Comitê de Solidariedade inaugura na Cisjordânia escola profissionalizante com cursos
Gratuitos
Khader Othman
O COMITÊ Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino materializamos seu amor pela Palestina no dia 14 de agosto através da inauguração de escola técnica na cidade de Beit-ur, Cisjordânia, uma instituição pública e gratuita com cursos profissionalizantes para os palestinos. Longe dos discursos teóricos, longe de gritos e ofensas à invasão sionista do Estado de Israel na Palestina, transformamos as lágrimas pela situação atual do povo palestino em esperança promissora. A solidariedade, para ser efetiva, tem que ser concreta. Transformamos nosso apoio à resistência nacional palestina em ação sólida, viva, cheia de amor.
Os “palestinos na diáspora” – um grupo de brasileiros de origem Palestina –, dominados pela justiça, assumiram seu dever cívico perante a Pátria- mãe e consolidaram este projeto. Sabemos ser impossível derrotar a ocupação israelense somente pela crítica. É urgente e necessário criar condições para o nosso povo resistir e continuar lutando em nosso país. Todos os meios de lutas são possibilidades para acabar com essa odiada invasão sionista do Estado de Israel e juntar os
trapos dessa Pátria para tentar construir a Palestina, uma pátria unida.
Beit-ur é uma cidade muito pobre e carente, como outras na Cisjordânia, mas agora seu cotidiano será transformado com a chegada da escola técnica. São 150 vagas que possibilitarão uma formação qualificada, proporcionando assim uma vida digna e de trabalho honesto para palestinos que, daqui a dois anos, sustentarão suas famílias.
São oficinas técnicas, divididas entre alunos femininos e masculinos, com a oferta de seis cursos profissionalizantes. São oficinas de Cabeleireiros e Beleza; de Corte e Costura, Bordados e Modelagem; de Informática; de Esquadrias de Alumínio; de Sistemas de Calefação e Refrigeração; e de Ferragem, Esquadrias, Cercas e Proteções.
No dia da inauguração da escola, colocamos uma faixa que ornamentava o prédio, com a linda poesia de Mahmoud Darwish:
Os grãos de uma espiga de trigo
Espalhados aqui e acolá
Enchem todo o vale de espigas
Este é o nosso lema. Nossa ideia não é isolada, mas uma construção coletiva em busca da libertação da Palestina. Foram três anos de trabalho, um acúmulo de esforços e sonhos de muitos militantes. Concluímos as negociações com a adoção do projeto pelo Ministério de Trabalho da Autoridade Nacional da Palestina.
Na inauguração, contamos com a presença de várias personalidades palestinas e membros da Autoridade Nacional e, em especial, de Ligia Maria Scherer, chefe da Delegação Especial do Brasil na Palestina, com Escritório-sede na cidade de Ramallah. Lígia aplaudiu a ideia e discursou para os presentes relatando as várias obras que o governo brasileiro está executando
nos territórios palestinos. Como nos ensinou Darwish: estamos plantando... o vale está cheio de espigas.
Unidade da esquerda
Outra coisa que me chamou bastante atenção nessa viagem para a Palestina foi o intenso movimento dos intelectuais e do povo em geral em torno da unificação da esquerda como uma resposta viável e prática para a crise interna. Somente a unificação das forças progressistas apontará uma saída para a crise que o processo de paz sofre nas mãos do imperialismo internacional.
Fruto desse esforço foi a conferência internacional “Experiências de unificação e renovação da esquerda na Palestina e no mundo”, realizada em Ramallah entre os dias 26 a 28 de junho, onde muitos militantes e intelectuais progressistas e de esquerda trocaram experiências e contribuíram para o amadurecimento da ideia de unificação. O processo de unificar a esquerda ganhou fôlego forte e esse tema predomina o debate entre os palestinos.
A Palestina que queremos
A população Palestina é de 11,2 milhões de pessoas. Atualmente, 5,2 milhões vivem no seu solo pátrio, nos territórios de Gaza e Cisjordânia, de forma subumana, desprovidas de direitos básicos, como acesso a hospitais, transportes, escolas, universidades, empregos e o direito mais elementar: o de ir e vir. Outros 6 milhões de palestinos vivem como refugiados em ouros países, sonhando com o dia de retornar.
O povo palestino deseja a paz e sua forma de defesa é a intifada, um posicionamento de libertação no qual são utilizados paus, pedras e seus corpos contra todo o armamento sofisticado do exército israelense apoiado pelo imperialismo estadunidense. Defendemos a Palestina democrática e laica, em seu solo pátrio histórico, com o retorno dos refugiados palestinos, e Jerusalém como sua capital, onde possam viver em harmonia e fraternidade cristãos, muçulmanos e judeus, como era antes de 1947.
Solidariedade
Os Comitês de Solidariedade cumprem o importante papel de divulgadores da causa palestina. Através de palestras, debates e eventos, propagamos informações sobre a luta de resistência do povo palestino.
No Brasil existem muitos comitês de solidariedade realizando um belo trabalho. Desde 2000, nosso Comitê Catarinense contribui para que a Palestina esteja presente nos corações e mentes dos brasileiros, povo este tão solidário à causa palestina, causa esta da humanidade.
São 62 anos de luta em defesa da Palestina livre. Convocamos a todos para, no dia 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, declararem-se palestinos, pois somos todos brasileiros, somos todos palestinos em busca da justiça.
Em 29 de novembro de 1947, a ONU, através da resolução 181, impôs a partilha do solo pátrio da Palestina para a criação do Estado de Israel. O restabelecimento da Palestina é uma tarefa de todos nós.
Khader Othman é do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino.
E-mail: comitepalestinasc@yahoo.com.br.
A Jordania tambem faz parte do territorio conhecido como "Palestina", portanto os arabes da palestina ja tem um estado proprio.
ResponderExcluirPARA COMENTARIO NUMERO 1
ResponderExcluirIsreal tambem so existe na Biblia PORQUE VCS ROUBAROM PALESTINA, MATAROM, MASSACRAROM PALESTINOS PARA A CRIAÇAO DESTE ESTADO SEM VERGONHA QUE NAO RESPEITA NINGUEM:
NATORI CARTA UM MOVIMENTO JUDAICO QUE NAO RECONHECE A EXISTENCIA DE ISRAEL >
A ONU RECONHECE O ZIONISMO COMO UMA FORMA DE RACISMO PELA RES, NUMERO 3379