Dia do Prisioneiro Político Palestino
E quando o prisioneiro político é uma criança palestina?
2015 |
Ahmad
Manasra tinha apenas 13
anos quando foi sequestrado pelo Estado de Israel em 2015. Depois de 10 anos presos, agora, com 23 anos de idade, pode andar livre nas ruas da Palestina, mas carregando em
seu corpo as atrocidades do terrorismo
de Estado.
Em 1974, o Conselho Nacional Palestino declarou 17 de abril o dia
nacional de lealdade aos prisioneiros palestinos e seus sacrifícios. Nesta data acontecem
manifestações pelo mundo denunciando os maus tratos, torturas, violações e abusos que
acontecem nas prisões israelenses.
Nas ruas da Palestinas saem marchas em direção ao Escritório da Cruz Vermelha
exigindo a intervenção da agência humanitária internacional para garantir que
os seus filhos e filhas detidos nas prisões israelenses sejam tratados de
acordo com o direito internacional.
As
mobilizações são a voz dos encarcerados que exigem justiça e direitos como
maior tempo de visita familiar, melhores condições de higiene, de tratamento e
alimentação dentro das prisões, direito a tratamento nos hospitais, o fim da
política de detenções administrativas e a imediata devolução dos corpos dos palestinos assassinados nas prisões,
respeitando a honra aos mártires.
Atualmente,
existem 9.500 palestinos detidos nos cárceres israelenses, destacamos que 350
são crianças, 21 são mulheres e 3.405 detenções
administrativas. A detenção
administrativa é uma ação política proibida pelo direito internacional por ser
a privação da liberdade sem julgamento e provas, mas a entidade sionista
pratica como instrumento de punição coletiva contra palestinos.
O
número de detidos em Gaza chegou a 1.555. Ressaltamos que essas estatísticas
não incluem todos os detidos da Faixa de Gaza, principalmente aqueles mantidos
em campos militares israelenses.
O exército israelense reprime e sequestra crianças, adolescentes, anciãos, homens e mulheres, os prendem em jaula, invadem e confiscam as propriedades e as suas casas são derrubadas, toda essa violência faz parte da política sionista de desumanização do povo palestino.
Desde que foi implantado o projeto sionista
na Palestina, o Estado de Israel,
historicamente, nunca cumpriu as leis
Internacionais ou Resoluções das Organizações das Nações Unidas - ONU, da Convenção de Genebra de 1949 e da Corte Penal Internacional. Podemos citar a Resolução 194/1948 da ONU, que assegura o direito de retorno dos refugiados palestinos,
nunca foi respeitada por Israel. Vale lembrar que a ONU solicitou que Israel cumprisse a Resolução para ser aceito como país membro. Israel concordou, mas depois que se tornou país membro,
não cumpriu. Os protocolos da Convenção de Genebra sobre os conflitos
armados são a base do Direito Internacional Humanitário e tem o
objetivo de proteger as vítimas e respeitar os civis, porém o genocídio em Gaza demonstra o quanto Israel não respeita e nem cumprirá
nenhuma lei. Nos últimos 77 anos, Israel transgride as leis, portanto,
é um estado infrator, criminoso
que conta com o apoio político e financeiro dos Estados Unidos e dos países europeus.
Cotidianamente
Israel comete crimes contra o povo palestino. Com sua política expansionista
rouba terras palestinas, ocupando 100% do território palestino, pratica
segregação, racismo e promove a limpeza étnica dos palestinos. Desde 7 de outubro as forças de ocupação
cometem genocídio em Gaza, assassinando mais de 50 mil palestinos, deixando
mais de 120.000 feridos, a maioria
crianças e mulheres.
O
povo palestino sempre lutou com valentia contra a invasão sionista. E não está
sozinho! A heroica operação
“Tempestade Al Aqsa” uniu a
Resistência Palestina, a
Solidariedade Internacional e o Eixo da Resistência rumo a libertação da
Palestina!
Hoje, o mundo testemunha a coragem do povo
palestino! Multidões saem as ruas para denunciar os crimes de guerra cometidos
por Israel, pedem o imediato cessar fogo, defendem o Estado Palestino livre do rio Jordão ao mar Mediterrâneo com a sua capital Jerusalém, o direto
de retorno dos refugiados palestinos e a imediata libertação de todos os prisioneiros políticos palestinos!
Essa
é a nossa maior vitória! A
solidariedade internacional pedindo
por justiça para a
Palestina! Celebramos a libertação de 1.777 palestinos das prisões israelenses,
na primeira fase do acordo de cessar
fogo. Defendemos a retomada do acordo para a
segunda fase. Cessar fogo já! Chega de genocídio do povo palestino.
- Toda nossa solidariedade aos palestinos sequestrados e encarcerados pelo sionismo.
- Imediata libertação de todos os prisioneiros políticos palestinos e a condenação do Estado de Israel à luz do direito internacional e dos direitos humanose pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia.
- Em honra ao sacrifício dos lutadores, em defesa do direito a liberdade, em respeito aos mártires e ao apoio incondicional às famílias dos sequestrados nos somamos a justa luta do povo palestino pela defesa da Palestina Livre!
- Viva a resistência Palestina e o Eixo da Resistência!
- Viva a autodeterminação do povo palestino!
- Brasil deve romper imediamente as relações diplomáticas, econômicas, culturais, acadêmicas e militares com o Estado de Israel
Fonte: www.addameer.org
Rafiqa Salam -
ativista da Causa
Palestina
Nader Bujah - Frente
Gaúcha de Solidariedade ao Povo Palestino Abril/2025
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