Acorda meu povo!
A tragédia do povo
de Minas Gerais vitimado pela desgraça
trazida pela lama da barragem rompida da empresa privatizada Vale representa mais uma medalha conquistada pelos poderes
públicos, incluindo o Congresso Nacional, pelas
multinacionais e pelas mineradoras que atuam livremente em nosso país.
Como se não bastasse a sujeição ao contexto tenebroso esculpido anos a fio pelo capital avido por lucros a
qualquer preço, os brasileiros, neste momento de profunda dor e solidariedade, estão sendo alvo de uma sórdida campanha de “lavagem da imagem de uma entidade criminosa
e assassina” .
Estamos falando da campanha, classificada pela atual governo de “ajuda humanitária”, que desembarcou 130 militares israelenses,
em Brumadinho, com direito a discursos dramáticos,
em português, de uma jovem e “simpática” tenente israelense,
declarando que “foi muito difícil ver a
destruição por onde a lama passou” ou que “tem muitas famílias esperando seus entes
queridos.” [i]
O cotidiano das crianças palestinas nas mãos do exercito de Israel |
Por óbvio, a presença oficial de militares de Israel em
nosso território não tem nada de humanitária mas se deve ao fato de uma técnica
utilizada há muitos anos por Israel para que o mundo se esqueça e não perceba os bárbaros crimes que comete
todos os dias , desde 1948 , contra o povo palestino. Ou seja: uma campanha hedionda de lavar seus crimes!
A bela jovem judia de dupla nacionalidade é uma militar
preparada pelos órgãos militares e de inteligência
para causar os efeitos de marketing desejados. De outra maneira , como se pode
entender a falsa emoção diante da destruição causada pela lama da mineradora,
se o exército de Israel destrói vilas inteiras, prende e assassina crianças e
jovens e os expulsam de suas terras históricas, impedindo o retorno de qualquer
palestino à terra natal.
Como se explica um discurso humanitário de uma entidade que mantém sob cárcere e tortura cerca de 6 mil prisioneiros
políticos, sendo 230 crianças? Que bombardeia a população palestina com armas
proibidas pelas organizações internacionais, como o fósforo branco que causa doenças graves por várias gerações ? Ou que já foi denunciada pelas
famílias palestina por trafico de órgãos
de seus filhos assassinados?
A técnica de lavar os crimes praticados, “whitewashing”,
com discursos humanitários de ajuda a
outros povos, engana muita gente boa e favorece
a ideia de que a entidade sionista
está longe de ser um regime de Apartheid, racista, colonialista e
assassino e , assim, Israel segue adiante
sem ser questionado ou punido , por isso.
Lavar com a lama de Brumadinho os crimes cometidos pelo Estado Judeu
é uma tática de manipulação, auxiliar
da estratégia que visa aprofundar e ampliar a política de limpeza étnica
sem condenação de quem quer que seja.
Dessa forma, a entidade sionista está livre para intensificar os crimes contra o povo
palestino, as mortes, as prisões , as apropriações
das terras palestinas e o crescente assentamento de colonos europeus e americanos
judeus que participam da colonização da Palestina Histórica, em paz, sem o incomodo da solidariedade internacionalista com a causa palestina.
Israel tem uma extensa lista de violações de
leis internacionais, incluindo resoluções das Nações Unidas e leis de guerra e
ocupação da Quarta Convenção de Genebra. Nenhuma dessas violações foram punidas
até hoje.
Apesar de tamanha tragédia (nakba – em árabe) que a
ocupação significa, os palestinos resistem e lutam pelo fim da ocupação
sionista, sendo um exemplo de determinação, apesar dos enormes e cotidianos sofrimentos, para a solidariedade
internacionalista. E neste sentido, o Comitê de solidariedade à Luta do povo
palestino do RJ em respeito a dor e ao sofrimento do nosso povo, se une a todos aqueles militantes da causa palestina do Brasil e do mundo para denunciar e desmascarar a intenção de manipulação do Estado sionista
junto a população brasileira.
[i] https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/01/30/amit-israel-brasil-brumadinho.htm
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