Bani Walid, a heróica cidade do mártir Kadafi
O jornalista francês Jean Louis Touzet visitou a cidade de Bani Walid, na terra do mártir Muamar Kadafi, e escreveu palavras que jamais serão publicadas na imprensa ocidental. Devastada pelos bombardeios da Otan, a cidade está parecida com as cidades coreanas durante os bombardeios norte-americanos na Guerra da Coréia, quando pela primeira os militares norte-americanos utilizaram bombas de napalm contra a população civil que dormia em um domingo tranquilo. A cidade de Bani Walid está destruída como esteve Dresden, na Alemanha, uma “cidade aberta” na Segunda Guerra Mundial, repleta de refugiados de diversos países, bombardeada impiedosamentre até virar um tapete de crateras de bombas de aviões norte-americanos e ingleses. Bani Walid, Sirte e as cidades líbias que resistiram heroicamente aos ataques da Otan foram arrasadas no maior crime contra a humanidade, ordenado pela ONU e seus serviçais inúteis, capachos do imperialismo e do sionismo.
O jornalista francês Jean Louis Touzet visitou a cidade de Bani Walid, na terra do mártir Muamar Kadafi, e escreveu palavras que jamais serão publicadas na imprensa ocidental. Devastada pelos bombardeios da Otan, a cidade está parecida com as cidades coreanas durante os bombardeios norte-americanos na Guerra da Coréia, quando pela primeira os militares norte-americanos utilizaram bombas de napalm contra a população civil que dormia em um domingo tranquilo. A cidade de Bani Walid está destruída como esteve Dresden, na Alemanha, uma “cidade aberta” na Segunda Guerra Mundial, repleta de refugiados de diversos países, bombardeada impiedosamentre até virar um tapete de crateras de bombas de aviões norte-americanos e ingleses. Bani Walid, Sirte e as cidades líbias que resistiram heroicamente aos ataques da Otan foram arrasadas no maior crime contra a humanidade, ordenado pela ONU e seus serviçais inúteis, capachos do imperialismo e do sionismo.
Segundo relato do jornalista francês, a população civil de Bani Walid, assim como a de Sirte e da maioria das cidades líbias, está aterrorizada até hoje com os bombardeios da Otan, com a selvageria dos rebeldes, e sonham com o dia da vingança.
“Não há nada intacto na cidade líbia que caiu em 11 de outubro, após dois meses de cerco e ataques impiedosos. No entanto, Bani Walid, há 170 km ao sul de Tripoli, ainda queima nas cinzas dos combates. Um painel de metal dentado pelo fogo da artilharia ainda persiste e informa: "com todos vocês, o Guia da Revolução". Na mesquita da cidade o minarete parece estrela perfurada por buracos de balas.
Não há nada em Bani Walid: nenhum vento, nenhum banco ou comércio, ou hotel, ou administração, apenas uma loja de café, e muito silêncio. O coração de Bani Walid parou como a fábrica de tapetes bordados com a imagem do Guia.
A chamada “nova revolução” é aqui relegada ao esquecimento. As estátuas e monumentos foram roubados. A maioria dos prédios e construções, casas e residências, foram destruidas pelo fogo de artilharia durante o cerco dos rebeldes, e depois, com a ocupação da cidade, foi tudo saqueado e o que estava de pé foi destruido.
Abdelhakim, um líbio de seus quarenta anos, afirma ser "professor de matemática". Ele teve três carros e duas casas roubadas pelos rebeldes, por este motivo, prefere não se identificar corretamente, temendo represálias. "Por razões de segurança você não sabe o meu negócio", disse ele secamente. Ele garante que os líbios da maior tribo da Líbia, os Warfallas, permaneceram e permanecem leais aos ideais de Kadafi. Com um lápis, ele desenha a influência da tribo em toda a Líbia. "Não somos apenas dois milhões de Warfallas pro-Kadafi. Estamos sendo deixados de fora desta nova pseudo Líbia, e novamente haverá derramamento de sangue", ele ameaça, o indicador.
