terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Rede israelense de tráfico de órgãos de refugiados sírios


A polícia turca prendeu um israelense por tráfico de órgãos humanos de refugiados sírios em Istambul. Boris Walker, também conhecido como  Boris Wofman, foi preso por fazer  cirurgias ilegais com refugiados sírios em clínicas turcas. 
Os clientes da rede recebiam o órgão  em troca de pagar entre 70.000 a 100.000 euros, de acordo com a acusação contra Wofman. Em contrapartida, os refugiados sírios, doadores dos órgãos,  recebiam muito pouco. 
Wolfman estava sendo procurado pela Interpol por tráfico de órgãos. Ele  agia da seguinte forma: colocava anúncios em jornais russos para encontrar potenciais doadores. Não explicava aos doadores  sobre os riscos físicos e psicológicos que corriam com a decisão, negando-lhes  todas as informações necessárias antes de tomar a sua decisão. 
Wolfman foi acusado de tráfico de órgãos humanos  no Kosovo, Azerbaijão e Sri Lanka, entre 2008 e 2014.  Ele participava, por esta época, de outra rede , dirigida e  composta por sete israelense que levaram a cabo  "dezenas de operações" entre 2008 e 2014.   

Um dos membros da rede, Avigad Sandlar, visitava pacientes em Israel, com vista a propor a aquisição de órgãos de pessoas que viviam em Kosovo, no Azerbaijão e Sri Lanka. 

A quadrilha ainda contava com um especialista na área de transplantes de órgãos  o Dr. israelense  Zaki Shapira.  O médico foi  chefe do serviço para este tipo de intervenções no Hospital Beilinson, em Tel Aviv, até sua aposentadoria em 2003. 

A rede no Brasil 

No ano passado, um israelense, Gadelya Tauber, foi preso na cidade brasileira de Recife. Ele era o chefe de uma rede israelense  também  envolvida no tráfico de órgãos humanos e estava  sendo caçado pela polícia desde 2009, quando foi preso na Itália e conseguiu escapar.

Durante esses quatro anos, Tauber circulou livremente em vários países, incluindo Israel, os EUA e o Canadá.
De acordo com a acusação, o israelense organizou, em 2002,  uma rede de tráfico de órgãos no Brasil. Até onde se sabe, ele enganou 47  brasileiros pobres de Recife e Pernambuco para  vender seus órgãos. Estes eram enviados para o Hospital de Sant Agostini em Durban (África do Sul), onde os seus órgãos foram extraídos e transplantados em pacientes israelenses que esperavam por um rim. As vítimas assinavam uma declaração falsa de que os destinatários dos seus órgãos eram seus familiares. Em cada operação destas,  Tauber e outros membros da sua rede em Israel e Brasil recebiam cerca de  US $ 150.000. Os doadores brasileiros recebiam uma pequena soma de 5.000 a 30.000 reais ($ 2.200 a $ 13.200) por seus órgãos. No total, a rede lucrou mais de  4 milhões ​​por essas operações. 

Tauber foi condenado por um tribunal italiano a 11 anos e 9 meses de prisão, a pena foi posteriormente reduzida para 8 anos e 9 meses. Quando  fugiu, ainda faltava cumprir  4 anos e 9 meses de prisão. O governo brasileiro havia solicitado a extradição de Tauber  para servir o período restante de sua sentença no Brasil. 

Outras 12 pessoas foram detidas no Brasil como recrutadores de dadores. Na África do Sul, 20 médicos e enfermeiros que praticavam cirurgias também foram detidos. Esta rede de tráfico de órgãos foi desmantelada em maio deste ano. Ela estava vendendo órgãos humanos em Israel obtidos em países como o Kosovo, o Azerbaijão, Sri Lanka e Turquia.

http://www.almanar.com.lb/spanish/adetails.php?fromval=1&cid=23&frid=23&eid=113958 

Leia sobre o assunto do tráfico de órgãos em:


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário