Jadallah Safa
O primeiro Congresso Sionista Mundial, realizado em 1897, decidiu criar um Estado judaico sobre a Palestina. Esta resolução obteve apoio do imperialismo britânico através da Declaração de Balfour que consentiu ao movimento sionista o direito para a criação do Estado Sionista de Israel sob o território árabe palestino. Este apoio se concretizou na facilitação da emigração judaica para a Palestina. As flexibilidades concedidas aos judeus na Palestina por parte dos britânicos, geraram confrontos entre palestinos e colonos judeus sendo estes últimos apoiados e armados pelo Reino Unido. A viabilização do Estado de Israel foi legitimado pela da Organização das Nações Unidas – ONU através da Resolução 181 de 1947, que designou a partilha do território da Palestina para a criação de dois Estados, desconsiderando os legítimos direitos do povo palestino. Esta Resolução levou a expulsão dos palestinos de seus lares e de suas terras , liberando o território para a consolidação do Estado de Israel.
A Resolução da Partilha da Palestina é uma farsa, pois consolidou a criação apenas do Estado de Israel e não garantiu a permanência do Estado árabe Palestino. Israel é um Estado expansionista e sua formação foi uma declaração da guerra contra o povo árabe e palestino na região, causou massacres, expulsões, crimes de guerra, sofrimentos, tragédias, seis guerras: 1948, 1956, 1967, 1973, 1982, 2006 e muito sangue derramado. As resoluções da ONU e outras iniciativas mundiais e árabes para estabelecer a paz na região não tiveram sucesso porque o Estado Sionista de Israel é um Estado Militar e não vive sem guerras.
A postura do povo palestino sempre foi de lutar pelos seus direitos e denunciar barbáries e violências cometidas pelo Estado de Israel. Essa heróica luta de resistência ecoou na ONU e esta acabou reconhecendo os direitos inalienáveis do povo palestino, este reconhecimento é considerado um passo muito importante para a luta do povo palestino e para estabelecer a paz na região.
Durante mais de sessenta anos de conflito, o Estado Sionista de Israel fez muitos aliados, sendo o imperialismo americano o seu mais forte parceiro. As guerras que acontecem na região são alimentadas pela rede sionista e pelo imperialismo americano. Além das guerras eles desenvolvem fatos, mídias , argumentos, maquiando os reais motivos dos conflitos, enganando a opinião mundial. Distorcem o verdadeiro conflito de terras descrevendo-os como religiosos, fundamentalistas etc... São 60 anos de invasões, saques e desrespeito as resoluções das instituições mundiais, negando os direitos históricos dos palestinos que vivem naquela terra a mais de 5000 anos, desde os Cananeus.
Conforme as últimas estatísticas palestinas e israelenses, apontam de que 5.400.000 judeus e 5.200.000 palestinos vivem em uma área de 27000 Km2. Existem cerca de 6 milhões de palestinos refugiados, espalhados em diversos países, a maioria encontram-se em campos de refugiados nos paises árabes vizinhos. Em Israel, 20% dos residentes são palestinos.
A visão israelense sobre o conflito na região leva em consideração a superpopulação. Para os dirigentes de Israel, a densidade demográfica e o crescimento da população palestina são a pauta do dia. Os 1,2 milhões de palestinos que vivem em Israel e a densidade demográfica da Cisjordânia e da Faixa de Gaza são considerado um perigo e uma ameaça ao Estado Sionista de Israel. A importância de eliminar este número tão elevado de palestinos obrigou o Estado a pensar seriamente em discutir a forma de se “livrar da população palestina”. A construção do muro do Apartheid é uma política para isolar a população palestina. É notório a adoção da política de isolamento quando Israel tomou medidas para isolar a Faixa de Gaza da Cisjordânia, quando impediu a comunicação entre as duas regiões palestinas.
