quinta-feira, 28 de abril de 2016

Israel despeja seus lixos tóxicos e esgoto em zonas residenciais palestinas: Mais um crime contra a vida !

Resumen Medio Oriente/HispanTV, 15 de abril de 2016 – 

Foto:http://hispantv.com/newsdetail/palestina/242385/israel-bota-desechos-toxicos-zonas-residenciales-palestinas
O regime de Israel continua despejando seu lixo tóxico em zonas residenciais palestinas e próximo delas, denuncia os palestinos.

Nesta quinta-feira, um grupo de palestinos residentes na cidade de Yenín, no norte da Cisjordânia, denunciou que os israelenses transferiram materiais e lixos tóxicos muito perigosos para a saúde nas proximidades desta cidade palestina.

Em uma missiva enviada às autoridades palestinas, o grupo exige que se ponha fim a esta situação e se retirem todos os materiais tóxicos que o regime israelense depositou próximo de sua cidade.

Não obstante, parece que existe pouca probabilidade de que se retirem os dejetos, já que, segundo coletado pelo Centro de Informações Palestino, até os assentamentos judeus adjacentes a Yenín começaram nos últimos dias a dirigir suas águas residuais às terras palestinas, fazendo com que muitas destas não possam mais ser usadas para o cultivo.

Esta prática é realizada também em outras zonas dos territórios palestinos que não estão sob a ocupação israelense. Especialistas de saúde qualificam estas práticas como desumanas e advertem que a presença de lixos tóxicos, além de contaminar as fontes de água e a terra, causa câncer a longo prazo.

Em várias ocasiões, as autoridades palestinas denunciaram o regime de Tel Aviv por despejar seus lixos tóxicos em terras palestinas e próximos de seus lares.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/04/15/israel-bota-sus-desechos-toxicos-en-zonas-residenciales-palestinas/
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

As novas estratégias do Império sionista de desestabilização e caos: O caso Egito

Este texto faz um resumo dos acontecimentos políticos que sacudiram o  Egito nos últimos anos. O breve espaço-tempo histórico  abordado trás  elementos importantíssimos para verificarmos e entendermos as novas ferramentas e táticas de que dispõe o imperialismo sionista com a intenção de desestabilizar e levar o caos aos Estados nacionais, na qual têm interesses de ampliar a dominação política e econômica e, obviamente, a apropriação das riquezas naturais. São movimentos estratégicos  para além da já conhecida tática militar que envolve também as ONGs, os exércitos mercenários e a criação de um falso  inimigo  a ser combatido em nome da democracia. Essas ultimas utilizadas na Líbia, Afeganistão Iugoslávia e Siria (Nota do Blog)
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Para onde vai o Egipto ?                                                                                                                                            Por Thierry Meyssan
Desde há cinco anos, a história do Egipto, como a de vários outros Estados árabes, é uma sucessão de complôs, de violências, de anúncios e de desmentidos. Tudo aquilo em que a opinião pública internacional acreditou, num dado momento, foi colocado em questão por novos desenvolvimentos. Thierry Meyssan tenta, aqui, separar o trigo do joio, ao mesmo tempo interrogando-se sobre o que ainda esconde o actual Presidente al-Sissi.




O antigo Presidente Hosni Moubarak foi condenado por desvio de fundos e pela sua responsabilidade na repressão de manifestações. No entanto, os fatos que, na altura, fizeram a unanimidade jamais serão esclarecidos.

Sociedade extremamente conservadora, dirigida por militares, o Egito passou por um período de tumultos no decurso dos últimos cinco anos e não se recuperou totalmente disso. Pode-se abordar esses acontecimentos de três maneiras diferentes, muito embora nenhuma seja plenamente satisfatória :

Para os governos ocidentais e a sua imprensa, qualquer regime militar seria mau por si mesmo e teríamos assistido a uma luta entre os seus defensores e os democratas. O problema desta leitura é que, por um lado, os militares egípcios são republicanos e, por outro, dispõem de um apoio popular infinitamente mais importante que os democratas. 

Para os defensores do Direito, Mohamed Morsi teria sido declarado, legalmente, eleito presidente por 17% dos eleitores. No entanto, a sua legitimidade deveria ser posta em causa quando 33 milhões de Egípcios exigiram a sua destituição, e que se viu, com provas, que a Comissão Eleitoral não tinha respeitado o voto dos cidadãos em 2012. Portanto, desde logo é impossível qualificar o seu derrube como «golpe de Estado». 

Para os Egípcios, estes acontecimentos são o prolongamento da luta opondo nacionalistas e islamistas. A Confraria dos Irmãos Muçulmanos, que tentou várias vezes tomar o poder após os assassinato de primeiros-ministros, em 1945 e 1948, e do presidente em 1981, conseguiu finalmente lá chegar com a ajuda dos EUA, e falsificando as eleições. Ora, hoje em dia, o campeão dos nacionalistas vende o País aos Sauditas.

 

A demissão de Hosni Moubarak (11 de Fevereiro de 2011)

Em 2011, manifestações populares foram instrumentalizadas por Washington, que havia já implantado, no local  uma legião  de ONGs envolvidas nas «revoluções coloridas», e coordenadas pela equipe de Gene Sharp [1]. Foi o início da «Primavera Árabe». A Casa Branca enviou para o Cairo um peso-pesado da CIA (por acaso padrasto de Nicolas Sarkozy [2] ), o embaixador Frank Wisner. Depois de parecer apoiar Hosni Mubarak, ele pediu-lhe para que se demitisse. Este último, consciente da sua incapacidade em restabelecer a ordem, renunciou a transmitir o poder ao seu filho mais novo Gamal, e abandonou as suas funções em favor do seu vice-presidente. Foi a «Revolução do Lótus». A desordem tomou conta do país. Inicialmente, os responsáveis das ONGs foram presos por ter financiado a «mudança de regime», pela quantia de $ 48 milhões de dólares. Em seguida, eles foram libertados junto com aqueles que se tinham refugiado na embaixada dos Estados Unidos, e discretamente evacuados por um avião especial da CIA [3].

