sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasil importa de Israel tecnologia para matar com miras e controles eletrônicos

29 Julho 2011

Morte a um clique

Michel Gawendo, de Jerusalém

Nota dos editores (pcb.org.br):
Reparem na sutileza do nome da operação: GUARANI. Um país se arma para atacar ou se defender. Em resumo, para ser imperialista ou anti-imperialista. Nosso Ministério chama-se da Defesa, não do Ataque. Mas diz o texto: "segundo militares, os novos Guarani serão usados na vigilância das fronteiras". Nós não temos fronteiras com os Estados Unidos, a China, a Europa. Mas temos com muitos países da América do Sul, inclusive com o Paraguai, a terra dos guaranis, que o Brasil ajudou a dizimar no século 19!

As Forças Armadas brasileiras têm investido pesado na aquisição de equipamentos de guerra eletrônicos e tecnologia de Israel, um dos países mais avançados do planeta no setor. Mesmo sem perspectivas de conflitos e em paz com seus vizinhos, o Brasil planeja gastar bilhões com miras e controles israelenses que permitem matar à distância.

Só para o Projeto Guarani, considerado um dos mais importantes de modernização do Exército, devem ser destinados R$ 6 bilhões nos próximos 20 anos. Tal montante deve ser utilizado para a fabricação de novos veículos baseados nos antigos blindados Urutu. Entre as novidades estão controles digitais em vez de ponteiros indicadores. Com o sistema, soldados poderão vigiar o terreno, mirar e matar sem sair do carro. Todos os comandos são acionados por controle remoto.

Segundo militares, os novos Guarani serão usados na vigilância das fronteiras e no combate ao tráfico de drogas. Cada um pesa 18 toneladas, tem tração nas 6 rodas e leva 11 soldados. Os veículos são anfíbios, ou seja, andam na terra e funcionam como barcos na água.

Na Aeronáutica, a principal novidade vinda de Israel é o capacete ultramoderno para os aviões Tucano e F-5. Tal equipamento permitirá que os pilotos consultem todas as informações que precisam no visor, que funciona como uma tela de alta resolução tanto de dia quanto de noite. A tela também funciona como mira eletrônica, que calcula e avisa o momento exato para disparos.

O novo capacete permite gravar todos os dados dos voos, inclusive imagens reais, e pode ser utilizado em um futuro próximo em aeronaves da polícia.

A tela ajuda em manobras quando o tempo está ruim ou em voos de baixa altitude. Em breve, a memória do capacete poderá armazenar imagens do terreno e o piloto verá tudo como se fosse um dia claro de sol, mesmo no meio das piores tempestades.

Crédito: Folha Universal
Postado do www.pcb.org.br




Israel é a “estrela” do livro do terrorista norueguês! O drone sionista:


29 Julho 2011

O terrorista norueguês é sionista! É um Netanyahu! Um Lieberman!

É um Murdoch! Uma Folha de S.Paulo! Uma revista (não) VEJA!


O racismo doentio e pervertido que há no sionismo dos terroristas israelenses e norte-americanos encontra sua alma gêmea no racismo doentio e pervertido que há no sionismo do terrorista norueguês.

No livro do terrorista norueguês há, no mínimo, 776 referências elogiosas e solidárias ao sionismo israelense (há mais, mas paramos de contar nesse número).

O sionismo é um drone ideológico

Não há qualquer dúvida de que o sionismo israelense é sempre apresentado, pelo terrorista norueguês, como arma perfeita para matar árabes. Com que se demonstra que o terrorista norueguês usou o sionismo israelense como um drone ideológico.

Como aqueles aviões-robôs que matam civis no Paquistão, enquanto os pilotos norte-americanos permanecem sentados em Langley, cidadezinha dos EUA que abriga uma base da CIA, a milhares de quilômetros de distância das pessoas que aqueles pilotos matam, também o sionismo israelense é capaz de matar gente na Noruega... pela mão de um sionista norueguês.

Paramos de contar as referências elogiosas aos sionistas israelenses quando chegamos à 776ª referência, quando alguém, na nossa roda de discussão, bateu na mesa e gritou:

“Mas prá quê contar essa merda?! Por acaso somos jornalistas?! Não. Nós não somos jornalistas. Para nós, se o terrorista norueguês fez uma, ou fez 776 referências elogiosas ao terrorismo sionista, dá exatamente na mesma, né-não?”

PURA VERDADE. Fosse uma única referência elogiosa ao sionismo israelense racista assassino de árabes pobres, fossem 100 mil referências, o diagnóstico seria o mesmo:

(1) o terrorista norueguês é consumado sionista fascista; e

(2) NENHUM jornal-empresa ocidental noticiará essa notícia perfeitamente verdadeira e comprovada.

O terrorista norueguês não é, não, de modo algum, simples “doido”, simples “lobo solitário”, simples “fanático”. Nem é verdade que o terrorista norueguês “trabalhou sozinho” – como “informam”, hoje, vários jornais.

O terrorista norueguês é terrorista sionista declarado; ele trabalha a favor do sionismo israelense, usa vasta literatura sionista, crê profunda e sinceramente nas perversões racistas do sionismo. É um Murdoch, um Netanyahu, um Lieberman, um Uilliam Vaack, um Bolsonaro, um Haly Camel.

De fato, é até melhor entidade humana e política que esses aí citados, porque esses são sionistas e racistas, mas vivem de mentir que não seriam. E o terrorista dinamarquês escreveu, com todas as letras que é sionista, racista, assassino de árabes pobres (na versão EUA-ISRAEL-OTAN do sionismo) e de progressistas trabalhistas dinamarqueses (na versão local do sionismo).

O direito de matar, sem dúvida, aprendeu de Obama-Netanyahu-Lieberman. Escreveu e assinou esse livro que é mais profissão de fé (arrogante) que testamento intelectual. É serial killer em crime de “assassinatos predefinidos” [targeted assassinations na terminologia das guerrras de EUA-OTAN] e é criminoso confesso.

Pois nem assim a imprensa ocidental o mostrará como o perigoso terrorista sionista que é. É como se a imprensa-empresa ocidental e seus poderes super arrogantes estivessem garantindo absolvição “preventiva” a esse e a outros terroristas sionistas que se inspirem nesse exemplo (por acaso) norueguês. Até quando?!

Quem defenderá governos democráticos de todo o mundo, oriente e ocidente, norte e sul, contra o terrorismo do jornalismo sionista racista e reacionário empresarial que reina hoje no ocidente?

POSTADO POR CASTOR FILHO

Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/07/israel-e-estrela-do-livro-do-terrorista.html

sexta-feira, 22 de julho de 2011

E os palestinos? O que pensam sobre um Estado para todos, Ou, dois Estados.

Acho que esqueceram novamente de perguntar!

*Stelinha

Na Palestina não existem condições objetivas, nem subjetivas para dois Estados: nem políticas, nem econômicas e nem geográficas.

Este é um sentimento que vem tomando corpo entre os palestinos, principalmente após o desastre que significou em suas vidas, sob ocupação militar, os acordos de Oslo. É uma discussão que tem movimentado muito a militância que resiste à ocupação e circula, sobretudo, entre as organizações populares dos bairros ameaçados, como os Comitês Populares; um amplo setor da esquerda palestina; os refugiados; as organizações políticas, inclusive aquelas construídas por árabes e judeus, como os Filhos da Terra e todos os grupos populares que estão empenhados na luta contra o aparthaid.

Obviamente, não pensam assim aqueles cujo interesse é manter o status quo, ou seja: legitimar a ocupação sionista como o imperialismo:
“Proponho que até a próxima reunião da Assembléia geral da ONU haja um acordo que leve a criação de um novo membro da ONU, um Estado soberano independente Palestino que viva em paz com Israel” (24/09/2010 – Presidente dos EUA Barack Obama).
“... apoio aos esforços pela criação do Estado palestino”.(Presidente da França Sarkozy ao Presidente Palestino Mahmoud Abbas)
Há notícias de que setores estratégicos ligados à área de segurança - leia-se serviço secreto, polícia política (Mossad, Shin Bet e do exército)- se organizaram em um movimento chamado “Iniciativa israelita pela paz”, grupo a favor da criação de um Estado Palestino.

