Pelo Prof Michel Chossudovsky
Global Research, 19 de abril de 2016
Global Research, 19 de abril de 2016
O representante da Síria nas conversações de paz de Genebra, Bashar Ja'afri acusou Israel de "cooperar" com o ISIS (DAESH) e Al Nusra, grupo filiado da al-Qaeda nas Colinas de Golan
De acordo com Ja'afari (citado por RT ):
"Essa provocação israelense confirma, sem qualquer dúvida, a cooperação entre Israel e os terroristas de Daesh (Isis) e a Frente Nusra na linha de demarcação entre o território ocupado de Golã e onde estão posicionadas as tropas da ONU."
"Não é uma coincidência em absoluto que esta escalada israelense foi acompanhada de declarações irresponsáveis por membros da chamada delegação saudita nas negociações aqui em Genebra," Ja'afari acrescentou, referindo-se ao principal grupo de oposição.
A declaração do enviado da Síria para as negociações de paz confirma algo que é conhecido e documentado: Israel ao lado de Arábia Saudita e Turquia é um Estado patrocinador do terrorismo.
Israel não nega que apoia o grupo da Al Qaeda fora das Colinas de Golã desde o início da guerra contra a Síria (Março de 2011). O território de Golã ocupada foi transformada em um centro militar e de logística de apoio à Al Qaeda. Desta forma, a ajuda militar e suprimentos militares são canalizados para a Síria através das Colinas de Golã ocupadas pelos sionistas.
O primeiro-ministro Netanyahu confirmou em um comunicado semi-oficial de que Israel está apoiando os combatentes da Al Nusrah fora das Colinas de Golã. A cúpula militar do IDF (exército de Israel - N.do Blog) reconheceu que "elementos jihadistas do mundo que atuam dentro da Síria" , incluindo mercenários estrangeiros, são apoiados por Israel.
Em 2014, o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu visitou o hospital de campanha do IDF organizado nas Colinas de Golã ocupada, usado para tratar feridos mercenários da Frente Al Nusrah. O próprio jornal Jerusalem Post teve que reconhecer que o hospital está sendo usado para apoiar a insurgência jihadista. (JP, 19 de fevereiro, 2014)
Enquanto o hospital de campanha de Israel era organizado para apoiar a Al Qaeda em uma operação coordenada por forças especiais da IDF, Netanyahu acusava o Irã por "seu apoio a grupos terroristas em todo o mundo". (JP, 19 de fevereiro, 2014):
Netanyahu viajou para Golã com o ministro da Defesa Moshe Ya'alon e Chefe do Estado Maior do IDF, tenente-Gen. Benny Gantz.
Em um mirante com vista para a fronteira com a Síria, OC Comando Norte Maj.-Gen. Yair Golan informou a Netanyahu sobre a presença de elementos da jihad global dentro da Síria, assim como sobre o trabalho realizado para fortalecer a fronteira sírio-israelense.(Ibid)
Na imagem abaixo:
"O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya'alon ao lado de um mercenário [terrorista] ferido, hospital de campanha militar israelense na fronteira da Colina de Golã ocupada com a Síria, 18 de fevereiro de 2014" (grifo nosso)
Além disso, vale a pena recordar que, em 2011, no início da guerra na Síria, a OTAN (com o apoio de Israel) envolveu-se ativamente no recrutamento de combatentes islâmicos. Ironicamente, tudo isso foi confirmado pelos meios de comunicação israelenses. Remanescente do alistamento do Mujahideen para travar a jihad da CIA (guerra santa da CIA) no auge da guerra soviético-afegã, a sede da OTAN em Bruxelas, em articulação com o alto comando turco, de acordo com fontes de inteligência israelenses, estava envolvida no alistamento de milhares de terroristas:
"Também foi discutido em Bruxelas e Ancara, conforme as fontes, que é uma campanha de alistamento de milhares de voluntários muçulmanos em países do Oriente Médio e no mundo muçulmano para lutar ao lado dos rebeldes sírios. O exército turco abrigaria estes voluntários, treiná-los-ia e garantiria as passagens para a Síria." ( DEBKAfile , 31 de agosto de 2011 ênfase adicionada).
A fonte original deste artigo é Global Research
Copyright © Prof Michel Chossudovsky , Global Research, 2016
tradução : somostodospalestinos.blogspot.com
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