Washington apoiou o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi. Durante a sua campanha eleitoral, Yusuf al-Qaradawi, o pregador da Irmandade, e «conselheiro espiritual» do canal de televisão do Catar, Al-Jazeera, veio explicar, na praça Tahrir, que a urgência não era mais lutar pelo reconhecimento do direito do povo palestino, mas, purgar a sociedade de homossexuais.

No seguimento de um escrutínio com apenas 35% de participação, e onde ele apenas foi apoiado por 17% do eleitorado, Morsi foi declarado eleito. No entanto, numa carta, que será posteriormente tornada pública, o presidente da Comissão Eleitoral escreve não se ter baseado nos resultados da eleição, mas, sim ter querido evitar que o anúncio da vitória do general Ahmed Shafiq —efêmero antigo primeiro-ministro de Hosni Moubarak— fosse percebido pelos Irmãos Muçulmanos como o sinal que abria uma guerra civil [4]. Os Estados Unidos, que tinham manipulado toda esta operação, felicitaram o duplo nacional egício-americano Morsi pela sua eleição «democrática»; uma versão mentirosa, imediatamente adotada por todos os outros Estados. No estrangeiro, felicitam-se pela «normalização» do Egito, que tinha, finalmente, o seu primeiro governo civil, depois de ter sido dirigido durante 5.000 anos por militares. 

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A 6 de Outubro de 2012, data do aniversário do assassinato do Presidente Anouar el-Sadate, o Presidente Mohamed Morsi recebe três Irmãos Muçulmanos que participaram no complô contra o seu predecessor. Ele nomeia um, de entre eles, para o Conselho dos Direitos do Homem e um segundo como senador.

 A presidência de M. Morsi (30 de Junho de 2012-3 de Julho de 2013)

Instalado no poder, Mohammed Morsi instaura uma ditadura pretensamente religiosa. Ele infiltra a administração com membros da Irmandade e reabilita os que tinham sido condenados por terrorismo. Ele recebe e felicita, publicamente, os assassinos do antigo presidente Anwar el-Sadat, e nomeia o responsável do massacre de Luxor como governador desse distrito [5]. Ele persegue os democratas que se tinham manifestado contra certos aspectos da política de Hosni Mubarak (mas não a favor da sua renúncia). Ele apoia uma vasta campanha de pogroms dos Irmãos Muçulmanos contra os cristãos, e dá cobertura aos seus crimes : linchamentos, saque dos arcebispados, incêndio de igrejas. Simultaneamente, ele privatiza as grandes empresas e anuncia a possível venda do Canal de Suez ao Catar, que apadrinhava então a Irmandade.

A partir do palácio presidencial, ele confraterniza pelo menos quatro vezes, por telefone, com Ayman al-Zawahiri, que foi um dos assassinos de Anwar el-Sadat antes de se tornar o líder mundial da Al-Qaida [6].

Durante este período, um grupo de jiadistas, da Ansar Bait al-Maqdis, estrutura-se no Sinai. Sem que o exército intervenha, estes islamistas multiplicam os seus ataques contra o gasoduto ligando o Egipto a Israel e à Jordânia.

O Presidente Morsi envia uma delegação oficial para se encontrar com o Califa do Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, um membro da Irmandade Muçulmana como ele. Mas, as duas partes não chegam a um entendimento, cada líder reclamando a vassalagem do outro.

Finalmente, o Presidente Morsi ordena ao exército para se preparar para atacar a República Árabe Síria, afim de ajudar dos Irmãos Muçulmanos sírios. Esta será a decisão que fará entornar o copo.

O exército egípcio, que se fundiu com o exército sírio de 1958 a 1961, considera a ordem de ataque à Síria como a ameaça máxima ao sonho da unidade árabe de Gamal Abdel Nasser. Ele vira-se, pois, em direção à sociedade civil.

A sociedade egípcia é conhecida pela sua docilidade face ao Poder, e seus súbitos excessos. Ela não reagiu às primeiras medidas do Presidente Morsi, nem sequer aos assassinos de cristãos, antes de se levantar como um todo. Uma vasta coalizão, reunindo a totalidade das formações políticas da esquerda e de direita, incluindo os salafistas, ergue-se contra a Irmandade.

Respondendo ao exército, esta Coligação organiza a maior manifestação da História apelando aos militares para derrubar o ditador Mohamed Morsi e caçar a Irmandade. Durante cinco dias, «transbordando como o Nilo», 33 milhões de Egípcios votam com os pés contra a Irmandade.

Esperando prudentemente o momento em  que os Estados Unidos não possam mais intervir a favor de seu protegido, o exército egípcio derruba Morsi (ex- colaborador do Pentágono, que continua a manter completo acesso aos secretos  militares daDefesa dos E.U.A.), quando os gabinetes em Washington se encontravam fechados para a longa festa do feriado nacional dos EUA. Os Irmãos Muçulmanos tentam manter o poder e opõem-se violentamente ao exército. 

Durante um mês, as ruas do Cairo são palco de terríveis enfrentamentos. Um governo provisório é estabelecido, são convocadas eleições, enquanto os Ocidentais, o Catar e a Turquia, numa lógica da pretensa «eleição democrática» de Morsi, denunciam um «golpe Estado militar». No fim, o general Abdel Fattah al-Sissi, que dirigiu a operação de restabelecimento das instituições, é eleito com 96% dos sufrágios, enquanto a al-Jazeera apela para o seu assassinato.


 
 Em 5 dias, 33 milhões de Egípcios manifestaram-se para que o Exército derrube o Presidente Mohamed Morsi.
 

O restabelecimento das instituições por Abdel Fatah al-Sissi

O marechal Abdel Fatah al-Sissi foi diretor da Inteligência militar no governo do Presidente Mubarak, depois ministro da Defesa no governo do Presidente Morsi.

Numa primeira fase, ele restabelece a ordem e a paz social. Ele liberta os presos políticos. Ele apresenta desculpas aos cristãos pelas perseguições que sofreram e ordena a reconstrução das igrejas que haviam sido queimadas.

