Jordânia, Palestina , Egito, Arábia Saudita e o Golfo. Em seguida, implantaram o regime político-militar para manter o domínio. Alguém estranhou quando chamei esses dois de demônios em forma humana. Pode-se dizer que eles deram aula para Satanás aprender tanta maldade e ódio. Criaram uma complicação que dura100 anos e ainda vai perdurar mais tempo, fazendo vítimas e sofrimentos.
No mesmo ano, vem a segunda ação colonialista e imperialista. Conhecida como a Promessa Balfour. No qual o Sr. Arthur James Balfour, Ministro do exterior do reino britânico, depois da divisão da região árabe, decide doar metade da terra da Palestina para os judeus, que ajudaram na 1ª Guerra a ação imperialista sem igual. Como entender isso? “Alguém enfia a mão no bolso de outro para presentear o que achar no bolso a um terceiro”. O certo era doar um pedaço da própria Grã-Bretanha para os Judeus que lhes ajudaram. Mais outra ação colonial que está fazendo vítimas até hoje. E sem previsão de quando tornará sem efeitos a declaração Baulfour. Longe de uma solução.
Nossa resposta é uma ação solidária, que faz da solidariedade uma força internacional a favor do ser humano. Esta força libertará os povos explorados, sejam palestinos, sejam africanos, sejam haitianos, sejam indígenas basta somente não perder a luta!

Obrigado!
Viva a Palestina Livre





Khader Othman – comitepalestinasc@gmail.com
Discurso proferido no 7º Café AntiColonial – 10 anos do Portal Desacato – 22/11/2017

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Israel: a Palestina deve escolher entre o Irã ou os EUA e Israel

O ministro da Inteligência israelense, Yisrael Katz, adverte a Palestina de que não pode ter relações cordiais com o Irã e os EUA, ao mesmo tempo.
Katz, em suas declarações de segunda-feira no evento Arutz 7, exortou as autoridades palestinas a se distanciarem do Irã se quiserem manter laços cordiais com os Estados Unidos e qualificaram os  líderes do Irã e da Coréia do Norte do chamado "eixo do mal".
"A liderança palestina deve decidir se quer ser parte do eixo do mal ou quer se juntar a nós", disse Katz em seu discurso, de acordo com o jornal israelense Haaretz .
Nos últimos dias, houve uma pressão crescente do regime israelense e dos Estados Unidos contra a Autoridade Nacional Palestina (ANP) para forçá-la a distanciar-se mais das forças da Resistência (especialmente as resistências palestinas) e dar sua aprovação à chamada solução de Dois Estados .
De igual modo, o ministro israelense exigiu que os palestinos reconhecessem o regime israelense como um estado e o desarme dos grupos da Resistência palestina , que enfrentam os crimes da entidade israelense contra os palestinos.
Além disso, agradecendo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu onipotente apoio ao regime israelense, o sionista pediu aos Estados Unidos que acelerassem o processo para mudar a embaixada dos EUA de Tel Aviv a Al-Quds (Jerusalém), uma vez que seria mais um passo no reconhecimento internacional de sua apropriação, embora indevida, de Jerusalém.
Ele também insistiu no aumento na quantidade de assentamentos israelenses ilegais em Al-Quds e, assim, "capacitar a posição de Israel em Jerusalém", bem como limitar a presença de palestinos em Al-Quds.
Nos últimos meses, o regime sionista de Tel Aviv intensificou suas atividades para construir colônias nos territórios palestinos ocupados em flagrante violação do direito internacional e em desafio à resolução 2334 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). A comunidade internacional considera esses assentamentos "ilegais" e  denuncia a política expansionista do regime israelense .
http://www.hispantv.com/noticias/oriente-medio/360227/israel-palestina-elegir-eje-mal

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Plano dos sauditas para entregar a Palestina (em troca de guerra contra o Irã)

 
14/11/2017, Moon of Alabama
Os tiranos da Arábia Saudita desenvolveram um plano que entrega a Palestina aos seus algozes. Veem a entrega como necessária para obter o apoio dos EUA para a campanha fanática que fazem contra o Irã, que veem como seu inimigo mortal.

Um memorando interno dos sauditas, vazado para o jornal libanês Al-Akhbar, revela as grandes linhas do plano. (NOTA: A autenticidade do memorando ainda não foi confirmada. Em teoria, poderia ter sido "plantado" por qualquer interessado. Mas Al-Akhbar tem excelente currículo na publicação de vazamentos, até hoje sempre genuínos. Estou confiando na avaliação dos editores.)
Segundo o memorando, os sauditas estão prontos a desistir da exigência de direito de retorno aos palestinos. Desistem da soberania dos palestinos sobre Jerusalém e do status de estado pleno para a Palestina. Em troca, querem uma aliança (militar) EUA-sauditas-Israel contra o Irã – para os sauditas o eterno inimigo do lado oriental do Golfo Persa.