Mas, também, não pensa assim uma parcela dos palestinos identificados com a Fatah, com AP – Autoridade Palestina – facção que ocupa a Presidência da Palestina e que assinou com o grupo Hamas, eleito pelos palestinos para governar Gaza, no dia 4 de maio, uma declaração de intenções, cujo objetivo é a unidade dessas duas facções.

Também, não pensam assim algumas organizações da esquerda judaica que participam de manifestações conjuntas com os palestinos, declararam firmemente seus apoios humanísticos à causa, mas não conseguem se libertar do espectro Israel, “a terra prometida”, ou pela opção de não desejarem abrir mão de seus privilégios garantidos pelo Estado sionista nas terras palestinas ou, outras, por terem uma visão tática reformista de avanços progressistas por etapas, outras, ainda, por reduzir a natureza do Estado sionista a um problema da democracia do governo de plantão.

Dessa forma observamos, sem ainda uma devida análise aprofundada, e de modo geral, que existem atualmente no movimento palestino duas grandes linhas de opinião, cuja visão, propostas e campo de atuação política, são absolutamente distintas. Essa pequena contribuição tentará trazer um pouco de luz as dúvidas que normalmente a militância internacionalista tem com relação as duas propostas da pauta palestina: Um Estado para todos ou dois Estados?

Em primeiro lugar, precisamos limpar a área sobre a questão da votação da ONU.
Apesar da sinalização dos EUA, da França e de outros aliados do sionismo, os EUA já declararam que vetarão a proposta, a pedido do amigo leal, caso a AP de fato a apresente e esta consiga passar pela Assembléia, antes de ir para o Conselho de Segurança. Há alguma novidade nessa aparente contradição? Resposta: Não!

“Apesar da AP ter aceito os “Acordos de Oslo”; de “Madri” e o “Mapa do caminho” desenhados por Washington; foi Israel quem rechaçou abertamente e colocou, imediatamente, em prática um plano de expansão mais ambicioso! Em seguida, a posição política da OLP junto às massas palestinas se debilitou muito...” (Samir Amim).

2 – Do momento que a Autoridade Palestina(AP) iniciou uma agitação mundial com a consigna de um Estado Palestino reconhecido pela ONU com base nas fronteiras de 1967, tem declarado, em todas as ocasiões, através de Mahmoud Abbas, que só fará a petição se Israel mantiver seu projeto de não sentar para negociar, que prefere a negociação à declaração unilateral.

3 – Por outro lado, Israel ao mesmo tempo que orienta suas embaixadas mundo afora trabalharem, sem férias, junto aos governos dos países para que votem contra o Estado Palestino, caso esta seja apresentada, sinaliza para Abbas que esta decisão não deve ser unilateral, deve ser negociada.

4 – A recente reunião da União Européia (UE) sinalizou neste mesmo sentido, ou seja, que é necessário uma grande negociação para finalmente alcançarmos a paz; mesma posição do imperialismo americano.

Resumindo, o que está em discussão é menos o resultado da Assembléia da ONU, ou se haverá mesmo uma petição a ser votada, o que está de fato em jogo é o que está sendo elaborado pelo Quarteto diplomático para o Oriente Médio (ONU, UE, Rússia e EUA), pela liga árabe, pelo sionismo e que será negociado com a AP. O líder do Hamas denunciou que a AP colocou em “banho maria” o fechamento do acordo de reconciliação entre as duas facções para ficar livre para os entendimentos que porventura venham a surgir. Um dos pontos críticos da discussão entre as duas facções, principais dirigentes do movimento palestino – Fatah e Hamas - ainda não acordado, é sobre o nome de quem ocupará o cargo de primeiro ministro. O nome da Fatah para o posto é Salam Fayyad que ocupa atualmente o mesmo cargo que está sendo discutido. O problema é que ele é um notório e conhecido amigo dos EUA e Israel.

Todos nós, ativistas internacionalistas, comprometidos com a causa palestina desejaríamos imensamente que esses 64 anos de duras e intensas lutas contra o genocídio, a limpeza étnica diária nos territórios; as torturas; as prisões das crianças; os mais de sete mil prisioneiros políticos; o muro do aparthaid; a destruição de casas e bairros inteiros, sob alegações místicas e messiânicas; a posse militar seguida de destruição dos cemitérios milenares para construção de museus do holocausto; o tráfico de órgãos; o bloqueio à Gaza; os efeitos das armas proibidas sobre a população e outras tantas barbaridades sumissem como num passe de mágica (ou da ONU) com a campanha que a AP organiza pela construção de dois Estados na Palestina histórica.

Contudo, não me parece que contribui para o fortalecimento da luta, que os palestinos travam contra a ocupação, que o contexto histórico e todas suas implicações sejam deliberadamente subtraído dessa discussão e só lembrados em atos, manifestos e discursos. Seria bom abstrair o rosto do inimigo? As ações de terror do seu exército? Que os palestinos vivem sob um Estado que é racista e fascista e controla tudo, goza de impunidade e é parceiro econômico e militar de quase todos os países do mundo? Ao abstrair a história, temo que a saída encontrada pelos dirigentes não responda às necessidades históricas desse povo.
Quem de nós não ficaria feliz por tirar a Palestina das nossas agendas atolada de tarefas de solidariedade e defesa da luta de outros povos oprimidos? E ir até lá festejar com o povo palestino? Mas...festejar que Estado?

A realidade é muito dura!
O que os palestinos perdem com a proposta de dois Estados:


A proposta da construção de um Estado Palestino da forma que está colocada tira do Estado ocupante a responsabilidade por todas as atrocidades que cometeu, comete, e ainda cometerá, diariamente, contra o povo e sua terra; legitima a ocupação militar; coloca numa situação de despejo os 1,5 milhões de palestinos que conseguiram se manter nos territórios ocupados em 1948, que deu origem à criação do Estado judeu; retira dos refugiados o direito inalienável do retorno para sua terra, afinal o ocupante passaria a ter a posse legal das terras onde existiam as aldeias dos palestinos; legitima todos os privilégios construídos sob os escombros e o sangue dos palestinos e diminui, absurdamente ainda mais, a extensão territorial aprovada pela ONU, sem a consulta ao povo que lá vivia, na votação da partilha em 1948, que “concedia” aos donos da terra, os palestinos, a posse de apenas 48% da Palestina Histórica e a doação de 52% das terras palestinas para os europeus construírem um Estado Judeu.
A proposta de dois Estados, que está sendo agitada pela AP, representa 20% da Palestina Histórica, mas como a referência à fronteira de 1967 é somente uma base para a negociação, estima-se em 5% o que está sendo negociado nos bastidores do império, cuja base é a sólida realidade da fragmentação territorial e da, praticamente, posse quase absoluta do território pela ocupação que administra o Estado apenas para os judeu, que gozam de plenos direitos nacionais; Estado onde os árabes palestinos são tratados como inferiores, sem nenhum direito, pela lei do cão.

Um Estado cujo sistema é o aparthaid.

O Estado judeu tem o controle absoluto sobre as doações humanitárias; a economia; tudo o que se produz e é comercializado pelos palestinos; o controle total da água consumida; da energia; dos combustíveis; do acesso aos remédios; do que os alunos devem aprender nas escolas; tem o controle total das estradas que cortam impiedosamente todo o território, criando verdadeiras malhas e redes entre as colônias judaicas que isolam e sufocam, cada vez mais, as aldeias palestinas em pontos minúsculos na rede sionista de estradas, onde somente pode circular os judeus e os tratores do Estado judeu que irão destruir mais uma aldeia para construção de uma nova colônia. Qual desses pequenos fragmentos palestinos se chamará Estado Palestino, sem direitos e totalmente dominado e controlado por Israel? Qual devemos comemorar?Obviamente, que haverá alguma concessão para a elite que irá dirigir este bantustão.

(Os bantustões foram pseudo-estados de base tribal criados pelo regime do apartheid na África do Sul, de forma a manter os negros fora dos bairros e terras brancas, mas suficientemente perto delas para servirem de fontes de mão-de-obra barata.)


Esta é a essência da proposta de dois Estados!