Ele remete à Arábia Saudita documentos atestando que Mohamed Morsi preparava um golpe de Estado em Riade, a fim de colocar a Irmandade Muçulmana no poder. O Reino reage, por um lado interditando a Irmandade e, por outro, cobrindo o Egito de doações. Abdel Fatah al-Sisi conseguiu assim encontrar um mecenas para alimentar o seu povo, mau-grado uma economia arruinada.

Afim de satisfazer os Sauditas, o marechal al-Sissi compromete  seu exército com a  guerra contra o  Yemen.  A princípio. o contingente de soldados egípcios se dedica, sobretudo, ao controle da costa, mas a opinião pública egípcia percebe, rapidamente, que o exército israelense está no comando da operação posto ali em acordo com  Riade . Discretamente os soldados egípcios retiram-se, sem que a notícia seja jamais oficialmente anunciada.

Simultaneamente, no Sinai, a Ansar Bait al-Maqdis cessa de atacar os interesses israelitas e vira as suas armas contra o Estado egípcio. Estabelece contacto com o Daesh(E.I.) na Síria e aceita a sua autoridade. Cria, assim, a província do Sinai (Wilayat Sayna) no seio do Califado.

Entretanto, com a ajuda da China, o Presidente al-Sissi duplica o Canal do Suez, muito embora este não seja completamente explorado. Trata-se de preparar o Egito para o desenvolvimento da nova rota da seda, e para o trânsito da gigantesca produção chinesa em direção à Europa.

No verão de 2015 golpe de teatro, a sociedade italiana ENI declara ter encontrado a jazida petrolífera de Zohr, em águas territoriais egípcias. O Cairo poderá vir a extrair o equivalente a 5,5 mil milhões de barris de petróleo.

Mas, as coisas descambam. A Irmandade Muçulmana apoia-se no Daesh(E.I.), no Sinai, e assassinam vários altos-funcionários e magistrados. O exército deixa-se arrastar para uma espiral de violência, enquanto o presidente al-Sissi se aproveita disso para prender os nacionalistas e democratas. Progressivamente as cartas embaralhar-se : o governo defende o interesse nacional, mas persegue os líderes civis que apoiam o seu objetivo oficial.

É então que Mohamed Hassanein Heikal, o antigo porta-voz de Nasser e ícone dos nacionalistas, declara publicamente que chegou o momento para o Presidente al-Sissi de:

denunciar publicamente a «carnificina» que se passa no Yemen ; 

dirigir-se a Damasco para levar o seu apoio ao Presidente Bachar el-Assad contra os Irmãos Muçulmanos ; 

e de se reaproximar do Irã afim de garantir a estabilidade da região. 

Três conselhos que implicam assumir a sua distanciação com a Arábia Saudita.

Com a idade de 87 anos, Heikal morre subitamente sem que o marechal al-Sissi lhe tenha respondido.

Adicionar legenda
Na noite de 11 para 12 de Abril, a edição PDF do quotidiano Al-Masry Al-Youm anuncia em "parangonas" : «Duas ilhas e um doutorado para Salmane… e milhares de milhões para o Egipto». Imediatamente tomado em mão pelo poder, a edição impressa que saiu a 12 de manhã foi corrigida. O título torna-se : «a colheita da visita de Salmane : acordos no valor de 25 mil milhões de dólares».
As ilhas de Tiran e Sanafir

A 11 de Abril de 2016, o rei Salman da Arábia Saudita está de visita ao Cairo. O soberano anuncia investimentos faraônicos no Egito, pelo valor de de US $ 25 mil milhões(bilhões-br). Para surpresa geral, o presidente do Egito anuncia que lhe oferece em agradecimentos as ilhas de Tiran e Sanafir, no âmbito de um acordo de delimitação das fronteiras marítimas.

Estas duas ilhas eram no passado disputadas entre o Egito e a Arábia. Elas fecham o Mar Vermelho. Durante a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou-as. Não querendo entrar no conflito, a Arábia Saudita renunciou à sua reivindicação e deu-as ao Egipto em vez de as defender. Mais tarde, com o acordo de paz israelo-egípcio de Camp David, Telavive e o Cairo internacionalizaram a saída do Mar Vermelho, e o Tsahal(F.D.I.-Forças de Defesa de Israel- ndT) acabou por evacuar Tiran e Sanafir.

As duas ilhas deveriam ser integradas a um enorme projeto de construção de uma ponte, ligando a Arábia Saudita ao Egito por cima do golfo de Aqaba.

Tiran e Sanafir, são para os Egípcios um território que lhes tinha sido reconhecido pela Convenção de Londres, em 1840, e que, depois de muitas vicissitudes, eles recuperaram graças à covardia de Riade durante a guerra contra Israel. É, portanto, inconcebível «oferecê-las» aos Sauditas, mesmo que por alguns milhares de milhões de dólares.

Durante uma semana, sucedem-se as manifestações para exigir um referendo de aprovação quanto a esta cedência. Elas mobilizam sobretudo os nacionalistas, que se interrogam sobre quem é, realmente, o Presidente al-Sissi.
 
http://www.voltairenet.org/article191455.html#nb3
Tradução Alva
 | DAMASCO (SIRIA) 


[1] « L’Albert Einstein Institution : la non-violence version CIA » («Instituto Albert Einstein : a não-violência versão CIA»- ndT), par Thierry Meyssan; “O manual norte-americano para uma revolução colorida no Egipto”, Tradução David Lopes, Rede Voltaire, 21 de Maio de 2011.

[2] “Operação Sarkozy: Como a CIA colocou um dos seus agentes na presidência da República Francesa”, Thierry Meyssan, Tradução de Resistir,Rede Voltaire, 27 de Julho de 2008.

[3] «Procès des membres d’ONG: les Américains quitteront l’Égypte» («Processo de membros de ONG : os Americanos partirão - o Egipto»- ndT), Sputnik, 1er mars 2012.

[4] « La Commission électorale présidentielle égyptienne cède au chantage des Frères musulmans » («A Comissão Eleitoral das presidenciais egípcias cede à chantagem dos Irmãos Muçulmanos»- ndT),Réseau Voltaire, 1er juillet 2012.

