quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Protesto de Brasilia










Quinto dia de agressões a Gaza

este homem perdeu as cinco filhas e ele não faz parte da resistência
Os ataques aéreas israelenses continuam no 5º dia contra a Faixa de Gaza, deixando um rastro de mais mortos e mais feridos, casas e prédios demolidas, mesquitas atingidas, entidades e Sociedades Beneficentes bombardeadas. A guerra é total , uma limpeza étnica completa : crianças, mulheres, velhos e jovens mortos ou mutilados são feridos sem discriminação.
O povo palestino sem proteção, absolutamente sozinhos e sendo massacrados pela política impune e crimes de guerra de Israel.

Relacionamos exemplos

· Primeiro dia de bombardeiro israelense 200 palestinos mortos brutalmente.
· No dia 29/12 - 5 irmas menores foram mortas quando pedaços de míssil atingiram a sua casa
· No dia 28/11 - 3 irmãos foram mortos quando o carro deles foi atingido por um míssil, 2 deles são menores
· No dia 30/12 - 2 meninas de idades 4 e 11 anos foram mortas atingidas por pedaços de um missil na cidade Beit Hanoon
· No dia de hoje Israel mata 6 palestinos e deixa mais de 60 feridos

Total dos palestinos mortos por ataques aéreos israelenses 395 palestinos em 5 dias, e os feridos passaram de 2000 palestinos.

TODA PALESTINA LIVRE JÁ



Por Jamal Halawa*
Traduzido por Stela

Já basta, basta de infâmia, já basta de massacres sionistas, já basta de guerras capitalistas, já basta do silêncio assassino e já basta de Israel. Este estado criado pelas grandes potências européias em 1948, contra a decencia e a moralidade de todas as consciências humanas, em bases a graves difamações da história local e da história geral. Este estado, cuja evolução demografica segue sendo, sessenta anos depois de sua criação, não natural; por que continua se baseando principalmente na imigração ilegal de indivíduos de todo o mundo que, supostamente, professam a religião , ou pertencem a etnia judía. Com a intenção de criar um estado de maioria judia – base do argumento sionista- promovem, desde mais de um século, gigantescos investimentos para emigrar judeus pertencentes a diferentes etnias provenientes dos cinco continentes para a Palestina. Provocaram e financiaram guerras para derrubar impérios e assim facilitar o acesso das grandes potências coloniais ao território árabe na margem oriental do Mediterraneo. O movimento sionista foi criado em 1897. Produziram e seguem produzinho uma verdadeira política de limpeza étnica em toda Palestina há mais de 60 anos.
Nesse período, Israel não deixou um só minuto de agredir, de anexar, de levantar muros e valas, de provocar guerras em toda zona do Oriente próximo, entre países e grupos étnicos ou confessionais, de utilizar o terror permanente para medrontar a todos os povos que habitam o Oriente Médio, especialmente o povo palestino.
Em definitivo, o Ocidente capitalista é o ocidente avarento, ambicioso, ávido, expansionista e assassino. O ocidente do bem estar social, democrático? Mentiroso, hipócrita! Este ocidente do capital cujo desenvolvimento se baseia na exploração e na expoliação dos povos de todo o mundo, dos cinco continentes, criou um estado forte, um estado racista , um estado militar, um estado porta aviões de guerra, um estado máquina de fabricar mortes, terror e destruição. Um estado de generais assassinos, que se promovem matando seres humanos para ter créditos eleitorais. Essa é a democracia israelense! Em troca , este ocidente , se livra de um grupo étnico-cultural que há séculos são parte da evolução e do progresso da civilização ocidental; grupo étnico-cultural nitidamente ocidental e estranho na civilização árabe, estranhos também para os próprios judeus orientais – árabes ou sefarditas. Dessa forma (Como no?) também limpam a consciência das histórias de matanças, perseguições e expulsões que a Europa ocidental e oriental fez sofrer o povo judeu.

A atual matança em Gaza nos atinge a todos, não somente aos palestinos, nem aos árabes, nem somente aos muçulmanos, mas sim a todos aqueles que ainda tem consciência viva, a memória lúcida e um nível de honestidade minimamente íntegro. Esta guerra é mais uma guerra de Israel baseada no terror para calar, amedrontar o povo que resiste a ocupação, o povo que não se submete, um povo digno de uma merecida vitória.

É então dever de todos os amantes da paz mundial, da justiça e da dignidade do homem, acima de tudo, empreender uma luta global de resistência a nova guerra do capital, de organizar-se e disciplinar-se em uma estratégia de resistência mundial.

Ante a evidência que as instituições e os organismos internacionais são os máximos responsáveis de que este estado fictício, fabricado - Israel - siga cometendo impunemente crimes contra a humanidade e ante a evidência histórica de quão sujo é o papel que cumpre a serviço do capitalismo desde sua fundação – 1948 – temos que refletir seriamente, se queremos verdadeiramente restabelecer a paz mundial, sobre os mecanismos necessários para a luta e a resistência em todas suas expressões e a nível internacional, a fim de por um ponto final ao estado de Israel.

Estou falando de reestabelecer a normalidade na zona através da estrita imposição da legalidade internacional, sequestrada pelo ocidente do capital, se trata do povo palestino, todo o povo palestino voltar a sua terra histórica de onde foram expulsos há mais de 60 anos, se trata de por fim a emigração ilegal de judeus de todo o mundo até a Palestina histórica. Se trata de por fim a máquina de guerra e morte chamada Israel. Se trata de que todos os habitantes da terra voltem a respirar com normalidade, pondo fim a impunidade de um estado assassino que leva 60 anos matando sem compaixão e violando todas as convenções existentes. Se trata de criar um ESTADO PALESTINO plurinacional, democrático, com igualdade de condições entre todas suas comunidades, etnias confessionais, em toda Palestina Histórica.

Não há mais espaço para se permanecer neutro ou distante diante do que esta ocorrendo ou se esconder atras do discurso que reparte responsabilidades a ambos os lados do conflito quando, até o mais inconciente sabe bem que há uma só parte do conflito que ocupa a terra alheia , cerca o povo durante anos fazendo-o passar fome e toda sorte de penalidades, utiliza a mais sofisticada máquina de guerra para matar cívis ou resistentes que lutam e sacrificam suas vidas pela liberdade de seu povo.

