As ações agressivas em Jerusalém por parte do governo israelense de demolição de casas, confisco dos direitos dos palestinos, confisco das casas e expulsão dos palestinos com alegação de ser propriedade judaica são obstáculos colocados contra a vida dos palestinos. Nosso povo só quer assegurar seus direitos e deveres, como qualquer cidadão. Poder ir e vir aos lugares sagrados muçulmanos e cristãos na cidade
Os palestinos desejam a paz. A paz que se traduz em justiça e direitos. Impossível construir um Estado palestino antes de por fim a ocupação sionista. Impossível construir um Estado palestino enquanto continua crescendo as colônias judaicas em terras palestinas. Urgentemente, precisamos demolir essas colônias judaicas. Impossível construir um Estado palestino que não garanta legalmente o direito aos palestinos de retornar para as suas casas e terras de onde foram expulsos, esta direito não é negociável. Temos nosso direito, se o presidente da Autoridade Palestina não quer voltar para sua cidade natal, de onde ele foi expulso em 1948, ,isso é problema dele não do povo palestino, O Direito de Retorno além de ser coletivo, é também um direito individual e não pode ser confiscado ou negado.
Para se chegar a um acordo é necessário mais que a unidade palestina. Para as partes chegarem a um acordo é necessário mudar o contexto atual na região, acabar com a exploração e com a violência e terror israelense, reconhecer os direitos do povo palestino, enfim discutir soluções justas. Dois estados não é uma solução, é apenas um termo usado pela Autoridade palestina e não representa a opinião pública palestina. São os palestinos que tem que decidir pelo seu futuro, são 3,5 milhões na Cisjordânia, 1,5 milhões em Gaza, milhões de palestinos nos campos de refugiados em vários países árabes e os palestinos da diáspora. Somos 11 milhões de palestinos, um povo que tem uma pátria, mas não tem seu território livre, porque foi usurpado. O presidente da Autoridade palestina, Mahmud Abbas, está sem poderes de nomear outro primeiro ministro palestino. Enquanto isso permanece Salam Fayyad, ele é considerado homem de confiança dos Americanos e Israelenses. Isso revela a longa distância entre o povo palestino e seus dirigentes. O governo palestino não tem autonomia sobre suas decisões. Nada acontece sem o aval sionista- imperialista.
A solução justa e duradoura é um estado palestino, democrático e laico, com o direito de retorno para os palestinos. Um estado só e não dois, um estado que acolha as pessoas como cidadãos, sejam negros, brancos, ateus, drusos, muçulmanos, cristãos ou judeus sem discriminação. Um estado em que os direitos e os deveres sejam respeitados e vivenciados por todos. Essa é uma saída para esse conflito.
Vamos fortalecer a solidariedade com o povo palestino para construirmos juntos a Palestina Livre, não sobre os 22% do território - isso são migalhas - mas sobre todo o seu Solo Pátrio histórico, sobre seus 27 mil km2, com Jerusalém como capital, com a volta dos palestinos refugiados e com a libertação dos 11 mil presos políticos dos cárceres israelenses.
Jadallah Safa
18/05/2010
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