[5] « Morsi nomme gouverneur de Louxor un responsable du massacre de 1997 » («Morsi nomeia governador de Luxor um responsável do massacre de 1997»- ndT), Réseau Voltaire, 19 juin 2013.

[6] ««ننفرد بنص التسجيلات بين "مرسي" و"الظواهري" المعزول: لن أعتقل أى جهادي.. والمؤسسات تتحرك بأمري», Al Bawabh, 16 octobre 2013.

terça-feira, 26 de abril de 2016

FPLP: As declarações de Abbas a imprensa alemã são um ataque à luta do povo palestino


merkel-abbas

A Frente Popular para a Libertação da Palestina renova o chamamento  para a Organização de Libertação da Palestina  (OLP) - Comitê Executivo para conter a Autoridade Palestina e os seus funcionários políticos responsáveis ​​por contínuos  ataques ao povo palestino, sua luta e sua revolução. A FPLP chama atenção às novas declarações do presidente da ANP, Mahmoud Abbas ao jornal alemão Der Spiegel:

As declarações de Abbas  e o orgulho demonstrado por suas políticas  de segurança em coordenação com a entidade ocupante são uma provocação contra o povo palestino, posições absolutamente  contrárias à opinião popular palestina, que está ainda mais convencida  do fracasso da Autoridade (ANP) e da inutilidade de sua abordagem para a luta, produzindo  nada além de desastres.



Em particular, a Frente denuncia  a censura e a condenação que  Abbas  faz à  resistência palestina  demonstrada no orgulho  que ostenta pela política de segurança coordenada e pela repressão contra a luta do povo palestino. Abbas chegou ao ponto de declarar satisfação pela prisão de três jovens palestinos , realizadas pela ANP, recentemente, acusados de planejar  ataques contra a ocupação, colocando os  (os jovens palestinos) na complicadíssima situação de risco de vida tanto pela Autoridade Palestina, quanto pela  ocupação sionista.

A FPLP  insiste  que estas  nefastas declarações, proferidas  enquanto crescem os ataques da ocupação sionista  contra o povo palestino, especialmente em Jerusalém, não representam e nunca irão representar a posição do  povo palestino ou do movimento de libertação nacional palestino. A posição de Abbas  expõe  um flagrante ataque   a decisão do Conselho Central Palestino, que acolheu  o direito inalienável  que nosso povo  a resistir à ocupação, por sua libertação; por fim aos acordos de Oslo e que a ANP pare imediatamente a coordenação de segurança com a ocupação sionista.

A Frente Popular pela Libertação da Palestina reafirma a necessidade de conter o presidente da Autoridade Palestina (ANP), responsável por tais declarações  e pelas políticas absurdas e lesivas  que se por um lado produzem danos irreparáveis a luta do povo palestino, na outra ponta,  servem para dar um verniz de legitimidade para os crimes da ocupação e seus ataques mortíferos e ferozes contra o povo palestino. Para completar o quadro, em sintonia com a política que ostenta, Abbas sequer questionou ou protestou contra a política alemã de apoio à entidade sionista (Israel), demonstrado no acordo de fornecimento submarino nuclear da Alemanha a Israel.

Tradução: somostodospalestinos.blogspot.com
Postado: http://pflp.ps/english/2016/04/20/pflp-abbas-statements-to-german-der-spiegel-are-an-attack-on-the-struggles-of-the-palestinian-people/


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Manifestação massiva a favor do Hezbollah na Palestina


A Frente Popular para a Libertação da Palestina organizou  uma grande e  sem precedentes manifestação em favor do Hezbollah em Ramallah, a capital da Autoridade Palestina.  

Dezenas de milhares de palestinos foram a  rua na cidade de Kfar Nameh, na Cisjordânia,  ao lado dos drusos das Colinas de  Golan  da Síria para expressar ao grupo Hezbollah libanês. 

Segundo o com o jornal israelense Yediot Aharonot, a manifestação foi organizada pela Frente Popular para a Libertação da Palestina. 

"Estamos juntos com a resistência. O Hezbollah não é um grupo terrorista" , disse Omar Shahada, membro da FPLP.  

Os manifestantes renderam homenagens à luta que o  Hezbollah leva na Síria e condenaram os grupos Takfiris, aliados de Israel e os EUA. 
Reafirmaram, também, que as resoluções do Conselho da Cooperação do Golfo e da Liga Árabe contra o Hezbollah não representam o povo árabe, mas sim aos governos árabes corruptos e distantes do povo.

Em resposta, a Autoridade Palestina bloqueou todas as transações bancárias com destino as contas pertencentes a Frente Popular pela Libertação da Palestina -  FPLP. 

Em várias e muitas ocasiões, a FPLP, a Jihad islâmica e outros grupos palestinos têm manifestado  apoio  e agradecimentos pelo apoio histórico do Hezbollah à causa palestina.

http://spanish.almanar.com.lb/adetails.php?fromval=2&cid=29&frid=23&seccatid=29&eid=125552

Caças Russos colocam aviões de Israel para "correr" da Síria

Síria: caças russos disparam contra aviões de combate israelenses

Meios de comunicação de Israel anunciaram que  aviões  desse país se aproximaram da base aérea síria de Hamaimim, onde está situada a força russa.
 Los aviones israelíes retrocedieron después de los disparos.
Caças russos Su-30 dispararam duas vezes contra os aviões israelenses que se aproximaram  da base aérea Hamaimim da Síria, onde a força russa está localizado no país árabe.
 