Toda palestina livre já, não responde a um slogan gratuito , sem a um título de artigo de opinião pouco meditado, mas sim é uma reflexão de um palestino construída durante esses anos de sofrimento. É um grito que ecoa nos ouvidos das consciências despertas e que se expande e perpassa as fronteiras do mundo, todas as raças e todas as religiões. É um grito a favor da paz mundial, a favor da emanc ipação econômica e moral do homem. Se de verdade buscamos a paz temos que reconstruir sobre o esqueleto do fracasso e moribundo sistema criminal do capitalismo.

* Palestino residente en España.

Apelo de Solidariedade ao Povo Palestino

Nós, representantes dos partidos comunistas e operários de todas as partes do mundo, energicamente condenamos os repetidos ataques aéreos assassinos cometidos pela força aérea israelense contra a Faixa de Gaza, que provocou a morte de mais de 340 palestinos.
Por meio desses brutais ataques e outros crimes perpetrados pelas forças armadas, o governo de Israel tenta obter o que não conseguiu ao impor o muro, o cerco e o bloqueio: eliminar a resistência do povo palestino.
A política de genocídio e de terrorismo de estado levada a cabo pelo governo de Israel, apoiado e endossado por forças poderosas e imperialistas nos EUA e na União Européia, e aceitas por alguns governos reacionários árabes, é uma nova provocação contra os povos e contra o movimento de solidariedade internacional.
Convocamos os operários, as mulheres, os jovens e outros setores, a todos anti-imperialistas e amantes da paz, a mobilizar suas forças contra os criminosos ataques e contra a política do governo israelense; exigimos que cessem imediatamente os ataque e que sejam tomadas sanções contra Israel. Convocamos todos a desenvolverem ações de solidariedade imediata e apoio humanitário ao povo palestino.

Nossos partidos expressam firme solidariedade com a resistência contra as agressões, com as forças progressistas, anti-imperialistas e comunistas da Palestina e de Israel, que lutam em conjunto pelo estabelecimento de um estado independente da Palestina, com as fronteiras estabelecidas em 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital.
Por uma Palestina livre e independente!
Grupo de Trabalho do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.
30 de dezembro de 2008

Passeata de Porto Alegre

A comunidade palestina da grande Porto Alegre fez hoje, último dia do ano, uma marcha em protesto condenando os massacres irracionais cometidos por Israel contra a população Palestina da Faixa de Gaza. Estima-se que participaram do grito pela paz cerca de 120 pessoas, entre elas estavam a deputada federal Maria do Rosário, Jussara Cony, a porta voz do gabinete do deputado estadual Raul Carrion, Fatimah Ali, da Sociedade Palestina e Nader Baja, do Centro Cultural. Vários partidos políticos manifestaram seu apoio, como o PSOL, o PT, o PSTU e o PC do B. Muitos discursos de solidariedade e revolta de anônimos e importantes figuras.

Todo final de ano, nas casas brasileiras ou não, se preparam banquetes cheios de lentilha, uvas, romã, banquetes cheios de esperança num ano mais feliz e próspero. Muitas pessoas não entendem o que acontece na faixa de gaza, o que acontece com o povo palestino. Não entendem o que Israel quer com aquele território. Talvez se falarmos em tradições nossas fique mais fácil se sensibilizar. Enquanto nós estamos assando porcos, os porcos governantes de países com maior renda per capita do mundo, ordenam que tropas não cessem ataques contra casas de civis, que estão com seus filhos. Todos alvos de ataques sujos, com intenções de dizimar populações. Enquanto tem gente que ainda chora com as torturas nazistas contra judeus, as pessoas brindam o ano que vem sem enchergar o que se faz hoje com a população palestina.

Sensibilizados pela dor de quem sofre abusos há 60 anos, a mesma idade da declaração dos direitos humanos desrespeitados de todas as formas pelos ataques israelenses, quem participou da passeata, percorreu as ruas do centro de Porto Alegre, usando a Hatta – tradicional lenço palestino, como uma segunda bandeira, símbolo da luta pela paz e justiça. Com cartazes em inglês, francês e protuguês, foram denunciadas os atos de genocídio contra a cidade de Gaza. Enquanto isso, as notícias que são veiculadas na mídia ainda são.. “Bush condiciona trégua em Gaza a fim de ataques do Hamas” (site da BBC). São pedras contra canhões.
















DECLARACIÓN DE LA LIT(CI) Alto a la masacre israelí en la franja de Gaza!


