terça-feira, 8 de maio de 2012

Manifesto de Solidariedade ao Presos Políticos Palestinos


A Cruz Vermelha alerta para o perigo  da morte de seis palestinos em greve de fome

Ao menos seis palestinos que participam da  greve de fome dos prisioneiros políticos nos cárceres da ocupação sionista, contra as condições desumanas, as torturas e em defesa aos direitos humanos internacionais estão em "iminente risco de morrer", afirmou hoje em Genebra o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

O Comitê de Solidariedade à luta do povo palestino do Rio de Janeiro se une a todas as entidades que estão, em todo o mundo, denunciando a situação dramática do povo palestino e, em particular, dos palestinos, homens, mulheres e crianças que se encontram nos cárceres israelitas sofrendo as piores barbaridades, humilhações e torturas pelo exército da ocupação sionista e,àquelas que  apoiam incondicionalmente as lutas, as resistências e toda bravura e heroísmo dos prisioneiros  políticos palestinos.  Participe também deste esforço internacionalista divulgue, ajude a ampliar essa campanha em defesa dos prisioneiros palestinos. Abaixo o Manifesto de iniciativa do Comitê de São Paulo.

Manifesto de Solidariedade de Solidariedade
aos presos políticos palestinos

A Frente em Defesa do Povo Palestino, que reúne dezenas de organizações da sociedade civil brasileira, juntamente com outros comitês em diversos estados, repudia as arbitrariedades cometidas pelo Estado de Israel e se soma às mobilizações pela libertação imediata de todos os presos políticos palestinos. Solidariza-se, assim, com os 2 mil prisioneiros em greve de fome desde abril último – de um total de cerca de 5 mil, incluindo nove mulheres, 350 crianças e 22 parlamentares.

Suas reivindicações são o fim das detenções administrativas, confinamento em solitárias e outras medidas punitivas, incluindo a negação de visitas, até mesmo de advogados e médicos independentes, e do acesso a livros, jornais e à educação universitária.

Israel viola as Convenções de Genebra ao manter prisioneiros palestinos em seus cárceres, bem como outros acordos internacionais, ao desrespeitar o direito que eles têm a tratamento digno. Além do confinamento prolongado -- um dos prisioneiros está em solitária há dez anos -- e outras medidas punitivas, a prática da tortura física e psicológica é praxe, com abusos de toda ordem. Humilhação cotidiana, inclusive nas inspeções, maus tratos e uso proposital de medicamentos que agravam as condições de saúde dos prisioneiros também são regra.

Essa é a segunda grande greve de fome em pouco mais de seis meses. Outros presos políticos palestinos também vinham recusando alimentação há mais tempo, pleiteando liberdade, bem como o respeito aos direitos humanos fundamentais e o fim das precárias condições a que são submetidos nos cárceres israelenses, para os quais a maioria é levada sem julgamento formal.

Segundo estimativas de organizações de defesa dos direitos humanos, cerca de 800 mil palestinos já passaram por essas prisões. Como mostram os números, a repressão e as consequentes detenções ilegais têm sido instrumentos amplamente utilizados na tentativa de quebrar a resistência palestina e calar a crítica a Israel, desde a criação unilateral desse Estado, em 15 de maio de 1948 (data em que os palestinos relembram a nakba, a catástrofe que lhes confiscou o país, expulsou cerca de 800 mil habitantes de suas terras e destruiu mais de 500 aldeias, de maneira ilegal e violenta; há 32 massacres documentados).

A solidariedade internacional é fundamental para denunciar e mudar esse estado de coisas. Assim, por justiça, as organizações signatárias deste documento reivindicam a libertação imediata de todos os presos políticos palestinos. E reivindicam

  • que o governo brasileiro se posicione contra as violações de direitos humanos por parte de Israel, rompa relações diplomáticas e comerciais com esse Estado, dadas suas políticas racistas, de uso da força e da violência, incluindo execuções sumárias e massacres de civis, e interceda para que sejam soltas emergencialmente todas as crianças, mulheres, idosos, doentes e os cerca de 300 palestinos sob detenção administrativa;

  • que o Congresso Nacional organize visitas aos cárceres israelenses para verificar as condições dos prisioneiros políticos palestinos, denuncie a violação de direitos humanos aos órgãos internacionais e exija a libertação dos parlamentares palestinos.

LIBERDADE IMEDIATA ÀS PRESAS E AOS PRESOS POLÍTICOS PALESTINOS!

Assinam:
Frente em Defesa do Povo Palestino
Comitê pelos Direitos do Povo Palestino
Centro Cultural Árabe Palestino de Mato Grosso do Sul
Centro Cultural Árabe Palestino do Rio Grande do Sul
Comitê Democrático Palestino do Brasil
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro
Sociedade Árabe Palestina de Brasília
Sociedade Árabe Palestina de Corumbá
Sociedade Árabe Palestina de Santa Maria
Sociedade Árabe Palestina de Chuí
Sociedade Beneficente Islâmica de Foz do Iguaçu-PR                                 
Sociedade Islâmica do Paraguai
UNI - União Nacional das Entidades Islâmicas
Associação Islâmica de São Paulo
Mopat - Movimento Palestina para Tod@s
Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular – Coordenação Nacional de Lutas
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Apropuc – Associação dos Professores da PUC-SP
Coletivo de Mulheres Ana Montenegro
Grupo M19

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