A informação foi divulgada pelo jornal israelense Yediot Aharonot, sem dar mais detalhes sobre o local ou a data do incidente.
Sabe-se que os aviões israelenses foram obrigados a fazer meia volta depois dos disparos e os caças russos retornaram  à base.
Israel tem repetidamente violado o espaço aéreo sírio e bombardeiam alvos no interior do país, longe dos aliados do ISIS informou Almanar. 
No contexto:
Em 30 de setembro de 2015, atendendo a solicitação do governo da Síria, a Rússia deu início a uma operação aérea na Síria, cuja finalidade era  deter a expansão  de grupos terroristas, em particular o autointitulado Estado Islâmico  (Daesh em árabe) e a Frente Al-Nusra.
Na sequencia, a partir de 15 de março, a Rússia anuncia a retirada de suas tropas da Síria , dando por cumprida sua missão de combate ao terrorismo. Nessa ocasião, o chefe de Estado russo garantiu a manutenção da presença russa  no porto sírio de Tartus e no aeródromo Hmeymim.
Na luta que foi travada pela libertação da cidade de  Palmira, a Força Aérea Russa desempenhou um papel decisivo pelo apoio que  deu ao Exército Sírio.
http://www.telesurtv.net/news/Siria-cazas-rusos-disparan-contra-aviones-de-combate-israelies-20160422-0039.html

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Israel "Coopera" ativamente com o Estado islâmico e Al Qaeda. A ajuda militar é enviada à Síria através das Colinas de Golã ocupadas pelos sionistas

Pelo Prof Michel Chossudovsky
Global Research, 19 de abril de 2016


O representante  da Síria nas conversações de paz de Genebra, Bashar Ja'afri acusou Israel de "cooperar" com o ISIS (DAESH) e Al Nusra, grupo filiado da al-Qaeda nas Colinas de  Golan
De acordo com Ja'afari (citado por RT ):
"Essa provocação israelense confirma, sem qualquer dúvida, a cooperação entre Israel e os terroristas de Daesh (Isis) e  a Frente  Nusra na linha de demarcação entre o território ocupado de Golã e onde estão posicionadas as  tropas da ONU."
"Não é uma coincidência em absoluto que esta escalada israelense foi acompanhada de declarações irresponsáveis ​​por membros da  chamada delegação saudita nas negociações aqui em Genebra," Ja'afari acrescentou, referindo-se ao principal grupo de oposição.

A declaração do enviado da Síria para as negociações de paz confirma algo que é conhecido e documentado: Israel ao lado de Arábia Saudita e Turquia é um Estado patrocinador do terrorismo.

Israel não nega que apoia o grupo da  Al Qaeda fora das Colinas de Golã desde o início da guerra contra a Síria (Março de 2011).  O território de Golã  ocupada foi transformada em um centro militar e de logística de apoio à Al Qaeda. Desta forma, a ajuda militar e suprimentos militares são canalizados para a Síria através das Colinas de Golã ocupadas pelos sionistas.

O primeiro-ministro Netanyahu confirmou em um comunicado semi-oficial de que Israel está apoiando os combatentes da Al Nusrah fora das Colinas de Golã. A cúpula militar do IDF (exército de Israel - N.do Blog) reconheceu que "elementos  jihadistas do mundo que atuam   dentro da Síria" , incluindo mercenários estrangeiros, são apoiados por Israel.

Em 2014, o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu visitou o hospital de campanha do  IDF   organizado nas Colinas de Golã ocupada,  usado para tratar feridos mercenários da Frente Al Nusrah. O próprio jornal Jerusalem Post  teve que reconhecer que o hospital está sendo usado para apoiar a insurgência jihadista. (JP, 19 de fevereiro, 2014)

Enquanto o hospital de campanha de Israel era organizado para  apoiar a Al Qaeda em uma operação coordenada por forças especiais da IDF, Netanyahu acusava o Irã  por  "seu apoio a grupos terroristas em todo o mundo". (JP, 19 de fevereiro, 2014):
 Netanyahu viajou para Golã com o ministro da Defesa Moshe Ya'alon e  Chefe do Estado Maior do IDF, tenente-Gen. Benny Gantz.
Em um mirante com vista para a fronteira com a Síria, OC Comando Norte Maj.-Gen. Yair Golan informou a Netanyahu sobre a presença de elementos da jihad global dentro da Síria, assim como sobre o trabalho realizado para fortalecer a fronteira sírio-israelense.(Ibid)


Na imagem abaixo:

"O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya'alon ao lado de um mercenário [terrorista] ferido, hospital de campanha militar israelense na fronteira da Colina de Golã ocupada com a Síria, 18 de fevereiro de 2014" (grifo nosso)



Além disso, vale a pena recordar que, em 2011, no início da guerra na Síria, a OTAN (com o apoio de Israel) envolveu-se ativamente no recrutamento de combatentes islâmicos. Ironicamente, tudo isso  foi confirmado pelos meios de comunicação israelenses. Remanescente do alistamento do Mujahideen para travar a jihad da CIA (guerra santa da CIA) no auge da guerra soviético-afegã, a sede da OTAN em Bruxelas, em articulação com o alto comando turco, de acordo com fontes de inteligência israelenses, estava envolvida no alistamento de milhares de terroristas:
"Também foi discutido em Bruxelas e Ancara, conforme as fontes, que é uma campanha de alistamento de milhares de voluntários muçulmanos em países do Oriente Médio e no mundo muçulmano para lutar ao lado dos rebeldes sírios. O exército turco abrigaria estes voluntários, treiná-los-ia e garantiria  as passagens para a Síria." ( DEBKAfile , 31 de agosto de 2011 ênfase adicionada).


A fonte original deste artigo é Global Research
Copyright © Prof Michel Chossudovsky , Global Research, 2016
tradução : somostodospalestinos.blogspot.com

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O Clube Bilderberg é, portanto, a maior fábrica de terrorismo – e de terroristas – do mundo



Terror, terrorismo, terroristas


 por João Carlos Lopes Pereira [*]
Dresden em ruínas. Quando há um atentado terrorista, como os que aconteceram em Paris ou, agora, em Bruxelas, não consigo entendê-lo como julgo que entende a maioria das pessoas que falam na comunicação social, especialmente nas televisões. Segundo esses comentadores – quase todos eles – os atentados foram cometidos por grupos de fanáticos que têm como objectivo destruir a civilização ocidental – os nossos valores, a nossa cultura, o nosso modo vida – e, como fim último, sujeitar-nos às suas crenças e ao seu domínio. A isto se resumiriam as acções designadas por terroristas. E porque assim é, os terroristas agiriam em nome de uma ideia que visaria destruir o mundo ocidental, o que culminaria na ocupação das nossas casas, na pilhagem dos nossos bens, sem esquecer a imposição da burka às nossas mulheres, tudo isto depois da nossa inevitável conversão – à força, se necessário – ao Islão, após o que seríamos constrangidos a prostrar-nos, não sei quantas vezes por dia, virados para Meca. Não acredito numa coisa assim, e presumo que quem o diz – ou deixa, pelo menos, essa ideia no ar – também não acredita. Podem ser uns papagaios bem pagos, mas tontos a esse ponto não são. Seguramente.

O que está em causa – melhor: o que está por detrás disto tudo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de incontáveis chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram, coisa que começou porque se outorgavam, em nome da fé, ou a seu pretexto, o direito divino de matar, esfolar e queimar, para além de, convenientemente, saquear os incrédulos. Nada disto é segredo para ninguém, qualquer compêndio de história o diz, sabendo-se, por exemplo, como portugueses e espanhóis foram por esse mundo fora, com a cruz numa das mãos e a espada na outra, impingindo os seus credos e cobrando em ouro, prata e outros proveitosos embolsos.

Mais tarde, porque aos impérios, dessas e doutras conjunturas nascidos, competia ter colônias e povos escravizados – toda a África, desde o Mediterrâneo ao Cabo da Boa Esperança, era um mosaico de colônias das potências europeias, o mesmo sucedendo no Médio Oriente, com o Iraque, a Síria, a Palestina e o Líbano a juntarem-se a Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito. E depois – já nos tempos que correm – porque o espírito colonial não morreu com o fim dos impérios, pela razão simples de que as matérias-primas continuam lá (especialmente uma, chamada crude ), a civilização judaico-cristã, que pariu guerras atrás de guerras dentro das suas fronteiras, concluiu que é muito melhor fazê-las fora de portas, a fim de conseguir pela força aquilo que não for possível conseguir pela persuasão, nomeadamente através de governos venais. E quando se tem um parceiro que nasceu com a violência no sangue, para quem as guerras são um modo de vida – refiro-me aos EUA, obviamente – não custa nada convencermo-nos que a civilização começa e acaba nesta coisa chamada Mundo Ocidental.

Nós, ocidentais – digamos assim, apesar de eu não pretender incluir-me no contexto – é que sabemos como devem viver todos os povos. Nós – eu salvo seja, que disso me excluo! – europeus e norte-americanos, é que definimos as regras do jogo. Nós – ou seja: eles – com as nossas/suas gravatas e etiquetas, é que somos verdadeiramente civilizados. Nós – salvo seja eu, ainda e sempre! – que acreditamos que um homem, chamado Moisés, foi convocado por uma criatura divina, chamada Deus, ao cume de um monte árido, chamado Sinai, e ali recebeu duas tábuas onde, escritos pelo dedo do próprio Deus, estavam todos os mandamentos que deveriam orientar os homens para todo o sempre, somos os primeiros a não cumprir, praticamente, nenhum desses mandamentos. Matamos, roubamos, e passamos a vida a desejar e a tentar possuir tudo o que é do próximo, incluindo a sua mulher, e sendo verdade que Deus não disse – ou não escreveu – que seria proibido a uma mulher cobiçar o homem da próxima, por estar, obviamente, subentendido, tal não deixa de suceder, como o mais lerdo dos mortais está farto de saber.

E nós – salvo seja, mais uma vez, que "nós" é apenas uma maneira de dizer – que acreditamos em Moisés, apesar de não haver quem testemunhasse esse encontro com o ser sobrenatural – nós, civilização ocidental, judaico-cristã, que dizemos acreditar ter Deus despachado que ninguém cobiçará a casa do seu próximo, nem a mulher do seu próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava (na altura, Deus ainda considerava que a escravatura era uma coisa excelente, o que prova que até Deus se pode enganar), nem cobiçar o seu boi, nem coisa alguma do seu próximo, nada mais temos feito, nesta velha e civilizada Europa cristã, do que exatamente o contrário do que Deus terá dito – ou escrito – a Moisés. Ou que Moisés, para consolidar o seu lugar de patriarca, terá dito que Deus lhe disse, que é como quem diz: terá escrito aquilo que disse ter sido escrito por Deus. Temos – nanja (jamais (N.do Blog)) eu – passado os séculos a matar e a morrer em guerras fratricidas, apenas porque desejamos aquilo que é do próximo. Isto é: Não há maiores infratores às leis de Deus, do que precisamente aqueles que dizem acreditar que foi Deus quem, através de Moisés, as pôs a circular.

Recorde-se, por exemplo, que uma dessas guerras, a dos Cem Anos chamada – que foi composta por vários conflitos, e que durou, na verdade, cento e dezesseis anos, pois decorreu entre 1337 e 1453 – teve como causas as necessidades de os senhores feudais, que eram cristãos dos pés à cabeça, quererem mais terras do que aquelas que já tinham. Queriam, esses eleitos de Deus, as terras do próximo. E mais o que estava lá, incluindo as mulheres.

Mais tarde, entre 1618 e 1648, decorreu outro conflito, com epicentro na Alemanha, por motivos variados, mas sempre à volta do mesmo: rivalidades religiosas como pretexto, mas, principalmente, por razões territoriais e comerciais. Chamou-se a Guerra dos Trinta Anos. Lá está: queria-se a fazenda e os negócios do próximo. E todos eles – os senhores das partes envolvidas – louvavam a Deus sobre todas as coisas.

De 1803 a 1815, Napoleão Bonaparte, que se considerava o herdeiro da Revolução Francesa, decidiu que deveria levar os valores da Revolução a toda a parte, esquecendo-se ele próprio de os respeitar, pelo que resolveu fazer-se coroar imperador. Safou-se da guilhotina, mas não se safou dos ingleses. Fosse como fosse, falamos de doze anos durante os quais a cristandade mostrou o seu carácter autofágico.

