Caros companheiros e companheiras repasso o ótimo e oportuno artigo do SEPE-RJ sobre a morte anunciada do jovem Wesley que teve a vida interrompida pela ação truculência (ou seria premeditada) dos agentes repressores do Estado. Infelizmente é uma rotina que ocorre nas favelas do RJ e periferias desse país, só que dessa vez, como temos eleições o governador se mostrou "muito preocupado" e resolveu "agir imediatamente". Como diz o meu amigo e colega de profissão Roberto Marques precisamos socializar "o que não desejaria socializar: a dor". Punição para os responsáveis que são os agentes repressores do Estado! Não ao caveirão e todos os aparatos que só fazem amedrontar a já amedrontada população jovem, adulta e idosa das favelas! Interveção nas favelas só com ações culturais e sociais!
Professor Roberto Mansilla
Date: Mon, 19 Jul 2010 11:26:26
Socializando... o que não desejaria socilizar. A DOR.
Professor Roberto Mansilla
Date: Mon, 19 Jul 2010 11:26:26
Socializando... o que não desejaria socilizar. A DOR.
Companheiros repassem p/ suas listas de contatos e enviem cópia p/ a SME, p/ a C. dos vereadores, p/ o governador e p/ o Ministério Público
Somos todos do CIEP Rubens Gomes
“Um sistema de desvínculos: para que os calados não se façam perguntões, para que os opinados não se transformem em opinadores. Para que não se juntem os solitários, nem a alma junte seus pedaços... O sistema esvazia nossa memória, ou enche de lixo, e assim nos ensina a repetir a história em vez de fazê-la. As tragédias se repetem como farsas, anunciava a célebre profecia.
Mas entre nós, é pior: as tragédias se repetem como tragédias”. (Eduardo Galeano)
Na última sexta-feira, nosso aluno Wesley faleceu dentro da sala de aula, vítima do descaso dos governos e de uma bala “achada” durante uma “ação” policial. Cada um de nós que já saiu com os alunos rastejando pelo chão da escola, em busca de um local menos vulnerável ao tiroteio sabe bem o que aconteceu.
Cada um que já ficou cantando para acalmar os alunos e minimizar seu próprio pavor também sabe. Talvez quem não saiba é quem deveria nos proteger: a polícia, os governantes. Mas para eles tanto faz. Não importa se Wesley tinha uma vida inteira pela frente, como ficarão os pais, como ficarão os outros alunos, como ficarão os profissionais da escola. O importante são as metas, o desempenho. Crianças são só estatísticas, diretores de escola tem que ser gestores de empresa, profissionais de educação são fabricadores de índices.
Se os funcionários adoecem por conta das péssimas condições de trabalho, a solução é contratar a COMLURB. Afinal se eles adoecem é problema do INSS. Se a escola não funcionou, não é culpa da SME, afinal as UE’s tem autonomia. Se os alunos não aprendem a culpa é do professor que não planeja. Afinal existem alguns Centros de Estudos, que somados no final do ano letivo dão uma média de 6 minutos por dia. Alunos das escolas do amanhã tem aula com voluntários, oficineiros. Afinal quem mora em comunidade não merece um ensino de qualidade. Que triste concepção de educação.
Para nós a luta por uma educação pública de qualidade e a construção de uma sociedade mais justa é o mais importante. Não precisamos de cursos para nos ensinar como agir em situações de risco. Não precisamos do desvio de verbas para OS’s, Institutos e Fundações privadas. Precisamos de respeito. Exigimos ser ouvidos. Estamos cansados.
Não admitiremos mais que nossos alunos morram por causa da negligência dos governantes. Há anos o SEPE denuncia e cobra dos governos medidas para a solução dos problemas da violência nas escolas e creches, seja externa ou interna. Uma infinidade de documentos foi entregue à Prefeitura, ao Ministério Público e ao parlamento. Inúmeras vezes alertamos sobre os riscos que poderíamos sofrer. Neste dossiê apresentamos diversas proposta para minimizar estes problemas. Infelizmente nenhuma medida foi tomada.
Diante de tamanha calamidade o SEPE e toda a sociedade devem cobrar dos governos a responsabilidade por este falecimento. Após a triste morte não basta que a secretaria lamente o ocorrido. A prefeitura não tem o direito de vir a público apenas lamentar fatos que são de sua responsabilidade. Sem anunciar nenhuma medida para minimizar o problema.
Se a Prefeitura realmente se importa com a educação, que marque uma audiência pública com o Sindicato e a categoria, para garantir nossa pauta de reivindicação e ouvir nossas propostas. Exigimos emergencialmente: - Fim das operações policiais no horário escolar; - Uma resolução para o não funcionamento das escolas em momentos de maior tensão neste locais de riscos, sem pressão da direção, CRE ou SME; - Aluguel de prédios nas proximidades das escolas, com garantia de transporte, para que possam funcionar nos momentos mais críticos de violência; - Chamada imediata dos concursados para agente educador; - Concurso público para equipe multidisciplinar (psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, orientadores educacionais) e agente de portaria;
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação
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