sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Povo sírio condena atentado em Damasco

Damasco, 6 jan (Prensa Latina) O povo sírio saiu hoje às ruas e praças das cidades e povoados para condenar o atentado terrorista no bairro de al-Midan nesta capital, que deixou um saldo inicial de 25 mortos e 46 feridos, entre policiais e civis.

•Damasco sofre outro forte atentado terrorista

O ataque suicida hoje em al-Midan é o terceiro em duas semanas, desde que na sexta-feira, dia 23 explodiram dois carros-bombas contra dependências da segurança síria, com um saldo de 44 mortes e 166 feridos.


Ao mesmo tempo, recebe as primeiras demostrações de solidariedade de países amigos.

A televisão nacional e as agências de notícias SANA e Cham Press falam sobre manifestações em Damasco como em outras localidades do país, bem como em outras cidades, ao mesmo tempo em que difundem as condenações emitidas pela Rússia e pelo Líbano.

Um suicida detonou o carga que levava consigo ao lado da estação policial de al-Midan, um tranquilo bairro no oeste de Damasco, notório por seus docerias.
O recinto policial encontra-se em ao lado da pista superior da autopista que leva ao Líbano, que os locais chamam Ponte Sul, e bem perto está uma escola secundária básica.

Horas antes da ação criminosa, um dos cabeças da chamada oposição síria no estrangeiro, alentada e apoiada pelo Ocidente, Catar, Arábia Saudita e Turquia, escreveu no Facebook que "os sírios receberiam hoje um significativo presente".

Dezenas de vizinhos de al-Midan, mais de duas centenas, concentraram-se em frente à estação policial em espontânea demonstração de solidariedade e cantaram palavras-de-rodem em apoio ao governo do presidente Bashar al-Assad, à unidade nacional, e contra o terrorismo.

Com seu gesto ratificaram a determinação do povo de defender
sua unidade e soberania.

A explosão poderia ter um saldo maior se não fosse hoje sexta-feira, dia de recolhimento às orações muçulmanas e muitos optam por ficar em casa ou comparecem às mesquitas para rezar. O atentado ocorreu em torno das 11:30 hora local antes do chamado às rezas do meio dia.

Horas após a fatal bomba terrorista, a Rússia emitiu uma veemente condenação da ação, da emsma forma que o chanceler libanês, Adnan Mansour também fustigou fortemente o atentado suicida em al-Midan.
"Ao mesmo tempo em que condenamos este ato criminoso terrorista e oferecemos nossas condolências às famílias das vítimas e à irmã síria, sentimos-nos confiantes de que a consciência do povo sírio e de seus dirigentes poderão extirpar o terrorismo que ameaça a segurança síria e a região", expressou Mansour em um comunicado.

O ministro libanês advertiu que "este atroz terrorismo que abateu Damasco uma vez mais indica um novo e perigoso estado que não só se limita à Síria, senão que abre as portas às operações terroristas que penetram fronteiras e regiões".

O especialista libanês em temas estratégicos, Dr. Amin Huteit, opinou que o local, o momento e a ferramenta da operação terrorista provam que é "um ato diabólico concebido pelos que hoje conspiram contra a Síria".

Em declarações à televisão síria, Huteit manifestou que o atentado ocorreu sob uma atmosfera envenenada pelos Estados Unidos e seus aliados árabes encabeçados pelo Catar, em particular o questionamento do trabalho dos observadores e o chamado a que se retirem para que assim possa reinar o terrorismo.
Na sua opinião, o fracasso da conspiração estrangeira para criar na Síria uma situação parecida à da Líbia levou aos adversários de Damasco a executar atos terroristas.

Huteit chamou este tática de "terrorismo dos desesperados".

O Bispo Joseph Absi, segundo no patriarcado da Igreja Ortodoxa Grega em Damasco, condenou o ataque cometido -denunciou- por "mãos diabólicas" que tentam quebra a segurança e a estabilidade da Síria.

lac/mh/es
Modificado el ( viernes, 06 de enero de 2012 )
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