No século passado, nasceram nesta mesma Europa civilizada e cristã até mais não poder ser, os dois maiores conflitos mundiais. E cada um matou mais do que o anterior. Sempre pelas mesmas razões. Independentemente do rastilho que as fez despoletar – ambas rebentaram, por curiosidade, tal como a guerra dos Trinta Anos, na Alemanha – era preciso deitar a mão à riqueza alheia. Hitler chamou ao que era do próximo, o seu – dele, Hitler – Espaço Vital. Tal como os norte-americanos chamam àquilo que querem, esteja lá onde estiver, e seja lá de quem for, os seus Interesses Vitais.

Já vimos, portanto, de que massa é feita esta Europa civilizada, imbuída de ensinamentos bíblicos, cristã até à medula, uma parceira ideal para o Tio Sam, o maior rapinante que anda por aí ao cume da terra. Deus os fez, Deus os juntou, tal como as duas tábuas da lei.

Mas perdi-me do fio inicial. Dizia eu que o que está por detrás disto tudo – do terrorismo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de muitas chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram. É tudo isso amalgamado e utilizado como ingredientes por quem não se amarra a um cinto de explosivos, que não viajou de avião no dia 11 de Setembro, nem foi, como costumava ir, às Twin Towers nesse mesmo dia, nem frequentava o Bataclan. E que, seguramente, sabia que não podia estar no aeroporto de Bruxelas, ou no metro, no dia em que as bombas explodiram. Quem matou, em Bruxelas, é quem vende armas ao Estado Islâmico, é quem lhe compra o petróleo, é quem trata os seus feridos nos hospitais de Israel. É quem despeja bombas sobre as mulheres e as crianças da Faixa de Gaza. É quem roubou as casas e a água aos palestinos.

Quem matou, em Bruxelas, ou em Paris, foi quem colaborou ativamente com a selvática e desumana destruição da Líbia (Allo, monsieur Sarkozy!), executada pela NATO, onde não morreram 30, nem 40, nem 140 pessoas inocentes, mas centenas de milhares de seres humanos tão inocentes como estes do metro e do aeroporto de Bruxelas.

Quem matou em Bruxelas, ou em Paris, foi o reles fantoche que aceitou ser um sinistro mandatário de Obama (Allo, monsieur Hollande!), ao armar e financiar as hordas terroristas na Síria, onde os mortos civis, causados por esta guerra inspirada e alimentada pela França e pelos EUA, já ultrapassaram os 300 mil. Quem vir a Síria de hoje, verá um país cuja devastação faz lembrar o que de pior se viu na II Grande Guerra após um qualquer ataque aéreo. Aquele país moderno, arejado e desenvolvido, onde as religiões conviviam sem ódios ou querelas, onde o nível de vida fazia inveja a muitos países europeus, como Portugal, por exemplo, é hoje um monte de ruínas devido à interferência estrangeira, porque os governantes europeus e norte-americanos consideram que não pode haver exemplos de sucesso fora do sistema capitalista. Ou fora da democracia na sua única versão "aceitável": a versão em que os interesses dos senhores capitalistas (como se dizia há anos), ou dos Mercados, ou dos senhores Investidores (como se diz agora), prevalecem sobre tudo o resto.

(Note-se que a Síria cometeu o horroroso crime de manter o petróleo como riqueza nacional, posto ao serviço de todo o povo, e não de qualquer multinacional).

Quem matou em Bruxelas, como antes em Paris, foram e são aqueles que, dos seus gabinetes governamentais na Europa, ou em Washington, olham para os povos de África ou do Médio Oriente, e desenham no mapa da geoestratégia os destinos que melhor convieram aos seus interesses.

Quer isto dizer que absolvo os homens que se deixaram desumanizar pela violência e pelos vexames a que os seus povos foram sujeitos, fazendo desabar agora sobre pessoas inocentes o peso de décadas e décadas de humilhações sem limites? Não! De modo nenhum! Por razões claras e óbvias, que são as das pessoas comuns, e por mais uma: estas ações em nada afetam o poder dos líderes europeus e norte-americanos. Muito menos o poder de quem comanda esses líderes e, a nível mundial, a vida de milhões de seres humanos, através dos cordeirinhos da economia. Dos Mercados. Ou seja: os senhores Investidores.

Pelo contrário. O terrorismo é o melhor aliado dos senhores Investidores. Enche de medo os cidadãos, e não há melhor petisco para os senhores Investidores, do que um cidadão amedrontado.

Se os terroristas percebessem isto, não atacavam em Paris, nem em Bruxelas. Não matariam as pessoas comuns.

- Então, onde e quem atacariam? – perguntam-me.

- Se estão à espera que eu diga que deveriam atacar quando e onde se reunisse o Clube Bilderberg, desiludam-se. Não digo!

- Porquê? – voltam a perguntar-me.

- Porque o Clube Bilderberg é a maior organização terrorista do mundo. Foi ele que congeminou a Crise, o seu remédio – a Austeridade – e, desta maneira, empobreceu 90% do Humanidade, enriquecendo, em consequência, os restantes 10%.

O Clube Bilderberg é, portanto, a maior fábrica de terrorismo – e de terroristas – do mundo.

Ver também:


  • Terrorismos , de Manuel Augusto Araujo

    [*] Jornalista.


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • Israel opera no tráfico do ouro e nas minas de uranio do Sudão

    Esta foto/arquivo mostra o Movimento Popular de Libertação-Norte (SPLM-N) militantes do povo do Sudão, em um local não revelado no Sul do Estado Kordofan, no Sudão.

    Empresas israelenses se juntaram a militantes no Sudão, que operam minas de ouro e urânio no estado de Kordofan do Sul e o contrabando dessas reservas à Palestina ocupada (Israel), segundo o relatório.

    Hassan Abdallah Dudu, um chefe local, disse que os israelenses estão explorando as reservas minerais em territórios controladoss pelo  Movimento Popular  de Libertação do Sudão -Norte  da (SPLM-N), informou em relatório o Sudanês Media Center (SMC), nesta  quinta-feira.

