quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Histórico da política francesa antes do atentado em Paris e a posição que favorece a expansão dos grupos terroristas

O que precedeu os ataques do estado islâmico na França


por Moon of Alabama
Cartoon de Latuff.Eis o que aconteceu dia 13 à noite: pelo menos 120 mortos nos ataques em Paris, Hollande decretou o estado de emergência. 

Homens armados e bombistas atacaram restaurantes, uma sala de concertos e um estádio desportivo, em vários locais em Paris, sexta-feira, fazendo pelo menos 120 mortos, num ímpeto assassino que o presidente François Hollande, muito comovido, qualificou como um ataque terrorista sem precedentes. 

O estado islâmico reivindicou o ataque . 

Mas quem tem fornecido armas e financiado o Estado islâmico ou as organizações precedentes que na Síria e no Iraque lhe deram origem? Vejam vós mesmos. 

Em 2012 - Hollande admite que armou os rebeldes sírios em violação do embargo existente .
"O Presidente francês reconheceu ter entregado armas aos rebeldes sírios durante o embargo da UE, segundo um livro que será lançado em breve em França. 

As entregas tiveram lugar em 2012, antes de se ter posto fim ao embargo em maio de 2013, admitiu François Hollande durante sua última entrevista desse ano com o jornalista e escritor Xavier Panon. "Começamos a entregar (as armas) quando tínhamos a certeza de que iam parar a boas mãos. Quanto às armas letais, foram os nossos serviços que as entregaram", disse Hollande ao escritor...
"WASHINGTON - A maior parte das armas enviadas a pedido da Arábia Saudita e do Qatar para grupos de rebeldes sírios que lutam contra o governo de Bashar al-Assad acabam nas mãos de jihadistas islâmicos radicais , e não nos grupos de oposição laicos, que o Ocidente quer reforçar, de acordo com responsáveis americanos e diplomatas do Médio Oriente.
"A França se tornou-se o mais importante financiador da oposição armada síria e financia diretamente os grupos rebeldes em torno de Alepo, no quadro de um esforço renovado para derrubar o assediado regime de Assad. No mês passado grandes somas de dinheiro foram transferidas por representantes do governo francês, através da fronteira com a Turquia, para os comandantes rebeldes, de acordo com fontes diplomáticas. O dinheiro foi usado para comprar armas para o interior da Síria e financiar operações contra as forças lealistas.
"O Presidente que Francois Hollande declarou quinta-feira que a França tinha entregado armas aos rebeldes que lutam contra o regime sírio de Bashar al-Assad, "há alguns meses."
Novembro de 2015 - Murad Gazdiev @MuradoRT
"O lançador de rockets francês APILAS fornecido para aos rebeldes sírios cai nas mãos do ISIS. Fotos de Deraa, no sul da Síria. 12h09, 6 novembro 2015
"As duas facções que obtêm melhores resultados contra as forças de Assad, são dois grupos extremistas islâmicos: Jabhat al-Nusra e o estado islâmico no Iraque e Síria (ISIS), este último ganha atualmente terreno no Iraque e ameaça desestabilizar ainda mais toda a região. E este sucesso é, em parte, devido ao apoio que estes dois grupos receberam de dois países do Golfo: o Qatar e Arábia Saudita. 
Jabhat al-Nusra tem beneficiado de tal maneira das generosidades militares e econômicas do Qatar que um importante oficial do Qatar disse-me que podia reconhecer os comandantes al-Nusra pelos blocos de casas que controlam nas várias cidades sírias. Mas ISIS, é outra coisa, como afirmou um importante responsável do Qatar: "ISIS é desde o início um projeto saudita." 
A França aproveitou-se desse apoio ao projeto dos EUA e wahhabita de mudança de regime na Síria e no Iraque:
"O Qatar concordou em comprar 24 caças Rafale construídos pela Dassault por 6,3 mil milhões de euros, anunciou, quinta-feira, o governo francês. Este estado do Golfo Pérsico visa aumentar o seu poder militar numa região que se torna cada vez mais instável.
" Arábia Saudita e a França assinaram quarta-feira, um acordo de comércio de 12 mil milhões de dólares, disse o Ministro dos negócios estrangeiros Saudita, Adel Al-Jubair durante a histórica visita do vice-príncipe herdeiro Salman bin Mohammed a Paris. Mesmo depois de se ter tornado evidente para todos que o projeto de mudar o regime na Síria favoreceria a expansão do terrorismo, Hollande continuou a exigir o fim do Estado sírio .
"O Presidente Francois Hollande disse segunda-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, que o seu país iria "assumir as suas responsabilidades" no esforço mundial para acabar com os combates na Síria, mas que o conflito não poderia ser resolvido sem o presidente Bachar al-Assad ser destituído do poder.
Irá agora Holland mudar de discurso?
Ver também: 
  • La preuve que les attentats de Paris sont un false-flag 
  • One of the Paris Terrorists Was "WHITE, Clean-Shaven"
  • "There's No Such Thing As ISIS": Journalist Destroys West's Terror Narrative, Warns Of Crackdown On "Dissidents"
  • Exploiting Emotions About Paris to Blame Snowden, Distract from Actual Culprits Who Empowered ISIS 

    Esta compilação encontra-se em http://resistir.info/ .
  • Nenhum comentário:

    Postar um comentário