El estado de Israel está realizando una masacre en la franja de Gaza. Más de 300 palestinos han muerto ya producto de los bombardeos indiscriminados del ejército sionista. Con esta masacre a la población civil, Israel pretende derrotar al pueblo palestino. Hamas, que ganó las elecciones en el 2006, consiguió independizar un pedazo de su tierra al expulsar a los agentes de Israel, como decíamos en la declaración de la LIT(CI) con motivo del 60 aniversario de la creación del Estado de Israel:
A pesar de los intentos conciliadores del Hamas, que llamó a formar un "gobierno de unidad nacional" con Al Fatah, a mediados de 2007, la situación derivó en enfrentamientos abiertos entre ambas fuerzas y en un golpe de Estado organizado por Abbas para desplazar al Hamas y tomar el control total del gobierno. La reacción de las masas de Gaza impulsó a Hamas a expulsar de ese territorio al aparato militar de Abbas y a la policia de Al Fatah, Fue un gran triunfo de las masas palestinas porque liberaron a Gaza del control de Israel y sus agentes, transformándola así, en los hechos, en un territorio palestino independiente, aunque en condiciones de asilamiento muy difíciles.
Derrotar a Gaza a cualquier precio
Esta situación era totalmente intolerable para un estado como Israel, que comenzó una acción combinada de ataques militares, primero para destruir su infraestructura de generación de electricidad y suministro de agua y luego con bombardeos directo sobre la población civil, y un cerrado bloqueo para impedir el ingreso de alimentos, medicamentos y combustibles. Había que derrotar a cualquier costo la resistencia del pueblo de Gaza y obligarlo a rendirse.
Al bloqueo, incursiones y bombardeos que se producían de forma continúa desde el 2006 se ha sumado ahora esta ofensiva brutal. El pueblo palestino tiene poco más que sus cuerpos para resistir a las bombas israelíes. El ataque, que se produce pocos días antes de que asuma el nuevo presidente de EEUU, Barack Obama, pretende dejar claro cual es el camino que van a seguir. Aunque Obama no se ha pronunciado en esta ocasión, cuando visitó Israel, ya dijo que haría lo mismo que los israelíes si viviera donde llegan los misiles palestinos.
El gobierno de Bush culpa a Hamas para apoyar nuevamente a Israel en su genocidio. Los representantes europeos insisten en que el mundo árabe debe aceptar las pretensiones israelíes en territorio palestino, así el ministro de asuntos exteriores británico declaró que: "Los líderes del mundo árabe tienen una gran oportunidad de dejar claro que los intereses del pueblo palestino sólo pueden asegurarse a través de un estado palestino viable coexistiendo con un Israel seguro." Moratinos, el ministro de asuntos exteriores de Zapatero, pidió una tregua para que se vuelva a las negociaciones, advirtiendo también que el responsable de la actual ofensiva de Israel es Hamas.
La administración títere de Mahmoud Abbas, se sumó a esa monstruosa cantilena, y tuvo la osadía de decir que el responsable de los ataques genocidas de Israel era el propio Hamas, por "no haber renovado la tregua con Israel", en una traición más a la causa palestina. Esa tregua en verdad había sido utilizada por Israel para mantener el cerco de suministros de alimentos, medicamentos y combustibles al mismo tiempo que exigía que ningún misil o arma fuera utilizada por los palestinos sitiados y que el estado nazi pudiera perseguir y bombardear a su buen gusto cualquier punto de la misma Franja de Gaza (30 muertes en 6 meses). Cuando terminó el primer período, Hamas quiso exigir el levantamiento del cerco para renovarla.
Hasta los funcionarios de la UNRWA órgano de la ONU para los refugiados declararon que Israel cometía crímenes humanitarios al mantener ese cerco. Como represalia esa constatación, Richard Falk, su funcionario fue impedido por el gobierno israelí de entrar a los territorios ocupados.
El gobierno egipcio de Mubarak toleró que la primera ministra Tzipi Livni declarara su intención de invadir Gaza desde su propio palacio presidencial en el Cairo, y lo más grave, ha impedido la entrada de refugiados manteniendo cerradas los pasajes fronterizos con Gaza, ayudando al cerco sionista. Mubarack se ha convertido en cómplice de la muerte de centenares de palestinos.
El gobierno israelí que ha matado a diario en todo ese período y somete a condiciones infra-humanas a más de 1.500.000 personas, utilizó la excusa de que Hamas no ratificó ese alto el fuego, que es una condena a la muerte en vida, y los misiles que consiguen llegar desde la franja de Gaza a las poblaciones israelíes, y los escasos blancos acertados por ellos, para justificar su ataque. Las agresiones continuas que ha llevado a cabo durante el supuesto alto el fuego no cuentan, Israel pretende que el alto el fuego sea unilateral: los palestinos deben dejarse masacrar sin defenderse.
La Liga Internacional de los Trabajadores- Cuarta Internacional nos ponemos al lado del pueblo palestino y su derecho a acabar con la ocupación de su tierra que dura ya 60 años.
Desde la LIT(CI) hacemos un llamamiento a todas las organizaciones políticas, sindicales y sociales a que se pronuncien y movilicen de forma urgente contra la nueva masacre que está perpetrando Israel. Tenemos que exigir la ruptura de relaciones con el estado sionista y dar todo el apoyo a la resistencia
palestina.ALTO AL GENOCIDIO EN LA FRANJA DE GAZA
ABAJO EL ESTADO DE ISRAEL
VIVA LA RESISTENCIA DEL PUEBLO PALESTINO
Secretariado Internacional de la LIT(CI)

Não ao ataque genocida do Estado de Israel contra a faixa de Gaza e o povo Palestino



O estado assassino de Israel mais uma vez promove um ataque brutal e covarde contra o povo palestino. Desde o dia 24 passado tem bombardeado a faixa de Gaza matando até o momento mais de 300 pessoas e ferindo quase 2000.
A maioria dos governos do mundo reage afirmando que Israel tem o direito de atacar, no máximo condenam a desproporcionalidade da ação. Hipócritas e cúmplices de um genocídio que dura 60 anos. Se trata de uma agressão de um estado militarizado, que há 60 anos ocupa as terras do povo palestino, armado e financiado pelo imperialismo norte americano com o objetivo de manter um posto militar avançado em uma das regiões mais ricas em reservas naturais energéticas do planeta.
A Conlutas se soma à indignação que toma conta dos trabalhadores e povos de todo o mundo e repudia essa agressão genocida do Estado de Israel. Exige o fim imediato do bombardeio e das agressões. O fim do bloqueio que impede a chegada de mantimentos, medicamentos e todos os recursos necessários para a sobrevivência do povo palestino.
É inaceitável a continuidade desse massacre. A comparação dos métodos e política do Estado de Israel com o regime nazista é uma trágica ironia histórica. Naquele momento como neste, se utiliza da repressão, do extermínio, do poderio militar para perseguição e genocídio de um povo. Desta vez a máquina de guerra se encontra nas mãos do Estado Assassino de Israel. Chamamos aos trabalhadores de todo o mundo, em particular os trabalhadores e povo judeu a repudiar a política genocida de Olmert, a exigir o fim dos ataques.
Neste sentido, também exigimos do governo Lula que rompa imediatamente relações diplomáticas com Israel e as relações comerciais, bem como a revisão da inclusão de Israel no Mercosul. Formas concretas de demonstrar o repúdio de um povo a uma política genocida.
Infelizmente a postura de várias lideranças e governos do mundo árabe mais uma vez, se demonstram de uma capitulação total ao imperialismo e seu agente na área, o estado de Israel. A postura do governo Egipcio de reprimir manifestações de solidariedade, de fechar as fronteiras e as declarações de Abbas - Al Fatah, responsabilizando o Hamas pelos ataques, são expressões dessa capitulação.
Defendemos o direito do povo palestino escolher livremente seus governos e de se defender contra o cerco e a invasão promovida pelo estado de Israel.
Convocamos a todos, para no dia 02 de janeiro, às 15 hs, junto com dezenas de entidades do mundo árabe, partidos, sindicatos e organizações democráticas a realizarmos um ato no vão livre do MASP, na Av. Paulista, em S Paulo, para repudiarmos a agressão genocida do povo palestino.

