Obama, volte para casa! O ato do domingo terá concentração às 10h no metrô da Glória e integrará o Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. As palavras de ordem da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso neste dia serão “Leilão É Privatização!” e “Obama, tire as garras do Pré-sal!”.
A idéia da manifestação é partir em direção ao centro do Rio com bandeiras, faixas e panfletos. Cada movimento e ativista levará seus materiais específicos explicando para a população porque somos contra a vinda de Obama. É importante a presença de todos que querem um mundo sem guerras e defendem um Brasil livre e soberano. Vamos mostrar que a sociedade brasileira não está omissa, nem disposta a bater palmas para os EUA.
Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso lança manifesto contra a vinda de Obama ao Brasil:
O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro junto com diversas outras organizações sociais começam a divulgar hoje um manifesto de repúdio a visita do presidente estadunidense ao nosso país nesse fim de semana.
Com eixo na denúncia da cobiça imperialista sobre o nosso petróleo, o documento da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ utiliza como palavra de ordem central: Obama, tire as garras do pré-sal! Os organizadores desse material exigem que o governo brasileiro seja soberano, cancelando os leilões do petróleo e garantindo que essa imensa riqueza esteja a serviço do povo brasileiro. Mais de 50 mil panfletos foram confeccionados. A distribuição começa hoje, sexta, às 16h, na passeata contra a vinda de Obama ao Brasil, comconcentração na Candelária, Centro do Rio.
Leia abaixo o manifesto que unificou boa parte do movimento social que não aceita o governo federal entregar de joelhos o ouro negro brasileiro.
Obama, volte para casa!
20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta.
Obama, tire as garras do Pré-sal!
Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.
O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.
O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.
A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?
Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.
Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia.Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de março de 2003! Aliás, a escolha do “20 de março”, para fazer esse pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas, exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.
Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.
Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de energia e infraestrutura, muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de
Contas. Podemos aceitar isso?
O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital norte-americano gozará de amplas vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros
assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede nos EUA.
A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de recuperação da economia norte-america, ainda em crise. Em suma, Obama quer que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da mesma crise de 2008!
Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense, reproduzindo o mesmo modelo de exploração e, agora com o agravante, de utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?
A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas. Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais! O Petróleo Tem que Ser Nosso! A história está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservas e permaneceram mergulhados num mar de corrupção e de miséria! Não queremos repetir esses exemplos.
Campanha do Petróleo Tem que Ser Nosso – RJ //Sindipetro-RJ //MST //Sintnaval-RJ //Sintrasef //Condsef //Ascpderj //Comitê de Solidariedade àLuta do Povo Palestino do RJ //PCB //PSOL //PCBR //UJR //Movimento Luta de Classes//Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas //Modecon //Intersindical//PACS //Jubileu Sul Brasil //MTD //DCE-UFF //DCE-UFRJ //Núcleo Socialista de Campo Grande e de Santa Teresa.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias do Sindipetro-RJ (www.apn.org.br)
Totalmente apoiado!
ResponderExcluirhttp://orient-se.blogspot.com/2011/03/brasil-mostra-tua-cara.html
Será que vai aparecer algum ativista pedindo o fim do embargo a Cuba?
ResponderExcluirE outro pedindo pela liberdade dos Los Cinco?
Seriam os meus cartazes se me fosse possível participar.
Que seja grandioso o bastante para o mundo saber que há resistência ao imperialismo no Brasil, a internet não esconde, mostra.
Hasta la victória
Compas,
ResponderExcluirDefender Cuba está proibido?
Que solidariedade é esta?
Postei um comentário sobre as manifestações contra o império onde fazia referência a Cuba e nada!