Declaração do Ministério das Relações Exteriores e
Expatriados da República Árabe da Síria
Os Estados Unidos da América
continuam, com a sua aliança ilegítima, enganando a comunidade internacional
sobre suas reais intenções em relação à República Árabe da Síria.
As alegações dos Estados Unidos da
América e sua forjada aliança sobre a libertação da cidade de Raqqa das mão do
ISIS não passam de mentiras, que tem por objetivo desviar as atenções da
opinião pública mundial sobre os crimes cometidos pelos aliados e seus
instrumentos na província de Raqqa.
Já é do conhecimento da comunidade
internacional e de quem alega zelar pela vida dos inocentes e pelos direitos
humanos que mais de 90% da cidade de Raqqa foi ao chão e que todos os tipos de
serviços e infraestrutura foram destruídos. Dezenas de milhares de habitantes
da cidade foram expulsos, tanto da cidade quando dos vilarejos que a circundam,
fazendo com que seus moradores sejam refugiados dentro de seu próprio país, em
consequência dos bombardeios intencionais bárbaros contra os moradores de Raqqa
e vilarejos vizinhos.
A comemoração dos Estados Unidos da
América e seus aliados ao que chamaram de libertação de Raqqa, ocorreu por cima
dos cadáveres das vítimas e por cima o sofrimento dos cidadãos sírios.
Este sofrimento é sentido pelos
cidadãos que foram expulsos à força e que vivem à beira das estradas e nos
acampamentos, sem as mínimas condições de vida, devido à práticas desumanas das
chamadas “Forças Sírias Democráticas”, que se apossaram das modestas ajudas
humanitárias destinadas à salvar a vida dos cidadãos de Raqqa, além de reter
suas carteiras de identidade e documentos pessoais e submetê-los às mais
diversss formas de tortura e prisões bárbaras. Não fosse pelo conluio entre os
Estados Unidos da América com as chamadas “Forças Sírias Democráticas” e o
ISIS, este último não teria saído de Raqqa para outros lugares para combater o
Exército Árabe Sírio, o Exército do Iraque e a população.
A República Árabe da Síria afirma
que a cidade de Raqqa continua ocupada e não pode ser considerada livre até a
entrada do Exército Árabe Sírio, que luta com seus aliados contra o ISIS e
contra os grupos armados ligados à ele e que alegam defender o nacionalismo, ao
tempo em que não demonstram quaisquer sentimentos humanitários ou nacionalistas.
A pressa dos Estados Unidos e dos
grupos armados aliados em lançar um chamado para a reconstrução de Raqqa não
passa de uma fraude contra a opinião pública mundial, com o objetivo de
esconder a destruição deixada em Raqqa pelos aliados e seus instrumentos.
A Síria clama a comunidade
internacional e à todos os defensores dos direitos dos povos para que sejam mostradas
as ações dos Estados Unidos da América e seus instrumentos em Raqqa e reitera a
sua exigência para que as resoluções do Conselho de Segurança, que pedem a
todos o comprometimento com a unidade territorial e populacional da República
Árabe da Síria, sejam respeitadas. Assim como exige a dissolução desta aliança
suspeita e ilegítima, porque quem alega combater o ISIS deve ter legitimidade e
deve atuar com base na aprovação da Síria e no âmbito da Carta das Nações
Unidas e das resoluções do Conselho de Segurança relativas ao combate ao
terrorismo.
Chefe de Gabinete do Vice-Ministro de Relações Exteriores e
Expatriados
Damasco,
em 29/10/2017
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