A densidade populacional da Palestina histórica em 1948 era cerca de 73 pessoas / km 2 de árabes e judeus, e cerca de 389 pessoas / km 2 em 2007. No final de 2007 a superpopulação nos territórios palestinos chegou, aproximadamente, 625 pessoas / km 2, na Cisjordânia 415 pessoas / km 2, e 3,881 pessoas / km 2 na Faixa de Gaza. Isso significa que a Faixa de Gaza é o território mais povoado do mundo, tanto no território ocupado, como nos território árabe palestino, atingindo a superpopulação no ano de 2007 aproximadamente 317 pessoas / km 2 entre árabes e judeus.*
A solução no ponto de vista israelense sobre o conflito é praticar uma limpeza étnica através da expulsão do povo palestino para os países árabes vizinhos, esta solução que tem apoio de Estados Unidos. Os governos dos países árabes do entorno estão preocupados com a expulsão dos palestinos, pois pode gerar possíveis guerras étnicas e religiosas, bem como comprometer a qualidade de vida destes refugiados.
A emergência da situação nos leva a contribuir para encontrar uma solução justa que garanta os direitos do povo palestino. Para todas as partes viver em segurança e paz, nasce a importância de estabelecer um Estado palestino democrático laico, convivendo árabes e judeus, sendo eles cristãos, muçulmanos, judeus, drusus, ateus... com igualdade de direitos e deveres.
A humanidade, os povos, os governos e instituições internacionais devem defender o direito do povo palestino de viver em paz na sua Pátria. É preciso impedir as tentativas de limpeza étnica praticada por Israel contra o povo palestino. É necessário somar esforços para garantir o retorno do povo palestino para seus lares. É o momento de construir o Estado Palestino, onde os cristãos, muçulmanos, judeus, através da autodeterminação, possam construir um Estado democrático, laico, com justiça social e igualdade de direitos e deveres. Esta é a nossa resposta para a situação atual, pois as guerras só trazem desolação e destruição.
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* Palestinian Central Bureau of Statistics
O primeiro Congresso Sionista Mundial, realizado em 1897, decidiu criar um Estado judaico sobre a Palestina. Esta resolução obteve apoio do imperialismo britânico através da Declaração de Balfour que consentiu ao movimento sionista o direito para a criação do Estado Sionista de Israel sob o território árabe palestino. Este apoio se concretizou na facilitação da emigração judaica para a Palestina. As flexibilidades concedidas aos judeus na Palestina por parte dos britânicos, geraram confrontos entre palestinos e colonos judeus sendo estes últimos apoiados e armados pelo Reino Unido. A viabilização do Estado de Israel foi legitimado pela da Organização das Nações Unidas – ONU através da Resolução 181 de 1947, que designou a partilha do território da Palestina para a criação de dois Estados, desconsiderando os legítimos direitos do povo palestino. Esta Resolução levou a expulsão dos palestinos de seus lares e de suas terras , liberando o território para a consolidação do Estado de Israel.
A Resolução da Partilha da Palestina é uma farsa, pois consolidou a criação apenas do Estado de Israel e não garantiu a permanência do Estado árabe Palestino. Israel é um Estado expansionista e sua formação foi uma declaração da guerra contra o povo árabe e palestino na região, causou massacres, expulsões, crimes de guerra, sofrimentos, tragédias, seis guerras: 1948, 1956, 1967, 1973, 1982, 2006 e muito sangue derramado. As resoluções da ONU e outras iniciativas mundiais e árabes para estabelecer a paz na região não tiveram sucesso porque o Estado Sionista de Israel é um Estado Militar e não vive sem guerras.
A postura do povo palestino sempre foi de lutar pelos seus direitos e denunciar barbáries e violências cometidas pelo Estado de Israel. Essa heróica luta de resistência ecoou na ONU e esta acabou reconhecendo os direitos inalienáveis do povo palestino, este reconhecimento é considerado um passo muito importante para a luta do povo palestino e para estabelecer a paz na região.