Conlutas
São Paulo, 30 de Janeiro de 2008

Ato Público em Defesa do Povo Palestino e Contra o massacre na Faixa de Gaza em Brasilia - DF


Concentração: Catedral de Brasília
Horario : 09:30 h
Data : 31/12/2008

Marcha até a embaixada da entidade sionista “Israel”

- Todo apoio a Resistência do Povo Palestino !

- Pelo rompimento das relações diplomáticas e comerciais c/ “Israel” !

- Que cessem os ataques criminosos contra Gaza e a repressão na Cisjordania !

- Pela União dos Povos contra a opressão sionista e imperialista !

NOTA DO MST SOBRE GAZA/PALESTINA


Mais uma vez a humanidade é surpreendida com uma ofensiva militar do Estado Terrorista de Israel contra o heróico povo palestino. Mais uma vez a pátria das oliveiras é atacada.
A invasão militar da Palestina pelos sionistas israelenses semeia, desde 1947/1948, o ódio, a violência e a discórdia na região. Rios de sangue jorram constantemente nas ruas de Gaza, Nablus, Ramallah e outras cidades Palestinas. Milhares de mortos, milhares de torturados, milhares de presos.
Em 2002, fizemos chegar a bandeira do MST em Ramallah, no quartel-general da Autoridade Nacional Palestina-ANP. Entregamos nossa bandeira nas mãos de Yasser Arafat, e presenciamos a destruição da sede da ANP pelo exército de Israel. Ali, diante da poeira das bombas sionistas, reafirmamos nosso compromisso de defender a luta do povo palestino.
Também participamos, junto com a Via Campesina, das manifestações do "Dia da Terra" e do Fórum Social Palestino.
Em 2007, em nosso V Congresso, 18 mil trabalhadores e trabalhadoras sem terra manifestaram novamente nosso apoio à causa palestina.
A cada ano uma cidade destruída por Israel, um vilarejo, um bairro, várias casas, prédios, centenas de oliveiras. A cada ano mais prisões, torturas e mortes de homens, mulheres, jovens, idosos, crianças palestinas.
O que faríamos se algum governo colonialista e invasor de nossa pátria destruísse nossas casas, matasse nossos filhos, torturasse nossos parentes, prendesse nossos amigos? E se isso acontecesse todos os dias durante sessenta anos? De 1948 a 2008, sessenta anos de dor, sofrimento e injustiças.
Enquanto milhares de pessoas no mundo se preparam para encontrar/reencontrar seus familiares para as festas de final de ano, centenas de palestinos em Gaza não terão festas, nem comemorações.
Muitos palestinos de Gaza não poderão abraçar seus filhos na noite de 31 de dezembro, não poderão abraçar os pais, pois filhos e pais engrossam as estatísticas dos mortos nos bombardeios dos últimos dias. Muitas famílias não terão o direito de enterrar seus mortos, pois os corpos foram despedaçados pelas bombas ou ainda estão desaparecidos no meio dos escombros.
Famílias inteiras destruídas. Mais de 360 mortos, mais de 1500 feridos.
Alguns pedem aos palestinos: "calma", "paciência"! Outros falam em cessar a violência de "ambos os lados"!
Nós, do MST, pedimos aos palestinos: continuam lutando, continuem resistindo, com todas as suas forças, pois vocês são para nós tudo aquilo que a humanidade construiu de melhor, vocês palestinos representam com sua luta os mais íntegros e dignos sentimentos humanos, vocês são a prova viva de que é possível enfrentar o imperialismo em condições muito desfavoráveis e, ainda assim, vencer.
Companheiros e companheiras de Gaza, palestinos e palestinas que sonham e combatem pelo seu direito à autodeterminação nacional, enquanto existir uma única pedra, uma única oliveira, uma única criança, haverá esperança e haverá continuidade da luta.
Continuem existindo, pois sua existência, depois de sessenta anos de genocídio, só reafirma nossa certeza de que nada, nem ninguém, pode deter a marcha de um povo pela sua libertação.
Também reafirmamos que o povo palestino tem o direito de se defender diante do genocídio praticado pelo governo de Israel.
Enquanto terminamos este texto, vemos notícias de protestos de trabalhadores, estudantes, jovens, organizações sociais que, em Israel, estão se mobilizando contra o governo e a classe dominante daquele país. Esta aliança entre trabalhadores de todo o mundo é a nossa mais poderosa arma contra o sionismo/imperialismo.
Expressamos mais uma vez nossa admiração e respeito pela resistência palestina, nas suas diversas expressões políticas e ideológicas.
Que a unidade nacional de todas as forças populares, democráticas e anti-imperialistas da Palestina consiga derrotar mais uma vez o agressor sionista.
Estamos e estaremos juntos e vigilantes, agora e durante todo o próximo ano, fortalecendo nesta luta prolongada a solidariedade com o povo palestino.

VIVA A LUTA DO POVO PALESTINO!
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST/BRASIL

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO – PCB - Repúdio ao terrorismo do Estado de Israel!


O Comitê Central do PCB vem a público manifestar seu repúdio ao massacre criminoso que está ocorrendo na Faixa de Gaza, promovido pelo Estado sionista de Israel que, sob o pretexto de combater o terrorismo, ataca pessoas indefesas, em sua grande maioria crianças e mulheres palestinas que moram na região, vítimas de bombas jogadas sobre casas, escolas e locais de trabalho. Tecnologias militares modernas são usadas covardemente contra um povo proibido de ter forças armadas convencionais e de obter armamento para se defender.

