quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

CONSTRUINDO A UNIDADE NAS AÇÕES EM DEFESA DA CAUSA PALESTINA

Foi um sucesso a Plenária convocada pelas entidades que participaram do ato em frente ao Consulado dos EUA, em dezembro, (convocada pelo Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do RJ), contra a decisão dos EUA de considerar Jerusalém a capital da entidade sionista ocupante dos territórios históricos da Palestina.

Estiveram presentes na Plenária (16/01/2018) as seguintes organizações: PCB, PSTU, MAIS, CST, MES, Comunismo e Liberdade, NOS, Juntos, LSR, Rede Internacional Sindical de Solidariedade e Lutas, FIST, SOS Emprego, Movimento de Favelas-Caveirão Não-Favela pela Vida, CONLUTAS, UNidade Classista, Oposição Sindsprevs, Rede comunidade contra a violência, o Jornal Nova Democracia e o Comitê de Solidariedade á Luta do Povo Palestino do RJ.




No primeiro ponto ,  a Plenária fez  uma rápida rodada de discussão sobre as avaliações políticas da situação na Palestina e  partiu para as propostas e encaminhamentos das atividades sugeridas, sendo a mais urgente, a organização de uma nova manifestação em defesa dos prisioneiros palestinos, apontada para 31 de janeiro, em particular  dando visibilidade a defesa da adolescente  Alhed al-Tamimi,  como símbolo  da situação de todas as crianças presas e torturadas por esse regime fascista. O tratamento dado pela ocupação a jovem não é uma exceção, mas a regra em toda Palestina. Além disso, para dar continuidade à construção do movimento de unidade para ação,  tiramos uma comissão de organização com representação das organizações participantes.

Breve Histórico da Solidariedade Internacionalista em nosso Estado ( depois da ditadura)

Nós do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de janeiro vemos com muita satisfação  a retomada da tradicional unidade da esquerda nas ações de solidariedade internacionalista com a Palestina. Uma tradição histórica, retomada logo após o fim da ditadura,  que teve seu auge na década de 80, quando nos reuníamos sob o guarda chuva do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino,  na CUT-RJ. 
Nesse contexto, a última atividade de envergadura do internacionalismo proletário da esquerda unida foi uma grande manifestação na orla de Copacabana contra a guerra do Iraque, em 2003. Depois disso, ainda organizamos, por dois anos consecutivos, manifestações no Rio Centro contra a LAAD - Defense e Segurity, em outras palavras, a "Feira da Morte" , promovida para a venda de armas das principais empresas sionistas/imperialistas do ramo. Foi em  2011, ano da invasão da Líbia e da Síria, que  eclodiram grandes e importantes  diferenças  no âmbito  internacional, em particular na avaliação  e, por consequência, no posicionamento frente a estratégia dos EUA para o Oriente Médio. Neste ano, estas diferenças fizeram  implodir nossa tradicional unidade para ação. Por óbvio, não foi um acontecimento localizado no nosso Estado ou país. Em todo o  mundo a solidariedade à luta do povo palestino foi afetada pelas diferenças surgidas.
Esse resumo histórico tem a finalidade de exaltar e valorizar esse momento atual onde estamos tentando construir um espaço de ação conjunta que garanta a retomada da unidade nas ações em defesa da causa palestina contra a ocupação criminosa e fascista dos sionistas. 

A luta do povo palestino sobrevive, atualmente,  na pior conjuntura  desde 1948, quando a ONU  declara a partilha da Palestina, sem consultar seus habitantes históricos. 
A causa palestina pelo fim da ocupação sionista corre um  grande risco de liquidação, o maior de toda sua história de lutas.  A aproximação de Israel com a Arábia Saudita (consequentemente com todas as outras dinastias  do CCG - Conselho de Cooperação do Golfo) trouxe ,como consequência, o isolamento da luta do povo Palestina no mundo árabe, que passar  a ser usada como moeda de troca com os EUA/Israel. Por outro lado, os históricos  aliados dos Palestinos estão pelejando e se defendendo, com armas na mão, do assedio e ou das guerras promovidas pela dupla EUA/Israel, neste campo estão o Hezbollah do Líbano , a República Árabe da Síria e o Irã. 
Internamente, a Autoridade Palestina, (FATAH) insiste em apostar na diplomacia ou negociações, mantém os acordos e tratos na área política, econômica e de segurança com o inimigo sionista ocupante, abrindo mão da histórica agenda e pauta da luta do povo palestino. Em outras palavras, a AP é parte do problema desta conjuntura complicadíssima.  Uma conjuntura sintetizada nas declarações dos EUA considerando Jerusalém capital de israel.
Todavia, apesar de tudo isso; apesar de  ter dobrado o número de detidos pelas forças da ocupação no último ano ( 6.742 palestinos da Cisjordânia e Gaza, sendo 1467 crianças, 156 mulheres, 25 jornalistas, em 2017*), somente em dezembro foram 926 palestinos presos, sendo a maioria de Jerusalém; apesar das denúncias de torturas e maus tratos nos cárceres sionistas, inclusive com crianças,  terem aumentado horrores; apesar da escalada dos assentamentos de colonos, que destroem os lares palestinos e expulsam famílias de seus lugares para construir colonias para estrangeiros judeus; apesar do cerco a Faixa de Gaza que provoca todo tipo de miséria e dor ....;  apesar de tudo isso,  o povo palestino e sua juventude estão nas ruas diariamente com pedras nas mãos se confrontando com o exercito de ocupação sionista.  Lutam ferozmente contra um dos exército mais bem armado do mundo, pedras na mão contra fuzis modernos, bombas que matam e a covardia descarada!
Nos resta acreditar que o povo palestino e suas organizações políticas e militares serão capazes de tomar seu futuro , o futuro da Palestina, com toda força que o momento exige! 
De nossa parte, estaremos dispostos a construir a unidade de ação necessária para cumprir com a tarefa que nos cabe: a solidariedade internacionalista  e nosso total apoio a luta desse heroico povo para recuperar sua pauta e agenda de luta contra a ocupação fascista sionista, sequestrada pelos acordos de Oslo.


Fora ocupação sionista da Palestina!
Viva a solidariedade internacionalista!

*http://www.addameer.org/news/palestinian-prisoners-organizations-israeli-occupation-forces-detained-around-7000-palestinian

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