segunda-feira, 27 de novembro de 2017

100 anos de colonização da Palestina


Solidariedade à Luta do Povo Palestino
 Por Khader Othman 
 comitepalestinasc@gmail.com
 A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas sentadas

“Nosso Encontro de hoje não é uma festa. Nem é uma celebração, muito menos, uma comemoração. É uma condenação a uma atitude colonial, é um grito solidário exigindo uma clara desculpa da Grã-Bretanha ao povo palestino.
É um repúdio desaprovando àquelas ações imperialistas que foram feitas e estão sendo feitas contra o ser humano em todo planeta Terra. Ações feitas com espírito doentio, favorecendo os interesses colonialistas e imperialistas, querendo enriquecer mais e empobrecendo o ser humano e os povos em geral, ações em favor de uma classe ou de uma raça.
Neste ano, duas ações planejadas de maneira diabólica e criminosa completam 100 anos. 100 anos de crimes e de sofrimentos. De violência e de ódio contra uma região inteira. Uma região que tem mais de 500 milhões de habitantes que sofrem de uma maneira ou outra, os resultados imediatos destas ações desumanas. Me refiro ao ano de 1917, final da 1ª Guerra Mundial, que abriu o apetite colonial e imperialista ao tamanho da riqueza que pôde ser roubada dos perdedores com as guerras.
A primeira ação era chamada de Tratado de Sykes-Picot, coordenada por dois demônios, o Sr. Mark Sykes, que representava os interesses da Grã-Bretanha e o Sr. François Georges-Picot, os interesses da França, ambos países imperialistas e colonialistas. Eles ganharam a guerra, estavam fisgados pela máxima imperialista: “para dominar, tem que dividir”. Então, pegaram o mapa do Império Otomano, o perdedor da 1ª Guerra Mundial e, particularmente, o mapa do Oriente Médio - que era geograficamente unido – e dividiram em vários pedaços. Para a França foi a Síria, Líbano, Marrocos, Tunísia e Argélia; para a Grã-Bretanha foi o Iraque, Jordânia, Palestina , Egito, Arábia Saudita e o Golfo. Em seguida, implantaram o regime político-militar para manter o domínio. Alguém estranhou quando chamei esses dois de demônios em forma humana. Pode-se dizer que eles deram aula para Satanás aprender tanta maldade e ódio. Criaram uma complicação que dura100 anos e ainda vai perdurar mais tempo, fazendo vítimas e sofrimentos.
No mesmo ano, vem a segunda ação colonialista e imperialista. Conhecida como a Promessa Balfour. No qual o Sr. Arthur James Balfour, Ministro do exterior do reino britânico, depois da divisão da região árabe, decide doar metade da terra da Palestina para os judeus, que ajudaram na 1ª Guerra a ação imperialista sem igual. Como entender isso? “Alguém enfia a mão no bolso de outro para presentear o que achar no bolso a um terceiro”. O certo era doar um pedaço da própria Grã-Bretanha para os Judeus que lhes ajudaram. Mais outra ação colonial que está fazendo vítimas até hoje. E sem previsão de quando tornará sem efeitos a declaração Baulfour. Longe de uma solução.
Nossa resposta é uma ação solidária, que faz da solidariedade uma força internacional a favor do ser humano. Esta força libertará os povos explorados, sejam palestinos, sejam africanos, sejam haitianos, sejam indígenas basta somente não perder a luta!

Obrigado!
Viva a Palestina Livre





Khader Othman – comitepalestinasc@gmail.com
Discurso proferido no 7º Café AntiColonial – 10 anos do Portal Desacato – 22/11/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário