Relatório divulgado hoje expressa "profunda preocupação" com abusos cometidos por soldados
Um órgão de direitos humanos da ONU acusou as forças israelenses de maus-tratos a crianças palestinas, incluindo tortura, confinamento e até mesmo o uso de algumas delas como escudo humano, de acordo com um relatório liberado nesta quinta-feira (20/06).
Reprodução/eletronicintifada.net
Segundo o texto do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança, “crianças palestinas detidas por militares e policiais (israelenses) são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante e muitas vezes a atos de tortura; são interrogadas em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem libertadas”.
O Comitê também indicou que as crianças na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, regiões ocupadas por Israel na guerra de 1967, têm o acesso aos seus registros de nascimento e aos serviços de saúde, escolas e água potável rotineiramente negado.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel se manifestou dizendo ter respondido a um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) sobre os maus-tratos a menores palestinos em março e questionou se a investigação da ONU traz fatos novos.
"Se alguém simplesmente quer ampliar seu viés político e bater na política de Israel sem se basear em um novo relatório, em trabalho de campo, mas simplesmente reciclando material antigo, não há nenhuma importância nisso", disse o porta-voz Yigal Palmor.
O Comitê, por sua vez, diz ter obtido suas informações a partir de outros grupos de direitos humanos israelenses, palestinos e da ONU, além de fontes militares. De acordo com eles, Israel não atendeu aos pedidos de informação para o relatório.
Reprodução/eletronicintifada.net
Segundo o texto do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança, “crianças palestinas detidas por militares e policiais (israelenses) são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante e muitas vezes a atos de tortura; são interrogadas em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem libertadas”.
O Comitê também indicou que as crianças na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, regiões ocupadas por Israel na guerra de 1967, têm o acesso aos seus registros de nascimento e aos serviços de saúde, escolas e água potável rotineiramente negado.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel se manifestou dizendo ter respondido a um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) sobre os maus-tratos a menores palestinos em março e questionou se a investigação da ONU traz fatos novos.
"Se alguém simplesmente quer ampliar seu viés político e bater na política de Israel sem se basear em um novo relatório, em trabalho de campo, mas simplesmente reciclando material antigo, não há nenhuma importância nisso", disse o porta-voz Yigal Palmor.
O Comitê, por sua vez, diz ter obtido suas informações a partir de outros grupos de direitos humanos israelenses, palestinos e da ONU, além de fontes militares. De acordo com eles, Israel não atendeu aos pedidos de informação para o relatório.
A maior parte das crianças palestinas presa é acusada de atirar pedras, o que, segundo o relatório, pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão. A estimativa é que 7 mil crianças, entre 12 e 17 anos, mas algumas de apenas nove anos, tenham sido presas, interrogadas e detidas desde 2002, gerando uma média de duas por dia.
Além disso, muitos desses menores teriam sido levados acorrentados nos tornozelos e algemados perante tribunais militares, enquanto os jovens seriam mantidos em confinamento solitário, às vezes por meses.
O relatório destacou profunda preocupação com o "uso contínuo de crianças palestinas como escudos humanos e informantes", dizendo que 14 casos foram notificados somente entre janeiro de 2010 e março deste ano.
A denúncia feita é que soldados israelenses usaram crianças palestinas na frente deles para entrar em edifícios potencialmente perigosos e ficar na frente de veículos militares para deter lançamentos de pedras. Quase todos esses militares permaneceram impunes ou receberam sentenças leves, segundo o documento.
Além disso, muitos desses menores teriam sido levados acorrentados nos tornozelos e algemados perante tribunais militares, enquanto os jovens seriam mantidos em confinamento solitário, às vezes por meses.
O relatório destacou profunda preocupação com o "uso contínuo de crianças palestinas como escudos humanos e informantes", dizendo que 14 casos foram notificados somente entre janeiro de 2010 e março deste ano.
A denúncia feita é que soldados israelenses usaram crianças palestinas na frente deles para entrar em edifícios potencialmente perigosos e ficar na frente de veículos militares para deter lançamentos de pedras. Quase todos esses militares permaneceram impunes ou receberam sentenças leves, segundo o documento.
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