quarta-feira, 31 de março de 2010

Comunidade árabe e brasileiros se unem em ato do Dia da Terra na Palestina em Foz do Iguaçu

Autoridades iguaçuenses, estudantes e membros de movimentos sociais se uniram aos árabes para protestar contra a ocupação israelense

Em ato público na Praça das Nações (Mitre), membros da comunidade árabe de Foz e região celebraram ontem o Dia da Terra na Palestina (Yawm Al-Ard), que recorda os 34 anos de resistência a invasão de terras palestinas pelo Estado de Israel. A mobilização, realizada de forma semelhante em várias partes do mundo, teve a participação de membros de movimentos sociais, políticos, sindicalistas e autoridades iguaçuenses, entre elas o vice-prefeito, Chico Brasileiro. Em comum, todos protestaram contra a ocupação de Israel, que segue até os dias de hoje.


No Dia da Terra na Palestina, palestinos que ainda vivem nos territórios ocupados por Israel ou no exílio prestam solidariedade às vítimas de uma mobilização ocorrida em 30 de março de 1976. Na época, vários palestinos da Galileia — território ocupado pelo Estado de Israel, em 1948 — que se manifestavam contra a invasão foram reprimidos pelo Exército israelense com violência. Nos confrontos, mais de 90 pessoas foram mortas e 300 acabaram presas.

Causa

"Nesse dia, os colonialistas sionistas atacaram o povoado da Galileia e mataram muitos inocentes que defendiam suas terras e sua liberdade. Por isso desde aquele ano foi lançada esta data como Dia da Terra da Palestina. Hoje, como ato simbólico, as pessoas se unem seja aqui ou em qualquer outro lugar do mundo, palestinos ou não palestinos, como os brasileiros, para defender esta causa nobre", resumiu o xeque Mohsin Alhassani.

A causa à qual se refere é justamente a união do povo palestino, a volta dos refugiados para as suas terras, liberada pelo opressor e o fim do que considera genocídio. "E é neste aspecto que estamos aqui, para lembrar e elevar a voz dos palestinos para que se juntem a nós nesta marcha e nesta luta", disse o líder religioso.

Com os territórios ocupados, milhares de palestinos são mantidos com cerceamento dos direitos na Cisjordânia colonizada. Outros tiveram que se exilar na Jordânia, Líbano, Síria e países vizinhos. "Todos estão dispersados e não têm nem mesmo acesso a familiares e parentes para poder voltar às suas terras, o que lamentamos de coração. Por isso, defendemos que eles tenham esta volta"..

Iniciada em 1948, a ocupação israelense continua em andamento, a exemplo do recente anúncio de construção de assentamentos em Jerusalém Oriental. Este território, parte de uma área ocupada pelo Estado de Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, é tida como fundamental para o Estado Palestino, no futuro. Mesmo assim, as invasões seguem.

Como analisou Mohsin Alhassani, é visto por todo o mundo que "Israel tem atacado muçulmanos, árabes e palestinos. Tem matado, causado prejuízos e expulsado as pessoas de suas terras". No entanto, "infelizmente o mundo inteiro não está fazendo nada. Seja ocidental ou oriental. No mais é apenas repúdio, e no final não acontece nada", criticou.

Lembrando de outros conflitos onde há a pronta intervenção da ONU e das grandes potências da Europa, além dos EUA, "na Palestina ninguém mexe". "É como se os sionistas e israelenses não tivessem alguém para derrubá-los. Isso é o que lamentamos. Na verdade, chamamos os brasileiros e os demais povos que se interessam pela liberdade, igualdade, solidariedade e fraternidade, que se manifestem", conclamou o religioso.

União

A união, convocada por Mohsin Alhassani, pode ser notada durante o ato de ontem, quando dezenas de brasileiros estiveram lado a lado de membros da comunidade. Para Amer Mahmud, "é uma forma de resistência e de mostrar ao povo brasileiro o que se passa na Palestina". "As pessoas em sua própria terra não têm liberdade. Há bloqueios em cada cem, 200 metros. Queremos que sejam livres e tenham direito de ir e vir. Agora mesmo, Israel constrói assentamentos em Jerusalém Oriental. Ou seja, eles querem de uma vez tirar os palestinos da cidade"..

Para o jovem, os brasileiros estão na mesma causa: "Eles nos ajudam e ficamos gratos por isso".

Apoio

O vice-prefeito, Chico Brasileiro, disse que Foz do Iguaçu é um exemplo para o mundo sobre como se vive em paz e harmonia reunindo mais de 70 etnias. "Estamos aqui para expressar a nossa solidariedade à causa palestina", afirmou.



Para o organizador do evento, Jihad Abuali, a memória da data é hoje um retrato fiel da realidade vivida na Palestina. "O que aconteceu há anos é o que acontece ainda hoje. O que vemos não é lembrança, é o cotidiano da luta, da resistência pelo território", comentou. A principal referência atual está na determinação recente do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netaniarro, que estabeleceu a construção de 1.600 casas na Jerusalém Oriental.

Com o ato público que ocorre em várias partes do mundo, os palestinos desejam chamar atenção para a ocupação de seu território e pedir justiça. "Todos os anos fazemos esse chamamento para que o mundo saiba o quanto os palestinos têm sofrido com essa ação, com a invasão. O que queremos é liberdade e justiça para o povo da Palestina."

Para Abuali, hoje a principal indignação está relacionada ao posicionamento da Organização das Nações Unidas. "Israel nunca respeitou as resoluções da ONU, há décadas nunca respeita os limites."

Em Foz, a promoção do evento é assinada pela Sociedade Árabe-Palestina-Brasileira e deve reunir cerca de 400 pessoas. "Aguardamos palestinos, pessoas que não integram a comunidade árabe também estão convidadas, esse ato não tem nada a ver com religião."

Presidente

De acordo com Abuali, as declarações de apoio ao povo palestino, feitas pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, foram fundamentais. "Ele disse que os palestinos sofrem com o bloqueio, que classificou de cruel, feito por Israel."

No movimento em Foz, botons com a inscrição Palestina Livre serão distribuídos, e os lenços palestinos (hata) também serão utilizados. O lenço é conhecido como símbolo da resistência palestina.

Publicada na Gazeta de Iguaçu

Em defesa da Palestina


Árabes, palestinos e descendentes, com apoio de brasileiros, fizeram ontem uma manifestação em Foz do Iguaçu contra a apropriação de terras palestinas por parte de Israel. Durante o protesto, batizado de Dia da Terra (Yawm Al-Ard), os participantes exibiram fotos, faixas e fizeram discursos na Praça das Nações, no centro de Foz, para lembrar a causa palestina.

