terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quatro soldados libaneses e um repórter morrem num confronto com Israel

Evacuación de un soldado herido en los enfrentamientos. Afp

Soldados libaneses y de la ONU miran hacia la zona del conflicto. Afp

Soldados israelíes toman posiciones cerca de la frontera. Reuters


Ao menos quatro soldados libaneses e um jornalista morreram hoje pelo choque armado registado na fronteira entre Israel e o Líbano, informaram fontes militares do sul do Líbano. O incidente ocorreu na zona onde estão as tropas espanholas.

O jornalista falecido foi identificado como Asaf Abu Rahal. Além dos falecidos há ao menos dois feridos, um militar e um civil, ambos libaneses, todos eles pelo intercâmbio de fogo de artilharia e de armas ligeiras entre entre os dois Exércitos; AFP informa que também há um soldado israelense ferido grave.
Segundo testemunhas, um tanque israelense cruzou a território libanês enquanto soldados israelenses tratavam de cortar árvores em território libanês. O Exército libanês enviou mensagens e disparou bombas de ruído para advertir de que se encontravam em território libanês. Após sua retirada, do Exército israelense, para solo israelense, abriram fogo..

As fontes militares libanesas asseguraram que um tanque israelense disparou contra uma casa na localidade de Adissyeh, sul do Líbano, deixando-a em chamas. Segundo as fontes, no ataque morreu um civil e um soldado resultou ferido. Também confirmaram o disparo de 10 obuses contra o posto militar fronteiriço de Adissyeh.

Tudo por devastar umas árvores
Segundo testemunhas os israelenses responderam os tiros de aviso com projetis de artilharia. "Tudo começou quando os israelenses tentaram cortar uma árvore no lado líbano da fronteira. Tropas libaneses dispararam tiros de advertência, mas os israelenses responderam com bombas", disse uma fonte de segurança. As árvores estavam situadas no chamada barreira técnica, instalada por Israel e localizada antes da "linha azul", marcada pela ONU para certificar a retirada israelense do sul do Líbano em maio de 2000, depois de 22 anos de ocupação. Esta atuação, num área próxima ao povo fronteiriço libanês de Adeisseh, derivou em tensões entre os militares israelenses e o Exército libanês.

Zona de responsabilidade espanhola
O incidente produziu-se na zona sob responsabilidade espanhola, a Brigada Multinacional Leste, comandada por um general espanhol e composta por tropas de vários países, segundo informa Roberto Benito. O ponto concreto, no entanto, não está próximo da base de Marjayoun nem controlado directamente por soldados espanhóis, mas da Indonésia. Segundo fontes militares, é uma das zonas mais conflictivas e com freqüência produzem-se incidentes menores entre o Líbano e Israel, principalmente porque a marcação da Blue Line, a fronteira marcada pela ONU entre ambos países, não tem acordo e há conflito sobre onde começa um país e termina o outro. O incidente de hoje iniciou-se por que alguns soldados israelenses estavam em uma zona do Líbano. Pelo momento, o nível de alarme em Marjayoun, alto de por si todos os dias, não se incrementou. Os capacetes azuis indonésios foram rapidamente à zona, confirmaram o incidente e neste momento mantêm controlada a situação. O comandante da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul),o general espanhol Alberto Asarta, está avaliando a situação e nas próximas horas decidirá os movimentos adequados, se é que deve os ter.

Não teve ataque com foguetes sobre Israel
Segundo 'Haaretz', vários tanques israelenses participaram no incidente. O mesmo diário informa que também se falou de vários impactos de foguetes Katyusha no norte de Galilea, supostamente disparado do Líbano, ainda que finalmente a policia enviada à zona comprovou que não há rastro algum de impacto. Um porta-voz do Exército israelense confirmou que o incidente tinha ocorrido, ainda que se limitou a dizer que "uma patrulha das Forças de Defesa de Israel que se encontrava em território israelense entre a linha azul e a barreira de segurança recebeu fogo procedente do Líbano", sem dar mais detalhes sobre o sucedido.O porta-voz militar negou que o confronto se originasse com um lançamento de um foguete contra a Galilea e sublinhou que "não caiu nenhum proyectil em território israelense".

Israel mantém unidades de engenharia militar ao longo da fronteira com o sul do Líbano, onde construíram uma barreira de segurança. O Exército libanês mantém tropas do outro lado da fronteira.

2010-08-03 09:50:04 / Fuente: Diario El Mundo - España






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