Turquia mostrou o desespero dos que querem destruir o Estado sírio.
A derrubada do aviões militares russo Su-24 pela
Turquia demonstra "desespero absoluto" que reina atualmente entre os
atores que buscam e promovem a mudança de regime na Síria, analisa , escritor, analista político e jornalista Dan
Glazebrook.
De acordo com o analista, para explicar "esta provocação,
aparentemente sem sentido, é necessário atravessar multiplas camadas de ofuscação registradas nas
narrativas ocidentais sobre a Síria e os combatentes do ISIS ".
Glazebrook argumenta que a crise política na Síria não mudou muito desde o início do conflito em 2011: "o Ocidente, a Turquia e os monarquias do Golfo vêem patrocinando uma série de esquadrões da morte que se empenham em derrubar o governo sírio, enquanto a Rússia, Irã, Iraque, Síria (obviamente) e Hezbollah resistem a este projeto. "
Foi o Estado islâmico criado para
servir a OTAN ?
"A ascensão do Estado islâmico não mudou, fundamentalmente, esta
dinâmica subjacente", escreve o autor, acrescentando que "nas guerras civis,
somente existem, realmente, dois lados sempre e na guerra civil da Síria a OTAN
permanece do mesmo lado que o EI".
Neste sentido, Glazebrook cita as palavras do presidente russo, Vladimir Putin, que
qualificou o ataque turco como uma “punhalada pelas costas por parte dos
cúmplices de terroristas" e perguntou: "Querem por a OTAN a serviço do
ISIS ?”.
"Ou, poderíamos ampliar o raciocínio: foi o Estado islâmico criado para servir a
OTAN ?", acrescenta o analista.
Em sua opinião, o início da operação russa na Síria há dois meses ativou
alarmes "no campo da mudança de
regime".
"Contrariando toda a sua retórica contra o EI, os EUA e o Reino
Unido ficaram claramente preocupados com
o fato da Rússia realmente levar a cabo
uma luta eficaz contra o grupo e restaurar a autoridade do governo em áreas dominadas
pelos grupos".
Quanto mais êxito dos russos no terreno, maior é o desespero da coalisão
"Desde o início, a chave para o sucesso do ISIS (ou EI ou DAESH)
foi, em primeiro lugar, a porosa fronteira entre a Síria e a Turquia, através
do qual a Turquia tem permitido o livre fluxo de combatentes e armas em duas
direções ao longo dos últimos quatro anos e em segundo lugar, os montantes
financeiros maciços que o EI recebe tanto das vendas de petróleo como dos
países doadores dispostos a vistas grossas ao fluxo de financiamento do terrorismo ", explica
Glazebrook em seu artículo para RT.
"En las últimas semanas, todo esto ha sido amenazado por la
alianza liderada por Rusia (y de la que Francia es cada vez más dispuesta a ser
parte)", agrega.
"Nas últimas semanas, tudo isto veio a carga nas denuncias realizadas pela
aliança liderada pela Rússia (e a França está cada vez mais dispostos a fazer
parte)", acrescenta.
A semana passada, continua o analista, foi marcada por "uma grande escala
ofensiva síria por terra, apoiada pela cobertura aérea russa, precisamente na
região da fronteira sírio-turca, que é a linha vital dos 'esquadrões da morte' :
um movimento que levou o Ministério das Relações Exteriores da Turquia advertir
sobre as graves consequências se os ataques aéreos russos continuassem ".
Ao mesmo tempo, a Rússia lançou uma grande campanha contra a "frota
de petroleiros" do ISIS, que é "crucial para o êxito financeiro" do grupo terrorista.
"O esmagamento da indústria petrolífera apropriada pelo ISIS não será somente um duro golpe para todo o projeto
de esquadrão da morte, mas também afetará diretamente a Turquia, que,
acredita-se, está envolvida no transporte de petróleo produzido pela EI e até
mesmo a família do próprio Erdogan .
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