quarta-feira, 24 de maio de 2017

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Por Palestinian Information Post-PIP

Em meio a forte manifestação popular palestina, a  "Terça da Ira",  contra a presença de Trump, a repressão ficou por conta de mais de 2.000 policiais palestinos em coordenação com centenas de soldados dos serviços militares  israelenses que protegiam a  chegada em Jerusalém ocupada em do carro oficial de Trump com o seu comboio de 60 automóveis que atravessavam os postos militares sionistas, o muro do apartheid israelense em Belém e grandes cartazes nas ruas com 'os rostos de ambos presidentes e uma legenda sugestivo: "a cidade da paz saúda o homem de paz" em referênc ia aos EUA.


A breve visita  de  Trump, entusiasta da Pax Americana, não fala sobre a soberania palestina, mas conta com a disposição de Abbas por ceder mais território.

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A imagem deveria gravar a consciência do Presidente Donald Trump e do presidente  palestino Mahmoud Abbas é a do menino Raed Ahmad Radayda de 15anos de idade assassinado a sangue frio ontem (22/05) pelo Estado terrorista  de Israel, próximo da sua aldeia de al-Ubeidiya ao sul de Belém ocupada, tornando-se o mártir 319 da Intifada.

Sem sua esposa Melania, que preferiu ir as compras nos shoppings israelenses. Trump levou  28 horas em  visita à ocupação isralense , Já nos territórios palestinos se limitou a uma hora. Abbas encontrou-o na presidência de Belém com uma reunião privada e um rápido encontro com a imprensa com muitas frases de efeitos e pouquíssimas respostas para as demandas legítimas do povo palestino. A difícil situação de Trump para regressar a ocupação israelense e visitar o Museu do Holocausto (construído sobre o massacre , o sangue dos povo palestino da aldeia de  Deir Yassin, em 1948)  foi evidente , situação que também  não  lhe permitiu visitar a antiga Igreja da Natividade, onde nasceu palestino Jesus em Belém, que estava na sua agenda.

Na aceleradíssima  coletiva à imprensa na Muqata'a (presidencia), Trump, sem interesse em encontrar maneiras para acabar com a ocupação sionista, disse: "A paz é uma escolha que devemos fazer todos os dias e estamos aqui para que esse sonho seja  possível  para as crianças judias, muçulmanas e cristãs ", sem mencionar as crianças palestinas e o nome do jovem assassinado Raed 15, assassinado por Israel antes de sua chegada. Com expectativas nebulosas, Trump acrescentou: "Eu realmente acredito que se Israel e os palestinos (evitando Palestina) podem fazer a paz, então o processo de paz começará no Oriente Médio ... Abbas  me assegurou que está disposto a trabalhar com esse objetivo de boa fé e Netanyahu (que o qualificou de um homem da paz) prometeu o mesmo. Estou ansioso para trabalhar com esses líderes para a paz duradoura". Trump, não fez nenhuma referência à ocupação e repetidamente utilizado a retórica da 'Pax Americana' , sua estratégia foi colocar no mesmo nível o invasor ocupante e o povo ocupado.

Por seu lado, Abbas, impopular e sem legitimidade acrescentou muito pouco: "Vamos cooperar com Trump em um acordo de paz histórico com os israelenses para alcançar dois estados e trabalhar em parceria com os Estados Unidos contra o terrorismo. A história vai testemunhar que o presidente Donald Trump foi quem fez a paz".

Cedendo território:
As portas fechadas da reunião não foi  obstáculo para dar como certos os rumores de que Abbas sem consulta ninguém,  com o parlamento fechado por ele mesmo e sem referendo popular, garantiu a Trump sua disposição de ceder 6,5% dos  22% dos territórios palestinos ocupados em 1967 para chegar a um acordo com Israel. Ou seja, quase 32% de 22%,  contando com a redução dos  territórios roubados pelos israelenses para seus assentamentos ilegais e o racista muro do apartheid na Cisjordânia.

Fracasso da diplomacia palestina:
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Tal como aconteceu com a visita oportuna do presidente Barack Hussein Obama, a diplomacia da Autoridade Nacional Palestina se submeteu  às pressões do protocolo dos EUA, com influência israelense para impedir a reunião no Muqata'a (Presidencia) em Ramallah e evitar que Trump colocasse  uma coroa de flores no túmulo do Pai da Pátria Yasser Arafat.

A diplomacia palestina em tampouco  conseguiu que  Trump visitasse os campos de refugiados de Gaza, Jerusalém judaizada, os postos militares de controle, os opulentos assentamentos ilegais e os 1800 prisioneiros palestinos em greve de fome em prisões israelenses. No entanto, mentindo para si mesmos, o governo da ANP e seus diplomatas estão levantando ironicamente vasos  'de água salgada' como um sinal de apoio aos prisioneiros e  nada fazem por sua libertação após 37 dias de greve.

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