Na casa de Abdelhakim que não foi destruída pelos rebeldes e os bombardeios da Otan, a peça central da casa é o lugar para onde convergem os defensores do Guia (assim era chamado Kadafi na região). Um mecânico de automóveis, antigos funcionários, comerciantes que perderam tudo. Abdelhakim envia os melhores votos de prosperidade e felicidade ao povo francês, que não tem nada a ver com esta guerra, que irá se transformar em uma guerra tribal, como desejam os imperialistas norte-americanos, ingleses e franceses. Ele afirma que “Kadafi não morreu porque ele ficará eternamente em nossos corações”.
O irmão de Abdelhakim, um homem de 25 anos, que perdeu dois irmãos no bombardeio da Otan, diz que vai deixar a Líbia porque teme pela sua segurança. “Nós só podemos escolher o exílio ou as armas, porque este novo regime submisso aos ocidentais vai massacrar o povo líbio para entregar nossas riquezas aos que financiaram esta guerra”.
"Nós comemos na mão dos porcos do Catar"
Abdelhakim tinha escondido a sua bandeira verde desde o início da guerra sob uma pilha de roupa. Ele a desdobra, agita, e chega às lágrimas aos dizer "Se os rebeldes encontrarem esta bandeira amanhã, eu estou morto." Ele tem cinco filhos, uma menina de dois anos. “Eu guardei esta bandeira para os meus filhos, para lembrar o martírio de Muamar Kadafi. Para que eles saibam que este país era um grande país muçulmano, soberano, orgulhoso, rico, árabe e que o nosso heróico povo resistiu e enfrentou o Ocidente, que têm agora em suas mãos sobre nossos recursos e nosso futuro. Hoje, tudo é caos, insegurança e pobreza. A ditadura dos rebeldes nos humilha e nos obriga a nos esconder. "
No entanto, em Bani Walid, os rebeldes estão totalmente ausentes. É claro que eles mantêm informantes na cidade, mas por toda a parte fica claro que a população tem ódio desses informantes leais aos novo governo. O irmão do nosso anfitrião continua: "Estamos presos em nosso próprio país e Bani Waid é uma cidade que enfrentou os rebeldes." O grupo concorda: "Sim é isso mesmo, estamos presos aqui." Na cidade há grandes construções, “Kadafi uniu as tribos, ele deu o carro a todos, e também uma casa, ele fez da Líbia um país justo, com dignidade e soberania, mas isso incomodou o mundo dominado pelos imperialistas e sionistas”.
Sobre a atualidade, ele pergunta: “Hoje, o que nós temos? Nós comemos nas mãos dos selvagens rebeldes comprados pelo dinheiro do Ocidente, comprados pelos porcos do Catar. Os extremistas que mataram Kadafi não conseguirão controlar o país com toda essa munição e armas que se encontram em cada mão. A Líbia tornou-se um país de ladrões e gangues". Abdelhakim levanta a mão e interrompe a conversa: "Com o Kadafi, não estava tudo perfeito. Havia alguns filhos que se comportavam como playboys, havia muita corrupção entre funcionários que se diziam revolucionários, mas o que está por vir será muito pior. Vamos viver como mendigos e párias em nosso próprio país, escravizados por estrangeiros".
Aquele que insiste em ser chamado Nasser veio com seus dois meninos de três e seis anos. Ele disse que era "piedoso". Tem uma imagem do Guia em seu telefone móvel, e trabalhou, diz ele, como funcionário público em uma fazenda ao sul da cidade: "Eu sou ignorante de todas essas coisas políticas, mas estou surpreso que nós que fizemos a revolução fomos colocar no lugar do construtor [Kadafi] um grupo de pessoas que vai demolir tudo em poucos meses. Nos próximos anos seremos ainda mais pobres que hoje, em desgraça, e escravos do Ocidente. "
Sobre os “crimes de Kadafi”, eles afirmam que isso foi criado pelos ocidentais. “Kadafi foi um grande líder. Podia ter seus erros, ser mal assessorado, mas ele amava seu país como nenhum líbio jamais fez, e como jamais farão esses ratos que chamam rebeldes. Kadafi morreu com armas na mão, como um mártir. Nosso Guia já está no céu". Abdelhakim põe a mão no seu coração, e afirma: "As cicatrizes de guerra nunca serão fechadas".
