sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Israel e o ataque químico contra a Síria


O secretário de Defesa dos EUA Chuck Hagel, o secretário de Estado, John Kerry, a conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, e o diretor de Inteligência Nacional James Clapper se reuniram a portas fechadas com líderes do Congresso na quinta-feira, 29 agosto, 2013.

De acordo com o representante Elliot Engel, que preside a minoria democrata na Comissão de Relações Exteriores, o governo Obama apresentou uma suposta interceptação de uma comunicação interna entre um funcionário da unidade militar da Síria e do Ministério da Defesa da Síria, que supostamente provaria sua responsabilidade no ataque químico de 21 de agosto, como foi publicado na revista Foreign Policy.

Elliot Engel é um sionista militante. Membro do Comitê norte-americano para um Líbano livre, que organizou a "Revolução do Cedro" no Líbano, em 2005, escreveu, em 2002, A Síria e Accountability Act Restauração soberania libanesa ( tradução livre: Siria e a "responsabilidade da restauração da soberania libanesa), proposta que autoriza o presidente dos EUA ir à guerra com a Síria sem ter que pedir ao Congresso. Este texto, foi aprovado pelo Congresso e assinado pelo presidente George W. Bush, ainda se mantém  em vigor.

Essa informação, amplamente divulgada pela imprensa, pretende alimentar a aparente convicção ocidental sobre a acusação que pesa sobre o governo síro. No entanto, a fonte que gera o envenenamento ou a manobra não é a  desinformação americana. As tais "interceptações" são, na verdade, de origem israelense.

Em 27 de agosto, ou seja, no dia seguinte à divulgação das informações sobre a suposta comunicação interna da Síria, o canal de televisão Jewish News One anunciou que a interceptação  havia sido realizada  em realidade  por Tsahal, ou seja pelas forças armadas de Israel - IDF , na sigla em inglês.

Antes do ataque químico contra o povo sírio, uma fonte militar síria já havia alertado para a presença de oficiais israelenses em Duma,  área controlada pelas Brigadas dos Islamistas, de onde foram lançados  dois mísseis  contendo produtos químicos.

As evidências sobre o lançamento desses mísseis químicos já  foram apresentadas pela Rússia aos membros do Conselho de Segurança e incluiu fotos de satélite.

A posterior agitação e manipulação sobre as tais interceptações foi trabalho de vários personagens intimamente ligados a Israel, estimulados, ainda mais, pelo ministro das Relações Exteriores francês, o sionista, Laurent Fabius 

Rede Voltaire

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