Dessa forma, a construção do Estado Palestino significa a consolidação e o fortalecimento do Estado sionista, fascista, racista e teocrático. Em outras palavras: O projeto de limpeza étnico mais perfeito e mais completo, e de quebra: o apoio da comunidade internacional e da opinião pública desavisada e dos ativistas de boa fé. Por isso, o imperialismo apóia a construção de um Estado Palestino e prepara junto com os aliados um desfecho negociado contra o povo palestino.

Medo ou desprezo das massas

O mais grave dessa discussão é que no afã de mudar o cenário e o palco onde se desenrolam as lutas diárias do povo palestino, oxigenadas pelo calor das massas árabes nas ruas, exigindo seus direitos e lutando contra os ditadores e déspotas corruptos aliados do imperialismo-sionismo, que os mantiveram reféns da miséria, até agora, enquanto entregavam, e ainda entregam, as riquezas do oriente médio a sanha do capital, a AP, representada pelo Presidente Abbas e seu primeiro ministro, Fayyad, sem consultar o povo palestino e sem reconhecer a existência de outra proposta divergente no seio do povo, projetou uma campanha de agitação que busca o foco na mesa de negociação e nas instituições, onde o sionismo é absolutamente forte.

A “primavera árabe” significou um forte motivo para que a elite mundial dos países imperialista, esta pequena oligarquia do capital financeiro-bélico-produtivo, acendesse a luz de “atenção” e “cuidado” no Oriente Médio. Era necessário e urgente promover uma agitação que tirasse o foco do crescente sentimento anti-sionista e de não reconhecimento do Estado judeu pelas massas árabes em movimento, expressas em todas as ocasiões nas grandes manifestações e devidamente escondido pelas mídias pró-sionistas.
A essa altura as massas palestinas se notaram parte de um grande movimento árabe de luta contra a opressão, não estavam mais sozinhos na luta contra o sionismo: Os Comitês Populares, nos bairros ameaçados; a organização e a jornada espetacular dos refugiados tentando voltar para suas casas em manifestações nas fronteiras, no dia do Nakba; a campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções ganhando corações e mentes mundo afora, a organização das flotilhas humanitárias, a organização da “Bem vindos à Palestina se vocês conseguirem entrar”; a discussão e organização da 3º Intifada; as mobilizações permanentes contra o Muro do Aparthaid; a clareza na denuncia do caráter fascista do Estado sob o qual suas vidas são despedaçadas e a compreensão e maturidade na discussão da construção de um Estado laico, democrático, não racista para todos os povos, com o retorno dos refugiados. Em outras palavras: a construção da proposta de “um Estado para todos os povos, com o retorno dos refugiados” foi construída no calor das lutas e dos enfrentamentos diários, sem abstrair um milímetro qualquer parte do processo histórico e os sérios problemas sejam eles de caráter social ou político, nas relações internas ou externas ou de correlação de forças. Esta proposta acredita firmemente, que apesar da dura realidade, a luta do povo, com o apoio da solidariedade internacionalista, tem condições de construir um futuro digno e justo, diferente da situação atual.

Mas, infelizmente nada disso, ou o que pode ser pior, tudo isso fez com que uma parcela, representada pela facção dirigente, desprezasse sem o menor respeito as posições divergentes sobre o tema e decidisse encaminhamentos, sem ouvir e sem representar a totalidade do povo palestino, levando confusão no seio da militância internacionalista e gerando expectativas falsas e virtuais nos simpatizantes da causa.

Como internacionalista e comprometida com a luta e causa do povo palestino me preocupo profundamente com os rumos dessa saída proposta, mas confiamos na sabedoria do povo palestino e na sua histórica determinação para seguir lutando; reafirmamos nosso irrestrito apoio internacionalista e, por fim, nos perfilamos com aqueles que exigem, lá da Palestina, que se abra imediatamente um processo democrático, onde o povo possa se manifestar sobre as posições políticas e escolher, enfim, suas novas representações legítimas, com a participação dos refugiados.

Assina este documento:

*Maristela Rosangela dos Santos Pinheiro, da coordenação do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino RJ, cientista política formada pela UFRJ, autora do livro “Impressões de uma brasileira na Palestina” e participante da “II Conferencia Internacional de Haifa pela construção de uma Palestina laica, Livre e soberana para todos, com o retorno dos refugiados”, em 2010.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A OLP está para liberar, não para legalizar a partição


Salman Abu Sitta
www.middleeastmonitor.org.uk

Se a sabedoria política não prevalecer, se não se tomam as decisões cruciais em que todos os palestinos estejam representados, e se não aprendemos com os erros do passado, mudando as políticas e os métodos anteriores e aqueles que o fazem, então estamos embarcando em um desastre maior e mais catastrófico do que Oslo. Se a busca incessante pelo reconhecimento de um "Estado independente da Palestina" observada hoje existisse antes de 1947 teríamos aplaudido com entusiasmo, e sacrificado a vida para isso, como nosso povo desde 1920.

A Liga das Nações Unidas reconhece no artigo 22 da Carta, a independência da Palestina desde o mar até o rio, e Ras na-Naqoura a Um Rashrash, e a colocou sob a categoria de um mandato, como o Iraque; isso significava um Estado independente, que só necessitava de assistência e conselho do governo do Mandato para construir suas instituições. O Iraque foi o gêmeo da Palestina, com a diferença de que o Iraque se tornou um Estado independente, e a Palestina não.

O Mandato Britânico minou estes fundamentos jurídicos ao admitir imigrantes judeus na Palestina e não permitir a representação parlamentar palestina, mesmo sendo a maioria da população da Palestina composta de árabes. Na seqüência, os sionistas ocuparam a Palestina em duas etapas em 1948 e 1967.

A grande diferença entre o período do Mandato britânico e hoje é que o povo palestino antes de 1947 era residente em sua terra natal, enraizados há milhares de anos. A demanda por independência do país sempre foi muito óbvia, como foi o caso das colônias e protetorados britânicos.

Hoje, o movimento sionista conseguiu pela violência realizar seu mito de que a Palestina era uma "terra sem povo", com a limpeza étnica da população palestina. É por isso que a situação que enfrentam os palestinos agora é diferente. A prioridade agora deve ser retornar à Palestina para que volte a ser uma terra onde o seu povo vive, como outros povos do mundo. Então, nossa gente lutará pela independência e pela liberdade de sua terra natal. Não é causalidade que David Ben-Gurion, antes mesmo da criação de Israel e antes do final do Mandato britânico, realizara a maior limpeza étnica organizada na história moderna, expulsando a população de 220 cidades e aldeias de seus lares na Palestina: na planície costeira, em Marj bin Amer e Tiberíades; em seguida expulsa a população inteira de outras 400 aldeias. Também não é coincidência que a adesão de Israel na ONU foi condicionada a dois requisitos: 1 .- cumprimento da resolução 181 da ONU sobre a partição da terra, isto é, Israel deveria retirar-se, e 2 .- A Resolução 194, do ano seguinte a resolução da partilha, para o retorno dos refugiados palestinos para suas casas em todas as partes da Palestina ocupada por Israel.

Em 93 anos transcorrido desde a Declaração de Balfour, o plano dos judeus arrebatar mais terras da Palestina tem sido um objetivo permanente. Mas em vez da destinação de 80% da Palestina histórica a um Estado árabe, como sugerido pela Comissão Real (Peel), de 1937, ou 45% proposto pelo Plano de Partilha de 1947, a porção palestinas de sua terra foi reduzida para apenas 20% do nossa território histórico, que é o máximo exigido pela Autoridade Palestina (e não devidamente constituída OLP), que foi reduzida para apenas 5% da Palestina, no plano de Benjamin Netanyahu.
Obviamente, nenhuma proposta de partição da ONU pode esperar ou aceitar a limpeza étnica de uma parte da população em benefício de outra. Não foi coincidência, portanto, que a comunidade internacional insistiu que Israel, como condição para a admissão às Nações Unidas, deveria reverter o que fizera, ou seja a limpeza étnica por meio do retorno dos palestinos a suas casas.