    Estão contrabandeando o ouro, o urânio e outros minerais através da  fronteira com o sul do Sudão , que vai direto para Israel, informou.

    O relatório afirma que as empresas israelenses também estão realizando operações de perfurações  no estratégico distrito de  Umm Sardaba no estado de Kordofan do Sul.

    Em dezembro de 2014, SMC denunciou que os ativistas do  SPLM-N pelo contrabando de ouro e a utilização dos rendimentos para financiar o grupo  e os ataques contra o governo do Sudão.

    A agência de notícias publicou fotos mostrando  supostamente o alto comando do  SPLM-N operando o comércio de grandes quantidades de ouro com funcionários da oposição sudanes - Movimento de Justiça e Igualdade (JEM) e o Banco do Sudão do Sul  em  Juba.

    Desde 2011, o SPLM-N está em luta  contra o governo sudanês em Kordofan do Sul e Nilo Azul, segundo o Movimento  são marginalizados politicamente e economicamente.

    khartoum (capital do Sudão)  acusa  o vizinho Sudão do Sul, que se separou da República do Sudão em 2011, de apoiar os militantes anti-governo.

    Global Research, April 14, 2016

    quarta-feira, 13 de abril de 2016

    O Estado de Israel atendeu, em 2015, 543 homens armados que lutam contra o Governo sírio

    Israel-atiende-terroristas










    Nota do Blog: A  notícia  que o Estado de Israel, na divisão de tarefas  dentro do império sionista, é responsável pelo atendimento médico aos grupos terroristas, que atuam para desestabilizar e destruir a soberania da Síria como parte da estratégia de dominação da região rica em hidrocarbonetos, é  antiga e já foi denunciada por muitas mídias alternativas, mas é sempre importante registrar as provas que mostram a ligação dos interesses dos grupos ditos "rebeldes" sírios com o sionismo.  Desde o início da tentativa de ocupação da Síria pelo imperialismo, através dos chamados "rebeldes", fomos taxativos na denuncia de que ali estava se operando uma farsa que a pretexto da "democracia" escondia uma operação suja contra o povo sírio e a soberania do país, realizada por mercenários , armados pelos EUA e Israel. Aliás, a mesma estratégia  utilizada na Iugoslávia, na Líbia, no Afeganistão com a ajuda imprescindível das ONGs que atuavam nesses países.
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    Resumen Medio Oriente/HispanTV, 8 de abril de 2016 –  
    O regime de Israel atendeu, em 2015, ao menos 543 dos chamados rebeldes sírios que ficaram feridos durante enfrentamentos, segundo um porta-voz israelense.
    Segundo informou o porta-voz militar do regime de Tel Aviv, Avichay Adraee, os homens armados que lutavam na Síria foram transferidos para os territórios ocupados palestinos para receber assistência médica.
    Estes denominados rebeldes, após completar seu tratamento, retornaram ao território sírio para retomar sua luta contra o Governo do presidente Bashar Al-Asad.
    O porta-voz israelense não confirmou se hoje o regime israelense está tratando mais homens armados. No entanto, ao que parece e considerando os informes de fontes locais, esta prática continua.
    Por sua vez, ditas fontes acreditam altamente provável que alguns elementos armados tratados nos hospitais israelenses oferecem aos serviços de inteligência israelenses informações e atuam como espiões do regime de Israel.
    Anteriormente também se revelaram imagens e evidências do apoio do regime de Tel Aviv aos terroristas e homens armados que lutam entre si e contra as forças governamentais na Síria.
    Em fevereiro de 2014, chegou-se a divulgar imagens do primeiro ministro israelense, Benyamin Netanyahu, visitando terroristas em um hospital militar no território ocupado das Colinas do Golã.
    Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/04/09/el-estado-de-israel-atendio-en-2015-a-543-hombres-armados-que-luchan-contra-el-gobierno-sirio/
    Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

    terça-feira, 12 de abril de 2016

    Cinco jovens palestinos presos e mal tratados pela Autoridade palestina


     11 de abril de 2016
    Ramallah - Tribunal de magistrado da Autoridade Palestina  prolongou a detenção de cinco jovens palestinos para mais interrogatórios. A manutenção das  prisões se aplica aos seguintes jovens: Basil Al-Araj (33 anos), Mohammed Harb (23 anos), Haytham Siyaj (19 anos), Mohammed Al-Salamen (19 anos) e Ali Dar al Sheikh (22 anos). Os advogados da  Associação de apoio aos prisioneiros e dos Direitos Humanos - Addameer confirmaram que os detidos foram submetidos a diferentes formas de maus-tratos, incluindo mantê-los sentados em posições de stress (Shabah), privação de sono,  interrogatórios ininterruptos, espancamentos por todo o corpo, insultos e negação do uso do banheiro -  fatos relatados a um advogado durante a audiência. Desde a prisão  foi lhes negado o acesso a visita de um  advogado, apesar de terem  emitido   uma autorização. As forças policiais da Autoridade palestina prenderam três dos jovens (Basil Al-Araj, Mohammed Harb e Haytham Siyaj) na noite de sábado, próximo de Ramallah, e foram levados para a Unidade de Inteligência em Ramallah. Os outros dois jovens foram presos uma semana antes.
    A Associação Addameer acredita  que as ações das forças de segurança da Autoridade palestina viola  o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP), bem como a Convenção contra a Tortura (CAT), tratados que a Autoridade Palestina é signatária. Estes tratados proíbem o uso da tortura e dos maus-tratos contra os detidos e afirmam o direito dos indivíduos a garantia de um julgamento justo. A Associação  Addameer condena o uso da tortura e dos maus tratos em qualquer circunstância e considera que esta é uma norma que não pode ser suspensa, sob pena dos responsáveis responderem criminalmente. A Addameer sustenta que a Autoridade Palestina deve cumprir as convenções em que é signatária, especialmente considerando a contínua deterioração da situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel.

    Tradução:somostodospalestinos.blogspot.com                                                                                                   http://www.addameer.org/news/five-palestinians-detained-and-tortured-palestinian-security-forces#sthash.9m6RL4cp.dpuf