A data surgiu como lembrança histórica da resistência de 1976, ocasião em que vários palestinos da Galileia (território ocupado em 1948) manifestaram-se contra a invasão e ocupação de suas terras pelo Estado de Israel. “A história está se repetindo, o que aconteceu há 30 anos está acontecendo hoje”, diz Jihad Abu Ali, representante da Sociedade Árabe Palestina de Foz do Iguaçu, responsável pelo evento.

MOBILIZAÇÕES E REPRESSÃO DO EXÉRCITO DE OCUPAÇÃO MARCAM O DIA DA TERRA EM TODA PALESTINA


(Foto: miles de manifestantes palestinos no interior de Israel, na aldeia de Sajnin com a proibida bandeira palestina)

Durante todo o dia de ontem houve manifestações pelo "Dia da Terra Palestina", tanto nos territórios palestinos de 1948 (hoje chamado Israel), como nos territórios palestinos ocupados e na sua capital ocupada Jerusalém. Em Sajnin Galilea, uma das tantas aldeias e cidades palestina dominadas na criação de Israel, em 1948, ainda que majoritariamente habitadas por palestinos, foi o lugar onde começou a Intifada de 30 de março de 1976, contra a usurpação de suas milenárias terras, marcando o "Dia da Terra". Mais de 8 mil palestinos, com cidadania israelense obrigatórias, foram para as ruas com bandeiras palestinas, rompendo com as proibições israelitas de usar as bandeiras, para protestar contra a ocupação das terras palestinas.
Entre as canções entoadas se escutava: "Barak, Barak Quantos crianças já matou hoje?" , em referência aos crimes de lesa humanidade do ministro de Defesa israelita Ehud Barak.

JESRUSALÉM
As manifestações palestinas foram fortemente reprimidas, como nas outras cidades.

GAZA
As manifestações em Gaza foram atacadas pelo exército de ocupação sionista matando o menino palestino Mohammed Zeid Ismail al Fermawi, de 15 anos no entorno do destruido Aeroporto Yasser Arafat, a oeste de Rafah, segundo Moawiya Hasanein, chefe dos serviços de urgência palestinos em Gaza. Outros 20 jovens palestinos foram feridos, entre eles o menino Riad Abu Namus de 9 anos, que se encontra em estado grave, informou a mesma fonte.

HAMAS
Em um comunicado difundido hoje, 31 de março, assegurou que a morte do menino, como as mortes do fim de semana passada, não ficarão impunes e chamou a resistência contra a ocupação.

30 DE MARÇO – O DIA DA TERRA PALESTINA

Arte do artista palestino Majed Al Mokdad
(Nota Política do PCB)

No mundo inteiro, o dia 30 de março tem um significado especial para os internacionalistas. Neste dia, em 1976, na Galiléia, uma poderosa greve geral organizada pelos trabalhadores palestinos, contra o confisco de suas terras pelo exército sionista, é reprimida violentamente pela força de ocupação.

Desde então, os internacionalistas comemoram o dia 30 de março como o Dia da Terra, uma forma de celebrar todos os anos a resistência e a luta desse sofrido e combativo povo em defesa de suas terras e de sua cultura.

De lá para cá, pouca coisa mudou. Os palestinos continuam diariamente sendo assassinados, presos e humilhados pelo exército de Israel; seu território continua sendo diariamente apropriado pelos sionistas, suas casas derrubadas; continua a construção e ampliação de colônias, nas terras palestinas, para assentar judeus europeus.

A ameaça de transformar lugares sagrados para a religião dos mulçumanos - especialmente a explanada das Mesquitas, onde se encontra a importante Mesquita de Al Aqsa - em sítios para a religião judaica está sendo levada a cabo pelas autoridades israelitas.

Em Gaza, a população sitiada, que sofre os horrores do Bloqueio Econômico que impede a entrada de alimentos, remédios, combustível e toda sorte de produtos para necessidades básicas, está sendo frequentemente bombardeada pelo exército invasor, que impiedosamente mata sem discriminação homens, mulheres e crianças palestinas.

Neste dia 30 de março, cujo símbolo é uma oliveira, aproveitamos para reforçar nosso irrestrito apoio à resistência do povo palestino, nossa solidariedade à sua luta contra o sionismo e mais uma vez afirmar a defesa intransigente por uma Palestina Laica e Democrática para todos, com o retorno dos refugiados e tendo Jerusalém como capital.

Viva a intifada; viva a resistência do povo palestino!

PCB – Partido Comunista Brasileiro
Secretariado Nacional
30 de março de 2010

Mobilizações no Dia da Terra em Defesa da Palestina


Árabes, palestinos e descendentes, com apoio de brasileiros, fizeram ontem uma manifestação em Foz do Iguaçu contra a apropriação de terras palestinas por parte de Israel. Durante o protesto, batizado de Dia da Terra (Yawm Al-Ard), os participantes exibiram fotos, faixas e fizeram discursos na Praça das Nações, no centro de Foz, para lembrar a causa palestina.
A data surgiu como lembrança histórica da resistência de 1976, ocasião em que vários palestinos da Galileia (território ocupado em 1948) manifestaram-se contra a invasão e ocupação de suas terras pelo Estado de Israel. “A história está se repetindo, o que aconteceu há 30 anos está acontecendo hoje”, diz Jihad Abu Ali, representante da Sociedade Árabe Palestina de Foz do Iguaçu, responsável pelo evento.
Fonte : GAZETA DO POVO
Foto : Christian Rizzi/Gazeta do Povo

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia da terra em São Paulo -SP

Cultura no Dia da Terra

30 de março, terça-feira

19:00 h

Centro Cultural Gianfrancesco Guarnieri

Rua Vergueiro, 2485 - Vila Mariana (próximo ao metrô Ana Rosa)

Exibição do filme “Porta do Sol” seguida de debate - Entrada franca

Sinopse: Porta do Sol (Bab El Chams, La Porte du Soleil) – Parte 1
130 min., cor, Egito-Palestina-França, 2006, DVD
Árabe com legendas em português
Direção: Yousry Nasrallah
Baseado no livro homônimo de Elias Khoury
Filme retratado em dois episódios, conta a história de Yunis, um velho palestino da resistência que está em coma em hospital nos arredores de Beirute. Sua trajetória é narrada por Khalil, enfermeiro que fica a seu lado dia e noite, recusando-se a admitir que seu herói jamais ganhe consciência novamente. Vemos sua infância, seu casamento com Nahila, sua ausência no momento em que sua vila é destruída em 1948. Trata-se de um filme de ficção, mas que tem como pano de fundo a história palestina e mostra, com clareza e beleza, imagens difusas ao longo da ocupação. Mostra a humanidade e, com delicadeza, o enorme sofrimento de um povo que perde o seu lar e a sua pátria.