Durante mais de sessenta anos de conflito, o Estado Sionista de Israel fez muitos aliados, sendo o imperialismo americano o seu mais forte parceiro. As guerras que acontecem na região são alimentadas pela rede sionista e pelo imperialismo americano. Além das guerras eles desenvolvem fatos, mídias , argumentos, maquiando os reais motivos dos conflitos, enganando a opinião mundial. Distorcem o verdadeiro conflito de terras descrevendo-os como religiosos, fundamentalistas etc... São 60 anos de invasões, saques e desrespeito as resoluções das instituições mundiais, negando os direitos históricos dos palestinos que vivem naquela terra a mais de 5000 anos, desde os Cananeus.
Conforme as últimas estatísticas palestinas e israelenses, apontam de que 5.400.000 judeus e 5.200.000 palestinos vivem em uma área de 27000 Km2. Existem cerca de 6 milhões de palestinos refugiados, espalhados em diversos países, a maioria encontram-se em campos de refugiados nos paises árabes vizinhos. Em Israel, 20% dos residentes são palestinos.
A visão israelense sobre o conflito na região leva em consideração a superpopulação. Para os dirigentes de Israel, a densidade demográfica e o crescimento da população palestina são a pauta do dia. Os 1,2 milhões de palestinos que vivem em Israel e a densidade demográfica da Cisjordânia e da Faixa de Gaza são considerado um perigo e uma ameaça ao Estado Sionista de Israel. A importância de eliminar este número tão elevado de palestinos obrigou o Estado a pensar seriamente em discutir a forma de se “livrar da população palestina”. A construção do muro do Apartheid é uma política para isolar a população palestina. É notório a adoção da política de isolamento quando Israel tomou medidas para isolar a Faixa de Gaza da Cisjordânia, quando impediu a comunicação entre as duas regiões palestinas.
A densidade populacional da Palestina histórica em 1948 era cerca de 73 pessoas / km 2 de árabes e judeus, e cerca de 389 pessoas / km 2 em 2007. No final de 2007 a superpopulação nos territórios palestinos chegou, aproximadamente, 625 pessoas / km 2, na Cisjordânia 415 pessoas / km 2, e 3,881 pessoas / km 2 na Faixa de Gaza. Isso significa que a Faixa de Gaza é o território mais povoado do mundo, tanto no território ocupado, como nos território árabe palestino, atingindo a superpopulação no ano de 2007 aproximadamente 317 pessoas / km 2 entre árabes e judeus.*
A solução no ponto de vista israelense sobre o conflito é praticar uma limpeza étnica através da expulsão do povo palestino para os países árabes vizinhos, esta solução que tem apoio de Estados Unidos. Os governos dos países árabes do entorno estão preocupados com a expulsão dos palestinos, pois pode gerar possíveis guerras étnicas e religiosas, bem como comprometer a qualidade de vida destes refugiados.
A emergência da situação nos leva a contribuir para encontrar uma solução justa que garanta os direitos do povo palestino. Para todas as partes viver em segurança e paz, nasce a importância de estabelecer um Estado palestino democrático laico, convivendo árabes e judeus, sendo eles cristãos, muçulmanos, judeus, drusus, ateus... com igualdade de direitos e deveres.
A humanidade, os povos, os governos e instituições internacionais devem defender o direito do povo palestino de viver em paz na sua Pátria. É preciso impedir as tentativas de limpeza étnica praticada por Israel contra o povo palestino. É necessário somar esforços para garantir o retorno do povo palestino para seus lares. É o momento de construir o Estado Palestino, onde os cristãos, muçulmanos, judeus, através da autodeterminação, possam construir um Estado democrático, laico, com justiça social e igualdade de direitos e deveres. Esta é a nossa resposta para a situação atual, pois as guerras só trazem desolação e destruição.
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* Palestinian Central Bureau of Statistics
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