Dima al-Wawi, de 12 anos, uma criança presa por israel é recebida por sua família em um posto de controle militar palestino depois de sair em liberdade de uma prisão israelense, em 24 de abril. Dima foi detida em fevereiro, após supostamente se aproximar com uma faca na mão, de uma colônia israelense (Foto: Keren Manor ActiveStills). |
Cisjordânea - suas cidades transformadas em campo de concentração
Resumen Latinoamericano – Um
bebê palestino em seu berço depois de Israel, em 7 de abril, destruir a
casa de sua família na comunidade palestina de Khirbet Tana, próximo de
Nablus. Em menos de dois meses, Israel demoliu quatro vezes vários
edifícios desta comunidade com o pretexto de estarem construídos sem
permissão. Israel não concede permissões de edificação aos palestinos residentes em amplas zonas da Cisjordânia (Foto: Ahmad Al-Bazz ActiveStills).
As
forças israelenses mataram sessenta palestinos nos três primeiros meses
deste ano e mais de 140 nos últimos três meses de 2015. Nestes seis
meses, morreram aproximadamente 30 israelenses.
Um irmão e uma irmã grávida assassinados
As
forças israelenses mataram uma mulher grávida e mãe de dois filhos e
seu irmão de 16 anos em um posto de controle militar na ocupada
Cisjordânia, em 27 de abril, e impediram que os serviços médicos de
emergência atendessem os irmãos.
Israel
afirmou que Maram Salih Hassan Abu Ismail e seu irmão, Ibrahim Salih
Hassan Taha, morreram quando tentavam atacar os soldados, porém as
testemunhas desmentiram esta versão dos fatos.
A
família dos irmãos afirmou que Abu Ismail tinha obtido permissão para
passar pelo posto de controle de Qalandiya, nas cercanias de Ramallah,
para ir a Jerusalém a uma visita médica e não entendeu as ordens
gritadas em hebreu pelos soldados.
Em
1° de maio, Israel revelou que os tiros mortais foram disparados por um
guarda de segurança privada, contratado pelo Ministério da Defesa
israelense e não pela polícia, como informado inicialmente. “Dado que
não foi a polícia que disparou fatalmente” contra os irmãos, informou o
jornal de Tel Aviv Haaretz, “o Ministério da Justiça não iniciou nenhuma
investigação dos agentes de polícia envolvidos”. Desconhece-se a
existência de alguma investigação dos assassinatos.
Em
14 de abril, as forças israelenses mataram Obrahim Baradiya, de 50 anos
e residente do campo de refugiados de al-Arroub, próximo da cidade de
Hebrom.
Mulheres palestinas lavam pratos fora de uma caverna utilizada como refúgio no povoado de al-Mufaqarah, ao sul da cidade de Hebrom, em 14 de abril. Al-Mufaqarah é uma das 12 comunidades situadas em uma zona declarada “zona de tiro” pelo exército israelense e a cujos habitantes Israel proíbe edificar (Foto: Wisam Hashlamoun APA). |
Meninos palestinos jogam próximo de um posto de controle militar israelense no caminho para a rua Shuhada, o antigo beco comercial da cidade de Hebrom que Israel fechou há mais de 20 anos, em 15 de abril (Foto: Oren Ziv ActiveStills). |
Vários palestinos observam um edifício que albergava uma casa de câmbio no centro da cidade de Ramallah, depois de sofrer um ataque do exército israelense, em 14 de abril. Um porta-voz do exército israelense declarou à agência de notícias Ma’na, que o exército atacou a casa de câmbio para confiscar “fundos terroristas”. Quando o dono da empresa se negou a abrir cofre, os soldados trataram de explodi-la, o que provocou um incêndio (Foto: Mohammad Alhaj). |
Detenções e demolições
Palestinos inspecionam os escombros de uma casa demolida pelos soldados israelenses no povoado de Qabatiya, próximo da cidade de Jenin, em 4 de abril. Os soldados israelenses arrasaram as habitações pertencentes aos quatro jovens mortos a tiros em fevereiro, durante um ataque armado em Jerusalém, no qual também morreu um agente da Polícia de Fronteiras Israelense (Foto: Nedal Eshtayah APA). |
Segundo
a OCHA, sigla em inglês para "Oficina de coordenação dos assuntos
humanitários da ONU"- no mês de abril, as forças israelenses detiveram
dezenas de palestinos em Jerusalém nos protestos relacionados à entrada
de israelenses e de grupos de colonos no complexo da mesquita de
al-Aqsa, dentro da Cidade Velha [de Jerusalém].
