Por Paulo Alexandre Amaral, RTP
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Não é segredo que o mentor e líder daquela que é uma das mais importantes bandas dos últimos 50 anos sempre foi um apoiante dos palestinianos, acusando em inúmeras ocasiões o Estado israelita de cometer atrocidades num território ocupado que não é o seu. Depois de sinalizar no Twitter um novo ataque das Forças Armadas de Israel contra um grupo que apoia os palestinianos, Roger Waters anunciou uma reunião com David Gilmour e Nick Mason, cinco anos depois do último concerto dos Pink Floyd. Poderá tratar-se de um concerto?
Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason são os membros ainda vivos e em
relativa actividade dos Pink Floyd. A última vez que tocaram juntos foi em
2011, na O2 Arena de Londres. Cinco anos depois, poderemos estar prestes a
vê-los de novo. E porquê? Pela causa palestiniana.
A história começou há pouco menos de um mês, a 14 de setembro, quando uma
flotilha composta por mulheres zarpou de Barcelona, em Espanha, rumo à Faixa de
Gaza, em mais uma iniciativa da Coligação Internacional da Flotilha da
Liberdade.
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Roger Waters assistiu a este desfecho da iniciativa “Mulheres Rumo a Gaza”, apoiada pela Coligação Internacional da Flotilha da Liberdade, e decidiu reunir os Pink Floyd em solidariedade.
A campanha “Mulheres Rumo a Gaza” procurava – como outras já o tentarem com
resultados trágicos – levar ajuda humanitária aos palestinianos e romper o
bloqueio israelita à Faixa de Gaza de há mais de uma década. A bordo estavam 13
mulheres, incluindo a Nobel da Paz Mairead Maguire, quando esta quarta-feira
foram interceptadas pela Marinha de Israel. Há um ano, Roger Waters acusou Gilberto Gil e Caetano Veloso de estarem
mais preocupados com a conta bancária do que com as condições de vida dos
palestinianos.
O assunto não passou despercebido a Roger Waters. É que esta não é a primeira
vez que o nome do baixista dos Pink Floyd é envolvido nas campanhas contra o
Estado israelita. Juntamente com Elvis Costello, Gil Scott-Heron, Talib Kweli,
Sinead O’Connor ou Lauryn Hill, Waters é uma das muitas lendas da música que se
recusam a dar concertos em Israel, assumindo que é uma posição política esta
que sustentam.
Ainda no ano passado, quando os cantores brasileiros Gilberto Gil e Caetano
Veloso recusaram os pedidos de várias organizações internacionais e levaram por
diante o concerto em Telavive, Roger Waters, que lhes havia pedido para
aderirem à campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), acusou-os de
estarem mais preocupados com a conta bancária do que com as condições de vida
dos palestinianos.
Na altura passava um ano desde a operação de 2014 – Escudo Protector – levada a
cabo pelas forças israelitas e que fez mais de um milhar de vítimas, a quase
totalidade civis, mulheres e crianças. Roger Waters, que mantém essa ligação
aos grupos de boicote a Israel, foi um dos subscritores do pedido a Caetano
Veloso e Gilberto Gil. Ao músico britânico juntar-se-ia um outro nome de peso:
o cardeal sul-africano Desmond Tutu, Prémio Nobel da Paz. Sem resultados.
A situação parece prestes a inverter-se agora. Os Pink Floyd terão encontrado
razão suficientemente forte para voltarem a reunir-se em concerto. A novidade
estará na escolha do local: não Nova Iorque, Londres ou Paris, mas a Palestina,
avança o site de notícias IBTimes.
É a forma encontrada por Roger Waters, o activista, de pôr Roger Waters, a
lenda da música, ao serviço da causa palestiniana. Já esta tarde, deixou uma
mensagem através da conta de Twitter.
PINK FLOYD stands with the @GazaFFlotillaand
deplores the illegal arrest and detention in international waters of the all
women crew! pic.twitter.com/p2T5aTIH0X
O baixista usou também a conta do Facebook para publicar uma nota de
solidariedade para com as mulheres a bordo da flotilha do Movimento Libertem
Gaza (Free Gaza Movement), depois de terem sido “detidas ilegalmente em águas
internacionais” pelas forças israelitas.
E é nesta nota que anuncia um possivel regresso. Um momento que atrairá todas
as atenções dos media internacionais e que pretende usar para denunciar a
política de ocupação de Israel nos territórios palestinianos.
http://shifter.pt/2016/10/pink-floyd-reunem-se-cinco-anos-depois-em-nome-da-palestina/
A história começou há pouco menos de um mês, a 14 de setembro, quando uma flotilha composta por mulheres zarpou de Barcelona, em Espanha, rumo à Faixa de Gaza, em mais uma iniciativa da Coligação Internacional da Flotilha da Liberdade.
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Ainda no ano passado, quando os cantores brasileiros Gilberto Gil e Caetano Veloso recusaram os pedidos de várias organizações internacionais e levaram por diante o concerto em Telavive, Roger Waters, que lhes havia pedido para aderirem à campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), acusou-os de estarem mais preocupados com a conta bancária do que com as condições de vida dos palestinianos.
Na altura passava um ano desde a operação de 2014 – Escudo Protector – levada a cabo pelas forças israelitas e que fez mais de um milhar de vítimas, a quase totalidade civis, mulheres e crianças. Roger Waters, que mantém essa ligação aos grupos de boicote a Israel, foi um dos subscritores do pedido a Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ao músico britânico juntar-se-ia um outro nome de peso: o cardeal sul-africano Desmond Tutu, Prémio Nobel da Paz. Sem resultados.
A situação parece prestes a inverter-se agora. Os Pink Floyd terão encontrado razão suficientemente forte para voltarem a reunir-se em concerto. A novidade estará na escolha do local: não Nova Iorque, Londres ou Paris, mas a Palestina, avança o site de notícias IBTimes.
É a forma encontrada por Roger Waters, o activista, de pôr Roger Waters, a lenda da música, ao serviço da causa palestiniana. Já esta tarde, deixou uma mensagem através da conta de Twitter.
O baixista usou também a conta do Facebook para publicar uma nota de solidariedade para com as mulheres a bordo da flotilha do Movimento Libertem Gaza (Free Gaza Movement), depois de terem sido “detidas ilegalmente em águas internacionais” pelas forças israelitas.
E é nesta nota que anuncia um possivel regresso. Um momento que atrairá todas as atenções dos media internacionais e que pretende usar para denunciar a política de ocupação de Israel nos territórios palestinianos.
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