Assim, o retorno dos refugiados é um requisito indispensável antes de qualquer discussão, porque o direito de retorno é um "direito inalienável" e de ordem superior a qualquer reconhecimento da soberania sobre a totalidade ou uma parte da pátria . Este reconhecimento é um ato político que pode variar de acordo com as circunstâncias políticas. Basta observar a história dos países divididos ou unidos, especialmente na Europa, durante o século XX.

O direito de retorno, no dúvida, não é apenas sagrado para os palestinos, é sobretudo um direito consagrado no direito internacional que não pode ser revogada ou negociado, não é uma mercadoria à venda. Também é um direito individual. O principal objetivo da criação da Organização de Libertação da Palestina – OLP- foi a "libertação" da Palestina, não a sua partição. A OLP, sem nenhuma dúvida, não foi criada para dar legitimidade à divisão da Palestina.

A libertação da Palestina não significa necessariamente operações militares; se pode ser alcançada por outros meios, como visto na Índia e África do Sul. O que se entende por libertação, em realidade, é o fim do projeto colonial sionista e suas políticas racistas que vem derramando o sangue de inocentes e destruindo o patrimônio dos palestino. A libertação da Palestina também irá libertar os judeus do sionismo, que criou neles um estado psicológico enfermo de medo em seu interior e terror para o exterior. Como Alan Hart escreveu, o sionismo é "o verdadeiro inimigo dos judeus."

Então, o que podemos esperar no mês de setembro, quando a petição palestino para a adesão plena será apresentada à ONU tendo por base 20% da Palestina histórica? Por que Israel deu instruções aos seus embaixadores, seu lobby no Ocidente e seus obedientes meios de comunicação para travar uma guerra contra o reconhecimento da Palestina na ONU?

Se o reconhecimento for negado, o status quo é mantido, mas se for aceito, que diferença fará? Escusado será dizer que a OTAN não será utilizada para implementar a vontade da comunidade internacional, como faz em muitos outros casos. A ONU pode condenar a agressão israelense e a ocupação do território de "Estado-membro-independente." Mas essa condenação se somará a pilha de muitas resoluções que foram ignoradas pelo Estado sionista. Como é apoiado pelos Estados Unidos, será capaz de fazer sem uma sequer ameaça de sanções.

Mas o que é mais perigoso e provável , é que isso abra caminho para "negociações de paz", respaldadas pela Europa e América do Norte que aceitam um mini-Estado palestino. Podemos vê-lo agora: depois de "árduas negociações" e "concessões dolorosas" um acordo será alcançado e as celebrações realizadas na Casa Branca com apertos de mãos e sorrisos por toda parte. Este mini-Estado será uma inexistência, um não-estado, sem capacidade de defender-se, sem controle sobre suas fronteiras do espaço aéreo ou território; nenhum controle sobre seus recursos hídricos, e suas fronteiras definitivas serão "acordadas" através do "intercâmbio de terras" e, possivelmente, haverá a forçado "transferência" de seus habitantes. Este é precisamente o mini-Estado que Shimon Peres e Ehud Olmert queria e acreditava que era absolutamente necessário, pois caso contrário, "Israel chagará ao seu fim."
As palavras-chave neste cenário são "intercambio de terras". Um projeto que Netanyahu e seu Ministro racista Avigdor Lieberman apóiam e foi planejado há anos por uma equipe dirigida pelo russo Biger Gideon da Universidade de Tel Aviv. Consiste na expulsão dos palestinos de Israel (eles são um quinto da população de Israel) e tornar a vida insuportável para os palestinos na Cisjordânia para que saiam "voluntariamente".

Este plano ignora um fato simples: Israel não é proprietário das terras que ocupou em 1948, nem dos territórios ocupados em 1967. Portanto, o princípio do intercambio de terra é legalmente impossível. No lado palestino, o intercambio de terra é contrária aos princípios da Carta Nacional Palestina, que apela para a unidade do território palestino (também é assim para a Carta do Mandato) e não pode, portanto, ser aceite por qualquer liderança nacional legítima.

Mas o que é pior que uma tal proposta seria legitimar e perpetuar o defunto acordo de Oslo. Embora a divisão da Cisjordânia em áreas A, B e C ter sido considerada como uma medida temporária até o estabelecimento de um Estado palestino em 1999, além de toda a Cisjordânia e Gaza, Israel estabeleceu esta divisão na prática, legal e processual.

Portanto, a grande área "C" ficará sob [controle] de Israel, enquanto a área "B" estará sob a soberania de Israel, onde se pode prender qualquer pessoa a qualquer momento, deixando as tarefas municipais e a limpeza para a Autoridade Palestina. Como Amira Hass escreveu no jornal israelense Haaretz, a área "B" tornou-se um covil de ladrões e traficantes de drogas e a AP não se atreve a intervir.

A área "A" será a jaula em que os palestinos da Cisjordânia e os etnicamente limpados de Israel serão encerrados. Eles poderão levantar a bandeira de um pequeno “Estado Palestino independência." Esta não-entidade não terá nenhuma semelhança com o "Estado da Palestina", reconhecido e previsto pela Liga das Nações, em 1920, e não será o definido pela história da Palestina, como é conhecido pelo povo palestino. Todos os direitos nacional palestino seria abolido ou reduzido a este "estado", incluindo o direito inalienável de retorno. Esse "retorno" seria interpretado como um retorno ao pequeno estado palestino não, as casas originais de refugiados. Desde que a jaula é muito pequena, os refugiados palestinos de 1948, portanto, continuarão enfrentando um exílio permanente.

É evidente, portanto, que a Palestina necessita de uma nova liderança eleita através de um abrangente processo democrático envolvendo todos os palestinos, e não apenas os da Cisjordânia e os da Faixa de Gaza. Os Refugiados dos campos na Jordânia, Síria e Líbano devem ser incluídos, e os da extensa Shatat [dispersão] também. Eles são o principal eleitorado. A nova liderança deve ser especialista na história e na geografia da Palestina e nos direitos do povo palestino e deve estar preparada e pronta para a sua defesa.Para citar as palavras do escritor muito respeitado, Ghassan Kanafani, "Se o advogado perde o caso, altere o advogado, não o caso."
* Salman Abu Sitta é Coordenador Geral do Direito de Retorno dos Refugiados
Tradução: Bea Esseddin

www.middleeastmonitor.org.uk

terça-feira, 19 de julho de 2011

Drones e redes de sombras : A guerra secreta de Obama

(crianças líbias atingidas pelas armas experimentais da OTAN - Um mino da democracia burguesa)

A administração Obama está em processo de intensificação da guerra secreta em todas as suas variantes, o que inclui: a acção directa para destruir alvos, eliminar ou capturar inimigos; a guerra não convencional conduzida por forças externas, treinadas e organizadas pela USSOCOM; a contra-insurreição para ajudar os governos aliados a reprimir rebeliões; as operações psicológicas para influenciar a opinião pública estrangeira, a fim de apoiar as acções militares dos EUA. Estas operações são realizadas com base em tecnologias cada vez mais avançadas.