Em
toda Cisjordânia as forças israelenses demoliram dezenas de edifícios
pertencentes a palestinos, sendo removidos aproximadamente 175
palestinos, incluindo quase cem crianças.
palestinos inspecionam a casa de Hussein Abu Ghosh depois de ficar gravemente prejudicada pelo exército israelense no campo de refugiados de Qalandiya, próximo da cidade de Ramallah, em 20 de abril. Abu Ghosh, de 17 anos, foi assassinado com um tiro depois que ele e outro jovem supostamente apunhalaram duas mulheres em uma colônia israelense em janeiro. Segundo a OCHA, sua família de 8 membros, incluindo cinco crianças, foi removida em consequência da demolição de sua casa como represália (Foto: Shadi Hatem APA). |
Israel
também emitiu 30 ordens de paralisação de obras e de demolição no
bairro Silwan, em Jerusalém, o que faz com que mil palestinos que vivem
em 90 habitações corram o perigo de ser removidos. Um grupo de colonos
trabalha com o governo israelense para apoderar-se de propriedades
palestinas na zona e convertê-las em habitações para os colonos e
instalações turísticas para um parque religioso.
No
entanto, uma casa palestina da zona de Jenin foi convertida em um ponto
de observação israelense, o que afetou 25 membros da família, inclusive
19 crianças.
Ao longo do mês, pretensos colonos israelenses golpearam com seus carros três palestinos, dois deles crianças.
A
OCHA informou que um palestino ficou gravemente ferido em um dos
incidentes. Além disso, um grupo de israelenses atacou e feriu um
palestino motorista de ônibus de 64 anos, próximo da estação central de
ônibus em Jerusalém Ocidental.
Tentando levar fazer a vida normal para as crianças: Uma menina corre em Belém diante do Muro de Israel na Cisjordânia, durante a Maratona Palestina Direito ao Movimento, em 1° de abril (Foto: Oren Ziv ActiveStills). |
Gaza sob o fogo
Soldados israelenses detém um palestino no cruzamento de Beit Einoun, próximo da cidade de Hebrom, em 4 de abril (Foto: Wisam Hashlamoun APA) |
Ao longo do mês de abril, os soldados israelenses abriram fogo contra Gaza em inúmeras ocasiões, inclusive contra pescadores, apesar de supostamente Israel ter ampliado a zona na qual se permite pescar na costa de Gaza. As autoridades israelenses também suspenderam a importação de cimento para Gaza pelo setor privado, afirmando que este era desviado para o Hamas, dificultando ainda mais a reconstrução de milhares de casas destruídas durante o ataque de Israel em 2014.
A passagem fronteiriça de Rafah, controlada pelo Egito (o único ponto de entrada e saída para a imensa maioria das 1.800.000 pessoas residentes em Gaza), permaneceu fechada todo o mês. Esta passagem fronteiriça continua fechada desde outubro de 2014, exceto durante os 42 dias em que se abriu parcialmente.
As autoridades de Gaza informaram que mais de 30.000 pessoas, incluídos uns 9.500 casos médicos e 2.700 estudantes, estão registrados e na espera de poder viajar através desta passagem fronteiriça.
Os palestinos do campo de refugiados de Yarmouk, próximo da capital síria, Damasco, sofreram ataques em consequência de um feroz combate entre grupos rivais armados, o que impediu que os milhares de civis que permanecem no campo pudessem conseguir comida e água.
Os palestinos se manifestam em 11 de abril em solidariedade com Majd Oweida, um engenheiro elétrico detido por Israel em fevereiro, quando tentava viajar para a Cisjordânia com o objetivo de recrutar participantes para um concurso televisivo de talentos. Israel o acusou de trabalhar com o grupo armado Jihad Islâmica interceptando transmissões de drones militares, piratear sinais das câmeras da polícia israelense e recopilar informação sobre voos do aeroporto de Ben Gurion, próximo de Tel Aviv (Foto: Momen Faiz) |
A PROVOCAÇÃO LETAL DA COLONIA SIONISTA NA PALESTINA OCUPADA
Soldados israelenses escoltam vários colonos judeus durante seu percurso pela cidade de Hebrom no dia da Páscoa, em 26 abril (Foto: Wisam Hashlamoun APA). |
israelenses se manifestam em Tel Aviv, em 19 de abril, em apoio a um soldado condenado por homicídio depois de assistirem ao vídeo, onde o mesmo executa um palestino ferido na cidade de Hebrom, em fins de março (Foto: Oren Ziv ActiveStills). |
Tradução para o espanhol: Beatriz Morales Bastos
Fonte:http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/05/08/un-mes-en-palestina-ocupada/
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
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