O Dia da Terra

Representado pela árvore da oliveira, o Dia da Terra é celebrado em diversas partes do globo. Foi instituído para lembrar protesto de palestinos que ocorreu no dia 30 de março de 1976 contra a invasão e ocupação de suas terras pelo exército de Israel na Galiléia, o qual reprimiu violentamente a manifestação, atingindo de forma indiscriminada homens, mulheres e crianças. Como resultado, seis palestinos foram assassinados e centenas deles ficaram feridos ou foram presos.

Por ocasião da sua passagem, neste ano, o Mopat (Movimento Palestina para Tod@s), a Sociedade Árabe-Palestina de São Paulo e o Centro Cultural Gianfrancesco Guarnieri realizarão atividade no dia 30 de março que contará com exibição do filme “Porta do Sol”. Este integra o acervo do ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) – o qual, juntamente com a Frente em Defesa do Povo Palestino e o Centro Universitário Cultura e Arte da UNE-SP (União Nacional dos Estudantes), apóia a iniciativa.

Ao não deixar cair no esquecimento a morte de cidadãos comuns e trazer informações sobre o tema complexo, as entidades organizadoras e apoiadoras levantam a bandeira dos que lutam contra a criminalização dos movimentos sociais e pela democracia plena, com justiça social.

Realização

Mopat - Movimento Palestina para Tod@s

Sociedade Árabe-Palestina de São Paulo

Centro Cultural Gianfrancesco Guarnieri

Apoio

ICArabe - Instituto da Cultura Árabe

Frente em Defesa do Povo Palestino

Centro Universitário da UNE - União Nacional dos Estudantes

domingo, 28 de março de 2010

Dia da terra em Foz do Iguaçu - PR

Comunicamos ao Ilustre Órgão de Imprensa, Dia da Terra Palestina

Significado da data "30 de março - Dia da Terra Palestina"
Hoje, nas terras invadidas da Palestina, nos campos de refugiados e nas emigrações da Diáspora e um pouco por todo o mundo, em sinal de solidariedade, comemora-se o 34.º “Dia da Terra” (Yawm Al-Ard), como um dia de protesto e de resistência, contra a apropriação, por Israel, da terra Palestina.

Em 1976 em resposta ao anúncio do governo israelense de um plano que iria confiscar terras, em áreas árabes, para construir novas colônias e ampliar cidades judaicas, foi organizada uma greve geral pelos palestinos e diversas manifestações nas cidades árabes da Galiléia ao Negev.

O governo israelense, através do seu exército nazi-sionista, reprimiu violentamente com tanques e artilharia pesada. O saldo do confronto foram seis jovens, cidadãos árabes, mortos e 96 feridos e 300 presos.

Desde então, o 30 de Março, tornou-se anualmente num Dia de comemorações e de manifestações, realizadas não só por cidadãos palestinos, mas por árabes e demais cidadãos de todo o mundo.

Hoje, o "Dia da Terra" simboliza também a resistência palestina à ofensiva em curso, de Israel, no tocante à continuada expropriação de terras, ao apartheid, à colonização e à ocupação.

Ato publico com comunidade árabe , Autoridades da cidade , simpatizantes e convidados ,
Durante todo o dia haverá exposição de fotos e faixas e cartazes na praça .
Local: Praça do Mitre ( Foz do Iguaçu )
Data: 30/03/2010
Horário: 10:00h

sábado, 27 de março de 2010

Atividade Dia da Terra Palestina em Porto Alegre - RS

Na próxima terça – feira (30/03) a Associação Cultural José Marti/RS, em apoio ao Povo Palestino que nesta data comemora o “Dia da Terra” – símbolo da resistência palestina à ofensiva continuada de Israel deexpropriação de terras, apartheid, colonização e ocupação -, convida para a projeção do filme “Occupation 101 – A Voz da maioria Silenciada”, dos diretores Abdallah Omeish e Sufyan Omeish , 2006, com duração de 80 minutos.

O filme trata das raízes históricas do conflito entre Israel e Palestina, entre os quais: a primeira onda de imigração dos judeus europeus para a região da Palestina nos anos de 1880; as tensões de 1920; as guerras de 1948 e 1967; a primeira Intifada de 1987; o processo de paz de Oslo; a expansão dos acampamentos judeus; o bloqueio econômico; a ocupação feita por Israel na Faixa de Gaza; o papel dos EUA no conflito e o testemunho das vítimas da ocupação.

Local: Sede da ACJM/RS – Rua dos Andradas, 1560 – 16º andar – Galeria Malcon - POA

Horário: 19h

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Comite Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino promove evento para comemorar o Dia da Terra Palestina!

Através da exibição do filme Occupation 101 - A Voz da Maioria Silenciada, o Comitê pretende criar uma confraternização e reflexão sobre a situação da Palestina hoje!
O evento será no dia 30 de março de 2010 - terça-feira, às 19 horas, no Museu da Escola Catarinense (antiga FAED) - UDESC. Projeto Cinearth. Rua Saldanha Marinho, 196, Centro, Florianópolis, SC.
Após o filme haverá debate com
Khader Othmann - Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino e jornalista Elaine Tavares .
Entrada Franca
Sinopse:
dos diretores Abdallah Omeish e Sufyan Omeish , 2006, duração 80 minutos.
O filme trata das raízes históricas do conflito entre Israel e Palestina, abrangendo uma ampla gama de assuntos, entre os quais: a primeira onda de imigração dos judeus europeus para a região da Palestina nos anos de 1880; as tensões dos anos de 1920; as guerras de 1948 e 1967; a primeira Intifada de 1987; o processo de paz de Oslo; a expansão dos acampamentos judeus; o bloqueio econômico e a ocupação de Israel na Faixa de Gaza; o papel dos EUA no conflito; o testemunho das vítimas da ocupação israelense.


Significado da data "30 de março - Dia da Terra"

Hoje, nas terras invadidas da Palestina, nos campos de refugiados e nas emigrações da Diáspora e um pouco por todo o mundo, em sinal de solidariedade, comemora-se o 34.º “Dia da Terra” (Yawm Al-Ard), como um dia de protesto e de resistência, contra a apropriação, por Israel, da terra Palestina.

Em 1976 em resposta ao anúncio do governo israelense de um plano que iria confiscar terras, em áreas árabes, para construir novas colônias e ampliar cidades judaicas, foi organizada uma greve geral pelos palestinos e diversas manifestações nas cidades árabes da Galiléia ao Negev.

O governo israelense, através do seu exército nazi-sionista, reprimiu violentamente com tanques e artilharia pesada. O saldo do confronto foram seis jovens, cidadãos árabes, mortos e 96 feridos e 300 presos.

Desde então, o 30 de Março, tornou-se anualmente num Dia de comemorações e de manifestações, realizadas não só por cidadãos palestinos, mas por árabes e demais cidadãos de todo o mundo.