O governo israelense promove mais uma vez a tática de "ataques preventivos" tão propalada no Governo Bush, aumentando a violência contra o povo palestino que há décadas tem sua nação dividida e usurpada pela partilha imperialista de seu legítimo território e que, no caso da Faixa de Gaza, é palco de privações de todo o tipo, devido ao criminoso embargo promovido pelo governo israelense.

Os ataques ocorridos nesses últimos dias já mataram mais de 300 pessoas e deixaram mais de 1.000 feridos, muitos em estado grave. Parte da região está sem energia elétrica afetando o funcionamento de hospitais.

Pela dimensão do ataque e a generalização inescrupulosa do bombardeio, pode-se garantir que este já é um dos maiores genocídios praticados por armamento de guerra em tão pouco tempo nesse inicio de século. O terrorismo de Estado promovido pelo governo israelense, ao invés de por fim à crise na região, só a aprofunda.

O PCB condena veementemente a carnificina promovida pelo Estado sionista de Israel contra a população palestina e conclama as entidades e organizações populares, democráticas e antiimperialistas a se manifestarem em atos públicos em solidariedade ao povo palestino. Exige também do governo brasileiro que condene com firmeza a infame agressão que, se não for detida imediatamente, pode descambar numa invasão ao território palestino, não com objetivo de ocupação (que já existe na prática), mas de provocar o extermínio desse valoroso povo, que não se curva ao sionismo e ao imperialismo e que merece a mais irrestrita solidariedade dos povos do mundo todo.

Repúdio ao terrorismo do Estado de Israel!
Pela autodeterminação do Povo Palestino!
Pela criação do Estado da Palestina!

Rio de Janeiro, 29 de Dezembro de 2008
PCB- Partido Comunista Brasileiro

ATO EM DEFESA DO POVO PALESTINO, CONTRA OS ATAQUES ASSASSINOS DO ESTADO DE ISRAEL À FAIXA DE GAZA EM SAO PAULO




Manifestação dia 02 . 01
15 hs - Vão Livre do MASP
São Paulo

Companheiros e companheiras

Ontem foram realizadas reuniões em S Paulo com entidades e organizações que veem a necessidade de organizarmos uma reposta categórica a mais esse ataque criminoso do Estado de Israel contra o povo Palestino. Ocorreram pelo menos 3 diferentes reuniões, expressando a necessidade de urgência que os vários setores viram em dar uma resposta e ao mesmo tempo as dificuldades de articular qualquer coisa neste período de festas.
O resultado, iniciativas unificadas que estarão ocorrendo já nesta semana e nova reunião na próxima segunda feira, dia 05. Onde discutiremos a continuidade da campanha.
Entre várias idéias e iniciativas decidimos promover uma manifestação em S Paulo na próxima sexta feira, dia 02, à partir das 15 hs no vão livre do MASP, na av. Paulista.
Sabemos das dificuldades do período, mas a necessidade de resposta ante o genocidio que promovem mais uma vez nos levaram a marcar essa primeira manifestação.
Ficou decidido também, que os setores que conseguirem se organizar, estarão indo amanhã, dia 31, à S Silvestre, para aproveitar a presença da midia e buscar registrar nosso protesto com faixas e bandeiras da Palestina.
Na próxima semana, dia 05, uma nova reunião para discutirmos a continuidade das iniciativas.

Abaixo segue a nota da Conlutas sobre os ataques criminosos do Estado de Israel que convoca a manifestação.
Estamos aguardando a nota unificada que ficou de ser redigida para darmos divulgação.
Peço a quem tiver a relação de entidades presentes para enviarem assim podemos divulgar a convocação com todas.

Grande abraço

Didi

ATO PÚBLICO EM DEFESA DA PALESTINA E DO POVO PALESTINO EM FLORIANAPOLIS




Convidamos a todos para participarem do ATO PÚBLICO EM DEFESA DA PALESTINA E DO POVO PALESTINO

Dia: 2 de janeiro de 2009 - sexta-feira
Hora: 14 horas
Local: Rua Conselheiro Mafra em frente a Galeria ARS - Centro - Florianópolis

Traga sua família, amigos, bandeiras e vamos denunciar as barbáries cometidas pelo governo do Estado Sionista Nazista de Israel sobre a população de Gaza e sobre a Palestina.

2009 - O ano do Levante!
Nenhuma injustiça será maior que nossa união e nossa luta pela libertação da Palestina e dos povos oprimidos!
Precisamos de toda a solidariedade!

“Israel” Pratica Crimes da Guerra e espalha terror

Para todos os amantes da Paz;
Que lutam contra os crimes de guerra;
Que apóiam os Direitos Inalienáveis do Povo Palestino.


A entidade sionista; “Israel”, com apoio dos Estados Unidos, desafiando o mundo inteiro, pratica crimes contra a humanidade, crimes que revelam a verdade sobre esta entidade, e que comprova a sua semelhança com o nazismo. O bombardeio das casas civis matando os moradores, crianças, mulheres e velhos; entre eles estão 5 irmãs assassinadas quando dormiam em casa, universidades bombardeadas - A Universidade Islâmica de Gaza. Mesquitas destruídas completamente, totalizando 4 mesquitas, mais de 30 sedes de entidades beneficentes destruídas pelos bombardeios. Mais de 350 mortos, e mais de 1700 feridos. Centenas de prédios destruídos totalmente, uma guerra étnica declarada contra o povo palestino na faixa de Gaza, dessa forma os líderes da entidade sionista; “Israel” revelam a sua verdadeira face de criminosos de guerra desrespeitando as leis internacionais que protegem os civis em tempo de guerra (Convenção de Genebra IV – Relativa a proteção de civis em tempo de guerra).

As organizações Mundiais entre elas a Organização das Nações Unidas, e governos do mundo inteiro deveriam tomar iniciativas e se mobilizarem para impedir os crimes praticados contra o povo palestino. Pressionando a entidade sionista; “Israel” a parar sua agressão contra o povo palestino e respeitar seus Direitos inalienáveis. Caso o mundo não tomem medidas urgentes e responsáveis contra estes crimes a situação vai piorar muito mais, mais massacres serão praticados e mais pessoas serão vitímas do terror israelense. “Israel” espalha terror na região em geral; hoje é na Faixa de Gaza e as guerras não param por aí, o mundo vai ser atingido pela violência de “Israel”, seu terror, sua ideologia nazista, racista e colonialista.