Descobriu-se que houve negociações sobre o 'tema' entre sauditas e sionistas sob a coordenação dos EUA. O "assessor pessoal 'partilhado' de Netanyahu e Trump, o garoto-maravilha Jared Kushner", é o homem de ponto nessas negociações. Fez pelo menos três viagens à Arábia Saudita esse ano, a mais recente há apenas alguns dias.

As operações sauditas ao longo do mês passado, contra a oposição interna ao clã Salman e contra o Hizbullah no Líbano, têm de ser vistas no contexto e como preparação do plano maior. Recapitulando:


  • Semana passada, o atual dito representante político dos palestinos, Mahmoud Abbas, foi chamado a Riad. Ali, foi instruído a aceitar qualquer plano de paz que lhe seja apresentado pelos EUA, ou que renuncie. Recebeu ordens de cortar todos os laços que os palestinos tenham com Irã e Hizbullah:

Desde esses alertas, que podem ameaçar os novos acordos de unidade palestina assinados por Fatah e o Hamas apoiado pelo Irã na Faixa de Gaza, a mídia palestina manifestou nesses dias um raro grau de unidade – todos contra o Irã.

  • Dia 6 de novembro, foi deliberadamente "vazada" uma carta do primeiro-ministro Netanyahu de Israel dirigida a embaixadas de Israel. Nela, Netanyahu exige que seus diplomatas pressionem a favor dos planos sauditas no Líbano, Iêmen e noutros países. No mesmo dia Trump tuitou:

Donald J. Trump‏ @realDonaldTrump - 3:03 PM - 6 Nov 2017
Tenho grande confiança no rei Salman e no príncipe coroado da Arábia Saudita, eles sabem exatamente o que estão fazendo....
  • O tirano saudita abduziu o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, e declarou guerra ao país. O objetivo desse movimento é remover ou isolar o Hezbollah, a resistência xiita do Líbano aliada com o Irã e que se opõe aos planos sauditas para a Palestina.
O jornal libanês de esquerda Al-Akhbar obteve uma cópia do plano (em árabe) no formato de um memorando do Ministro de Relações Exteriores saudita Adel Al-Jubeir dirigido ao príncipe crown [coroado] clown [palhaço] Mohammed Bin Salman (tradução automática árabe-português):

"O documento, que está sendo revelado pela primeira vez, prova tudo o que foi vazado desde a visita do presidente Trump à Arábia Saudita, em maio passado, sobre o lançamento dos esforços dos EUA para assinar um tratado de paz entre a Arábia Saudita e Israel. Seguiu-se a informação sobre o intercâmbio de visitas entre Riad e Tel Aviv, sendo a visita mais importante do Príncipe herdeiro saudita à entidade sionista.

O documento revela o tamanho das concessões que Riad pretende apresentar no contexto da liquidação da questão palestina e sua preocupação em obter os elementos de poder contra o Irã e a resistência, liderada pelo Hezbollah."
O memorando do ministro de Relações Estrangeiras saudita começa com a exposição de sua perspectiva estratégica:

"Para enfrentar o Irã ao aumentar as sanções contra mísseis balísticos e reconsiderar o acordo nuclear
O Reino prometeu no acordo de parceria estratégica com o presidente dos EUA, Donald Trump, que qualquer esforço dos EUA (incompreensível) é a chave para o sucesso. A Arábia Saudita é o melhor país do mundo árabe e muçulmano para reunir os outros para uma solução. Nenhuma solução para a causa palestina pode ser legitimada a menos que o Reino a apoie. 
...
A aproximação da Arábia Saudita com Israel envolve um risco para os povos muçulmanos do Reino, porque a causa palestina representa uma herança espiritual e histórica e religiosa. O Reino não assumirá esse risco a menos que pareça ser abordagem sincera dos Estados Unidos ao Irã, que está desestabilizando a região patrocinando o terrorismo, suas políticas sectárias e interferindo nos assuntos dos outros. Esse comportamento iraniano foi oficialmente condenado pelo mundo muçulmano na conferência da OCI Conferência islâmica realizada em Istambul em abril de 2016."

O documento saudita apresenta as questões e passos do processo na direção de um acordo, em cinco pontos:

Primeiro: Os sauditas demandam uma "paridade do relacionamento" entre Israel e Arábia Saudita. No nível militar, demandam que ou Israel desiste de suas armas nucleares, ou a Arábia Saudita é autorizada a comprar esse tipo de arma.

Segundo: Em troca, a Arábia Saudita usará seu poder diplomático e econômico para impor um 'plano de paz' entre Israel, os palestinos e países árabes, nos termos que os EUA redigirão. Por esse plano de paz, os sauditas, conforme o memorando, estão dispostos a oferecer concessões extraordinárias:
  • A cidade de Jerusalém não será capital de algum estado palestino, mas será posta sob regime especial administrada pela ONU.