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(drone- avião não tripulado)
A crise económica empurra a Administração Obama no sentido de privilegiar a acção militar secreta, em detrimento de guerras convencionais. Também ela impulsionou as “operações militares especiais” a um nível jamais atingido. Dois grandes eixos de acção foram escolhidos: os assassinatos por drones, e a saturação dos meios de comunicação por redes organizadas de informadores fantasmas em países a desestabilizar.
Enquanto os raides aéreos sobre a Líbia atingem actualmente um total de 11.500 e o Secretário-Geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen convida aliados para aumentar os gastos militares e um maior envolvimento na guerra, a guerra está-se espalhando na região do Oriente Médio e Norte Africano em formas menos visíveis mas não menos perigosas, abrindo constantemente novas frentes. A CIA - de acordo com uma agência oficial dos EUA citada pelo New York Times, está construindo uma base secreta no Oriente Médio para lançar ataques ao Iémen com drones armados. Estes são os Predator / Reaper (já em acção no Afeganistão, Paquistão e Líbia), armados com 14 mísseis Hellfire e telecomandados a partir de uma base em Nevada, a mais de 10.000 quilómetros de distância.
Desde que assumiu o cargo, “o presidente Obama aumentou drasticamente a campanha de bombardeamentos por parte da CIA no Paquistão, usando drones armados,” os mesmos que serão usados para “expandir a guerra no Iémen”. A administração considera-os “como a arma preferida para caçar e matar militantes dos países onde não é praticável uma forte presença militar dos EUA.”
No Iémen está actualmente em acção o Comando Supremo Conjunto de Operações Especiais (USSOCOM), assistido pela CIA e autorizado pelo Poder Executivo de Sana’a. Mas, dada a “fragilidade deste governo autoritário”, a administração Obama está preocupado com um futuro governo que não fosse capaz, ou estivesse disposto a apoiar as operações dos norte-americanos. Assim, ele encarregou a CIA de construir a base secreta numa localidade não identificada do Médio Oriente, se forma a empreender “acções secretas sem o apoio do governo anfitrião.”
Isto confirma que a administração Obama está em processo de intensificação da guerra secreta em todas as suas variantes. Como o declara oficialmente o USSOCOM, ela inclui: a acção directa para destruir alvos, eliminar ou capturar inimigos; guerra não convencional conduzida por forças externas, treinadas e organizadas pela USSOCOM; contra-insurreição para ajudar os governos aliados a reprimir rebeliões; operações psicológicas para influenciar a opinião pública estrangeira, a fim de apoiar as acções militares dos EUA. Estas operações são realizadas com base em tecnologias cada vez mais avançadas.
Entra neste quadro a decisão da administração Obama, tornada pública pelo New York Times, de criar à escala mundial ” redes sombra na Internet e telefone móvel que possam ser usadas por dissidentes para contornar a censura do governo.” O Pentágono e o Departamento de Estado investiram até agora nisso pelo menos 50 milhões de dólares. Estas redes são realizadas através de pequenas malas especiais que, uma vez introduzidas num determinado país, permitem comunicar com o exterior através de computadores e telefones portáteis, em modalidades wireless e codificadas, evitando controlos e proibições governamentais.
A motivação oficial de Washington é a de “defender a liberdade de expressão e de promoção da democracia.” As redes sombra, apenas fornecidas a grupos dissidentes úteis á estratégia dos EUA (Síria, Irão e outros países) e controladas por Washington, são os mais adequados meios para difundir na comunicação social informações fabricadas, para operações psicológicas que preparem a opinião pública para novas guerras.

“CIA, Building Base for strikes in Yemen”, de Mark Mazzetti, The New York Times, 14 de Junho de 2011.

Por Manlio Dinucci - Geógrafo e geopolitólogo. Últimas obras publicadas: Geograficamente. Per la scuola media (3 vol., Zanichelli, 2008; Escalation. Anatomia della guerra infinita. DeriveApprodi (2005)
Fonte Il Manifesto (Itália)
Tradução Guilherme Coelho
Postado do :http://www.odiario.info/

Estado Palestino


A "euforia induzida", que caracteriza as discussões a respeito da futura declaração de um Estado palestino independente em setembro entre os principais meios de comunicação, ignora a dureza das realidades no local e os avisos de comentaristas críticos. Descrever uma tal declaração como uma "brecha" e como um "desafio" ao defunto "processo de paz" e ao governo de direita de Israel serve apenas para ocultar a permanente negação por parte de Israel dos direitos dos palestinos, ao mesmo tempo que reforça a ratificação implícita pela comunidade internacional de uma
situação de apartheid no Oriente Médio.

O movimento pelo reconhecimento é conduzido por Salam Fayad, o primeiro-ministro designado da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sediada em Ramallah. Ele baseia-se na decisão tomada nos anos 1970 pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) de adotar o programa mais ágil de uma "solução de dois Estados". Esse programa defende que a questão palestina, que está no cerne do conflito israelo-árabe, pode ser resolvida pelo estabelecimento de um "Estado independente" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém oriental como capital. Segundo esse programa, refugiados palestinos voltariam para o Estado da «Palestina», mas não para as suas casas em Israel, que se autodefine como o "Estado dos judeus". Do mesmo modo, a "independência" não toma em conta esta questão, assim como não toma em consideração os apelos de 1,2 milhão de palestinos de nacionalidade israelense, tratados como cidadãos de terceira categoria, para transformar a luta num movimento anti-apartheid.

Tudo isto, supõe-se, entraria em vigor depois das forças israelenses se retirarem da Cisjordânia e de Gaza. Ora, não se tratará apenas de uma reafectação de forças, como pudemos ver durante o período de Oslo? Os promotores desta estratégia pretendem no entanto que a independência garante que Israel tratará como um único povo os palestinos de Gaza e da Cisjordânia e que a questão palestina pode ser resolvida segundo o direito internacional, satisfazendo assim os direitos políticos e nacionais básicos do povo palestino.

Deixemos de lado o fato de que Israel mantém até 573 checkpoints (barreiras e pontos de controle) permanentes em toda a Cisjordânia, sem contar 69 pontos de controle "móveis" adicionais; e é possível que vocês também prefiram ignorar o fato de que os assentamentos "puramente judeus" existentes anexaram mais de 54% da Cisjordânia.

Quando da conferência de Madrid em 1991, Yitzhak Shamir, então primeiro-ministro de um governo de "falcões", não tinha sequer aceitado o "direito" palestino a uma autonomia administrativa. Com a chegada do governo de "pombas" Meretz/trabalhista, conduzido por Yitzhak Rabin e Shimon Peres, os dirigentes da OLP travaram na Noruega negociações de bastidores. Ao assinar os Acordos de Oslo, Israel encontrava-se livre do pesado fardo de administrar Gaza e as sete cidades superpopulosas da Cisjordânia. A primeira intifada terminou com uma decisão oficial – e secreta – da OLP, sem ter atingido os seus objetivos nacionais de transição, nomeadamente "liberdade e independência", e sem o acordo do povo que a OLP deveria representar.

A mesma ideia de "independência" foi primeiro rejeitada pela OLP, porque ela não respondia aos "direitos legítimos mínimos" dos palestinos, e porque ela é a antítese da luta palestina pela libertação. O que é proposto no lugar desses direitos é um Estado cuja existência é apenas nominal. Por outras palavras, os palestinos são obrigados a aceitar uma plena autonomia sobre uma fração apenas da sua terra e não podem nunca pensar em termos de soberania, de controle de fronteiras, de reservas hídricas e, mais importante que tudo, de retorno dos refugiados.

Esses foram os Acordos de Oslo e essa é também a "declaração de independência" planejada. Não é de surpreender, portanto, que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha declarado que "não poderia dar o seu acordo a um Estado palestino através de negociações".

Esta declaração nem mesmo promete respeitar o plano de partilha das Nações Unidas de 1947, que só garantia aos palestinos 47% da Palestina histórica, embora eles representassem mais dos dois terços da população. Uma vez declarado, o futuro Estado palestino "independente" ocupará menos de 20% da Palestina histórica. Ao criar um bantustão e ao chamá-lo "Estado viável", Israel vai livrar-se do peso de 3,5 milhões de palestinos. A AP governará o menor número de palestinos no maior número de fragmentos de território – fragmentos que podemos chamar de "Estado da Palestina". Esse "Estado" será reconhecido por dezenas de países – o que dará
grande inveja aos infames chefes tribais bantus da África do Sul!

Podemos igualmente supor que a "independência" tão comentada e celebrada só reforçará o papel desempenhado em Oslo pela Autoridade Nacional Palestina, ou seja, o de tomar medidas de polícia e de manutenção da ordem destinadas a desarmar os grupos de resistência palestina. Tais foram as primeiras exigências impostas aos palestinos em Oslo em 1993, em Camp David em 2000, em Annapolis em 2007 e em Washington no ano passado.

Ao mesmo tempo, no âmbito das negociações e das exigências, nenhum compromisso ou obrigação são impostos a Israel. Tal como os Acordos de Oslo significavam o fim da resistência popular e não violenta da primeira intifada, esta declaração de independência tem um objetivo semelhante, isto é, de pôr um termo ao apoio internacional crescente a favor da causa palestina, que se tem afirmado desde o ataque de Israel contra Gaza no inverno de 2008-2009 e o seu ataque contra a Flotilhada Liberdade em maio passado.

