O assassinato do líder do grupo palestino Hamas, Mahmud al Mabhuh, teria sido cometido pelo departamento Kidon, do Mossad (serviço secreto do governo israelense), segundo confirmou neste sábado o chefe da Polícia de Dubai, general Dahi Jalfan Tamin.
Tamin declarou ao diário oficial "Al Bayan", em sua publicação digital que as investigações efetuadas com base nos contatos telefônicos dos suspeitos, comprovam o envolvimento da unidade de serviço secreto de Israel que se encarrega de sequestros e assassinatos.
Por outro lado, os serviços de espionagem alemães, indicam que o Kidon empregou um passaporte alemão legítimo durante o assassinato de Mahmud al Mabhuh, cujo corpo foi encontrado num hotel no dia 20 de janeiro, como assinalou o semanário alemão "Der Spiegel".
As investigações revelaram que o passaporte em questão foi emitido no início do verão do ano passado na localidade alemã de Colônia, para um israelense chamado Michael Bodenheimer.
Bodenheimer alegou ter raízes alemãs e apresentou o Livro de Família de seus pais, como prova de suas origens.
O Registro Civil de Colônia entregou ao cidadão seu passaporte alemão, documento com o qual um dos possíveis membros do Mossad entrou em Dubai em 19 de janeiro.
Diante destes fatos, a fiscalização local (de Colônia) abriu uma investigação contra Michael Bodenheimer.
A Polícia de Dubai não adiantou se as pesquisas foram realizadas nos dias prévios ao assassinato ou posteriores ao mesmo, acredita-se que a polícia tenha provas da compra de passagens aéreas por parte de alguns envolvidos com cartões de crédito em nome dos titulares dos passaportes envolvidos no caso.
A respeito, o general Dahi Jalfan Tamin, precisou que é um indicador de que os assassinos do dirigente do Hamas empregaram esses mesmos passaportes durante suas viagens para outros países, e acrescentam que o Mossad tem responsabilidade no fato, em 99,9% das possibilidades".
No caso de se comprovar a participação do Mossad na morte de Mahmud al Mabhuh, a Polícia de Dubai exortou à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), para prender o chefe desse comando israelense.
A Associação Policial Internacional emitiu uma ordem de prisão contra 11 pessoas que são acusadas de assassinato do dirigente palestino, entre os quais figuram presumidamente 3 israelenses, 6 britânicos, 1 francês e 1 alemão, isso com base nas nacionalidades que aparecem nos passaportes falsificados.
O dirigente do Hamas, Muhmud Mahmud al Mabhuh, de 50 anos de idade, foi encontrado morto em 20 de janeiro passado num hotel em Dubai;a causa da morte seria um suspeito ataque cardíaco, o qual poderia ter sido provocado pela injeção de alguma droga.
Na porta do local onde foi encontrado seu corpo havia uma placa dizendo “não incomodar" desde o dia 19 de janeiro.
A partir de então, as investigações realizadas pelas autoridades policiais de Dubai apontam que o serviço secreto de Israel está envolvido no caso.
TeleSUR - Efe  – Palestina libre.org / dg – FC
Traduzido por: Dario da Silva
Original encontra-se em: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/67172-NN/dubai-confirma-implicacion-del-mossad-israeli-en-asesinato-de-lider-de-hamas/
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