Hoje, o "Dia da Terra" simboliza também a resistência palestina à ofensiva em curso, de Israel, no tocante à continuada expropriação de terras, ao apartheid, à colonização e à ocupação.
Sua presença e sua solidariedade são fundamentais na luta de libertação da Palestina!
Divulgue esse evento, repasse este convite para seus amigos!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Urânio empobrecido: Um crime de guerra dentro de uma guerra criminosa


Os povos iraquiano, palestino, afegão são vítimas fatais da utilização das armas produzidas com o lixo nuclear, armas largamente produzidas e utilizadas pelos exércitos de ocupação dos Estados Unidos da América e sua base militar no Oriente Médio, Israel.

O resultado de sua utilização a médio prazo, você pode verificar com seus olhos:


por William Bowles

Como se destruir um país e a sua cultura não fosse suficientemente mau, o que dizer acerca da destruição do seu futuro, dos seus filhos? Quero bradar isto de cima dos telhados! Somos cúmplices em crimes de tamanha enormidade que acho difícil encontrar as palavras para descrever o que sinto acerca deste crime cometido em meu nome! Em nome do mundo "civilizado"?
"Esqueça-se do petróleo, da ocupação, do terrorismo ou mesmo da Al-Qaeda. O perigo real para os iraquianos destes dias é câncer. O câncer está a propagar-se rapidamente no Iraque. Milhares de bebés estão a nascer com deformidades. Os médicos dizem que estão a lutar para enfrentar o aumento do câncer e dos defeitos natos, especialmente em cidades sujeitas a pesado bombardeamento americano e britânico". — Jalal Ghazi, para New America Media Segundo Dahr Jamail, "Os militares estado-unidenses e britânicos utilizaram mais de 1700 toneladas de urânio empobrecido (depleted uranium, DU) no Iraque durante a invasão de 2003 (Jane's Defence News, 4/2/04) acima da 320 toneladas utilizadas na Guerra do Golfo de 1991 (Inter Press Service, 3/25/03). Literalmente, todas as pessoas com quem falei no Iraque durante os meus nove meses de reportagem ali sabem de alguém que sofre ou morreu de câncer. (...) Ghazi cobriu Faluja, a qual absorveu a carga de duas maciças operações militares dos EUA em 2004, até 25 por cento dos nascituros têm sérias anormalidades físicas. As taxas de câncer em Babil, uma área a Sul de Bagdad, elevaram-se de 500 casos em 2004 para mais de 9000 em 2009. O Dr. Jawad al-Ali, director do Centro de Oncologia em Bassorá, disse à Al Jazeera English (10/12/09) que houve 1885 casos de câncer no ano de 2005, agora de 1250 a 1500 pacientes visitam o seu centro a cada mês. — 'The New 'Forgotten' War' By Dahr Jamail, 15 March, 2010
Mesmo a BBC foi forçada a reconhecer a realidade (Ouçam: 'Child deformities 'increasing' in Falluja' 4 March, 2010). Mas é verdade que pesquisei o sítio web da BBC em busca do vídeo clip que havia visto na semana passada, de modo que fui poupado às cenas horrorosas que testemunhara, registadas no hospital principal de Faluja. Se isto tivesse sido uma herança de Saddam, teríamos visto imagens como aquelas acima repetidas infindavelmente nos mass media, completadas com resoluções da ONU e tudo o mais. Esta peça curta colocada no sítio web da BBC finalizava assim:
"Numa declaração, o Pentágono disse que "Nenhum estudo até à data indicou questões ambientais que resultassem em questões específicas da saúde. Munições não explodidas, incluindo dispositivos explosivos improvisados, são um perigo reconhecido" ".
Fim da história, tanto quanto o que preocupa a BBC. Assim, como é que isto não é uma manchete? Mesmo a Coligação Travem a Guerra (Stop the War Coalition) mal menciona o assunto, mais preocupada aparentemente com os apuros dos guerreiros do imperialismo, dos guerreiros britânicos que dispararam esta coisa imunda não só contra inocentes iraquianos como também contra inocentes da antiga Jugoslávia e do Afeganistão. Mas então somos os cidadãos do Império, o que explica porque Stop the War tem pouco ou nada a dizer sobre o assunto.
"Quando disseram que o urânio empobrecido era a arma preferida do império estado-unidense, eles mentiam. A palavra 'empobrecido' é um truque de relações públicas. Ela faz parece que o material nuclear está esgotado. Não está. É urânio. Vamos chamá-lo urânio. Por outras palavras, DU é o resíduo nuclear de baixo nível. O DU também pode conter traços significativos de "neptúnio, plutónio, amerício, tecnícium-99 e urânio-236". – http://tuberose.com/
As declarações do governo britânico e estado-unidense de que o Depleted Uranium é uma arma "convencional" são contraditadas pelos factos:
O armamento com urânio empobrecido (DU) cumpre a definição de armas de destruição em massa em duas de três categorias sob o U.S. Federal Code Title 50 Chapter 40 Section 2302.
Desde 1991, os EUA libertaram atomicidade equivalente a pelo menos 400 mil bombas de Nagasaki na atmosfera global. Isto é 10 vezes a quantidade libertada durante testes atmosféricos, a qual era o equivalente a 40 mil bombas de Hiroshima. Os EUA contaminaram permanentemente a atmosfera global com poluição radioactiva que tem uma semi-vida de 2,5 mil milhões de anos.
Os EUA conduziram ilegalmente quatro guerras nucleares na Jugoslávia, Afeganistão e duas vezes no Iraque desde 1991, chamando o DU de armamento "convencional" quando de facto é armamento nuclear.
O DU no campo de batalha tem três efeitos sobre sistemas vivos: é um veneno químico como metal pesado, um veneno "radioactivo" e tem um efeito de "partícula" devido à dimensão das partículas que é de 0,1 mícrons ou mais pequeno.
Os planos para o DU como armamento são de um memorando de 1943 do Gen. L. Groves, do Projecto Manhattan, que recomendou o desenvolvimento de materiais radioactivos como armas de gás venenoso – bombas sujas, mísseis sujos e balas sujas.
As armas com DU são penetradoras com energia cinética muito efectiva, ainda mais efectiva do que as bio-armas uma vez que o urânio tem uma forte afinidade química para estruturas de fosfato concentradas no DNA.
O DU é o Cavalo de Tróia da guerra nuclear – ele mantém-se presente e continua a matar. Não há maneira de limpá-lo e nenhuma maneira de anulá-lo porque ele continua a desintegrar-se em outros isótopos radioactivos em mais de 20 passos.
Terry Jemison do U.S. Department of Veterans Affairs declarou em Agosto de 2004 que mais de 518 mil veteranos do Golfo (período de 14 anos) estão agora com incapacidade médica e que 7.039 foram feridos no campo de batalha naqueles mesmo período. Mais de 500 mil veteranos dos EUA estão sem casa.
Em alguns estudos de solados que tiveram bebés normais antes da guerra, 67 por cento dos bebés pós-guerra nasceram com defeitos graves – com falta de cérebro, olhos, órgãos, pernas e braços e doenças do sangue.
No Sul do Iraque, cientistas estão a relatar níveis de radiação gama no ar cinco vezes mais elevados, o que aumenta a carga corporal diária dos habitantes. De facto, o Iraque, a Jugosláveis e o Afeganistão são inabitáveis.
O câncer começa com uma partícula alfa sob as condições certas. Um grama de DU é da dimensão de um ponto nesta sentença e liberta 12 mil partículas alfa por segundo. – http://tuberose.com/ De modo que todas vocês, pessoas alegadamente civilizadas, o que estão a fazer acerca disto?
PS: Oh, esqueci-me das armas com DU fornecidas a Israel pelos EUA, também lançadas sobre o povo de Gaza.
Este artigo foi postado do : http://resistir.info/ .