E esta declaração tampouco garante aos palestinos um mínimo de proteção e de segurança contra as futuras agressões e atrocidades israelenses. A invasão e o cerco de Gaza foram uma consequência de Oslo. Antes da assinatura dos Acordos de Oslo, nunca Israel tinha utilizado plenamente o seu arsenal de F-16, de bombas de fósforo e de armas de fragmentação em Gaza e na Cisjordânia. Mais de 1200 palestinos foram mortos de 1987 a 1993 durante a primeira intifada. Israel ultrapassou esse número durante as três semanas da sua invasão em 2009; conseguiu matar brutalmente mais de 1400 pessoas apenas na Faixa de Gaza. Isto, sem contabilizar as vítimas do cerco estabelecido por Israel desde 2006, que se caracterizou por bloqueios e ataques israelenses repetidos, antes e depois da invasão de Gaza.

Haidar Eid
militante palestino, membro da campanha pelo Boicote, Desinvestimento
e Sanções, professor universitário de literatura inglesa na universidade de
Gaza.
Postado do:http://www.palestinalivre.org

sexta-feira, 15 de julho de 2011

The Truth







Tradução livre:

" Todas as suas armas,
Todos os seus aliados,
Todos os seus tanques de guerra,
E todos os seus soldados,

Contra os meninos,
Que se defendem com pedras,
E suportam tudo sozinhos,
Em seus olhos, eu vejo o sol,
Em seus sorrisos, eu vejo a lua,

E , eu pergunto,
Apenas pergunto:
Quem é frágil?
Quem é forte?
Quem está certo?
E quem está errado?

Eu desejo,
Somente desejo: Que a verdade seja dita

SIONISTAS QUEREM CRIMINALIZAR O PCB E TENTAM NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL A CASSAÇÃO DO REGISTRO DO PARTIDO

 
Até agora, mais de duzentos intelectuais, militantes e organizações progressistas, de vários Estados do Brasil e de vários países, se manifestaram em solidariedade ao PCB, diante de uma representação da Confederação Israelita do Brasil no Ministério Público Eleitoral, acusando o partido de anti-semitismo, conforme nota política que aqui republicamos, ao final das assinaturas. O manifesto está aberto a adesões, através do endereço secretariageral.pcb1@gmail.com .

 Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

 SOLIDARIEDADE AO PCB
Prestamos nossa solidariedade ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) diante de representação judicial em que é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.
Independentemente de nossa concordância ou não com as posições políticas do PCB, reconhecemos nele um partido político que, ao contrário da acusação, luta por uma sociedade laica, igualitária e fraterna, sem discriminações de qualquer natureza.
Esta absurda representação, além de constituir um atentado à livre organização partidária, fere todas as cláusulas pétreas da Constituição Brasileira que se referem à liberdade de organização e de expressão.
1
Achille Lolo – editor de TV e correspondente do jornal Brasil de Fato em Roma (Itália)
2
Adelaide Gonçalves – historiadora, Universidade Federal do Ceará (CE)
3
Adriano Nascimento – professor – UFAL (AL)
4
Alan Woods – dirigente da Corrente Marxista Internacional (CMI)
5
Aldrin Castellucci - historiador e professor da UNEB
6
Alessandra Soares Gomes – assistente social (RJ)
7
Ana Claudia de Almeida Garcia – advogada (RJ)
8
André Moreau – jornalista e cineasta (RJ)
9
Angélica Lovatto – professora FFC/UNESP (SP)
10
Anita Leocádia Prestes – professora universitária (RJ)
11
Antonio Carlos Maciel – prof. , doutor, diretor do Campus Universitário da UF de Rondônia (RO)
12
Antonio de Campos – pres. da Associação Pernambucana de Anistiados Políticos – APAP (PE)
13
Antonio Rago - professor da PUC/SP
14
Argemiro Pertence – engenheiro, diretor da Casa da América Latina (RJ)
15
Armando Boito - professor de Ciência Política da Unicamp (SP)
16
Associação Cultural José Marti (RJ)
17
Associação para o Desenvolvimento da Imprensa Alternativa – ADIA (RJ)
18
Aton Fon Filho – advogado (SP)
19
Augusto Buonicore – membro da Fundação Maurício Grabois, historiador (SP)
20
Aurélio Fernandes – Morena/Brigadas Populares
21
Beto Almeida – jornalista, diretor da Telesur
22
Caio Navarro Toledo – professor da Unicamp (SP)
23
Carlos A. Lozano Guillen – dir. do Semanário Voz e dirig. do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)
24
Carlos Alberto Barão – historiador (RJ)
25
Carlos Bauer – professor universitário (SP)
26
Carlos Casanueva – secretário geral do Movimento Continental Bolivariano – MCB (Chile)
27
Carlos Duarte – Presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)
28
Carlos Eugênio Clemente – ex Comandante da ALN - Aliança Libertadora Nacional (RJ)
29
Carlos Luis Casabianca – dirigente do Movimento das Vítimas da Ditadura de Stroessner (Paraguai)
30
Carlos Nelson Coutinho – professor universitário (RJ)
31
Casa da América Latina
32
Ceci Juruá – economista e pesquisadora (RJ)
33
Celso Frederico – professor universitário (SP)
34
Cesar Benjamin – editor (RJ)
35
César Labre – professor da UFMA (MA)
36
Chico Alencar – Deputado Federal – PSOL (RJ)
37
Claudia Santiago – jornalista (RJ)
38
Comitê Central da Refundação Comunista – RC-Brasil
39
Consulta Popular
40
Coordenação Nacional da Juventude Liberdade e Revolução – LibRe-Brasil
41
Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes – CCLCP
42
Corrente Marxista Internacional (CMI)
43
Cristiano Ferraz – professor de história da UESB (BA)
44
CSP – CONLUTAS
45
Daniel Rodrigues – professor universitário (PE)
46
Danilo Matuscelli – professor universitário (SC)
47
Dirlene Marques – professora universitária (MG)
48
Duarte Pacheco Pereira – jornalista e escritor (SP)
49
Eliel Machado – professor da Universidade Estadual de Londrina (PR)
50
Eliete Ferrer – professora (RJ)
51
Eliomar Coelho – vereador do Rio de Janeiro – PSOL (RJ)
52
Elza Margarida de Mendonça Peixoto – professora universitária – UFEL – Londrina (PR)
53
Emanuel Cancella – Sindipetro (RJ)
54
Federação de Estudantes Universitários – FEU (Colômbia)
55
Fernando Cataldi – advogado (RJ)
56
Fernando Siqueira – presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (RJ)
57
Flávio Tavares – jornalista e escritor, autor, entre outros, de “O dia em que Getúlio matou Allende” (RJ)
58
Franklin Oliveira Jr – escritor e professor universitário (BA)
59
Frente Democrática pela Libertação da Palestina
60
Frente Popular pela Libertação da Palestina
61
Fundação Dinarco Reis
62
Gaudêncio Frigotto – Professor da UERJ (RJ)
63
Geraldo Pereira Barbosa – Executiva da Direção Nacional da Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes (SC)
64
Gesa Linhares Correa – Direção Nacional do PSOL e Coordenação Nacional da Intersindical (RJ)
65
Gilberto Cervinski – Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MA)
66
Gilcilene Barão – professora da UERJ (RJ)
67
Gilda Arantes – professora universitária (RJ)
68
Glória Inês Ramírez – Senadora do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)
69
Guillermo Caviasga – historiador e professor (Argentina)
70
Günter Pohl – Comitê Central do Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)
71
Hamilton Octavio de Souza – jornalista – Brasil de Fato e Caros Amigos – professor da PUC (S)
72
Haroldo Baptista de Abreu – professor da UFF (RJ)
73
Heloísa Fernandes – socióloga, professora da Escola Nacional Florestan Fernandes e da USP (SP)
74
Heloísa Greco – professora e militantes de direitos humanos – BH (MG)
75
Henrique Meira de Castro – ABRAPSO – Núcleo Bauru (SP)
76
Henrique Soares Carneiro – professor e doutor da USP (SP)
77
Horácio Martins de Carvalho – engenheiro agrônomo (PR)
78
Humberto Santos Palmeira - Dirigente Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores
79
Ildo Sauer – professor universitário (SP)
80
Instituto 25 de Março - I-25-Brasil
81
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (MG)
82
Intersindical (Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora)
83
Intersindical (Instrumento de Luta, Unidade da Classe e Construção de uma Nova Central)
84
Iracy Picanço – professora da UFBA (BA)
85
Ivan Valente – Deputado Federal – PSOL (SP)
86
Ivana Jinkings – editora (SP)
87
Jacob David Blinder (médico sanitarista (BA)
88
Jaime Caycedo – Secretário Geral do PC Colombiano e Vereador em Bogotá (Colômbia)
89
James Petras – professor emérito da Universidade de Nova Iorque (USA)
90
Janira Rocha – Deputada Estadual – Rio de Janeiro – PSOL (RJ)
91
Jean Douglas Zeferino Rodrigues – PSOL Indaiatuba (SP)
92
Jefferson Moura – Presidente Regional do PSOL (RJ)
93
João Claudio Platenik Pitillo – Diretor da FAFERJ (Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro)
94
João Luiz Duboc Pinaud – Pres. Comissão de DH do IAB, Casa da América Latina e Assoc. Americana de Juristas (RJ)
95
João Paulo Rodrigues – dirigente do MST
96
João Pedro Stedile – dirigente da Via Campesina
97
João Quartim Moraes - professor universitário (SP)
98
Joel Barcellos – ator
99
Joel Filartiga – presidente da Coordenadora Paraguaia de Solidariedade a Cuba (Paraguai)
100
Jonas Duarte – professor de história da UFPB e pesquisar do CNPq (PB)
101
Jorge Almeida - professor de Ciência Política da UFBA
102
Jorge Beinstein – professor titular da Universidade de Buenos Aires (Argentina)
103
Jorge Figueiredo – editor de resistir.info (Portugal)
104
José Claudinei Lombardi – coordenador executivo do HISTE DBR – DEFHE-FE – UNICAMP (SP)
105
José Laercio Martuchelli Nogueira – estudante de astronomia UFRJ (RJ)
106
José Maria – Presidente Nacional do PSTU
107
Katia da Matta Pinheiro – historiadora, prof. Universitária, diretora da Casa da América Latina (RJ)
108
Laércio Cabral Lopes – professor universitário (RJ)
109
Laerte Braga – jornalista (MG)
110
Leandro Konder – professor universitário (RJ)
111
Lenin Novaes – jornalista, Pres. da Comissão de Liberdade de Imprensa e DH da ABI (RJ)
112
Lincoln Penna –professor universitário, Presidente do MODECON (RJ)
113
Lincoln Secco - professor da USP (SP)
114
Lorene Figueiredo – professor da UFF (RJ)
115
Luciana Fernandes Dias - professora de história da rede pública (RJ)
116
Luciano Martorano – cientista político (SP)
117
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida - Departamento de Ciência Política da PUC (SP)
118
Luis Acosta – professor da UFRJ e presidente da ADUFRJ – SSIND (RJ)
119
Luis Mergulhão – professor (RJ)
120
Luiz Bernardo Pericás - historiador e escritor (SP)
121
Luiz Ragon – diretor de Direitos Humanos da Casa da América Latina (RJ)
122
Luiz Rodolfo Viveiros de Castro (Gaiola) – militante comunista (RJ)
123
Manuel J. Montañez Lanza – politicólogo (Venezuela)
124
Marcello Cerqueira – advogado (RJ)
125
Marcelo Badaró – professor universitário (RJ)
126
Marcelo Botosso – professor (SC)
127
Marcelo Buzzetto – direção do MST-SP e do setor de Relações Internacionais do MST
128
Marcelo Durão – dirigente do MST (RJ)
129
Marcelo Freixo – Deputado Estadual – PSOL (RJ)
130
Marcelo Machado – dirig. nacional do MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados (RJ)
131
Márcio Lupatini – professor universitário (MG)
132
Marco Antonio Villela dos Santos – CeCAC – Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho (RJ)
133
Marcos Del Roio – professor universitário, Presidente do instituto Astrojildo Pereira (SP)
134
Marcus Robson Nascimento Costa – professor universitário, promotor aposentado (AL)
135
Maria de Fátima Felix Rosar – professora universitária – UFMA (MA)
136
Maria Inês Souza Bravo – professora universitária (RJ)
137
Maria Isa Jinkings - livreira
138
Marly Vianna – professora universitária (RJ)
139
Maurício Azêdo – jornalista (RJ)
140
Miguel Urbano Rodrigues – escritor e editor de odiario.info (Portugal)
141
Milton Temer – jornalista e dirigente nacional do PSOL (RJ)
142
Modesto da Silveira – advogado
143
Movimento Continental Bolivariano (MCB)
144
Movimento dos Trabalhadores Desempregados - MTD
145
Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST
146
Movimento Revolucionário Nacionalista/Brigadas Populares
147
Nader Alves Bujah – Comitê Democrático Palestino
148
Najeeb Amado – secretário geral do Partido Comunista Paraguayo (Paraguai)
149
Natalia Vinelli – jornalista, diretorra da Barricada TV (Argentina)
150
Nestor Kohan – Cátedra Che Guevara (Argentina)
151
Nise Jinkings – professora universitária – UFSC (SC)
152
Orlando Oscar Rosar – professor universitário – UFMA (MA)
153
Osvaldo Coggiola – professor de história da USP (SP)
154
Otto Filgueiras – jornalista (SP)
155
Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)
156
Partido Comunista Colombiano (PCC)
157
Partido Comunista de Espanha (PCE)
158
Partido Comunista de Venezuela (PCV)
159
Partido Comunista do Equador (PCE)
160
Partido Comunista do México (PCM)
161
Partido Comunista dos Povos de Espanha (PCPE)
162
Partido Comunista Grego (KKE)
163
Partido Comunista Libanês
164
Partido Comunista Paraguayo (PCP)
165
Partido Comunista Peruano (PCP)
166
Partido do Povo Palestino
167
Partido Revolucionário dos Comunistas das Canárias
168
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU (Brasil)
169
Paulo Douglas Barsotti - professor da FGV (SP)P
170
Paulo Metri – diretor do Clube de Engenharia (RJ)
171
Paulo Moura – ambientalista e fotógrafo – Petrópolis (RJ)
172
Paulo Passarinho – economista e apresentador do Programa Faixa Livre (RJ)
173
Paulo Ribeiro Cunha – professor FFC-UNESP (SP)
174
Pedro Jorge de Freitas – professor da Universidade Estadual de Maringá (PR)
175
Pery Thadeu Oliveira Falcón – Centro de Estudos Victor Meyer (BA)
176
Pólo de Renascimento Comunista Francês (PRCF)
177
Raymundo Araujo – médico veterinário homeopata (RJ)
178
Ricardo Antunes – sociólogo (SP)
179
Ricardo Gebrim (SP) – dirigente da Consulta Popular
180
Ricardo Moreno – professor da UNEB e da Revista Dialética (BA)
181
Robério Paulino – professor da UFRN (RN)
182
Roberto Leher – professor da UFRJ (RJ)
183
Roberto Morales – fundador do PSOL – Brasil (RJ)
184
Ronald Barata – Movimento de Resistência Leonel Brizola
185
Rondon de Castro – docente; presidente da SEDUFSM/Andes – Santa Maria (RS)
186
Rosa Couto – Secretária da Consulta Popular (SC)
187
Rubim Aquino – professor e historiador (RJ)
188
Sandra Quintela – economista (RJ)
189
Sargento Amauri Soares – Deputado Estadual (SC)
190
Serge Goulart – direção nacional do PT, dirigente da CMI - Corrente Marxista Internacional (SC)
191
Sérgio Caldieri – jornalista, escritor, 1º Secretário do Conselho Deliberativo da ABI
192
Sérgio Lessa – professor da UFAL (AL)
193
Sérgio Miranda –ex Deputado Federal (MG)
194
Severino Nascimento (Faustão) – dirigente nacional da CUT (SP)
195
Silvana Aparecida de Souza – professora (PR)
196
Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)
197
Solange Rodrigues – jornalista e cineasta (RJ)
198
Takao Amano – advogado (SP)
199
Tarcizo de Lira Paes Martins – professor universitário (PB)
200
Tatiana Brettas – dirigente da Consulta Popular (RJ)
201
União da Juventude Comunista (UJC)
202
Unidade Classista (Brasil)
203
Valério Arcary – professor do IFSP e militante do PSTU (SP)
204
Via Campesina – Brasil
205
Victor Leonardo de Araujo – economista, pesquisador do IPEA (DF)
206
Virginia Fontes – professora e historiadora (RJ)
207
Vito Giannotti – jornalista (RJ)
208
Waldemar Rossi – membro da Coord. da Pastoral Operária e da Oposição Metalúrgica de SP
------------------------------------------------------------------------ -