Solicitamos a todos os amantes da paz, as entidades de massas, intelectuais, profissionais e as forças políticas do Brasil para que se mobilizem pressionando o governo da entidade sionista; “Israel”, a parar seus ataques e seus crimes contra a Faixa de Gaza em particular e Palestina em geral, e pressionar o governo dos Estados Unidos a não proteger “Israel”, solicitando as Nações Unidas para que tomem medidas punitivas contra esta entidade sionista; pelos seus crimes praticados na Faixa de Gaza, enviando abaixo assinados ou telegramas de protestos para os seguintes endereços:



Embaixada de Israel
SES - Av. das Nações, Quadra 809, lote 38
CEP 70424-900 - Brasilia DF
tel. (0xx61) 2105-0500
fax (0xx61) 2105-0555
e-mail: info@brasilia.mfa.gov.il
Brasília – DF

U.S. Embassy
SES - Av. das Nações, Quadra 801, Lote 03
70403-900 - Brasilia, DF
Phone: (55-61) 3312-7000 Fax: (55-61) 3312-7676
ConsularBrasilia@state.gov


ONU-Organização das Nações Unidas
Sepn 516 Bloco B s/n - Brasília –
SCN Qd 1 Bl F s/n s 801 an, 8 - Brasília –
61 3326-1621
61 3038-2299


Jadallah Safa
Comitê árabe palestino de apoio a Intifada - CAPAI
29/12/2008
jadalasafa@yahoo.com.br
capaibr@hotmail.com

Os ataques israelenses na Faixa de Gaza


“Israel” declara guerra contra o povo palestino na Faixa de Gaza, centenas mortos brutalmnte, mais de mil feridos, entre eles crianças, mulheres e idosos. “Israel” pratica uma limpeza étnica, tentando enganar a opinião pública dizendo que ela é vítima do “terror. Enquanto ocupa as terras do povo palestino, expulsou mais de um milhão de cidadãos palestinos em 1948, praticou centenas de massacres até os dias de hoje. E continua se apresentando como vítima do terror. “Israel” ataca com armas de alto poder de destruição, e tenta convencer a opinião pública mundial que a sua guerra declarada é contra grupos que tem vínculos com o terror; incluindo a Resistência islâmica do Hamas como grupo terrorista e que deveria ser punida pelos seus atos. “Israel” quer desafiar a opinião pública mundial sobre a realidade, colocando mentiras, aproveitando que tem o domínio dos principais veículos da imprensa mundial. Recebendo ajuda dos Estados Unidos em todos os campos, aprovando a parceria de suas agressões em vários regiões do mundo; pois “onde tem guerra lá está “Israel”. O chamado “Estado de Israel” é fruto do movimento sionista mundial, uma entidade racista que tem sido condenada em todas as manifestações mundiais.

O povo palestino escolheu lutar para obter seus Direitos, por mais de 60 anos utilizou todos os meios pacíficos e a luta armada para poder um dia gozar seus Direitos, que sempre lhe foram negados. Infelizmente o mundo inteiro é responsável por este sofrimento desde aprovação da partilha da Palestina pela O.N.U., com a resolução 181, que ajudou a criar o “Estado de Israel”. Mas também aprovaram a resolução 194, que trata do Direito de Retorno do povo palestino para sua terra (expulso então pelas forças das armas). A partir dessa época não se conseguiu fazer com que o povo palestino retornasse para a sua terra, e desde então o mundo, suas entidades internacionais e os governos de todos os países registram anualmente, mensalmente e até diariamente; o sofrimento do povo palestino com braços cruzados... e não acontece nada !

As agressões da entidade sionista de “Israel” não têm justificativa que convença, quando ela deixa mais de seis milhões de palestinos fora da sua terra, mais de 11 mil palestinos presos, mais de 120 colonias construídas em territórios palestinos ocupados em 1967, confiscando suas terras e águas, deixando o povo palestino em condições precárias, sem pátria, em sofrimento diário. A paz não pode se estabelecer na região praticando massacres e crimes contra a humanidade, a paz pode se estabelecer na região e em qualquer região do mundo quando se respeita os Direitos dos povos; o povo palestino é um dos povos que está impedido de gozar seus direitos inalienáveis. Como vamos estabelecer um paz na região sem que o povo palestino usufrua de seus Direitos Nacionais ?

“Israel” não tem um futuro onde possa viver em paz enquanto continua negando os Direitos do povo palestino. “Israel” não pode continuar praticando massacres e crimes de guerra e desejar a paz. Certo, ela controla a mídia mas ela não pode controlar as pessoas que testemunham os crimes como jornalistas e homens de consciência, os ataques de ontem e hoje e os massacres e crimes do futuro, os massacres de Deir Yassin em 1948 e Sabra e Shatila em 1982, e o massacre de Qana em 1996; todos estes crimes tem um fundo ideológico, fruto do movimento sionista mundial. “Israel” o único pais do mundo que legalizou crimes contra a humanidade. “Israel” vive com a guerra e morre com a paz, estas são palavras do fundador da enidade sionista de “Israel”; Ben Gourion.

O mundo, governos e organizações internacionais tem obrigação hoje de ajudar o povo palestino a gozar seus Direito na sua terra, Direitos inalienáveis; como o Direito de Retorno e Direito `a Autodeterminação e `a ter seu país independente, para estabelecer uma paz justa e duradoura na região. Não se pode deixar convencer por orgumentos falsos e enganosos que os dirigentes israelenses estão apresentando para o mundo, dizendo que esta é uma guerra contra o terror, e contra Hamas. “Israel” pratica esta guerra contra o povo palestino em geral, uma guerra declarada a mais de um século, guerra que se chama : limpeza étnica ! O mundo tem responsabilidade no passado, no presente e no futuro, todas as forças da paz e de consciência tem pleno conhecimento dos melhores caminhos para estabelecer a paz na região, e com certeza o povo palestino em breve vai gozar seus Direitos.