terça-feira, 23 de março de 2010

QUEBRANDO O SILÊNCIO



Entenda em 6 min. a natureza do ESTADO SIONISTA:
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=oWPW7yUjmwU

Antigos soldados israelenses fundam Breaking the Silence para quebrar o silêncio e revelar os abusos cometidos por seu Exército nas zonas ocupadas. Eles realizam um giro pela Europa e Estados Unidos em busca de apoio.Pela primeira vez, a organização israelense pelos direitos humanos Breaking the Silence (Quebrando o Silêncio) veio à Alemanha falar da situação nos territórios palestinos – tema que é tabu em seu próprio país.
Os fundadores e membros ativos são ex-soldados e reuniram fotos e vídeos de testemunhas oculares sobre os maus tratos, os saques e a destruição arbitrária perpetrados pelo Exército de Israel.
Desde 2004, a associação informa a opinião pública de seu país e internacional sobre a ocupação israelense, porém esta é sua primeira turnê sistemática pela Europa e os Estados Unidos. "Pois acreditamos que Gaza foi uma virada séria. Na qualidade de soldados que estiveram lá, nosso dever moral é contar ao mundo o que fizemos", explica o reservista Yehuda Shaul, referindo-se à guerra conflagrada na Faixa de Gaza há cerca de um ano.

Na Alemanha, seus interlocutores são políticos, funcionários do Ministério das Relações Exteriores e membros da comissão de direitos humanos. E seu principal argumento e arma são narrativas em primeira mão. Como a do soldado Amir, referindo-se à guerra em Gaza."Nas conversas com os oficiais, logo ficou claro que desta vez não se tratava de uma operação, mas sim de uma guerra sem luvas de pelica. As orientações que recebíamos antes, para poupar os civis, não valiam dessa vez. Pelo contrário, se houver problemas, atira-se e não se faz perguntas."

A lógica dos que tudo podem Shaul revela a cruel lógica do ocupador. "A pessoa se acostuma tão rápido. Por exemplo, se quer assistir um jogo de futebol, você observa onde há um telhado com antena parabólica, entra na casa, tranca a família em um quarto e assiste ao jogo. Todos nós, soldados, fizemos esse tipo de coisa."Assim como outros atos, bem menos "inocentes".

Judeu ortodoxo, nascido em Jerusalém, Yehuda Shaul cumpriu seus três anos de serviço militar em Hebron, onde uma minoria de 600 colonos judeus extremistas vive entre 220 mil palestinos. Lá, ele tanto presenciou quanto participou de diversas ações para tornar um inferno a vida dos palestinos: espancamentos e humilhações, automóveis confiscados, propriedades danificadas, profanação dos mortos.Com 27 anos de idade, Yehuda Shaul revela haver cometido, em seu serviço militar em Hebron, suficientes atos criminosos para várias décadas de prisão. "O motivo por que não tive que responder a um processo é claro: nesse caso, também meus superiores teriam que ir a tribunal. Gostaria que isso acontecesse, seria o mais importante ato político que poderia realizar em minha vida: responder pelo que fiz. Pois assim todo o sistema de injustiça da Cisjordânia iria a julgamento.

Papel negativo da Alemanha
Também Yahav Zohar, do Comitê Israelense Contra a Destruição de Casas, participou da viagem pela Alemanha, onde visitou 24 cidades. Ele chamou atenção para o envolvimento alemão nas violações dos direitos humanos na Cisjordânia e em Gaza. "Por exemplo: a lei alemã proíbe exportar armas para locais onde elas possam ser empregadas contra os direitos humanos e na repressão de civis." Assim, já seria um grande avanço se o país se ativesse à sua legislação.

Ele registrou como é difícil para os alemães falar de forma imparcial do conflito entre Israel e palestinos. "Considero um perigo para a democracia alemã haver um tema que não pode ser tocado publicamente; que haja coisas aqui, que não se pode pronunciar, embora não se trate nem de agitação popular nem de incitamento à violência."

Zohar afirma que cresce o movimento internacional de ativistas dos direitos civis que exigem uma solução pacífica e justa para o Oriente Médio e que insistem no cumprimento dos direitos humanos. Somente na Alemanha esse movimento não encontra apoio. E isto impede que a União Europeia modifique sua política em relação a Israel e exija o respeito ao direito internacional, criticou o ativista israelense.
Autores: Bettina Marx / Augusto ValenteRevisão: Márcio Damasceno
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5375216,00.html

segunda-feira, 15 de março de 2010

O QUE É O SIONISMO?

Por Ralph Shoeman
A comunidade judaica internacional deve repudiar o Estado de Israel, fundado por amigos de nazistas e colaboradores do Holocasuto. O tenebroso Holocausto de judeus na Europa na década de 40 jamais foi combatido pelo movimento sionista (fundador do Estado de Israel). Ao contrário, o movimento sionista colaborou (inclusive financeiramente) com a Alemanha nazista em diversos momentos, e chegou a fazer acordos com os nazistas na Hungria para que o Holocausto fosse levado adiante, com a liberação de apenas uma "elite" de alguns poucos judeus "jovens, saudáveis e inteligentes" dispostos a ir participar da invasão da Palestina, enquanto o restante poderia perecer nas câmeras de gás. O sionistas tinham interesse no Holocausto, pois servia para afugentar os judeus da Europa, em direção ao Oriente Médio, para participarem da invasão da Palestina e do consequente massacre terrorista contra os habitantes daquela terra, os árabes palestinos. Essas afirmações, que podem chocar algumas pessoas pelo seu "ineditismo", são baseadas em verdades históricas puras e simples, ignoradas durante décadas pela grande mídia. Não se trata de "revisionismo" (o porco movimento neonazista que afirma que o "Holocausto não existiu"), pelo contrário, trata-se do reconhecimento de que o Holocausto nazista de judeus existiu, foi um enorme crime contra a humanidade, e que foi apoiado pelo movimento sionista (fundador de Israel).
Não são afirmações vazias e sem prova, e sim fruto de uma pesquisa histórica séria de vários autores, muitos deles JUDEUS, baseados em diversas fontes que incluem até mesmo autos de processos judiciais que correram em tribunais do próprio Estado de Israel.

Um dos historiadores JUDEUS que escreveu sobre o tema da colaboração entre sionistas e nazistas foi Ralph Schoenman, autor do livro "A História Oculta do Sionismo" (The Hidden History of Zionism), datado de 1988. Neste livro, onde Schoenman analisa de um ponto de vista científico as origens do movimento sionista, e denuncia seus crimes contra os palestinos e contra os próprios judeus, existe um capítulo inteiro dedicado à análise da colaboração entre movimento sionista e Alemanha nazista, e da cumplicidade sionista no Holocausto. O capítulo, de número 6, tem o título "O sionismo e os judeus" (Zionism and the Jews), e pode ser lido integralmente, em inglês, neste link: http://www.marxists.de/middleast/schoenman/ch06.htm
(fonte:www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/07/358170.shtml)

ENTREVISTA COM O AUTOR DO LIVRO " A HISTÓRIA SECRETA DO SIONISMO"
O escritor e diretor da Campanha Palestina pede o fim de toda a ajuda ao Estado de Israel e acusa: “A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas”
Ralph Schoenman foi diretor-executivo da Fundação pela Paz Bertrand Russel, papel através do qual conduziu negociações com inúmeros chefes de Estado. Com seu trabalho assegurou a libertação de prisioneiros políticos em muitos países e fundou o Tribunal Internacional dos Crimes de Guerra dos Estados Unidos na Indochina, organização da qual foi secretário-geral. Velho militante na vida política, fundou o Comitê dos 100, que organizou a desobediência civil massiva contra as armas nucleares e as bases americanas na Grã-Bretanha. Foi também fundador e diretor da Campanha de Solidariedade ao Vietnã e diretor do Comitê “Quem Matou Kennedy?”.Tem sido líder do Comitê por Liberdade Artística e Intelectual no Irã e co-diretor do Comitê em Defesa dos Povos Palestino e Libanês e do Movimento de Solidariedade de Trabalhadores e Artistas Americanos. Atualmente é diretor executivo da Campanha Palestina, que clama pelo fim de toda ajuda a Israel e por uma Palestina laica e democrática.

T&D – Em seu livro The Hidden History of Zionism (A História Oculta do Sionismo), você descreve quatro mitos sobre a história do sionismo. Nós gostaríamos que você explicasse um pouco seu livro.
Schoenman – O meu trabalho na Fundação Bertrand Russel foi importante por me dar a chance de documentar fatos da formação do Estado sionista de Israel. Em cursos e palestras que proferi em mais de uma centena de universidades americanas e européias, pude constatar que as pessoas não sabiam, não tinham conhecimento da história do movimento sionista, dos seus objetivos e de vários fatos. Nessas ocasiões deparei com concepções equivocadas sobre a natureza do Estado de Israel e foi isso que impulsionou o meu trabalho de escrever o livro, The Hidden History of Zionism, no qual eu abordo o que chamo de os quatro mitos que têm moldado a consciência nos estados Unidos e na Europa sobre o sionismo e o Estado de Israel.

T & D - Quais são esses quatro mitos?
Schoenman – O primeiro mito é o da “terra sem povo para um povo sem terra“. Os primeiros teóricos sionistas, como Theodor Herzl e outros, apresentaram para o mundo a Palestina como uma terra vazia, visitada ocasionalmente por beduínos nômades; simplesmente, uma terra vazia, esperando para ser tomada, ocupada. E os judeus eram um povo sem terra, que se originaram historicamente na Palestina; portanto, os judeus deveriam ocupar essa terra. Desde o começo, os primeiros núcleos de colonos, promovidos pelo movimento sionista, foram caracterizados pela remoção, pela expulsão armada da população palestina nativa do local onde essa população vivia e onde essa população trabalhava.

T & D - Quais os outros três mitos?
Schoenman – O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários. Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.Entre a divisão da Palestina e a formação do Estado de Israel, num período de seis meses, brigadas armadas israelenses ocuparam 75% da terra palestina e expulsaram mais de 800 mil palestinos, de um total de 950 mil. Eles os expulsaram através de sucessivos massacres. Várias cidades foram arrasadas, forçando assim a população palestina a refugiar-se nos países vizinhos, em campos de concentração e de refugiados. Naquele tempo, no período da formação do Estado de Israel, havia 475 cidades e vilas palestinas, que caíram sob o controle israelita. Dessas 475 cidades e vilas, 385 foram simplesmente arrasadas, deixadas em escombros, no chão, apagadas do mapa. Nas 90 cidades e vilas remanescentes, os judeus confiscaram toda a terra, sem nenhuma indenização.Hoje, o Estado de Israel e seus organismos governamentais, tais como o da Organização da Terra, controlam cerca de 95% da terra palestina. Pela legislação existente em Israel, é necessário provar, por critérios religiosos ortodoxos judeus, a ascendência judaica por linhagem materna até a quarta geração, para poder possuir terra, trabalhar na terra ou mesmo sublocar terra. Como eu digo sempre, nas palestras em que apresento meus pontos de vista, em qualquer país do mundo (seja Brasil, EUA, onde for), se fosse necessário preencher requisitos parecidos com esses, ninguém duvidaria do caráter racista de tal Estado; seria notória a existência de um regime fascista.A Suprema Corte em Israel tem ratificado que Israel é o Estado do povo judeu e que, para participar da vida política israelense, organizar um partido político, por exemplo, ou ter uma organização política, ou mesmo um clube público, é necessário afirmar que se aceita o caráter exclusivamente judeu do Estado de Israel. É um Estado colonial racista, no qual os direitos são limitados à população colonizadora, na base de critérios raciais.O terceiro mito do qual falo em meu livro é aquele criado para justificativa da política de Israel, que se diz baseada em critérios de segurança nacional. A verdade é que Israel é a quarta potência militar do mundo. Desde 1948, os EUA deram a Israel US$ 92 bilhões em ajuda direta. A magnitude dessa soma pode ser avaliada quando observamos que a população israelense variou entre 2 a 3 milhões nesse período. Se o governo americano dá algum dinheiro para países como Taiwan, Brasil, Argentina, e a aplicação desse dinheiro tiver alguma relação com fins militares, a condição é que as compras desse material têm que ser feitas dos EUA. Mas há uma exceção: as compras de material bélico podem ser feitas também de Israel. Israel é tratado pelos EUA como parte de seu território, em todos os assuntos comerciais.O que motivaria uma potência imperialista a subsidiar tanto um Estado colonial? A verdade é que Israel não pode mesmo existir sem a ajuda americana, sem os US$ 10 bilhões anuais. Israel é, portanto, a extensão do imperialismo na região do Oriente médio. Israel é o instrumento através do qual a revolução árabe é mantida sob controle. É, portanto, o instrumento através do qual as ricas reservas do Oriente Médio são mantidas sob o controle do imperialismo americano. É também um meio através do qual os regimes sanguinários dos países árabes são mantidos no governo, graças ao clima de tensão gerado por uma possível invasão israelense.O quarto mito a que me refiro no livro, que tem influenciado a opinião pública mundial, refere-se à origem do sionismo, à origem do Estado de Israel. O sionismo tem sido apresentado como o legado moral do holocausto, das vítimas do holocausto. O movimento sionista tem como que se “alimentado” da mortandade coletiva dos 6 milhões de vítimas da exterminação nazista na Europa. Esta é uma terrível e selvagem ironia. A verdade é bem o oposto disso. A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas. Quando alguém tenta explicar isso para as pessoas, elas geralmente ficam chocadas, e perguntam: o que poderia motivar tal colaboração? Os judeus foram perseguidos e oprimidos por séculos na Europa e, como todo povo oprimido, foram empurrados, impelidos a desafiar o establishment, o statu quo. Os judeus eram críticos, eram dissidentes. Eles foram impelidos a questionar a ordem que os perseguia. Então, o melhor das mentes da inteligência judia foi impelido para movimentos que lutavam por mudanças sociais, ameaçando os governos estabelecidos. Os sionistas exploraram esse fato a ponto de dizer para vários governos reacionários, como o dos mares na Rússia, que o movimento sionista iria ajudá-los a remover esses judeus de seus países. O movimento sionista fez o mesmo apelo ao kaiser na Alemanha, obtendo dele dinheiro e armas. Eles se reivindicavam como a melhor garantia dos interesses imperialistas no Oriente Médio, inclusive para os fascistas e os nazistas.

