sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prisioneiros palestinos fazem 22 dias em greve de fome nos cárceres de Israel


Por causa do total bloqueio da mídia mundial, poucas pessoas no mundo sabem que mais de 1.000 prisioneiros palestinos, nos cárceres de Israel, estão em greve de fome desde 17 de abril,  em protesto contra a ocupação de seu território e a humilhação constante dos seus direitos fundamentais, nas prisões do sionismo.

Os grevistas representam um quarto dos mais de 4.000 prisioneiros políticos palestinos nas prisões israelitas, de acordo com a Secretaria Executiva da Organização de Solidariedade dos povos da África, Ásia e América Latina (OSPAAAL), organização que condenou energicamente o tratamento que os prisioneiros estão recebendo nos cárceres  israelitas e responsabilizam Tel Aviv pelas suas vidas e segurança.

De acordo com o OSPAAAL,  "as razões que levaram os prisioneiros palestinos (...) à essa valente  opção de resistência pacífica estão o tratamento  violento a que são cotidianamente submetidos,  as condições desumanas dos sistema prisional israeli, a privação de seus direitos básicos, o encarceramento sem acusação ou processo, a incomunicabilidade com parentes e advogados, o trato degradante que sofrem nos interrogatórios”,  enfim, a violação flagrante dos Direitos Internacionais e dos Direitos Humanos.

O OSPAAAL acredita que " uma rápida e eficaz resposta internacional poderia deter esta escalada de violações à dignidade humana e preservar a vida dos combatentes palestinos presos". Por esta razão, "fez um apelo urgente à solidariedade internacional para que se mobilize e multiplique as iniciativas que contribuam  e ajudem a por fim a genocída política israelita, que neste momento se volta  impiedosamente contra os prisioneiros lutadores," entre os quais se encontra Ahmad Saadat, secretário-geral da Frente Popular para a libertação da Palestina.

A organização Tricontinental reiterou sua solidariedade ao povo palestino e "condenou esta alarmante  violação dos direitos humanos sem paralelo em nossa época", reiterando "o compromisso de seguirmos trabalhando incansavelmente até o fim da ocupação, agressão e se consagre o direito legítimo do povo palestino à sua terra.

Seis prisioneiros em greve de fome correm 
risco de morrer !

A Agência chinesa Xinhua informou terça-feira que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) expressou preocupação com a deterioração da saúde de seis prisioneiros palestinos que estão há mais de 7 semanas em greve de fome nas prisões israelitas. "Exortamos as autoridades prisionais a transferir, sem demora, os seis prisioneiros políticos  para um hospital apropriado para que suas condições de saúde possam  ser monitoradas continuamente e para que possam receber tratamento médico especializado,", disse Juan-Pedro Schaerer, chefe da delegação do CICV em Israel e territórios palestinos.

Os prisioneiros estão em risco iminente de morrer, de acordo com os delegados da Cruz Vermelha e a equipe médica que os visita desde o início da greve de fome. Além disso, Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) "pediu urgentemente", as autoridades israelitas, que permitam aos presos que estão em greve de fome, por longo tempo,receber visitas de seus familiares. "Em circunstâncias tão extremas como esta, permitir o contacto com os familiares se converte em  um imperativo humanitário", disse Schaerer.

Numa expressão típica dos maus-tratos  permanentes aos presos políticos palestinos, os soldados da prisão israelense Negev, no sul dos territórios ocupados, realizaram exaustivos registros, confiscam os pertences pessoais dos prisioneiros e os encerram  em pequenos recipientes de metal, informou no sábado Ma'an news. Inclusive, os prisioneiros são impedidos de descansar ou dormir para que desistam da greve de fome.

Ernesto Carmona, jornalista e escritor chileno

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