Jadallah Safa
28/12/2008

A Solidariedade com os refugiados Palestinos no Brasil e o direito de retorno

Referente aos refugiados palestinos que se encontram no Brasil, gostaria primeiramente de agradecer ao governo e povo brasileiro e suas forças políticas pelo recebimento de 117 palestinos que estavam no Campo de Refugiados Rwuished na Jordânia em condições precárias e desumanas. Isso resultado da ocupação militar pelas forças de ocupação imperialista dos Estado Unidos e seus aliados europeus. Os palestinos no Iraque foram perseguidos e ficaram totalmente desprotegidos, sem direito a defesa ou proteção; assim fugiram para as fronteiras da Jordânia e Síria com o Iraque em procura de um refúgio seguro. Passaram 4 anos impedidos de voltar para seus lares na Palestina Ocupada, e também de entrarem nos países árabes. O governo e o povo Brasileiro foram generoso provando que são mais solidários com a luta do povo palestino do que vários paises árabes. Os refugiados palestinos desde o primeiro momento de sua chegada ao Brasil sentiram que estão em um país que pode ser considerado como sua segunda pátria, e seu povo como irmão.

Como tive e ainda tenho contato direto com refugiados de vários locais como : Porto Alegre, Pelotas, Venâncio Aires e Santa Maria (RS), Dois Vizinhos no PR e Mogi Das Cruzes em SP, gostaria de esclarecer dois pontos importantes a respeito dos refugiados e suas relações com a Acnur e a representação palestina no Brasil:

1- Os refugiados Palestinos foram trazidos para o Brasil com a promessa feita pela Acnur de uma vida digna no Brasil com todos os direitos. Entre as promessas: conseguir emprego, empréstimo bancário no valor e até R$ 6.000,00 para aqueles que pretendem abrir um pequeno negócio, tratamento médico urgente para casos de emergências, professores preparados para ensina-los o idioma portugues, casas adequadas e em área segura etc.... Acnur contratou duas entidades brasileiras para prestar assistência aos refugiados, a Caritas em Mogi das Cruzes e Asaf em Porto Alegre, alugaram várias casas em Mogi das Cruzes – SP, a maioria não estava em boas condições, e no RS foram alojados inicialmente em Igrejas, esta atitude significa que a Acnur não estava preparada ou pronta para recebe-los, ou falhou nos primeiro passos. Os refugiados não foram examinados por médicos e os casos especiais e urgentes foram negligênciados, e ninguém foi encaminhado para tratamento especial, como os diabéticos, cardíacos, e aqueles com problemas respiratórios, de coluna e outros. Nenhum deles foi submetido a exames; mas apenas consultas pelo SUS para vários deles, e outros deixaram de ser tratados e examinados pela grande demora nas filas, pois não são costumados a esperar por mais de 4 horas nas filas.

A responsabilidade da Acnur é de até 2 anos, desde o momento da chegada deles ao Brasil. E os refugiados estão muito preocupados com futuro, como poderão sobreviver depois destes dois anos. Vou citar a situação financeira deles após terem sido recebidos pela Acnur


Uma família de mais de 4 membros recebe ajuda financeira da Acnur, aqui são os valores:
Pai chefe da familia R$ 320.00
Mãe 75% R$ 240,00
1º Filho 50% R$ 160.00
Apartir do 2º Filho 25% R$ 80.00

Os solteiros, sem família como é o caso do Sr. Farouk, de 60 anos de idade; recebe R$ 350.00 por mês.

As despesas fixas das famílias: gaz, energia, água e telefone chega a R$ 300 por mês, e com os quinhentos reais que sobram, será os refugiados conseguem ter uma vida digna para ele e sua família? E para comprar roupas e alimentos no supermercado? E as despesas com uma criança recém nascida que difere de um adolescente; quero dizer que as despesas variam com a faixa etária das crianças. Por isso devemos imaginar que a partir de outubro de 2009 como será a vida deles, quando tiverem cortado o aluguel, e o Sr. farouk de 60 anos de idade, que está acampado em Brasília e tem problema de coluna e dentes, em que empresa que ele vai trabalhar? E quanto ele vai ganhar por mês?
Agradeço a sociedade Islâmica de São Paulo que conseguiu um emprego para vários jovens na cidade de dois Vizinhos no Paraná; a comunidade e comerciantes libaneses de Mogi Das Cruzes, em SP que conseguiu vários empregos para jovens, agradeço também a comunidade palestina de Brasília por sua ajuda para duas famílias conseguindo um estacionamento e um lava-jato, agradeço a vários membros da comunidade palestinas na cidade de São Paulo que conseguiram duas máquinas de costura para uma família.

2- Os refugiados Palestinos não foram recebidos pela representação Palestina no Brasil, e a recepção da Fepal no RS considerado um recepção fria, conforme as declaração de vários membros e integrantes do grupo dos refugiados, que foram abandonados pela entidade. Acrescentando, que a Delegação Especial da Palestina e Fepal foram contra a vinda dos refugiados para o Brasil. O abandono deste grupo de refugiados no Brasil, é considerado gravíssimo, a representação palestina não gastou uma ligação telefonica durante primeiro os seis meses e o primeiro contato com os refugiados feito por Emir Murad secretário de FEPAL, foi para tirar fotos e publicá-las e não e para solucionar os problemas ou levantar a bandeira dos refugiados e suas exigências e defender seus direitos. Em seu encontro em 21-22/06/2008, as entidades palestinas da Região Sul com Fepal, criaram um Comitê em Defesa dos Refugiados, nomeando um refugiado representante do grupo, mas ele esta sem contato com seus compatriotas por falta de verbas, e esta escolha foi sem direito de participação dos refugiados para que estes escolhessem seus representantes. As entidades palestinas deveriam tomar a atitude de abraçar seus direitos e levantar a bandeira em defesa destes refugiados por uma vida digna. A direção da Fepal formada por profisionais permite que eles usem seus poderes em defesa dos refugiados e seus Direitos.

Querem colocar a questão dos refugiados como se fosse um caso humanitário, mas a questão dos Refugiados Palestinos é uma questão nacionalista e política e não e simplesmente uma questão humanitária! Eles desejam retornar para seus lares originais na Palestina, a mobilização deles em Brasília onde se encontram acampados, é uma forma de protesto, isto não significa que eles estão em divergência com o governo e povo brasileiro, ou que eles não estão gostando de um país como o Brasil; onde a maioria dos palestinos que aqui vivem amam o Brasil como sua segunda pátria.

