A Arábia Saudita redigiu a medida. Ela a trabalhou em parceria com o
Qatar e talvez também o Bahrain.
A Rússia classificou a medida de
"enviesada e desequilibrada". Era isso e muito mais.
Saudi Arabia
drafted the measure. It partnered with Qatar and perhaps Bahrain doing so.
Ignorou a realidade no terreno. Deu cobertura à guerra de Washington por
procuração.
A resolução endossou a carnificina e a destruição diária.
Ignorou a responsabilidade do Ocidente / Liga Árabe / Israel pela devastação de
mais um país não beligerante. Desprezou milhões de sírios.
Na história
da ONU, o dia 3 de Agosto de 2012 viverá na infâmia.
Observadores
honestos não esquecem quão irresponsavelmente os países atuaram. Ao mesmo
tempo, 12 países corajosos tomaram a atitude correcta. Eles são a Rússia, China,
Síria, Irão, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Bielorússia, Myanmar, Coreia
do Norte e Zimbabwe.
O representante da Síria na ONU,
Bashar
al-Jaafari , condenou a resolução. Classificou-a como uma campanha histérica
anti-Síria. A Carta Fundamental da ONU e outros princípios legais foram
violados.
A soberania nacional foi ignorada. Só os interesses imperiais
foram servidos. Os sírios foram traídos.
O terrorismo patrocinado pelo
ocidente foi endossado. Fazer isso assegura maior violência, matanças em massa e
miséria humana.
"Alguns países que travaram guerras sob o pretexto de
combater o terrorismo estão a apoiar, directa e indirectamente, os actos destes
grupos terroristas armados, dentre os quais está a al-Qaeda", disse al Jaafari.
Acrescentou que os promotores da resolução, Arábia Saudita, Qata e
Bahrain, são "oligarquias despóticas". Eles são parceiros imperiais. Eles são
cães de ataque para guerras regionais de Washington. Eles são estados bandidos
fora da lei.
Eles perseguem, prender, aprisionam, torturam e brutalizam
o seu próprio povo. São implacáveis contra qualquer que apoie publicamente
justiça política, económica e social. Os seus regimes não têm legitimidade.
Eles silenciam acerca das atrocidades em curso no Afeganistão, Iémen,
Somália, Palestina e seus próprios países. Apoiaram a guerra de Washington
contra Kadafi.
Ajudaram a assassinar dezenas de milhares de líbios.
Apoiam sua actua liderança fantoche. Riem-se da regra da lei, dos princípios e
dos valores democráticos. Tratam o povo como lixo e ostentam isso.
Eshagh Alehabib, a actuar como enviado interino do Irão, chamou a
resolução de "unilateral". Ela "não terá qualquer impacto. É uma peça de
teatro".
O embaixador britânico na ONU, Mark Grant, disse que a
resolução não pretendia ser equilibrada. Descaradamente apontou o dedo na
direcção errada.
Susan Rice, enviada dos EUA à ONU, reflectiu a visão de
Grant. Ela saltou o seu histrionismo habitual. Ao assim fazer não suavizou seu
desrespeito para com os fundamentos do direito internacional e da lei
constitucional.
O enviado da Rússia,
Vitaly
Churkin , acusou os países ocidentais de ocultarem objectivos.
A
medida "agravará a abordagem confrontacional para a resolução da crise síria e
de modo alguma facilitará movimentos das partes rumo a uma plataforma de diálogo
e uma busca de uma resolução pacífica da crise no interesse do povo sírio".
Outros países que votaram não disseram que a Síria enfrenta forças que
apoiam o terrorismo.
Os países que votaram sim condenaram a Síria por
crimes apoiados pelo Ocidente. A linguagem da Assembleia-Geral ridicularizou a
legitimidade e a justiça. Endossou o lado errado. Deram uma folha de parreira
como cobertura para maior intervenção ocidental.
O Conselho de Segurança
fracassou lamentavelmente. A resolução tem como objectivo directo a Rússia e a
China. Até então, seus vetos impediram a guerra em plena escala.
A
questão é por quanto tempo. Washington desde há muito tem planos para mudança de
regime. Todos os meios são empregados. Contagens de corpos não importam. As
prioridades imperiais têm precedência. Elas incluem dominação regional não
desafiada da Rússia e nas fronteiras da China.
Hipocritamente, a
resolução exprimiu graves preocupações por violações de direitos humanos.
Mentiram ao dizer que a Síria utiliza armas pesadas contra o seu próprio povo.
Elas são utilizadas para defendê-lo contra esquadrões da morte assassinos.
Ela errada afirma que Assad "ameaça utilizar armas químicas ou
bacteriológicas".
Tal ameaça nunca foi feita. A Síria admitiu ter armas
químicas. As biológicas não foram mencionadas. O porta-voz do Ministérios dos
Negócios Estrangeiros, Jihad Makdissi, disse que a Síria só utilizaria armas
químicas contra a agressão externa. Distorções, más interpretações e mentiras
deliberadas seguiram-se aos seus comentários.
