segunda-feira, 4 de agosto de 2025

O custo de resistir ao inimigo, por mais alto que seja, sempre será muito menor do que o custo de se render - Hezbollah





O debate sobre o futuro das armas da Resistência no Líbano, no qual tanto incide o aparato do “Estado” libanês e as forças políticas seguidoras das potências coloniais e dos filossionistas, que também existem no país, não é uma questão de prioridades, mas de princípios fundamentais. Alguns desses setores políticos, começando pelo Presidente da República, sob pressão dos EUA, propõem o desarmamento total como caminho para a estabilidade e a reconstrução. No entanto:

•  Esses grupos não veem o ente sionista de Israel como inimigo, e adotaram a narrativa estadunidense de rendição, normalização e subordinação.

•  Seu histórico é contraditório e hipócrita: no passado travaram guerras internas sob o lema da “preservação da soberania libanesa” (acusando o Hezbollah e a Resistência de serem hipoteticamente “agentes iranianos”), mas agora rejeitam a resistência legítima contra um inimigo externo real como o ente sionista de Israel, que ocupa parte do território do país e diariamente ataca e assassina propriedades e cidadãos libaneses.

•  Esses “libaneses de primeira”, não defendem os prisioneiros, nem confrontam a ocupação, nem propõem alternativas viáveis diante das agressões israelenses.

Quem pede o desarmamento busca, no fundo, entregar a soberania libanesa à vontade dos Estados Unidos, ignorando seu papel destrutivo na Palestina, Iêmen, Irã, Síria, Iraque e no mundo árabe em geral, em troca de quatro prebendas partidárias que esperam obter por sua submissão.

Resistir tem um alto custo, certamente, mas render-se 

custa muito mais.

Por isso, a Resistência não deve cair na armadilha de entregar suas armas à qual estão a conduzi-la uns e outros, atores externos e internos. Fazer isso seria aceitar uma derrota total e definitiva, não apenas militar, mas nacional.

E o que se diz para o Líbano, pode igualmente ser dito para a Palestina ou Iraque, outros dois lugares onde simultaneamente com o Líbano o mantra do desarmamento da Resistência foi posto em marcha, sempre com o apoio de elementos locais submissos aos EUA, seja a "autoridade palestina" ou o governo iraquiano, seja Mahmoud Abbas ou Muhammad Shi'a al-Sudani.

    

Espada de Jerusalém

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