Lamento muito tomar conhecimento através da Folha online do dia 23/12/2008, da declaração do Sr. Javier López Cifuentes, representante da Acnur no Brasil, onde diz : “Esse é um grupo problemático” e o silêncio da representação Palestina no Brasil e das entidades palestinas e principalmente da FEPAL - Federação das Entidades Palestinas no Brasil, esta silêncio é entendido como um abandono das raízes da Causa Palestina, entendo que a Questão dos Refugiados é fundamental para solução do conflito no Oriente Médio.

Os sionistas e a entidade sionista, conhecida como “Israel”, entendem que com a existência dos refugiados a paz não pode se estabelecer na região do Oriente Médio. Com a terrível e amarga realidade, que são por mais de sessenta anos os Campos de Refugiados em vários paises árabes; eles são considerados uma ameaça pelo estado de “Israel”. Mas a única saída para este conflito ser solucionado é o Direito de Retorno dos palestinos para a Palestina; explícito na Resolução 194 da O.N.U. Por isso o plano trazer mais de 16 mil refugiados palestinos para América Latina, sem uma entidade e sem o direito de viajar para outro local ou outro país, é considerado uma situação gravíssima no contexto da luta do Povo Palestino pelo seu Direito de Retorno. A preocupação deveria ser defender e reafirmar os Direitos do Povo Palestino de retornar para sua pátria, e defender os refugiados em seus Direitos nacionais e políticos em suas terras.

Os Comitês de Solidariedade com o Povo Palestino em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Brasília, precisam hoje se mobilizar e obter mais informações sobre a vida dos refugiados e suas exigências, e a relação da Acnur e as Entidades palestinas; principalmente a FEPAL para com dos refugiados. É importante organizar visitas a Mogi das Cruzes (São Paulo), Santa Maria, Porto Alegre, Venâncio Aires, Pelotas (RS) e em Dois Vizinhos (PR). E que exista por parte de todos respeito na relação das entidades que prestam assistência social e outros, para com os refugiados. Esta chamada é importante para que todos aqueles que tem consciência e compromisso com a luta do Povo Palestino para que se manifestem pelos Direitos inalienáveis, nacionalistas e político dos refugiados que se encontram no Brasil e procuram iniciativas para mobilizar a comunidade brasileira em defesa de seus Direitos; principalmente o Direito de Retorno.


Jadallah Safa
29/12/2008

É preciso parar Israel


Por Elaine Tavares - jornalista
eteia@gmx.net



Assim fala o poeta catarinense Cruz e Souza, negro, excluído, abandonado: “Há que ter ódio, ódio são, contra os vilões do amor”. Com ele comungo porque, às vezes, o que se pode fazer contra o rugir do canhão? Na Palestina é assim. Desde 1947 que os canhões israelenses amassam casa, oliveiras e vidas. Perdeu-se a conta dos massacres que acontecem quando um ou outro militante, desesperado com a dor da invasão e da prisão sem fim, toma uma atitude radical. Então, para a mídia, palestino que luta contra a dominação é bandido, mas um estado terrorista que mata civis e rouba terra é legal. A guerra sem fim que aparece na televisão como coisa natural não nasceu ao acaso. Ela começa quando os Estados Unidos, vencedor da segunda guerra, decide dar, à força, um país aos judeus. O país é a Palestina e tampouco o lugar é escolhido ao acaso, é que ali é a porta de entrada para o Oriente Médio, lugar estratégico na geopolítica, portal do óleo negro. A promessa ao fim da guerra era ter dois estados, o de Israel e o Palestino. Mas, com o passar do tempo, os israelenses foram invadindo mais e mais terras, e os palestinos passaram a condição de “terroristas”. Não é incrível? Hoje, os palestinos vivem confinados em duas grandes áreas dentro do seu próprio território. Vivem trancados, presos dentro de altos muros de concreto. Precisam pedir permissão para sair e entrar na suas casas. Têm de viver de olhos baixos, em atitude de submissão. Mandam neles os soldadinhos israelenses quase imberbes que decidem quem e como passar. O mundo inteiro viu crescer o muro e nada foi feito. É que parece que sempre há uma outra emergência para cuidar. Na Palestina as crianças brincam nas ruas com o olho espichado para os canhões que toda hora insistem em avançar. Parece que nada é suficiente. O governo de Israel tem um único propósito: eliminar até o último palestino da terra, nada menos que isso. E, diante desse crime, instituições como as Nações Unidas ficam caladas ou fazem moções, como se isso pudesse valer de algo. Penso que alguém precisa parar Israel. Já basta! Não é mais possível que se possa seguir admitindo o que acontece naquela terra bendita. Sinceramente eu não sei como, me sinto impotente, aqui, tão longe. Mas, de algum lugar precisa vir a trava. “Ainda verte a fonte do crime. Obstruam-na!”, gritava o poeta Mahmud Darwish. Quem o fará?Os palestinos estão agora sob o fogo de Israel, de novo. Pelas ruas os corpos se espalham. Mulheres, crianças, velhos, jovens, que nunca crescerão. A terra santa se banha de vermelho. As mulheres gritam. E as balas não param. Na TV, quem aparece são os candidatos ao governo de Israel, as autoridades, são eles os que têm a fala. Eu digo que já basta! Que se façam ouvir os gritos das mães, que se veja o vermelho do sangue, porque esta guerra não é um vídeo-game. E que as gentes saiam às ruas, e que pressionem seus governantes para que isso pare. Não é possível que as pessoas achem isso normal. Não é possível que sigam acreditando na Globo e nos jornalistas à soldo.A palestina, mais uma vez, está a arder. Mas eu sei que, ainda que todos tombem, sempre haverá quem se lembre. E sempre haverá, forte, o ódio contra os vilões do amor. Assim, tal e qual Mahmud Darwish, cada palestino, mesmo morto, cantará: “Ó rocha sobre a qual meu pai orou, Para que fosse abrigo do rebelde, Eu não te venderia por diamantes, Eu não partirei, Eu não partirei!”