A linguagem da resolução
afirma hipocritamente preocupação pela "paz e segurança internacional" e exprime
"lamento profundo pela morte de muitos milhares de pessoas".
Ao mesmo
tempo, ignora a matança e destruição em massa patrocinada pelo Ocidente. A
alegada preocupação acerca da protecção de civis ignora os esquadrões da morte,
proxy de Washington, que os assassinam.
Ela descaradamente endossou
direitos humanos fundamentais. Ao mesmo tempo, as partes responsáveis por
violá-los não são mencionadas.
Seu apelo à "transição política" ignorar
os fundamentos do direito internacional. Ao assim fazer viola direitos soberanos
sírios. As eleições parlamentares livres, justas e abertas de Maio não foram
mencionadas. Monitores internacionais independentes endossaram-nas.
Os
membros do partido dominante Baath ganharam uma convincente maioria de 60%.
Repetir o que está cumprido é irresponsável. Exigi-lo é exorbitante.
A
desvergonha definiu a votação de 3 de Agosto. Tal votação perpetua o conflito. A
escalada, não a resolução, é o que se seguirá. Cento e trinta e três países têm
sangue nas suas mãos.
Comentário final Os media "de
referência" aclamaram o voto da Assembleia-Geral. Ao longo do conflito, eles
endossaram a ilegalidade imperial. Eles estimulam todas as guerras dos EUA,
directas, proxy e planeadas.
Um coro virtual de aleluias unânimes
exprimiu comentários semelhantes. A verdade e a informação completa estiveram
ausentes. Os perpetradores de crimes foram absolvidos. As vítimas foram
culpabilizadas.
O
New York Times considerou a resolução como uma
crítica esmagadora à política síria. O
Wall Street Journal disse que ela
condenou a campanha da Síria. A CBS disse que denunciava a tomada de posição da
Síria mas tomava pouca acção.
A AP disse que recomenda a Assad que se
afastasse. A Reuters disse que isolava a Rússia e a China por vetar resoluções
do Conselho de Segurança. O
Los Angeles Times disse que condenava a
violência síria e a inacção das "grandes potências".
O
Chicago
Tribune pôs como manchete: "Nações Unidas condenam Síria; Rússia e China
vêem-se isoladas". O
London Guardian disse que a Assembleia-Geral
criticou a falha do Conselho de Segurança em actuar. O
Independent de
Londres disse que as Nações Unidas condenam a Síria e exigem transição política.
A votação verificou-se no dia seguinte à renúncia do enviado à Síria da
ONU/Liga Árabe, Kofi Annan. Ela é efectiva no fim de Agosto, quando expira o seu
mandato. As razões apresentadas foram enganosas. Ambas as acções em dias
consecutivos não foram coincidência. Elas avançam a eminência da guerra.
Annan é o homem de Washington. Responsáveis do governo Obama
escolheram-no. O seu "plano de paz" era cobertura simulada para a ilegalidade
imperial. Também ganhou tempo. Agora a escalada da agressão está planeada.
Em 3 de Agosto, a revista
Time apresentou o título: "A oposição síria vê o fracasso
de Annan como justificação da sua luta armada", que dizia:
"A renúncia
de Annan "confirmou a crença da oposição síria de que não há alternativa
(excepto) a luta militar para deitar abaixo o regime Assad".
O antigo
chefe do Conselho Nacional Sírio, Burhan Ghalioun, disse "A derrota do plano
Annan significa que não há solução política". As potências ocidentais devem
actuar. "Não temos tempo a perder".
É de esperar a contínua unanimidade
dos media canalhas. Ao assim fazer, apoiam a guerra. Obama, parceiros chave da
NATO e aliados regionais querem intervenção em plena escala. Só o seu cronograma
é desconhecido.
Dar prioridade à prevenção de uma guerra potencialmente
catastrófica importa muito. Toda a região e para além dela poderia ficar
envolvida. A ameaça é demasiado grande para ignorar.
O relatório do fim
de Julho do
Royal United Services Institute (RUSI) disse que a intervenção
ocidental parece mais provável. "Não estamos a mover-nos rumo à intervenção mas
a intervenção está certamente a mover-se em direcção a nós", afirmou.
Em
causa estão os "modos apropriados de intervenção". Sob certos aspectos, ela já
começou.
Ela tem estado a avançar durante todo o conflito. Agora está a
escalar. A renúncia de Annan acrescenta momento. As condições "faça uma
abordagem cada vez mais sem por as mãos" tornam-se improváveis.
Washington considera inaceitáveis resoluções de conflitos. Só a mudança
de regime importa. A guerra foi planeada desde o princípio. Assim é para
subjugar toda a região. Talvez a sua destruição aconteça no processo.
Um
país após outro é devastado. Soluções com nuvens em feito de cogumelo podem
seguir-se. Travar esta loucura importa e muito. Imagine o que se passaria em
caso contrário.
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