  • Não mais será exigido o direito de retorno para os refugiados palestinos, que foram violentamente expulsos pelos sionistas. Os refugiados serão integrados como cidadãos nos países nos quais residam atualmente.

  • (Não há referência à exigência de soberania para algum estado palestino.)

Terceiro: Depois de alcançado um acordo quanto aos "princípios centrais da solução final" para a Palestina, entre Arábia Saudita e EUA (Israel), haverá uma reunião de todos os ministros de relações exteriores da região, para apoiar o acordo. Na sequência virão as negociações finais.

Quarto: Em coordenação e cooperação com Israel, a Arábia Saudita usará seu poder econômico para convencer o público árabe, daquele plano. Aqui o documento anota corretamente que "No início da normalização das relações com Israel, a normalização não será aceitável para a opinião pública no mundo árabe." O plano aqui é, essencialmente, subornar o público árabe, para que aceite o plano.

Quinto: O conflito palestino distrai a atenção, afastando-a da verdadeira questão dos governantes sauditas na região, que é o Irã: 

"Assim sendo, sauditas e israelenses concordam em tomar as seguintes medidas:

1.      Contribuir e cooperar para reagir contra quaisquer atividades que interessem às políticas agressivas do Irã no Oriente Médio. A afinidade ente Arábia Saudita e Israel tem de encontrar correspondência numa abordagem sincera dos EUA contra o Irã.

2.     Aumentar sanções dos EUA e internacionais relacionadas aos mísseis balísticos do Irã.

3.     Aumentar as sanções contra o apoio que o Irã dá a terroristas e ao terrorismo em todo o mundo.

4.     Reexame do grupo (5+1) no acordo nuclear com o Irã, para garantir a implementação literal e estrita de seus termos.

5.     Limitar o acesso do Irã aos seus bens congelados e explorar a deterioração da situação econômica do Irã, usando-a para aumentar a pressão de dentro para fora contra o regime iraniano.

6.     Cooperação intensiva de inteligência na luta contra o crime organizado e o tráfico de drogas apoiados pelo Irã e pelo Hezbollah."

O memo é assinado por Adel al-Jubeir. (Mas quem foram os 'conselheiros' que ditaram para ele?) 

O plano de paz dos EUA para a Palestina visa a pressionar palestinos e árabes a fazer qualquer coisa que Israel queira. Os sauditas concordarão com isso, com mínimas exigências, só se EUA e Israel os ajudarem a pôr fim ao Irã, nêmese do reino. 

Mas é impossível. Nem Israel nem os EUA aceitarão garantir "relacionamento paritário" para a Arábia Saudita. Faltam à Arábia Saudita todos os elementos para se tornar estado supremo no Oriente Médio árabe. O Irã não será derrotado.

O Irã está no núcleo mais duro do eleitorado xiita e no coração da resistência contra o imperialismo "ocidental". As populações xiitas e sunitas alinhadas no Oriente Médio são praticamente do mesmo tamanho. 

O Irã tem população quase quatro vezes maior que os sauditas. É cultura muito mais antiga e mais densa que a da Arábia Saudita. A população do Irã é bem-educada e com bem desenvolvidas capacidades industriais. O Irã é uma nação, não um conglomerado de tribos do deserto como se vê na península governada pelos al-Saud. O Irã é absolutamente imbatível, graças à posição geográfica e os recursos que tem.

Então, sempre tentando derrotar o Irã, os sauditas iniciaram guerras à distância no Iraque, na Síria, no Iêmen e agora no Líbano. Para vencer essas guerras, precisam de coturnos em solo. Então, os sauditas alugaram e enviaram para lá a única infantaria que jamais tiveram à sua disposição. Mas as hordas de fanáticos alugados – al-Qaeda e ISIS – foram derrotadas. Dezenas de milhares deles foram mortos em combates no Iraque, na Síria e no Iêmen. 

Apesar da campanha global de propaganda e mobilização, quase todas as forças potencialmente mobilizáveis foram derrotadas pelas resistências locais em campo. 

Nem o estado dos ocupantes sionistas colonialistas nem os EUA estão dispostos a mandar soldados para lutar pela supremacia dos sauditas.

O grande 'plano' do governo Trump para alcançar a paz no Oriente Médio é carregado de esperanças, mas lhe faltam todos os detalhes indispensáveis ao sucesso. 

Os sauditas prometem apoiar o plano dos EUA, se o governo Trump aceitar fazer guerra contra a nêmese do reino saudita, o Irã. Mas as lideranças sauditas e em Washington são fracas e impulsivas, e todos esses planos têm pouca chance de sucesso. Mas os planos avançarão de qualquer modo e continuarão a criar quantidades enormes de danos colaterais. 

A entidade sionista não se sente realmente pressionada a fazer paz alguma. De fato, até já começou a meter os pés nos tais planos. E tentará explorá-los exclusivamente a favor dela mesma.*****

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu