quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“Peço aos árabes e ao mundo apoio à Palestina”







Sônia Inês Vendrame – Especial para o Site
Fotos: Yassine Ahmad Hijazi e Ahmad Fadel

As lágrimas percebidas ontem no rosto de palestinos e árabes não eram novas. Esse chorar a dor pelo oprimido já dura 63 anos. Mesmo assim, os causadores parecem pouco dispostos a rever o erro e recuar. Também não parecem cansados de enterrar o futuro em corpos jovens, o presente em moradores e a história, abatida a balas.
A Foz do Iguaçu presente na ação de repúdio ao cerco palestino, realizada na Câmara de Vereadores, viu mais do que emoção, ouviu o pensar dos representantes. Carregou um ramo de trigo, tão frágil quando separado do maço, quanto a vida que insiste em Gaza.
O cestinho de trigo mostrou-se valente quando unido, refletia força como as palavras do embaixador Bachar Yagui quando disse: “ser árabe é exigir da comunidade internacional a tomada de medidas imediatas e necessárias á erradicar o cerco injusto e desumano de Israel na faixa de Gaza”.
Das palavras do guia religioso da Mesquita Omar Ibn Khatab, xeque e doutor em teologia Mohsen Al-Husseini que aconselhou os filhos a “estar no evento”. “Hoje nada é mais importante do que estarmos aqui. Essa causa não é de uma etnia mas humanitária”.
Do presidente da Sociedade Árabe Palestina, Sael Atari que em forma de súplica contou o desespero da mãe que busca pelo filho na região destruída. Atari fazia de um exemplo, a realidade plana dos oprimidos em Gaza há mais de seis décadas.

Do vice-prefeito de Foz, Francisco Brasileiro pedindo a permanência do grito, dos manifestos para cessar a injustiça, a morte e a degradação não apenas do tecido humano, mas da ética mundial. “A realidade palestina tem de ser denunciada todos os dias”.
O vereador Nilton Bobato somou ao dizer do grupo. Pediu pela paz. Denunciou as mãos que acirram cada vez mais os grilhões sobre a vida impedida de ser vivida. O recontar da história pela jornalista Mônica Nasser lembrou o dia em que foi decretado o cerco à liberdade: em 29 de novembro de 1947.
A materialização fez-se presente na poesia do menino palestino Karam Rahman, 11. Expressou a dor em palavras inocentes, mas com a força de quem ainda sonha com a liberdade.
“Olhem para mim! Olhem para mim!”, pedia a jovem em voz e pele de palestino ao representar a vontade daqueles que sofre. Ganhou ajuda em nova poesia onde havia um refrão, o mesmo que levou os moradores de Foz a pedirem por Gaza.

3 comentários:

  1. Camarada Silvinha.

    Esperamos fortalecer cada vez mais o Movimento de Solidariedade à Causa Palestina.

    Saudações em nome do Comitê Árabe Brasileiro de Solidariedade-Paraná

    Professor Kico
    CEBRAPAZ-PR

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  2. Compas,
    O brasil acaba de reconhecer a Palestina com as fronteiras de 1967.
    Sei que não há muito a comemorar, mas, merece uma comemoração.
    http://gilsonsampaio.blogspot.com/2010/12/brasil-reconhece-o-estado-palestino-com.html

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  3. Brasil reconheceu (3/12/2010) o Estado Palestino com as fronteiras de 67, parabenizamos o Governo Lula e todos os(as) Defensores da Paz.

    Professor Kico
    CEBRAPAZ-PR

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