Nota Política do PCB

Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “anti-semitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.
Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada por esta CONIB), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se isso fosse possível pelas leis brasileiras e como se pudessem calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo.
A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.
O texto é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente num sítio eletrônico antiimperialista de seu país, denominado IAR Notícias, e reproduzido mundialmente por vários portais progressistas, listados ao final desta nota.
Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o artigo divulgado pelo PCB se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”.
Declara ainda que o artigo revela “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.
Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.
Diante deste fato, a Comissão Política Nacional (CPN) do Comitê Central do PCB vem a público se pronunciar:
1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas e de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado assumido como judeu continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid” , invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa grande base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.
2 – A ofensiva sionista e imperialista contra o PCB se deve também ao fato de que nosso Partido empresta e continuará emprestando seu apoio militante aos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois uma simples pesquisa pode verificar que os artigos e informações sobre a luta contra o Estado terrorista de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido pela confederação sionista brasileira para tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele é “descoberto”
3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.
4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.
5 - Coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembléia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.
6 - Coincide também com a movimentação imperialista para ampliar a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos.
7 - As declarações das autoridades israelenses sobre a unidade dessas organizações palestinas deixam em evidência, inclusive para os que tinham dúvidas, que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos judeus ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel.
8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura, que, no fundo, é o que intenta a suposta cúpula sionista no Brasil.
9 – Não tememos também porque sabemos que teremos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo, uma vez que se dê curso à representação contra o PCB.
10 – Não há, em qualquer documento do PCB qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista judaica não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra o Estado terrorista de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.
11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer discriminação e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Nunca apresentamos qualquer crítica a qualquer religião, apesar de sermos um partido laico, desde este ponto de vista. Também estranhamos a CONIB alegar intolerância racial, pois acreditamos que todos os povos pertencem à raça humana.
12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo PCUS, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade.
13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do PCB, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso sítio na internet (www.pcb.org.br), deixamos claro que:
Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.
14 - Com o texto ora questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que denuncia a impunidade de Israel, os massacres que comete contra o povo palestino, o seu papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como um artigo de opinião, como contribuição ao debate, mesmo que algumas das opiniões ali expostas possam ter caráter polêmico para o PCB e diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial.
15 – Por esta razão – e de forma alguma para fugir de procedimentos judiciais que não tememos até porque são incabíveis – estamos aqui oficialmente convidando a direção da Confederação Israelita do Brasil a exercer o direito de resposta, no mesmo meio em que divulgamos o artigo criticado, ou seja, a página do nosso Partido, no tamanho que julgar conveniente para se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB deverá ser uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.
16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para nos enviar para o nosso endereço eletrônico a manifestação de seu direito de defesa, que será publicado imediatamente com o mesmo destaque que mereceu o artigo atacado.
17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra desta presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no mesmo documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:
XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):
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DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:
 1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;
2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;
3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);
4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;
5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;
6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;
7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;
8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;
9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;
10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia. Fomento de campanhas locais, nas cidades brasileiras, para julgamento dos criminosos de guerra em nossos tribunais;
11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;
12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!
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18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que suas críticas se centrem na contestação às informações ali prestadas, ao invés de se esconderem sob o manto autoritário da acusação de “anti-semitismo”, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que, apesar de polêmico e contundente, não tem qualquer intolerância religiosa, étnica e muito menos racial, porque os judeus, como todos os povos, são da mesma raça humana.

19 – O texto, em nenhum momento, atinge o conjunto do povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel, o que, ao que tudo indica, não é o caso desta CONIB, cuja missão é impedir e desvirtuar o debate sobre Israel, com a única arma de que dispõe: um carimbo em que se lê apenas a expressão “ANTI-SEMITA”.

20 – O texto faz questão de eximir a religião judaica da violência do Estado de Israel, apesar deste se apresentar como estado judeu. Vejam estas passagens do artigo:
Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.
O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

21 – Finalmente, apesar de algumas divergências que, como marxistas, possamos ter com aspectos do texto objeto desta polêmica, assinamos embaixo as seguintes declarações textuais do autor:
As campanhas de denúncia de anti-semitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.
A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "anti-semitismo".

22 - A CONIB, com seu gesto de censura e de criminalização ao PCB, revela que é parte integrante deste lobby. Mas estejam certos que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para os traidores e nem pelas mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso Partido, que se confunde com a história do Brasil.
Observações:
1 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil. A entidade não dispõe de dados sobre os valores aplicados pelo lobby sionista em nosso país.
2 – Este e outros artigos de Manuel Freytas são publicados nos seguintes sítios:
http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1966&Itemid=99999999&lang=es
http://www.aporrea.org/actualidad/n158685.html
http://colombia.indymedia.org/news/2010/06/115437.php
http://www.voltairenet.org/article165990.html#article165990
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/os-donos-do-sistema-este
http://port.pravda.ru/busines/14-06-2010/29887-impunidade_israel-0/
http://www.rebelion.org/mostrar.php?tipo=5&id=Manuel%20Freytas&inicio=0 )
http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/06/14/afirma-la-cruz-roja-que-el-bloqueo-israeli-es-ilegal/
http://visionesalternativas.com/index.php?option=com_deeppockets&task=contShow&id=95278&Itemid=
http://www.consulvenefunchal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2698&Itemid=64
http://alertaroja.net/index.php/alertaroja/2010/06/04/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunid
http://xatoo.blogspot.com/2010/07/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://www.senadoragloriainesramirez.org/index.php/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://radiotrinchera.org/articulos/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/rt/
http://www.tinku.org/content/view/504/6/
http://www.elciudadano.cl/2010/06/21/%C2%BFde-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://www.atinachile.cl/content/view/851974/LA-INMUNIDIDAD-DE-ISRAEL-Y-EL-PREMIO-NOBEL.html
http://www.porpalestina.com/index.php?option=com_content&view=article&id=959:los-duenos-del-sistema&catid=16:artlos&Itemid=27
http://www.burbuja.info/inmobiliaria/temas-calientes/219139-vittorio-arrigoni-asesinado-por-la-mafia-sionista-3.html
http://www.infoeducasares.com.ar/?p=928
http://noticiaoficial.com/canales/aporrea/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://shiandalus.blogspot.com/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blogs/el-poder-oculto-de-donde-nace?xg_source=activity
http://afrodescendientes.com/2010/07/03/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel-%E2%80%A8por-manuel-freytas/
http://estavoz.blogspot.com/2010/08/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://chicodias.wordpress.com/2010/06/14/sionismo-um-poder-mundial/
http://neovisao.blogspot.com/2010/09/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2010/06/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://agal-gz.org/blogues/index.php/canta/2010/06/13/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de-onde-nasce-a-impunidade-de-israel-1
23 – Este texto questionado pela CONIB é usado como pretexto para o mesmo tipo de ação intimidatória na Venezuela, num relatório denominado “Antisemitismo en Venezuela”, de autoria de uma organização chamada ADL (Anti-Defamation League), que em português significa Liga contra a Difamação. Apesar do nome genérico da entidade, ela só monitora em todo o mundo, para efeito de ações de intimidação, o que considera difamação “anti-semita”. Veja a página 16 do sítio htpp://www.adl.org.
24 – neste momento, Israel está usando os céus da Grécia, por autorização do governo “socialista” de turno, para treinar seus pilotos para um possível ataque ao Irã, cuja topografia tem as mesmas características do país helênico.
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
Maio de 2011