segunda-feira, 25 de julho de 2016

Hollande e Obama por trás dos "massacres sangrentos" na Síria. Ataques aereos da França e dos EUA matam mais de 140 pessoas na Síria

Damasco apela à ONU contra os crimes cometidos por esses países 

A Síria está exigindo  que a ONU tome medidas  contra  a França após a denúncia da criminosa investida dos aviões de guerra franceses contra a população civil que deixou um rastro de  120 pessoas mortas durante ataques aéreos na terça-feira,(19/07) próximo a fronteira entre a Turquia e a Síria. As mortes foram produzidas apenas um dia após ataques aéreos dos EUA que, por sua vez,  mataram mais 20 pessoas em Manbij.
O Ministério das Relações Exteriores da Sírio enviou cartas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, cargo que  no momento é ocupado  pelo Japão.
Damasco quer que a ONU investigue sobre  as atrocidades cometidas pela França, país membro da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, por ter  alvejado a aldeia de Toukhan Al-Kubra, localizada na fronteira entre a Turquia e a Síria e a cidade de Manbij, alvejada pelos EUA.
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"A agressão injusta da França custou a vida de mais de 120 civis, a maioria deles são crianças, mulheres e idosos, além de dezenas de cidadãos feridos, a maioria deles também são crianças e mulheres segundo os relatórios, além disso não se sabe  o destino de dezenas de outros civis que ainda se encontram abaixo dos escombros", escreveu o Ministério das Relações Exteriores sírio, citado pela  Agência Syrian Arab News .
"O governo da República Árabe da Síria condena, com firmeza, os dois massacres sangrentos perpetrados pelos aviões franceses e norte-americanos e os aliados da chamada coalizão internacional que estão enviando seus mísseis e bombas para os civis em vez de direcioná-los para as gangues de terroristas ... a Síria  afirma que aqueles países que  de fato querem combater o terrorismo deveriam se  coordenar com o governo e o exército da Síria ", acrescentou o ministro.

Na carta, o Ministério das Relações Exteriores da República da Síria  condena o contínuo apoio dos EUA, França, Arábia Saudita, Reino Unido e Qatar às organizações terroristas como a Al-Nusra  e Jaish Al-Islam, além de outros que têm vínculos estreitos com Estado islâmico (IS, anteriormente ISIS / ISIL ou DAESH) e Al-Qaeda.
MANBIJ: 20 JUL 2016. 0130 UTC. Heavy airstrikes continue. Nat’l Hospital taken. Fighting in W urban areas.  #Manbijpic.twitter.com/gtHkaVLTj5
— Chuck Pfarrer (@ChuckPfarrer) July 20, 2016
Até a entidade de direitos humanos Anistia Internacional criticou a coalizão liderada pelos Estados Unidos, dizendo que é  preciso ter mais cuidados para evitar a morte de civis.
"Qualquer pessoa responsável por violações do direito internacional humanitário deve ser levado à justiça e as vítimas e suas famílias devem receber reparação integral," declarou a diretora interina para Oriente Médio da Amnistia Magdalena Mughrabi,  citada pela Reuters.
O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos  que está ciente da perda de vidas de civis na Síria.
"Estamos cientes dos relatórios alegando as baixas civis perto Manbij, na Síria, recentemente. Tal como acontece com qualquer alegação que recebemos, vamos analisar todas as informações que temos sobre o incidente ", disse Matthew Allen em um comunicado.
"Tomamos todas as medidas durante o processo de focalização  para evitar ou minimizar as baixas civis ou danos colaterais,  em conformidade com os princípios da Lei de Conflito Armado", acrescentou.
Footage from earlier this month US bombing #Manbij#Syria. Yesterday bombs like this killed 100+ civilians Manbij…https://t.co/7AaVNSljiT
— DOAM (@doammuslims) July 20, 2016
A coalizão liderada pelos Estados Unidos têm proporcionado  apoio aéreo aos grupos "rebeldes" próximo a cidade de Manbij, atualmente sob o controle do Estado Islâmico.
O grupo terrorista tem estado no controle da cidade, desde que tomou boa parte da Síria e do Iraque no Verão de 2014.
Em entrevista à NBC News na semana passada, o presidente sírio, Bashar Assad, afirmou  que os EUA não estão interessados em derrotar os terroristas na Síria, mas  quer de fato controla-los e usá-los.
Western leaders support terror groups in Syria, get extremism at home – Assad
— RT (@RT_com) July 11, 2016
"A realidade é  que, desde o início dos ataques aéreos americanos, o terrorismo tem se expandido  e prevalecido", declarou o Presidente da Síria à NBC, especificando que "durante os ataques aéreos americanos e da aliança, o  ISIS (DAESH) se expandiu e assumiu novas áreas na Síria."
"Se trata de ser sério, ter a vontade . Os Estados Unidos não têm a vontade de derrotar os terroristas. Querem  controlá-los e usá-los como uma carta, como fizeram no Afeganistão. Isso irá refletir no aspecto militar do problema ", disse Assad.

 

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