T & D - Como se deu essa colaboração dos sionistas com os nazistas?
Schoenman – Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich. Outro aspecto da colaboração entre os sionistas e governos e Estados perseguidores dos judeus é o fato de que o movimento sionista lutou ativamente para mudar as leis de imigração nos EUA, na Inglaterra e em outros países, tornando mais difícil a emigração de judeus perseguidos na Europa para esses países. Os sionistas sabiam que, podendo, os judeus perseguidos na Europa tentariam emigrar para os EUA, para a Grã- Bretanha, para o Canadá. Eles não eram sionistas, não tinham interesse em emigrar para uma terra remota como a Palestina. Em 1944, o movimento sionista refez um novo acordo com Adolf Eichmann. David Ben Gurion, do movimento sionista, mandou um enviado, de nome Rudolph Kastner, para se encontrar com Eichmann na Hungria e concluir um acordo pelo qual os sionistas concordaram em manter silêncio sobre os planos de exterminação de 800 mil judeus húngaros e mesmo evitar resistências, em troca de ter 600 líderes sionistas libertados do controle nazista e enviados para a Palestina. Portanto, o mito de que o sionismo e o Estado de Israel são o legado moral do holocausto tem um particular aspecto irônico, porque o que o movimento sionista fez quando os judeus na Europa tinham a sua existência ameaçada foi fazer acordos, e colaborar com os nazistas.

Fonte: Revista Teoria & Debate (Fundação Perseu Abramo) nº 5 – janeiro/fevereiro/março de 1989, por Stylianos Tsirakis

quinta-feira, 4 de março de 2010

Brasil poderá doar R$ 25 milhões para a reconstrução de Gaza

O governo brasileiro poderá doar até R$ 25 milhões à Autoridade Nacional Palestina, como apoio à reconstrução da Faixa de Gaza, duramente atingida por conflitos entre tropas de Israel e do grupo palestino Hamas. A autorização está contida no Projeto de Lei da Câmara 312/09, que recebeu, nesta quinta-feira (4), parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

O projeto, que ainda será analisado em decisão terminativa pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), teve como relator na CRE o senador João Pedro (PT-AM). Em seu voto favorável, ele observa que o conflito entre palestinos e israelenses em Gaza, "para além da dimensão geopolítica", tem um evidente desdobramento humanitário.

- O rescaldo do embate armado representa sofrimento indizível para significativa parcela da população civil localizada naquela região, vítima de atrocidades perpetradas de lado a lado - afirmou João Pedro.

Segundo a exposição de motivos elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores e anexada ao projeto, o conflito entre o Hamas e Israel em Gaza ocorrido em janeiro de 2009 resultou na morte de cerca de 1300 palestinos e de 13 israelenses. Ainda em janeiro do ano passado, o governo brasileiro doou 14 toneladas de alimentos para a população de Gaza. Mas serão necessários US$ 613 milhões para solucionar os problemas mais urgentes da região, de acordo com números da Organização das Nações Unidas (ONU) mencionados na exposição de motivos.

Durante a discussão do projeto, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse que não votaria contra a doação. Mas fez um alerta ao governo brasileiro sobre as repetidas votações de propostas que perdoam dívidas ou estabelecem doações para outras nações.

- O Brasil não pode pensar que é um país de Primeiro Mundo. Não sou contra a doação, mas devemos ter cautela. Não nos deixemos iludir pela fantasia de que já estamos ricos - observou.

A CRE aprovou ainda pareceres favoráveis a três projetos de decreto legislativo (PDS), relativos a acordos internacionais firmados pelo Brasil. Todos eles serão ainda examinados pelo Plenário do Senado.

O primeiro deles é o PDS 819/09, cujo relator foi o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), que aprova os textos da Convenção 151 e da Recomendação 159, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). As decisões da OIT estabelecem garantias às organizações de trabalhadores da administração pública e parâmetros para a fixação e negociação das condições de trabalho, para a solução de conflitos e para o exercício de direitos civis e políticos.

O segundo projeto (PDS 840/09), que teve como relator o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), aprova o texto do Acordo de Cooperação Mútua entre o Brasil e a Venezuela para Combater o Tráfego Aéreo de Aeronaves Envolvidas com Atividades Ilícitas Transnacionais, celebrado em 2005. O acordo prevê intercâmbio de informações de caráter estratégicos e operacionais, além de mútua assistência técnica.

O terceiro projeto (PDS 846/09), cujo relator foi o senador Fernando Collor (PTB-AL), aprova o texto de Acordo Tripartite de Cooperação em Turismo firmado pelos países que compõem o grupo chamado Ibas, ou seja, Índia, Brasil e África do Sul.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 3 de março de 2010

A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO



Em A Indústria do Holocausto, Norman Finkelstein, mostra como o holocausto foi transformado num mito que serve aos interesses judeus.
Publicada no ano 2000 nos Estados Unidos e na Europa, e agora lançada no Brasil pela Editora Record, a obra continua desencadeando polêmica em todo mundo.
Escrita por um professor judeu americano da Universidade de Nova York, filho de judeus egressos do Gueto de Varsóvia e sobreviventes do Campo de Concentração de Maidanek e de Auschwitz, o livro é uma denuncia da exploração política, ideológica e financeira do Holocausto pelas grandes organizações judaicas internacionais.
Para Norman Finkelstein, ".... as atrocidades nazistas transformaram-se num mito que serve aos interesses judeus, sendo que nesse sentido, o holocausto transformou-se em Holocausto (com h maiúsculo) ou seja, numa indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os goiyns (os que não são judeus) em seu território e em áreas de sua influência".
Nesse seu último livro, Norman Finkelstein mostra que o extermínio de judeus durante a Segunda Guerra foi transformado em "uma representação ideológica que defende interesses de classe e sustenta certas políticas."
Em A indústria do Holocausto, Finkelstein, de quarenta e sete anos, recorda a sua infância, durante a qual os seus pais não referiam e nem conversavam sobre o holocausto. O exagerado interesse pelo assunto coincidiu, significativamente, com a Guerra dos Seis Dias, quando Israel invadiu vários territórios árabes e palestinos.
Para as diversas organizações judaicas no mundo, e a para a direita israelense, então no poder, a melhor forma de atrair simpatia era vender a idéia de que a hostilidade palestina poderia levar a uma reedição da "Solução Final".
O número de sobreviventes dos campos de concentração (em comparação com o número alegado de mortos) foi exagerado, segundo o autor, para chantagear os bancos suíços, as indústrias alemãs e os países do Leste Europeu em busca de indenizações financeiras.
Israelenses e judeus são hoje a grande força de opressão, perseguindo os palestinos em sua terra natal, e os negros que, em vários momentos foram seus aliados, mas que agora não mais lhes interessam.
Segundo palavras do professor francês Jacques Rancière a intenção do autor é mostrar que "... o Holocausto se transforma assim, numa cobertura para Israel perpetuar a espoliação dos palestinos, enquanto os Estados Unidos podem esquecer os massacres e as injustiças que marcaram a sua história."

Norman G. Finkelstein nasceu no Broklyn, Nova York, em 1953. Autor da tese de doutorado The Theory of Zionism, defendida no Departamento de Política da Universidade de Princeton, atualmente é professor da Universidade de Nova York, onde leciona Teoria Política.
Atenção:
O filme documentário (cujo endereço está abaixo transcrito) é iraniano e foi passado nas TVs desse país tendo sucesso estrondoso. Mostra como está sendo manipulado os trágicos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial que atingiram dezenas milhões de pessoas residentes em paises da Europa, incluindo populações de religião judaica e como é possivel criar mitos para permitir que indenizações num valor de 60 bilhões de dólares parassem nas mão dos sionistas residentes em vários paises do mundo, inclusive em Israel
Documentário: O Holocausto
Parte 1
Parte 3

Dubai confirma envolvimento do Mossad em assassinato de líder do Hamas

O assassinato do líder do grupo palestino Hamas, Mahmud al Mabhuh, teria sido cometido pelo departamento Kidon, do Mossad (serviço secreto do governo israelense), segundo confirmou neste sábado o chefe da Polícia de Dubai, general Dahi Jalfan Tamin.
Tamin declarou ao diário oficial "Al Bayan", em sua publicação digital que as investigações efetuadas com base nos contatos telefônicos dos suspeitos, comprovam o envolvimento da unidade de serviço secreto de Israel que se encarrega de sequestros e assassinatos.
Por outro lado, os serviços de espionagem alemães, indicam que o Kidon empregou um passaporte alemão legítimo durante o assassinato de Mahmud al Mabhuh, cujo corpo foi encontrado num hotel no dia 20 de janeiro, como assinalou o semanário alemão "Der Spiegel".
As investigações revelaram que o passaporte em questão foi emitido no início do verão do ano passado na localidade alemã de Colônia, para um israelense chamado Michael Bodenheimer.
Bodenheimer alegou ter raízes alemãs e apresentou o Livro de Família de seus pais, como prova de suas origens.
O Registro Civil de Colônia entregou ao cidadão seu passaporte alemão, documento com o qual um dos possíveis membros do Mossad entrou em Dubai em 19 de janeiro.
Diante destes fatos, a fiscalização local (de Colônia) abriu uma investigação contra Michael Bodenheimer.
A Polícia de Dubai não adiantou se as pesquisas foram realizadas nos dias prévios ao assassinato ou posteriores ao mesmo, acredita-se que a polícia tenha provas da compra de passagens aéreas por parte de alguns envolvidos com cartões de crédito em nome dos titulares dos passaportes envolvidos no caso.
A respeito, o general Dahi Jalfan Tamin, precisou que é um indicador de que os assassinos do dirigente do Hamas empregaram esses mesmos passaportes durante suas viagens para outros países, e acrescentam que o Mossad tem responsabilidade no fato, em 99,9% das possibilidades".
No caso de se comprovar a participação do Mossad na morte de Mahmud al Mabhuh, a Polícia de Dubai exortou à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), para prender o chefe desse comando israelense.
A Associação Policial Internacional emitiu uma ordem de prisão contra 11 pessoas que são acusadas de assassinato do dirigente palestino, entre os quais figuram presumidamente 3 israelenses, 6 britânicos, 1 francês e 1 alemão, isso com base nas nacionalidades que aparecem nos passaportes falsificados.
O dirigente do Hamas, Muhmud Mahmud al Mabhuh, de 50 anos de idade, foi encontrado morto em 20 de janeiro passado num hotel em Dubai;a causa da morte seria um suspeito ataque cardíaco, o qual poderia ter sido provocado pela injeção de alguma droga.
Na porta do local onde foi encontrado seu corpo havia uma placa dizendo “não incomodar" desde o dia 19 de janeiro.
A partir de então, as investigações realizadas pelas autoridades policiais de Dubai apontam que o serviço secreto de Israel está envolvido no caso.


TeleSUR - Efe  – Palestina libre.org / dg – FC
Traduzido por: Dario da Silva
Original encontra-se em: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/67172-NN/dubai-confirma-implicacion-del-mossad-israeli-en-asesinato-de-lider-de-hamas/