A filial local do Banco de Poupança de Bani Walid estava prestes a entregar 101 lotes de terra a agricultores locais, mas quando a guerra iniciou, parou tudo. 30 mil dinares (15.000 euros) cada, pagáveis em 20 anos, sem juros ou correção monetária. "Antes da guerra, eu estava poupando para comprar implementos agrícolas, mas hoje eu tenho apenas 25 dinares no bolso, e não tenho emprego. Eu sou um Warffalla e o novo governo suspeita de nós. Todo este projeto, os investimentos milionários que foram feitos antes da guerra com irrigação do deserto, vai tudo dar em nada”, diz Mohamed. Nas paredes dos rebeldes tinha marcado seu nome ao tomar a cidade. Uma recente pixação cobriu as mensagens dos rebeldes com as palavras: "Muamar Kadafi nosso mártir".
Mohamed, que era capataz em uma empresa naval de Malta fala Inglês "e um pouco de francês", porque fez "cursos de mecânica na região de Paris." Ele tem 39 anos, veste um casaco de malha, e se recusam a dizer se ele defendeu a cidade com armas na mão. Ele amaldiçoou, no entanto, os europeus e os rebeldes, exceto, diz ele, os Jadou (os berberes do Nefoussa Jebel) que, eles mesmos, se comportaram como homens de honra: "Sem a Otan os rebeldes nnunca teria tomado esta cidade. Nunca! Otan destruiu tudo e matou indiscriminadamente. Ele disse que se houvesse a verdadeira justiça neste mundo, haveria uma comissão internacional para investigar os crimes da Otan na Líbia.
Ele continua: "Eu tinha um carro, uma casa. Hoje eu não tenho nada. Rebeldes de Zaouia saquearam tudo em casa, mesmo havendo escondido sacos de açúcar. O novo governo sabe que eu sou um defensor do Guia. Os líderes Warfallas disseram que se os rebeldes de Zaouia que roubaram cada casa de Bani Walid não devolverem tudo que roubaram, então vamos entrar em uma nova guerra, que não será nada comparado ao que se viveu."
"Essa é a nova Líbia? Com 27 pessoas morando em uma casa? "
Ele está consciente do perigo de falar: "Aqui eu não arrisco muito, mas eu poderia ser traído por você, por exemplo. Eu poderia matá-lo e ninguém saberia que eu tenho falado. Mas eu preciso de você para dizer ao mundo que não fomos destruídos, nós os apoiadores de Kadafi. A reconciliação é impossível. Em Bani Walid, seguramente 80% da população é fiel aos ideais de Kadafi, mas é muito cedo para falar abertamente e corremos risco de morte,. Mas é preciso que o mundo saiba: nós somos fiéis ao pensamento do líder Muamar Kadafi, nosso mártir”.
Há, neste grupo, cinco homens, incluindo um ferido gravemente no pé, e alguns jovens que participaram da resistência da cidade aos rebeldes. Mohamed diz que um velho quer falar: "Nós perdemos a nossa dignidade. Os rebeldes foram chamados para fazer uma lei que não é nossa”. O velho deixa a sua muleta, aponta para a calçada da rua esburacada e diz: "Esta é a nova Líbia? Com 27 pessoas morando em uma casa sem água, sem eletricidade, sem esgotos? O Guia nunca teria permitido isso!"
Jamal era um engenheiro da central de Bani Walid e faz gestos com uma chave de fenda para apontar como uma faca: "Vivemos em uma espécie de falsa paz por enquanto. Mas haverá conseqüências. Aqui, como em Sirte e em todo o país, somos milhões para ficar calados por muito tempo, e muitos vão jogar um jogo duplo, especialmente entre os rebeldes. Somos kadafistas mas vamos nos infiltrar no governo para ver até onde os mercenários e traidores desejam chegar.”
Para provar que a população líbia deseja vingar o seu líder, um acontecimento no mês passado deixou o país em alerta: em pleno governo fantoche do chamado novo governo, a cidade de Tahrouna, há 60 km de Trípoli, inaugurou com festa uma rua comercial com o nome de “mártir Muamar Kadafi”.
http://amarchaverde.blogspot.com/
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